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sexta-feira, 27 de junho de 2014

A multiforme Sabedoria de Deus. Plano de aula

TEXTO ÁUREO
Para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus (Ef 3.10).

VERDADE PRÁTICA
A multiforme sabedoria de Deus vai além da compreensão humana e é demonstrada ao mundo pela Igreja de Cristo.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – Ef 3.8-10; 1 Pe 4.7-10.
Ef 3.8 - A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo.
Ef 3.9 - e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou;
Ef 3.10 - para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus,
 1 Pe 4.7 - E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto, sede sóbrios e vigiai em oração.
1 Pe 4.8 - Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a multidão de pecados,
1 Pe 4.9 - sendo hospitaleiros uns para os outros, sem murmurações.
1 Pe 4.10 - Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.

PROPOSTA
         Multiforme sabedoria de Deus foi revelada aos simples;
         É manifesta nos dons espirituais e ministeriais;
         Dádivas do Pai: amor, filiação divina e reconciliação;
         Despenseiro: retirem da “despensa divina” o bom alimento;
         Os despenseiros de Deus amam uns aos outros;
         Os despenseiros de Deus devem ser fiéis em tudo;
         É na sequidão que devemos buscar mais a face de Deus;
         Sem amor não adianta o acúmulo de dons;
         O caminho do amor é o mais excelente.

INTRODUÇÃO
O Altíssimo revelou para a Igreja um mistério oculto desde a fundação do mundo. Pelo Espírito Santo, o Senhor trouxe luz para o seu povo usando os “seus santos apóstolos e profetas” para mostrar que esse mistério é Cristo em nós, a esperança da glória. Era a multiforme sabedoria do Pai manifestando-se para pessoas simples. Somente os pequeninos entendem e aceitam Cristo como a Sabedoria de Deus, revelada à sua igreja, mas ainda oculto aos grandes e entendidos, pois não são todos os humanos que compreendem e aceitam Jesus como o “verdadeiro Apóstolo, o verdadeiro Profeta, o grande Evangelista, o bom Pastor e o grande Mestre”,

I. OS DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS
1. SÃO DIVERSOS. 
Na passagem bíblica de 1 Coríntios 12.8-10 são mencionados nove dons do Espírito Santo. Há outros dons espirituais noutras passagens da Bíblia já mencionados em lições anteriores deste trimestre, como Romanos 12.6-8; 1 Coríntios 12.28-30; 1 Pedro 4.10,11 e Hebreus 2.4. São dons na esfera congregacional, importantíssimos para a igreja e ministério. Em Efésios 4.7-11 e 2 Timóteo 1.6 vemos dons espirituais na esfera ministerial da Igreja de igual forma importantes para o reino de Deus no seu todo, ou seja, tanto os dons espirituais e os ministeriais são necessários para o progresso da obra, por isto são todos concedidos por Deus para os homens. Pela certeza da origem e concessão divina podemos combater toda e qualquer imitação, fruto de manifestação demoníaca ou de infantilidade espiritual e ignorância bíblica.

2. SÃO AMPLOS. 
A sabedoria de Deus é multiforme e plural e é manifesta em seus dons espirituais e ministeriais nas mais variadas comunidades cristãs espalhadas pelo mundo. A concessão destes dons visa o aperfeiçoamento dos santos e progresso da igreja, que diante da revelação contida nestas dádivas se fortalece em sua caminhada.

3. DÁDIVAS DO PAI. 
Outras excelentes dádivas de Deus dispensadas à sua Igreja para comunicar o Evangelho a todos, são:
a) A dádiva do amor. A grande manifestação de amor do Altíssimo para com a humanidade foi enviar o seu Filho Amado para salvar o mundo (Jo 3.16). Este amor dispensado por Deus desafia-nos a que amemos aos nossos inimigos e ao próximo, isto é, qualquer ser humano carente da graça do Pai (Jo 1.14).

b) A dádiva da filiação divina. Deus torna um filho das trevas em filho de Deus (Jo 1.12; 1Pe 2.9). É a graça do Pai indo ao encontro da pessoa, tornando-a membro da família de Deus (Ef 2.19).

c) O ministério da reconciliação. O apóstolo Paulo explica o milagre da salvação como resultado do “ministério da reconciliação” (2Co 5.19).  Todo ser humano pode ter a esperança de salvação eterna, mas de salvação agora também. Quem está em Cristo é uma nova criatura e o resultado disto é que Deus faz tudo novo em sua vida (2 Co 5.17).

II. BONS DESPENSEIROS DOS MISTÉRIOS DIVINOS
1. COM SOBRIEDADE E VIGILÂNCIA. 
O despenseiro deve administrar a igreja local, retirando da “despensa divina” o melhor alimento para o rebanho, como prova de sua preocupação com o rebanho, ou seja, uma atenção especial deve ser dispensada para aqueles que mostram interesse pela Palavra.

Paulo destaca a sobriedade e a vigilância do candidato ao episcopado como habilidades indispensáveis ao exercício do ministério (1Tm 3.2). Por isso, o apóstolo recomenda ao obreiro não ser dado ao vinho, pois a bebida traz confusão, contenda e dissolução (1Tm 3.2 cf. Ef 5.18). O fiel despenseiro é o oposto disso. Nunca perde a sobriedade e a vigilância em relação ao exercício do ministério dado por Deus.

