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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

um pouco sobre o casamento judaico


Trecho extraído do livro: Geografia Bíblica. Autor: Claudionor Corrêa de Andrade. CPAD.

1 - Casamento
Os israelitas, no Antigo Testamento, nem sempre alcançavam o ideal traçado pelo Senhor. A monogamia, por exemplo, não era encarada com seriedade. Haja vista que homens piedosos como Abraão, Jacó e Davi, eram polígamos. O que dizer de Salomão? O mais sábio dos homens tinha 700 mulheres e 300 concubinas!

A poligamia, entretanto, não era sinônimo de devassidão. Um hebreu não podia, por exemplo, tomar como esposa duas mulheres que fossem irmãs ou mãe e filha. Se tal ocorresse, os infratores seriam apedrejados. A lei proibia, também, que um homem dormisse com duas de suas esposas ao mesmo tempo.

Com o exílio babilônico, no entanto, os israelitas foram curados da poligamia, que tantos males e transtornos causara em Israel. No Novo Testamento, não encontramos nenhum caso de poligamia. O Senhor Jesus exaltou, novamente, o ideal monogâmico e condenou, com energia, qualquer casamento fora desse padrão.

Em conseqüência da esterilidade de algumas esposas legítimas, a concubinagem era tolerada no período vetero-testamentário. Os ricos, porém, colecionavam concubinas. Salomão, como já dissemos, tinha 300.

Moisés condenou o casamento misto: "Quando o Senhor teu Deus te tiver introduzido na terra, a qual vais a possuir, e tiver lançado fora muitas gentes de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus, sete gentes mais numerosas e mais poderosas do que tu; e o Senhor teu Deus as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas concerto, nem terás piedade delas; nem te aparentarás com elas: não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomaras suas filhas para teus filhos. Pois fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria" (Dt 7.1-4).

Havia ainda entre os hebreus o casamento por levirato. Quando um homem casado morria sem deixar descendência, o seu irmão era obrigado a casar-se com a viúva. E por intermédio dos filhos da nova união, a memória do morto era preservada. Assim prescreve a Lei: "Quando alguns irmãos morarem juntos, e algum deles morrer, e não tiver filho, então a mulher do defunto não se casará com homem estranho de fora; seu cunhado entrará a ela, e a tomará por mulher, e fará obrigação de cunhado para com ela. E será que o primogênito que ela der à luz estará em nome de seu irmão defunto; para que o seu nome se não apague em Israel" (Dt 25.5,6).

2 - Contrato de casamento
O contrato de casamento em Israel era feito pelo pai do noivo, pelo irmão mais velho ou por um parente mais próximo. Excepcionalmente, podiam atuar também a mãe ou um amigo da família. Às vezes, o próprio rapaz encarregava-se da concretização do casamento. No entanto, as negociações sobre o dote e outras formalidades ficavam a cargo de terceiros. Antes da realização do matrimônio, eram feitas exaustivas consultas sobre os bens de ambos. Eram tomados cuidados especiais também quanto à segurança da noiva e ao enfraquecimento da tribo. Finalmente, o noivo pagava um dote ao pai de sua futura esposa, que oscilava entre 30 e 50 siclos de prata. Dessa forma, o pai da moça era recompensado pela perda da filha. Esse pagamento podia ser, também, em forma de trabalho, como ocorreu com Jacó. A endogamia, ou seja, o casamento entre irmãos, era proibida pela lei de Moisés.

3 - Noivado
Entre os povos ocidentais, o noivado não tem qualquer consistência. Pode ser dissolvido com a maior facilidade. Jocosamente declara Leon Eliachar: "O Noivado é o período de desajustamento antes do casamento." No entanto, entre os hebreus, o noivado era um compromisso sério. Somente a morte poderia dissolvê-lo.

- Quando começava o noivado? - A partir do momento em que o moço entregava à sua escolhida uma moeda com esta inscrição: "Seja consagrada a mim." A cerimônia, bastante singela, era feita na presença de duas ou mais testemunhas. Com essa solenidade, ambos eram considerados marido e mulher. Seu relacionamento sexual, porém, somente seria iniciado após as núpcias que, segundo a tradição judaica, variava de um mês a sete anos. Os rapazes, durante o noivado, estavam desobrigados do serviço militar.

