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terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Material utilizado nos Cultos de Ensino do mês de janeiro

das igrejas Casa de Oração para todos os povos - Manancial


COMO O PECADO CHEGOU ATÉ NÓS
Texto bíblico: Rm 3.12-23

Conteúdo
  • Definição de pecado
  • Realidade e universalidade do pecado;
  • Como o pecado chegou até nós?
  • A criação perfeita sem pecado;
  • O pecado na esfera angelical;
  • O pecado na esfera humana;
  • Pecado de omissão;
  • Pecado de comissão;
  • Consequências do pecado;
  • O perdão de Deus.
Introdução:
É muito importante conhecermos a doutrina cristã do pecado, visto que continuamos pecadores, mesmo conhecendo e usufruindo da Graça de Deus em nossas vidas.

Definição:
O conceito mais comum de pecado é “errar o alvo”, ou seja, pecado é tudo aquilo que nos torna diferente do projeto original de Deus.

Segundo o dicionário Aurélio, pecado é entendido como a transgressão de preceito religioso, falta ou culpa. Teologicamente, o pecado é definido como qualquer ação, atitude ou disposição que torne possível o fracasso humano em cumprir ou alcançar de modo completo os padrões estabelecidos por Deus (I Jo 3.4), deixando o homem escravo dessa prática (Jo 8.34).

A realidade do pecado:
O pecado é um fato incontestável, é um vírus que atingiu toda a raça humana, uma chaga universal, um tormento coletivo. É uma realidade que leva o homem à prática do mal e como consequência gera a opressão, luta, guerra, sofrimento e por fim a morte.

Negar a existência do pecado é negar por extensão a veracidade da Escritura, que do principio ao fim afirma que o pecado existe.

A universalidade do pecado:
O pecado é universal, pois o erro de Adão foi transmitido e afetou todos os seres humanos (Gn 6.11-12; Sl 14.1-4, 53.1-3, 143.2; Pv 20.9; Ec 7.20; Rm 3.10-23, 5.12; I Jo 1.8,). O pecado está presente na natureza humana desde cedo (Jó 14.4; Sl 51.5; Jo 3.6; Ef 2.3). Todos os descendentes de Adão são pecadores, exceto Jesus.

Como o pecado chegou a nós?
Os anjos, seres angélicas criados por Deus sem pecado (Ez 28.11-19), se rebelaram contra o Criador, que não os poupou (II Pe 2.4; Jd 1.6).

Não há versículos específicos que relatam o número de anjos rebeldes, mas algumas passagens nos levam a conclusão de que se tratou da terça parte (Is 14.12; Lc 10.18; Hb 12.22; Ap 9.1, 12.3-9).
Este mal percorreu um longo caminho até atingir a maior criação de Deus na Terra, que havia sido avaliada como boa ao final do sexto dia (Gn 1.31).

O homem foi criado sem pecado (Gn 1.26-28;31), um ser moral, com capacidade para discernir entre o bem e o mal. Somos livres para decidir sobre nossa vida, mas temos que ter ciências que daremos conta de todas as nossas decisões (Ec 11.9).

A Bíblia nos mostra que Deus formou a luz e criou as trevas, a paz e o mal (Is 45.7), porém este mal criado não pode ser entendido como aquele estado que assola o homem e o leva à prática do pecado. Pois Deus é bom e não pode ver e nem ser tentado pelo mal, além de ser moralmente perfeito (Dt 32.4; Hc 1.13; Mt 5.48; Hb 6.18; Tg 1.13; 1 Jo 1.5).

Portanto esse mal citado deve ser entendido como a situação de calamidade, caos que está reservado para aqueles que não optarem por seguir a vontade de Deus, ou seja, o pecador será punido ao final e entenderá todos os acontecimentos futuro como um mal criado por Deus e não como manifestação da sua justiça.

A criação perfeita sem pecado:
Deus declarou que era bom tudo o que havia criado (Gn 1.31), portanto podemos afirmar que o Universo estava isento do pecado no momento de sua criação.

O livre-arbítrio:
Deus criou o homem sem pecado, mas a sua criatura pecou fazendo uso do livre-arbítrio, uma espécie de crédito dado por Deus, que se transformou em débito, a partir do momento em que o homem se tornou escravo do pecado.

Essa escravidão tirou do homem as possibilidades de mudança de vida por iniciativa própria, mas não foi capaz de impedir a libertação através do sacrifício de Jesus. Na verdade, o livre-arbítrio nada mais é do que uma desculpa esparrafada usada pelo homem para justificar suas falhas. Um remédio que não produz efeito.

