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sexta-feira, 27 de junho de 2014

A multiforme Sabedoria de Deus. Plano de aula

TEXTO ÁUREO
Para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus (Ef 3.10).

VERDADE PRÁTICA
A multiforme sabedoria de Deus vai além da compreensão humana e é demonstrada ao mundo pela Igreja de Cristo.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – Ef 3.8-10; 1 Pe 4.7-10.
Ef 3.8 - A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo.
Ef 3.9 - e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou;
Ef 3.10 - para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus,
 1 Pe 4.7 - E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto, sede sóbrios e vigiai em oração.
1 Pe 4.8 - Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a multidão de pecados,
1 Pe 4.9 - sendo hospitaleiros uns para os outros, sem murmurações.
1 Pe 4.10 - Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.

PROPOSTA
         Multiforme sabedoria de Deus foi revelada aos simples;
         É manifesta nos dons espirituais e ministeriais;
         Dádivas do Pai: amor, filiação divina e reconciliação;
         Despenseiro: retirem da “despensa divina” o bom alimento;
         Os despenseiros de Deus amam uns aos outros;
         Os despenseiros de Deus devem ser fiéis em tudo;
         É na sequidão que devemos buscar mais a face de Deus;
         Sem amor não adianta o acúmulo de dons;
         O caminho do amor é o mais excelente.

INTRODUÇÃO
O Altíssimo revelou para a Igreja um mistério oculto desde a fundação do mundo. Pelo Espírito Santo, o Senhor trouxe luz para o seu povo usando os “seus santos apóstolos e profetas” para mostrar que esse mistério é Cristo em nós, a esperança da glória. Era a multiforme sabedoria do Pai manifestando-se para pessoas simples. Somente os pequeninos entendem e aceitam Cristo como a Sabedoria de Deus, revelada à sua igreja, mas ainda oculto aos grandes e entendidos, pois não são todos os humanos que compreendem e aceitam Jesus como o “verdadeiro Apóstolo, o verdadeiro Profeta, o grande Evangelista, o bom Pastor e o grande Mestre”,

I. OS DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS
1. SÃO DIVERSOS. 
Na passagem bíblica de 1 Coríntios 12.8-10 são mencionados nove dons do Espírito Santo. Há outros dons espirituais noutras passagens da Bíblia já mencionados em lições anteriores deste trimestre, como Romanos 12.6-8; 1 Coríntios 12.28-30; 1 Pedro 4.10,11 e Hebreus 2.4. São dons na esfera congregacional, importantíssimos para a igreja e ministério. Em Efésios 4.7-11 e 2 Timóteo 1.6 vemos dons espirituais na esfera ministerial da Igreja de igual forma importantes para o reino de Deus no seu todo, ou seja, tanto os dons espirituais e os ministeriais são necessários para o progresso da obra, por isto são todos concedidos por Deus para os homens. Pela certeza da origem e concessão divina podemos combater toda e qualquer imitação, fruto de manifestação demoníaca ou de infantilidade espiritual e ignorância bíblica.

2. SÃO AMPLOS. 
A sabedoria de Deus é multiforme e plural e é manifesta em seus dons espirituais e ministeriais nas mais variadas comunidades cristãs espalhadas pelo mundo. A concessão destes dons visa o aperfeiçoamento dos santos e progresso da igreja, que diante da revelação contida nestas dádivas se fortalece em sua caminhada.

3. DÁDIVAS DO PAI. 
Outras excelentes dádivas de Deus dispensadas à sua Igreja para comunicar o Evangelho a todos, são:
a) A dádiva do amor. A grande manifestação de amor do Altíssimo para com a humanidade foi enviar o seu Filho Amado para salvar o mundo (Jo 3.16). Este amor dispensado por Deus desafia-nos a que amemos aos nossos inimigos e ao próximo, isto é, qualquer ser humano carente da graça do Pai (Jo 1.14).

b) A dádiva da filiação divina. Deus torna um filho das trevas em filho de Deus (Jo 1.12; 1Pe 2.9). É a graça do Pai indo ao encontro da pessoa, tornando-a membro da família de Deus (Ef 2.19).

c) O ministério da reconciliação. O apóstolo Paulo explica o milagre da salvação como resultado do “ministério da reconciliação” (2Co 5.19).  Todo ser humano pode ter a esperança de salvação eterna, mas de salvação agora também. Quem está em Cristo é uma nova criatura e o resultado disto é que Deus faz tudo novo em sua vida (2 Co 5.17).

