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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Lição 4 - pós aula (congregação Novo Horizonte)

ABRIR MÃO!
Ah, se Jesus tivesse oportunidade para não se desvencilhar da sua glória divina? Se Ele encarnasse com sua glória, certamente estancaria as dores, sofrimento, tristeza, fingiria durante seu sacrifício. Esta ideia era base central do docetismo, heresia difundia na época e combatida pela igreja primitiva (Bíblia de Estudo aplicação pessoal página 1787).

Duvido que muitos hoje não fariam esta opção: “posso até ir, mas quero uma contrapartida, ou uma garantia que não vou sofrer”.

Jesus desceu homem (Jo 3.13) e subiu Deus (At 1.9)? Isto deixou Nicodemos ainda mais confuso. "Ora ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu".

Até no momento da morte, Jesus não se mostrou mais forte e resistente, já que poderia. Ele morreu primeiro que os outros crucificados? Os soldados foram quebrar as pernas dos outros dois e quebraram, de fato, mas a de Jesus não. Ele já estava morto, oh glória!.

Algumas trocas de pastores e dirigentes colocam homens em seus devidos lugares, pó, mas é difícil admitirem, até no último instantes continuam se achando, ordenando, alguém fala para alguns, que não são mais os dirigentes.

Paulo também abriu mão de sua glória. Ele tinha dentro do bolso um titulo que lhe concedia GLORIA HUMANA, mas ele abriu mão. Apanhou calado, chorou, suportou as dores. Ele não usou a cidadania romana para fugir ou para se preservar, muito menos para se autopromover. Revelou depois no outro dia, que não deveria ter apanhado tanto, sem um julgamento digno, porque não disse antes? Em Jerusalém quando previu que estava prestes a sofrer o mesmo, ele gritou: “é vos licito açoitar um romano sem ser condenado” (At 22.25)

ENTRADA TRIUNFAL:
Zacarias 9.9 – o projeto do jumentomovel,

A glória não foi para o jumento, foi para Jesus, só que o jumento achou que era para ele. Tem muitos jumentos pensando o mesmo. 

Alias, creio que o jumento voltou no outro dia para ver se a recepção seria a mesma. Coitado. Tem muitos jumentos voltando no outro dia, pensam que a glória é para eles.

O jumento sentiu a glória de Deus!

O rei de Roma veio ao Brasil e abriu mão de muitos privilégios. Sinal de humildade! Mas não tanto quanto o demonstrado pelo Rei da Glória.

Encarnação foi o maior demonstração de humildade que poderia existir.

MESMO SENTIMENTO
Que haja em nós o mesmo sentimento. Quais que devem existir? E quais existem?

Alguns passam e semeiam, outros chegam e colhem. A glória vai para o segundo ou para o primeiro?

Conheci uma igreja que não saia do lugar, o pastor em idade avançada, tinha somente dois presbíteros, não recebia visitantes, tinha apenas um tocador de violão, os bancos eram tipo aqueles de sítio, sem encosto, o som era de péssima qualidade, não havia congregações (uma em cada bairro), o rádio toca fitas era de péssima qualidade, estragava muitas k7, poucas no circulo de oração, muito menos na mocidade, mas esta foi a única vez que eu contemplei 8 jovens saindo do mundão e aceitando Jesus como Salvador. Eles diziam: “como é gostoso este lugar”. (eu sou um destes 8 jovens).

Alguns reclamavam do pastor, era de idade avançada, reclamavam dos obreiros, da falta de recursos, mas a igreja estava crescendo.

Muitos daqueles presos de Filipos congregaram com Paulo na igreja, assim que saíram da prisão com os alvarás de soltura, pois de outra forma creio que não sairiam. Ora, não fugiram quando viram as portas abertas, se comportaram como verdadeiros salvos em Cristo.

Por: Ailton da Silva - Ano IV - caminhando para o ano V

Gálatas - informações essenciais

PROPÓSITO:
Refutar os judaizantes (que ensinavam que os crentes gentios deveriam obedecer à lei judaica a fim de se salvarem) e conclamar os cristãos à fé e á liberdade em Cristo.

AUTOR:
Paulo.

DESTINATÁRIOS:
As igrejas do Sul da Galácia fundada na primeira viagem missionária de Paulo (incluindo Icônio, Listra e Derbe) e os cristãos de toda a parte.

DATA:
Aproximadamente no ano 49 d.C., em Antioquia, e antes do Concílio de Jerusalém (no ano 50 d.C.)