O pecado na esfera angelical:
Os anjos foram criados por Deus sem pecado (Ez 28.11-19), porém o Maligno conseguiu, arrastar a terça parte dos anjos do céu, através da bajulação e mentira (Jo 8.44). Portanto, na esfera angelical, o pecado teve início, no coração do antigo querubim, atual Maligno.

O pecado na esfera humana:
O ser humano é pecador (Rm 3.10,23), porém nem sempre foi assim, pois o homem foi criado sem pecado (Gn 1.26-31; 2.7-9). O pecado entrou no ser humano através da tentação diabólica (Gn 3.1-24). Neste episódio o homem desobedeceu a Deus para obedecer ao Maligno. A partir daquele momento todo ser humano passou a ser pecador aos olhos de Deus (Sl 14.3; 53.3; Rm 3.10-12).

Pecado de omissão:
Pecado de omissão consiste em deixar de fazer o que a Lei de Deus ordena (Tg 4.17), ou seja, deixar de fazer o que sabemos e o que devemos fazer. Em outras palavras seria como nos silenciar diante da vontade de Deus, cruzarmos os braços. 

Um bom exemplo de pecados de omissão registrados são os fatos narrados na parábola do bom Samaritano (Lc 10.30-37), ocasião em que o sacerdote e o levita pecaram não fazendo o que deveriam fazer, ou seja não amaram o próximo. Outro exemplo foi o caso do homem que recebeu um talento do seu Senhor e que sabia de sua responsabilidade, entretanto optou por enterrar o talento, em vez de trabalhar. Assim, ele pecou contra o seu Senhor e foi punido (Mt 25.41-46). Conhecemos a vontade de Deus e sabemos o que devemos fazer, entretanto não fazemos (2 Pe 2.21). 

As vezes nos consideramos donos da nossas vidas ou tememos a vontade de Deus. Sempre quando nos portamos desta forma seremos disciplinados por Deus até nos submetermos à sua vontade (Hb 12.5-11) e perdermos recompensas espirituais (1 Co 9.24-27).

Pecado de comissão:
O pecado em comissão é justamente fazer o que a Lei de Deus proíbe (II Jo 10,11), momento em que nos tornarmos cumplices do sistema opressor maligno. O pecado de comissão começa dentro de nós. É um ato, palavra ou desejo contrário à lei de Deus, que parte do ser humano.

Antes de conhecermos a Graça não sentíamos o peso provocado pelo pecado, sentíamos, às vezes, remorso, no entanto, agora conhecedores da Palavra sabemos da necessidade da confissão e posterior perdão de Deus.

Consequências do pecado:
As consequências do pecado se espalharam rapidamente por toda a humanidade, contaminando todos os poderes e faculdades do corpo e alma (Gn 6.5, Sl 14.3, Rm 7.18). 

O pecado também quebrou a comunhão plena com Deus, fato este comprovado pela expulsão do homem do paraiso, o lugar que representava a comunhão e a plenitude da vida feliz com Deus. Como consequência do pecado, ao homem foi vedado o acesso à árvore da vida, o símbolo da vida eterna (Gn 3.22-24).

O pecado produziu distúrbios em todos os aspectos da vida do homem, tanto na vida física, sujeitando-o à fraquezas, doenças, quanto na vida mental, pois o sujeitou à perturbações angustiantes. A alma do homem se tornou um campo de batalha de pensamentos, paixões e desejos conflitantes (Gn 3.8-10).

O pecado provocou o afastamento do Criador e sua criatura. Com isso o homem perdeu a retidão original e rompeu com a verdadeira fonte de vida, obtendo como resultado a condição de morte espiritual (Ef 2.1-12, 4.18).

Após o pecado original, o homem foi condenado a retornar ao pó do qual fora formado (Gn 3.19) e se tornou sujeito à morte eterna (Rm 6.23), o destino eterno reservado a todo aquele que passam pela morte física, sem se arrependerem de seus pecados. O tormento é real, consciente e eterno (Lc 16.23, 24, Ap 14.11, 20.10-15).

O perdão de Deus:
Jesus, pelo sacrifício vivo do Calvário, abre as portas da Graça para o pecador. A estes bastam se arrependerem de seus pecados, optando pela mudança de vida total proporcionada a todos os que crêem no Filho de Deus.

Jesus morreu em nosso lugar (1 Co 15.3) para satisfazer plenamente a justiça de Deus (Gl 1.4; Ef 5.2), por isso os salvos em Jesus devem viver em santidade, reconhecendo seus erros e devem buscar o arrependimento sincero, através da confissão dos pecados (I Jo 1.8-9). 

Próximo assunto: Maravilhosa Graça e Salvação

Por: Ailton da Silva - 10 anos (Ide por todo mundo)