II. BONS DESPENSEIROS DOS MISTÉRIOS DIVINOS
1. COM SOBRIEDADE E VIGILÂNCIA. 
O despenseiro deve administrar a igreja local, retirando da “despensa divina” o melhor alimento para o rebanho, como prova de sua preocupação com o rebanho, ou seja, uma atenção especial deve ser dispensada para aqueles que mostram interesse pela Palavra.

Paulo destaca a sobriedade e a vigilância do candidato ao episcopado como habilidades indispensáveis ao exercício do ministério (1Tm 3.2). Por isso, o apóstolo recomenda ao obreiro não ser dado ao vinho, pois a bebida traz confusão, contenda e dissolução (1Tm 3.2 cf. Ef 5.18). O fiel despenseiro é o oposto disso. Nunca perde a sobriedade e a vigilância em relação ao exercício do ministério dado por Deus.

2. AMOR E HOSPITALIDADE. 
Os despenseiros de Cristo têm um “ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a multidão de pecados” (1Pe 4.8). Mediante a graça de Deus, o obreiro pode demonstrar sabedoria e amor no trato com as pessoas. Amar sem esperar receber coisa alguma é parte do chamado de Deus para os relacionamentos (1Jo 3.16). Esta atitude é a verdadeira identidade daqueles que se denominam discípulos do Senhor Jesus (Jo 13.34,35). Aqui, também entra o caráter hospitaleiro do obreiro, recomendado pelo apóstolo Pedro (1Pe 4.9). Isso se torna possível para quem ama incondicionalmente, pois a hospitalidade é acolhimento, bom trato com todas as pessoas crentes ou não, pobres ou ricas, cultas ou não etc. Este é o apelo que o escritor aos Hebreus faz a todos os crentes (Hb 13.2,3).

3. O DESPENSEIRO DEVE ADMINISTRAR COM FIDELIDADE. 
A graça derramada sobre os despenseiros de Cristo tem de ser administrada por eles com zelo e fidelidade. A Palavra de Deus nos adverte: “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1Pe 4.10). Pregando, ensinando ou administrando o corpo de Cristo, tudo deve ser feito para a glória do Senhor, a quem realmente pertence a majestade e o poder (1Pe 4.11). Paulo ensina-nos ainda que devemos ser vistos pelos homens como “ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus” (1Co 4.1; Cl 1.26,27). Por isso, os despenseiros de Deus devem ser fiéis em tudo; “para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus” (Ef 3.10).

III. OS DONS ESPIRITUAIS E O FRUTO DO ESPÍRITO
1. A NECESSIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS. 
Os dons espirituais são indispensáveis à Igreja. Uma onda de frieza e mornidão tem atingido muitas igrejas na atualidade, as quais não estão vivendo a real presença e o poder de Deus para salvar, batizar com Espírito Santo e curar enfermidades (Ap 3.15-20). Em tal estado, os dons do Espírito são ainda mais necessários. É no tempo de sequidão que precisamos buscar mais e mais a face do Senhor, rogando-lhe a manifestação dos dons espirituais para o despertamento espiritual dos crentes em Jesus (Hb 3.2).