PANORAMA:
A controvérsia mais urgente na Igreja Primitiva era o relacionamento entre os novos crentes, particularmente os gentios, e as leis judaicas. Esse era especialmente um problema para os convertidos e para as jovens igrejas que Paulo havia fundado em sua primeira viagem missionária. Paulo escreveu para corrigi-los. Mais tarde, no Concílio de Jerusalém, esse conflito foi oficialmente esclarecido pelos lideres da igreja.

VERSÍCULO CHAVE:
“Estais, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão” (5.1).

PESSOA CHAVE
Paulo, Pedro, Barnabé, Tito, Abraão e os falsos mestres.

LUGARES CHAVES:
Galácia e Jerusalém.

CARACTERÍSTICAS PARTICULARES:
Esta carta não foi dirigida a nenhum grupo restrito de crentes, ela provavelmente circulou por diversas igrejas da Galácia.

Informações extraídas da seção “Informações essenciais” – Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal

Por: Ailton da Silva - Ano IV - caminhando para o ano V

terça-feira, 30 de julho de 2013

Pré-aula_Lição 5: As virtudes dos salvos em Cristo - parte1



Por: Ailton da Silva - Ano IV - caminhando para o ano V

Lição 4 - Congregação Novo Horizonte

 

Domingo, não tivemos aula da EBD em nossa recém convertida congregação, Vila Fernandes, ex-subsede do extinto setor 42, pois estivemos cooperando em um congresso em nossa região (Santo Expedito), uma cidade de pouco mais 3.000 habitantes, mas que em abril quadriplica devido às festas do padroeiro, Santo Expedito.

Hoje à noite estaremos em uma de nossas congregações, Novo Horizonte, ministrando a 4ª lição do trimestre.

Com a reunificação dos dois setores da cidade, ainda estamos planejando e reestruturando os trabalhos, o certo até agora é que será reativada a classe de jovens da subsede e estaremos aguardando novas orientações.

Por Ailton da Silva - Ano IV - caminhando para o ano V

sábado, 27 de julho de 2013

Jumentomóvel - número reduzido de discípulos - glória divina oculta na natureza humana

1) O que mais poderia ser feito para provar sua humildade?
Até no ajuntamento de seus discípulos, Jesus demonstrou toda sua humildade, pois não ostentou, já que poderia[1], um seleto grupo de homens, bem sucedidos, graduados, afortunados e rodeados de recursos[2] que facilitariam o seu ministério, ao contrário, já que não levou em conta estes fatores e facilitadores para escolher seus doze companheiros que andariam com ele durante sua rápida estadia[3] na terra.

Qualquer um hoje, se prenderia e faria questão de que os que fossem rodeá-los, pelo menos, tivesse algo para oferecer, digamos, em troca, ou no mínimo, que pudesse colocar parte de seus pertences em prol dos crescimento, não do reino, mas do ego humano.

2) A alegria de qualquer líder:
Quantos hoje não se gabam de terem à sua retaguarda, obreiros de primeiro quilate, ensinadores de primeiro mundo, pregadores de multidão, avivalistas que “cuspam fogo e pulem fogueiras”, verdadeiros atiradores de lanças e espadas flamejantes e, valha-nos Deus, corajosos que tenham a audácia de colocarem “fogo nos rabos das raposas” transformando-as em grandes tochas de fogo (cfe Jz 15.4) como pretexto de queimar a seara dos filisteus, por pura vingança.

E o que falar dos pregadores de agendas lotadas, cantores de trânsito livre, ora mundo, ora igreja, sem paradas, que não temem represálias, tampouco se importam com fatídico ecumenismo, verdadeiros fantoches nas mãos de apresentadores de auditórios, que “versonalizam, parodeiam, pagodeiam, sabamzeiam, olodumzeiam”(sic) suas musicas e letras. Imagino tais homens e mulheres em seus camarins vomitando e praguejando ao final de seus inescrupulosos programas de auditórios lotado de verdadeiros fanáticos por sensacionalismos nerísticos(sic), ou que outro conceito podemos formar a respeito destes leões que ficam, ao vivo ou em gravações semanais, devorando cristãos pelo mundo afora diante uma plateia feliz da vida que ri, zomba e finge que chora ou que conhece a letra da música, talvez conheçam mesmo, pois as FM as colocam em primeiro lugar entre os hits mais tocados.

Quantos diáconos que dão gosto, que enchem os olhos de seus “líderes”, submissos, trabalhadores, que chegam bem cedo aos cultos, prepararam o ambiente, que se preocupam com o templo, zelam pelas dependências, instrumentos, equipamentos e que fazem de tudo para que os trabalhos sejam propícios para salvação de almas e alegria do povo de Deus. Parece que ouvi alguém dizer: “Pare Terra, quero descer” ou algum mais cético: “Houston, temos um problema”.