2. AMOR E HOSPITALIDADE. 
Os despenseiros de Cristo têm um “ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a multidão de pecados” (1Pe 4.8). Mediante a graça de Deus, o obreiro pode demonstrar sabedoria e amor no trato com as pessoas. Amar sem esperar receber coisa alguma é parte do chamado de Deus para os relacionamentos (1Jo 3.16). Esta atitude é a verdadeira identidade daqueles que se denominam discípulos do Senhor Jesus (Jo 13.34,35). Aqui, também entra o caráter hospitaleiro do obreiro, recomendado pelo apóstolo Pedro (1Pe 4.9). Isso se torna possível para quem ama incondicionalmente, pois a hospitalidade é acolhimento, bom trato com todas as pessoas crentes ou não, pobres ou ricas, cultas ou não etc. Este é o apelo que o escritor aos Hebreus faz a todos os crentes (Hb 13.2,3).

3. O DESPENSEIRO DEVE ADMINISTRAR COM FIDELIDADE. 
A graça derramada sobre os despenseiros de Cristo tem de ser administrada por eles com zelo e fidelidade. A Palavra de Deus nos adverte: “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1Pe 4.10). Pregando, ensinando ou administrando o corpo de Cristo, tudo deve ser feito para a glória do Senhor, a quem realmente pertence a majestade e o poder (1Pe 4.11). Paulo ensina-nos ainda que devemos ser vistos pelos homens como “ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus” (1Co 4.1; Cl 1.26,27). Por isso, os despenseiros de Deus devem ser fiéis em tudo; “para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus” (Ef 3.10).

III. OS DONS ESPIRITUAIS E O FRUTO DO ESPÍRITO
1. A NECESSIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS. 
Os dons espirituais são indispensáveis à Igreja. Uma onda de frieza e mornidão tem atingido muitas igrejas na atualidade, as quais não estão vivendo a real presença e o poder de Deus para salvar, batizar com Espírito Santo e curar enfermidades (Ap 3.15-20). Em tal estado, os dons do Espírito são ainda mais necessários. É no tempo de sequidão que precisamos buscar mais e mais a face do Senhor, rogando-lhe a manifestação dos dons espirituais para o despertamento espiritual dos crentes em Jesus (Hb 3.2).

Sem a busca e posterior concessão dos dons espirituais, a maior prejudicada acaba sendo a própria igreja, que fatalmente acabará atacada e invadida pela mornidão e vencida pela infatilidade espiritual. Se a igreja não fizer uso dos dons concedidos por Deus se tornará presa fácil para a atuação do Maligno, na verdade, a igreja não subsistirá diante desta situação espiritual calamitosa de rejeição da Palavra e atuação dos espíritos demoníacos, por isto é imprescindível a busca e utilização destas dádivas espirituais que estão à disposição do Corpo de Cristo.ela exercda ndo com temor, querendo como crianças participar de uma vida plena da presença, do poder e da Autoridade concedida
  
2. OS DONS ESPIRITUAIS E O AMOR CRISTÃO. 
Paulo termina o capítulo sobre os dons espirituais, dizendo: “Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente” (1Co 12.31). Em seguida abre o capítulo mais belo da Bíblia Sagrada sobre o amor,  1 Coríntios 13.

Não é por acaso que o tema do amor (capítulo 13) está entre os assuntos espirituais (capítulos 12 e 14). Ali, o apóstolo dos gentios refere-se a vários dons, ensinando que sem o amor nada adianta tê-los, ainda mais como nos dias atuais, onde se canta muito e se pratica pouco. Nos cânticos as letras endeusam o amor e a compreensão, no entanto, o ódio e o desejo de vingança acabam falando mais alto e induzem os desavisados ao erro.

3. A NECESSIDADE DO FRUTO DO ESPÍRITO. 
Uma vida cristã pautada pela perspectiva do fruto do Espírito (Gl 5.22) é o que o nosso Pai Celestial quer à sua Igreja. Uma igreja cheia de poder, que também ama o pecador. Cheia de dons espirituais, mas que também acolhe o doente. Zelosa da boa doutrina, mas em chamas pelo amor fraterno que, como diz Paulo, “é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal” (1Co 13.4,5). O caminho do amor é mais excelente que o dos dons espirituais (1Co 12.31).

CONCLUSÃO
A multiforme sabedoria de Deus manifesta-se na igreja através da intervenção sobrenatural do Espírito Santo e a partir dos dons de Deus necessários ao crescimento espiritual dos crentes. Sejam quais forem os dons, aqueles que os possuem devem usá-los com humildade e fidelidade, não buscando os interesses próprios, mas sobretudo o amor, pois sem amor de nada adianta possuir dons. Estes são para a edificação dos salvos em Cristo Jesus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO – FORAM ALCANÇADOS?
      Os dons são diversos, amplos, verdadeiras dadivas;
      Despenseiros: sóbrio-vigilante-hospitaleiro-fiel-amoroso;
      Dons espirituais sem amor para nada servem.

REFERÊNCIAS
Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.

Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.

Bíblia Sagrada. Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro. Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.


LOURENÇO, Luciano de Paula. Disponível em:http://luloure.blogspot.com.br/2014/06/aula-13-multiforme-sabedoria-de-deus.html. Acesso em 25 de junho de 2014.

Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)

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