Sem a busca e posterior concessão dos dons espirituais, a maior prejudicada acaba sendo a própria igreja, que fatalmente acabará atacada e invadida pela mornidão e vencida pela infatilidade espiritual. Se a igreja não fizer uso dos dons concedidos por Deus se tornará presa fácil para a atuação do Maligno, na verdade, a igreja não subsistirá diante desta situação espiritual calamitosa de rejeição da Palavra e atuação dos espíritos demoníacos, por isto é imprescindível a busca e utilização destas dádivas espirituais que estão à disposição do Corpo de Cristo.ela exercda ndo com temor, querendo como crianças participar de uma vida plena da presença, do poder e da Autoridade concedida
  
2. OS DONS ESPIRITUAIS E O AMOR CRISTÃO. 
Paulo termina o capítulo sobre os dons espirituais, dizendo: “Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente” (1Co 12.31). Em seguida abre o capítulo mais belo da Bíblia Sagrada sobre o amor,  1 Coríntios 13.

Não é por acaso que o tema do amor (capítulo 13) está entre os assuntos espirituais (capítulos 12 e 14). Ali, o apóstolo dos gentios refere-se a vários dons, ensinando que sem o amor nada adianta tê-los, ainda mais como nos dias atuais, onde se canta muito e se pratica pouco. Nos cânticos as letras endeusam o amor e a compreensão, no entanto, o ódio e o desejo de vingança acabam falando mais alto e induzem os desavisados ao erro.

3. A NECESSIDADE DO FRUTO DO ESPÍRITO. 
Uma vida cristã pautada pela perspectiva do fruto do Espírito (Gl 5.22) é o que o nosso Pai Celestial quer à sua Igreja. Uma igreja cheia de poder, que também ama o pecador. Cheia de dons espirituais, mas que também acolhe o doente. Zelosa da boa doutrina, mas em chamas pelo amor fraterno que, como diz Paulo, “é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal” (1Co 13.4,5). O caminho do amor é mais excelente que o dos dons espirituais (1Co 12.31).

CONCLUSÃO
A multiforme sabedoria de Deus manifesta-se na igreja através da intervenção sobrenatural do Espírito Santo e a partir dos dons de Deus necessários ao crescimento espiritual dos crentes. Sejam quais forem os dons, aqueles que os possuem devem usá-los com humildade e fidelidade, não buscando os interesses próprios, mas sobretudo o amor, pois sem amor de nada adianta possuir dons. Estes são para a edificação dos salvos em Cristo Jesus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO – FORAM ALCANÇADOS?
      Os dons são diversos, amplos, verdadeiras dadivas;
      Despenseiros: sóbrio-vigilante-hospitaleiro-fiel-amoroso;
      Dons espirituais sem amor para nada servem.

REFERÊNCIAS
Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.

Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.

Bíblia Sagrada. Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro. Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.


LOURENÇO, Luciano de Paula. Disponível em:http://luloure.blogspot.com.br/2014/06/aula-13-multiforme-sabedoria-de-deus.html. Acesso em 25 de junho de 2014.

Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)

sexta-feira, 20 de junho de 2014

O diaconato. Plano de aula

TEXTO ÁUREO
Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus (1Tm 3.13).

VERDADE PRÁTICA
Embora o diaconato seja um ministério específico, a diaconia é uma missão de todo o crente.

LEITURA BIBLICA EM CLASSE - 1 Tm 3.8-13.
8 - Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância,
9 - guardando o mistério da fé em uma pura consciência.
10 - E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis.
11 - Da mesma sorte as mulheres sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo.
12 - Os diáconos sejam maridos de uma mulher e governem bem seus filhos e suas próprias casas.
13 - Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus.

PROPOSTA
         Diaconia: Jesus foi diácono por excelência;
         Diaconia da toalha e a da bacia; convocação cristocêntrica;
         Hierarquia de poder temporal: não era a intenção de Jesus;
         Diácono: aquele presta serviços voluntários;
         Advento dos diáconos: situação social dos novos na fé;
         Foram separados sete homens para o diaconato;
         Exigências: Caráter moral, espiritual e familiar;
         Os diáconos não podiam permitir injustiças sociais;
         A função primordial é auxiliar os pastores na igreja.