Porque a maioria se esquece desta grande verdade: “O primeiro mártir reconhecido da igreja primitiva foi um DIÁCONO, levantado para servir à mesa. Não foi um apóstolo(zão), ou alguém que fazia parte do primeiro grupo, da tropa de elite ou do primeiro escalão”.

E os presbíteros que “descem” e ajudam os cooperadores e diáconos, quando consegue enxergar que estão apurados nas portas, nas coletas ou no trato humanitário com membros e crianças. Descem? Ou eles estão colados com super-bonder, a que é fabricada nos porões infernais, que impede que se levantem de suas poltronas almofadadas para ajudarem. Não podem socorrer? Uma vez presbítero, nunca mais diácono ou cooperador? Não nos esqueçamos que nas terras de Melquisedeque, o grande pai Abraão foi um grande diácono (Gn 14.18-20) e dos bons.

E os levitas? Não sabia que tínhamos levitas em nossas igrejas. Ninguém havia me dito isto. Vamos a uma rápida definição bíblica desta classe de pessoas, tão raro na atualidade:

Os levitas, descendentes da tribo de Levi, não tiveram herança material (Dt 10.9) e não reclamaram[4] por isto. Eles foram separados por Deus para serem seus (Nm 8.14). Exerciam o sacerdócio e auxiliavam nos trabalhos contínuos (Nm 3.6-10). Eram os únicos autorizados a trabalharem no Tabernáculo, ninguém poderia ajudá-los.

a) Funções dos levitas:
  • Transporte da Arca da Aliança (I Sm 6.15; II Sm 15.24);
  • Serviços no tabernáculo (Nm 1.50-53);
  • Eram os responsáveis pela música e liturgia (I Cr 15.16, 17, 22);
  • Ensinavam a Lei ao povo, tinham conhecimento da Lei (Ne 8.7-8; II Cr 35.3);
  • Ministravam aos sacerdotes (Nm 3.6-7; 18.2) e ao povo (II Cr 35.1-6);
  • Vigiavam o santuário (Nm 18.3);
  • Guardavam os instrumentos, os vasos sagrados (Nm 3.8); os tesouros sagrados (I Cr 26.20); os dízimos e ofertas (II Cr 31.11-19; Ne 12.44);
  • Montavam, desmontavam, carregavam e arrumavam o Tabernáculo, etc (Nm 1.50-51);
  • Matavam os idolatras e apóstatas como o ocorrido no caso do bezerro de ouro (Ex 32.25-29).

b) Os levitas eram de Deus:
“E separarás os levitas do meio dos filhos de Israel, para que os levitas sejam meus.” (Nm 8.14).

c) Os levitas deveriam colocar um fim na idolatria e não promovê-la:
“Pôs-se em pé Moisés na porta do arraial e disse: Quem é do SENHOR, venha a mim. Então se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi. E disse-lhes: Assim diz o SENHOR Deus de Israel: Cada um ponha a sua espada sobre a sua coxa; e passai e tornai pelo arraial de porta em porta, e mate cada um a seu irmão, e cada um a seu amigo, e cada um a seu vizinho. E os filhos de Levi fizeram conforme à palavra de Moisés; e caíram do povo aquele dia uns três mil homens”. (Ex 32.26-28)

d) Os levitas eram verdadeiros trabalhadores braçais:
“Mas tu põe os levitas sobre o tabernáculo do testemunho, e sobre todos os seus utensílios, e sobre tudo o que pertence a ele; eles levarão o tabernáculo e todos os seus utensílios; e eles o administrarão, e acampar-se-ão ao redor do tabernáculo. E, quando o tabernáculo partir, os levitas o desarmarão; e, quando o tabernáculo se houver de assentar no arraial, os levitas o armarão; e o estranho que se chegar morrerá”. (Nm 1.50-51).

De tudo exposto, não comungo a ideia de que, somente por tocar um instrumento ou por possuir uma voz afinadíssima, qualquer pessoa possa se considerar ou intitular “levita do Senhor”, a menos que desempenha pelo menos, uma destas funções:
·      Coloquem fim e não promovam a idolatria;
·      Não olhem para as consequências, cansaço, tempo e compromissos;
·      Zelem pelo templo, cuidem das dependências, desmontem e montem como eles faziam com o tabernáculo, com aquelas colunas, cortinas e forros pesadíssimos.