4 - Núpcias
As festas nupciais eram celebradas, via de regra, em sete dias. Não raro, chegavam a durar até duas semanas. Variavam de acordo com o poder aquisitivo dos noivos.

Segundo o Novo Dicionário da Bíblia, essas celebrações eram assinaladas por música e por brincadeiras como o enigma apresentado por Sansão. A mesma obra esclarece-nos:

"Alguns interpretam o livro de Cantares à luz de certo costume que havia entre os aldeões sírios, de chamar o noivo e o noiva de rei e rainha durante as festividades depois da cerimônia de casamento, e de louvá-los com cânticos".

5 - Divórcio
O divórcio foi introduzido na Lei mosaica por causa da dura cerviz dos israelitas. Aproveitando-se da liberalidade dessa legislação, os hebreus rompiam os laços do matrimônio por quaisquer motivos. Alguns, por exemplo, repudiavam sua esposa por não achá-la graciosa. O Senhor, entretanto, não aprovava tal comportamento. Tolerava-o, apenas.

Com uma carta de divórcio, concretizava-se o rompimento dos laços conjugais (Dt 24.3). De posse desse documento, a mulher podia contrair novas núpcias. Caso, porém, viesse a separar-se do segundo marido, não podia voltar ao primeiro. Por quê'.' Esclarecemos: “Então seu primeiro marido, que a despediu não poderá tornar a tomá-la, para que seja sua mulher, depois que foi contaminada, pois é abominação perante o Senhor; assim não farás pecar a terra que o Senhor teu Deus te dá por herança" (Dt 24.4).

Jesus, entretanto, repudiou completamente o divórcio, exceto em caso de adultério: "Moisés por causa da dureza dos vossos corações vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas no princípio não foi assim. Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério" (Mt 19.8 e 9).

Trecho extraído do livro: Geografia Bíblica. Autor: Claudionor Corrêa de Andrade. CPAD.

Por: Ailton da Silva

9 comentários:

  1. A Paz do Senhor!
    A todos...
    O divórcio que o Senhor Jesus cita não é depois que se casam oficialmente, mas sim durante o contrato de casamento (o noivado) que para os judeus é algo muito sério que só a morte poderia ser dissolvido.(Mateus 1:19)
    Nesse momento (de contrato de casamento) o noivo vai preparar lugar, ou seja preparar a sua casa e o lugar aonde vão passar as núpcias.
    Enfim na verdade para Deus Jeová e para Jesus Cristo para o casamento ser dissolvido só com a morte. (Marcos 10:11 e 12

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    1. Boa noite Valéria !!
      Parabéns!!
      é isso mesmo.....
      Vc é de qual ministério?

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    2. Parabéns Valéria é isso mesmo!!
      vc é de qual ministério?

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  2. Valéria está enganada! O termo pra noivado e desposada (o)! Maria estava desposada com José! Ler também Dt 20.7. São ações diferente! Jesus estava tratando de casamento e não de noivado!

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  3. NÃO VAMOS SER TÃO EQUIVOCADOS DE ACHAR QUE CASAMENTO É MEIO DE GRAÇA. CADA CASO É UM CASO. EXISTEM CASOS DE DIVORCIO SÃO IRREVERSÍVEL. QUEM SE CASOU DE NOVO E AGORA ESTÃO NO SENHOR DEVEM CONTINUAR COMO ESTÃO E SEGUIR SERVINDO AO SENHOR COMO NOVA CRIATURA.

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  4. porcheia sexo ilícito, prostituição (solteiro)
    moicheia adultério, (casado)
    existia um contrato judaico ou noivado nao poderiam ter porcheia ex: jose era noiva e vivia com maria logo que souber que maria estaria gravida logo resolveu quebrar o contrato foi preciso a intervenção de Deus falando que o fruto dele o que esta em maria entao jose entrndeu que maria nao o traiu porcheia (prostituição) entao nao podemos falar o contrato da biblia como divórcio de casado amém

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  5. Paz e graça. Amei o texto, muito rico. Importante saber e conhecer as escrituras e o que dela transcreve para todos nós. Deus continue nos abençoando para a glória dEle mesmo.

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