INTRODUÇÃO
No primeiro século da era cristã, a Igreja cresceu sob o avivamento do Espírito e expandiu-se pelo mundo, atingindo números assustadores (At 2.41; 4.4; 5.14), porém na mesma medida em que crescia, surgiu também os inevitáveis problemas, principalmente e inicialmente na esfera social, que aliados à perseguição levantada pelos judeus e romanos e a hipocrisia no meio da igreja, vista no caso de Ananias e Safira, tentaram interromper o crescimento e sucesso espiritual da igreja. Não tinha como os apóstolos ficarem alheios a esta cilada maligna, eles deveriam tomar providências.

Um dos primeiros problemas apresentados na igreja primitiva dizia respeito a questões étnicas, que se não fosse resolvido causaria um estrago enorme sobre aqueles crentes e provavelmente sobre as futuras gerações. A decisão dos apóstolos serviu de base para instituir a função diaconal. Foram separados homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria para trabalharem no socorro aos necessitados que estavam no seio da igreja, para que então os apóstolos se dedicassem a Palavra e oração. O trabalho dos diáconos contribuiu para o crescimento da igreja. O maligno até tentou tirar o foco dos apóstolos, que deveriam se preocupar com a Palavra e oração.

I. A DIACONIA DE JESUS CRISTO
1. SIGNIFICADO DO TERMO. 
O termo grego diaconia significa “ministério” ou “serviço”. Este termo não surgiu propriamente na instituição dos primeiros diáconos (At 6), mas sim já vinha sendo utilizado já de há muito tempo na Bíblia, quando os profetas alertavam os reis e todo o povo sobre a necessidade de socorro aos necessitados, viúvas e órfãos. A vida inteira de Jesus aqui na Terra demonstrou o verdadeiro sentido da diaconia em todos os seus aspectos, principalmente “na véspera de sua crucificação”, quando tomou uma bacia para lavar os pés de seus discípulos (Jo 13.4-5). Na realidade, seu ministério terreno evidenciou o quanto Ele foi “apóstolo da nossa confissão” (Hb 3.1), profeta (Lc 24.19), evangelista (Lc 4.18,19), pastor (Jo 10.11), mas principalmente, diácono por excelência (Mt 20.28). O apóstolo Paulo disse que Jesus, “sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Fp 2.6-7). Segundo a Bíblia de Estudo Palavras-Chave, a expressão “tomando a forma de servo” denota o sentido de uma condição humilde.

2. SERVIÇO DE ESCRAVO. 
Na véspera da sua crucificação, o Senhor Jesus reuniu os seus doze discípulos para comer a última ceia. Tomando uma toalha e uma bacia com água, ele começou a lavar os pés dos discípulos, um a um (Jo 13.4,5). Não há atitude mais comovente do nosso Senhor como o relato do lava-pés, demonstrando serviço, exemplo e humildade, mais uma ação que comprova que realmente Ele havia se aniquilado, tomando a forma de servo e fazendo-se semelhante aos homens. A “diaconia da toalha e da bacia” é a convocação cristocêntrica para uma vida de serviço humilde (Jo 13.12-17).

3. O DISCÍPULO É UM SERVIÇAL. 
Certa vez, Tiago e João pediram ao Senhor lugares de destaques, “à direita” e “à esquerda” de Jesus, quando da implantação do seu Reino (Mc 10.35-37). Quantos ainda não estão desejando e aguardo algo do tipo aqui nesta dimensão carnal? Já que é notório que na eternidade não haverá espaço para tal hierarquia, os homens estão loucamente buscando estas posições aqui na terra. Tal como estes, os discípulos, naquela ocasião, ainda não haviam compreendido a mensagem de Jesus. A proposta do Nazareno nunca foi a de estabelecer uma hierarquia de poder temporal para a sua igreja, mas a de serviço conforme demonstra sua resposta a eles: “entre vós não será assim; antes, qualquer que, entre vós, quiser ser grande será vosso serviçal [diakonos]. E qualquer que, dentre vós, quiser ser o primeiro será servo de todos. Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.43-45). A hierarquia que Jesus implantou não era para que houvesse os mandos, desmandos e regalias, mas sim para servir.

