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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Um tributo a Neemias?

O primeiro tópico da lição é praticamente um tributo a Neemias, que tantos serviços prestou a Jerusalém e à obra de Deus. O comentarista o citou juntamente a outros grandes personagens bíblicos, a saber: rainha Ester e rei Davi.

Mas estive pensando um pouco e cheguei a conclusão que podemos atribuir a Neemias alguns adjetivos tais, os quais somente foram vistos em grandes homens de Deus. Guardando as devidas proporções, respeitando o tempo, recursos e limitações de cada um e não querendo fazer uso da comparação ou generalização, podemos afirmar que foi sim de grande valia a sua contribuição para o grande cenário bíblico.

Abraão (Tg 2:23), o primeiro patriarca recebeu a promessa e Moisés, o último contemplou o cumprimento (Dt 34:4). Não foi a toa que um foi chamado amigo de Deus, enquanto que o outro ouviu, falou e viu a Glória de Deus (Ex 33:23).

Davi alargou as fronteiras de Israel, comprou, por bom preço, a elevação (I Cr 21:19-26) onde seu filho construiu o primeiro Templo (II Cr 3:1). Paulo foi outro grande homem de Deus, missionário que percorreu boa parte do mundo então conhecido para apresentar o Evangelho aos gentios (At 28:31). E agora contemplamos Neemias! Qual a diferença para estes grandes homens apresentados acima?

Esta 13ª lição é um tributo a este valente, corajoso, destemido e visionário homem que entendeu o chamado de Deus. A sua demonstração de amor por Jerusalém não foi vista quando chegou na cidade e a contemplou semi destruída e resolveu ficar, mas sim quando recebeu, lá em Susã, as primeiras noticias da cidade, o que o levou ao universo da oração e clamor.

Oração, clamor, choro e fé por uma cidade e povo que ainda não conhecia. Isto foi suficiente para que Deus começasse a operar em sua vida:
• Abraão recebeu a promessa quase que no meio do nada, bem distante;
• Moisés guiou o povo até as portas de Canaã;
• Davi reinou sobre a nação e estendeu seus limites fronteiriços;
• Paulo pregou o Evangelho sem nenhum impedimento (At 28:31).

E Neemias o que fez?
• Encontrou uma nação semi destruída, desmoralizada, sem esperanças, sem recursos, desmotivada, sedenta por organização, mudança, por respeito e ensino da Lei.
• Um povo que readquiriu as forças, se alegrou, experimentou o genuíno avivamento. Judeus que renovaram a aliança com Deus, mas que na primeira oportunidade que se viram sem o líder, voltaram a estaca zero.

Cada um na sua época, limitações, com suas missões especificas, mas na relação dos homens e mulheres mais respeitados no cenário bíblico devemos sim incluir Neemias.

O trimestre está desfazendo uma grande injustiça cometida com este servo de Deus, ao longo dos anos, pois ele somente era lembrado quando mencionávamos a questão da reconstrução material da cidade, ignorando muitos de seus feitos no âmbito espiritual, pelo menos de minha parte. Inclusive em 2010 ouvi uma mensagem, em uma manhã missionária, que foi nestes moldes. Em nenhum momento o pregador mencionou a preocupação dele quanto a espiritualidade do povo. Somente falou de muros, portas e brechas.

Terminamos mais um trimestre: Em 2011, estudamos:
a) O livro de Atos do Espírito Santo, (histórico, atual e necessário);
b) O movimento pentecostal (quanta revelação);
c) o reino de Deus (quanta ignorância de nossa parte);
d) Neemias (sensacional)

Rumamos então para 2012.

Por: Ailton da Silva

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