II. A INSTITUIÇÃO DOS DIÁCONOS
1. O CONCEITO DA FUNÇÃO. 
A palavra diácono (gr. diakonos), segundo o Dicionário Vine, refere-se àquele que presta trabalhos voluntários aludindo aos exemplos dos criados domésticos dos tempos do Novo Testamento. O termo destaca, em especial, a função de um mestre ou de um pastor cristão, entrelaçando o sentido técnico do diácono ou diaconisa. Outra palavra grega relacionada a “diácono” é doulos. Esta refere-se a “um servo” ou “um escravo” (Mt 13.27,28; Jo 4.51). Portanto, a ideia preponderante que a função do diácono remonta é a do serviço voluntário prestado, pelo “ministro”, o “servo” ou o “assistente”, para alguém. Em todos os casos nos dá a ideia do “servo que coopera com aqueles que se dedicam à oração e ao ministério da Palavra”.

2. ORIGEM DO DIACONATO. 
Diante de um conflito social e étnico na igreja houve a necessidade da implantação deste ministério com a escolha de pessoas cheias do Espírito Santo e de sabedoria para exercerem o cargo. As palavras-chave para o advento do ministério formal dos diáconos em o Novo Testamento foram:
a) Bênção: a bênção foi o extraordinário crescimento da igreja local em Jerusalém que já mostrava números assustadores. Foi um crescimento em número e em qualidade;

b) Problema: A questão étnica causada pela situação social de muitos que aceitavam a fé, especialmente envolvendo viúvas judias de fala hebraica e as de fala grega (At 6.1), foi o grande problema;

c) Reivindicação: a manifestação verbal das viúvas dos judeus gregos se sentiram injustiçadas pelo que elas interpretaram ser uma forma de discriminação dos líderes da igreja de Jerusalém, por isto cobraram sua assistência (At 6.1).

Os judeus gregos tomaram as dores de suas viúvas e deflagraram o problema (At 6.1). Os apóstolos apresentaram a solução e separaram homens para assistirem as mesas (At 6.2-6) e não tomaram para si mais trabalho do que já tinham, poderiam caso quisessem. Poderiam ter abraçado mais esta função e seriam tidos como salvadores da pátria e da igreja. Diante do problema e da solução só havia um resultado a ser visto: crescimento da igreja (At 6.7).

3. A ESCOLHA DOS DIÁCONOS. 
Para resolver o impasse, orando e impondo-lhes as mãos, os apóstolos separaram, com o aval da multidão de discípulos, sete irmãos de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria para administrar uma questão étnica e social (At 6.2-7).

Foi uma decisão de caráter pacificador e de muito bom-senso para a igreja não se perder em permanentes desentendimentos. O objetivo era estimulá-la a resolver a questão reconhecendo o caminho equivocado antes aderido pelos líderes até aquele momento. Assim, eles puderam executar as mudanças necessárias e resolveram uma questão que poderia trazer sérios problemas para a igreja de Jerusalém. Imaginem se este problema tivesse sido empurrado “com a barriga” pelos apóstolos? Os efeitos estariam sendo sentidos até hoje pela igreja.

III. O PERFIL E FUNÇÃO DO DIÁCONO
1. QUALIFICAÇÕES DO DIÁCONO. 
As qualificações dos diáconos descritas no livro de Atos e na primeira carta a Timóteo revelam que em nada elas diferem da atribuição ética exigida aos bispos (1 Timóteo e Tito).
a) Caráter moral (1 Tm 3.8). Os diáconos devem ser pessoas honradas, dignas, corretas e íntegras. Não pode haver “língua dobre” neles, isto é, a sua palavra deve ser sim, sim e não, não. A ganância por dinheiro tem de passar longe da sua vida, pois sua função é exatamente a de executar trabalhos administrativos da igreja local, como auxiliar nas tarefas do culto e acompanhar as viúvas e os pobres da Igreja do Senhor.

b) Caráter espiritual (1Tm 3.9,10). Ter a plena convicção do que é crer no Evangelho. O diácono guarda a revelação de Deus que está em Cristo Jesus, o nosso Senhor (cf. Rm 16.25). Por isso, a liderança e a igreja local devem avaliar o candidato ao diaconato levando em conta o seu caráter moral e espiritual.

c) Caráter familiar. O candidato deve ser marido de uma mulher, fiel à sua esposa e bom pai. A exemplo dos bispos, os diáconos devem ser zelosos com o seu lar, amar as suas esposas com amor sacrifical. Devem respeitar os seus filhos, para obterem deles o mesmo respeito. O “serviço” do diácono à sua família revelará como ele servirá a igreja local.

2. A FUNÇÃO DOS DIÁCONOS EM ATOS 6. 
Quando foram instituídos diáconos, setes homens de fala grega foram separados para assistir socialmente as viúvas: tanto as de fala hebraica como as de fala grega. Os diáconos não podiam permitir que houvesse injustiças de caráter social na igreja do primeiro século. O desarranjo que poderia afetar a comunhão dos primeiros crentes foi denunciado por aqueles que se imaginavam injustiçado. O problema deveria ser resolvido para não prejudicar a unidade da igreja.

A função do diaconato era fundamentalmente de caráter social, mas no fundo eles foram usados para que aquele mal não causasse um mal incalculável na igreja primitiva e para que não surtisse seus efeitos nas gerações seguintes.

3. A FUNÇÃO DOS DIÁCONOS HOJE. 
Atualmente, a função primordial do diácono é auxiliar a igreja local através das orientações do seu pastor em atividades ligadas a visitar os enfermos, os necessitados e os desviados, bem como cuidar das tarefas espirituais ligadas ao culto, como a distribuir os elementos da Ceia do Senhor, recolher as contribuições para a manutenção da igreja local (dízimos e ofertas) e auxiliar na ordem e na segurança da liturgia do culto, bem como de outras tarefas já mencionadas.

CONCLUSÃO
O diaconato foi instituído pelos apóstolos de Cristo quando a comunidade cristã cresceu e precisou ter pessoas que pudessem resolver questões relacionadas a problemas sociais que demandavam atenção e cuidado. Hoje, os diáconos servem à igreja e a Deus em trabalhos diferentes, e a liderança das igrejas locais deve valorizar o seu trabalho e reconhecê-los como excelentes servidores do Reino de Deus, pois, no sentido lato, todos somos diáconos da Igreja de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO – FORAM ALCANÇADOS?
1.   Jesus serviu se aniquilando.
2.   Diaconato: Benção, problema, reivindicação e ação.
3.   Diácono: homem cheio do Espírito e sabedoria.
  
REFERÊNCIAS
Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.

Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.

Bíblia Sagrada. Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro. Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.


LOURENÇO, Luciano de Paula. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2014/06/aula-12-o-diaconato.html. Acesso em 19 de junho de 2014.

Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)

quarta-feira, 18 de junho de 2014

10) II Samuel

Para quem foi escrito este livro?     
Para os israelitas.

Por quem foi escrito (autor)?
Autor Desconhecido.

Em qual momento histórico?   
Indefinido.

Por que este livro foi escrito? 
Porque a casa de Davi (Tribo de Judá), finalmente, firma-se com a família real de Israel.

Para quê este livro foi escrito?        
Para demonstrar que Deus fez uma aliança com Davi (de dar à sua casa um reinado perpétuo) por causa do fervor do seu coração, da sua fidelidade à aliança e porque ele colocou o seu relacionamento com Deus acima de tudo o mais.


Obs: Material extraído do DVD "Mega Coletânea Bíblica - 10.000 artigos". Não tem citação da fonte, mas se alguém conhecer, ficarei grato e mencionarei.

Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)