Era um trabalho duro, mas recompensador. Enquanto desempenhavam suas funções as outras tribos se preocupavam cada um com a sua tenda e famílias, ninguém ajudava. Façam isto e acreditarei que existem levitas em nosso meio.

3) Número reduzido de discípulos:
Pois bem, voltando a escolha dos discípulos, é necessário mencionarmos também a quantidade. Somente doze? Porque não foram muitos, tanto como a areia do mar e estrelas do céu, tal como a promessa de semente feita a Abraão (Gn 22.17), afinal era o próprio Filho de Deus no pleno exercício deste que se tornou o grande mistério da encarnação, deveria ter mais ou poderia ter desejado.

A multidão era apenas para comprovar a sua natureza (100% divina), pois se achegavam a Ele somente para receberem a cura, verem sinais nunca antes imaginados, tal como ressuscitação, cura de leprosos, de coxos, cegos, etc, sem contar que estavam apenas atrás das bênçãos materiais, alguns para comerem, outros pediam somente solução de problemas espirituais. Quantos se prontificaram a segui-lo tão logo recebessem suas aspirações? Lembro de um, o ex-endemoninhado gadareno, que até desejou (Mc 5.18), mas Jesus tinha outros planos para ele.

Jesus precisava apenas de doze[5] na terra. Um número razoável, que poderia mais para frente ser multiplicado, resultando em um assustador crescimento numérico nunca imaginado, porém esperado.

Às vezes tento imaginar a reação dos pioneiros[6] Gunnar Vingren e Daniel Berg, lá pelos idos dos anos 50, andando por este Brasil e contemplando templos em várias localidades, inúmeros crentes professando sua fé e mantendo a unidade, nos ensinamentos, comportamento e aspirações vindouras. O que sentiam quando viam tudo isto? Satisfação pelo “ide” cumprido, alegria pela ação de Deus nos confins da terra? Uma coisa é certa, glorificaram muito a Jesus pelo crescimento da obra.

Doze homens, cinco pescadores, um cobrador de impostos, seis com ocupações desconhecidas, mas que foram nivelados, não por baixo, tampouco por cima, mas na medida exata, que somente Jesus conhecia e poderia determinar. Não existia maior ou menor, bonito, feio, estudado, analfabeto, não existia entre eles “o cara”.

Mesmo assim disputaram os melhores lugares, um desejou a direita e o outro a esquerda (Mc 10.37), se consideraram um maior que o outro (Mc 9.34), ou pelo menos tentaram. Outro se achou em condições de zombar da cidade (Jo 1.46) na qual o Messias havia passado parte de sua vida, que audácia, tudo bem que a cidade não valia nada, era desprezada mesmo, mas que falta de respeito por Jesus, pois o nivelou a humanos e coisas terrestres: “pode vir alguma coisa boa de Nazaré”? Sim, pode! E como é boa a pessoa de Jesus, bom e humilde.

Ele nasceu em uma manjedoura, cresceu em meio a madeiras e ferramentas de uma carpintaria e morreu solitário, mesmo que rodeado de pessoas, em uma fria e dura cruz. Meçam suas palavras para falarem daquele que veio de Nazaré. O de outra cidade europeia, capital de um país lindo, pode-se falar a vontade, pois é tão humano quanto nós, ninguém é infalível, mesmo que tenha sido declarado, não existe alguém com este atributo.

Estavam corretos de desprezarem a cidade, era comum mesmo, mas ao nivelarem Jesus, meio que sem intenção, agiram como os egípcios, lá nos idos da administração do grande e justo José. Quem traçou o plano para salvar o Egito? Quem colocou em prática? Quem dividiu com justiça os mantimentos? Havia muito pão naquela terra, muito mesmo, mas a fome era muito maior (Gn 41.54-56). A quem Faraó mandou a multidão de famintos procurar? Mas na hora dos desfiles, José sempre esteve no segundo carro (Gn 41.43), pois o primeiro era reservado à autoridade constituída e reconhecida, o salvador da pátria.

E olha que José nos deu outra lição de humildade, não sendo a toa que sua ficha, em tudo se assemelhava a de Jesus. No reencontro com seu pai, ele também se esvaziou de toda a glória que o Egito havia lhe concedido e se lançou no pescoço do velhinho Jacó e praticamente declarou com esta sua atitude: “hoje aqui a maior autoridade não sou eu, é o meu pai. Eu reconheço isto e aceito”. A maior autoridade na terra não era o Filho, era o Pai, por isto que Ele fez a vontade do que estava no céu.

4) Glória divina oculta na natureza humana:
Jesus se esvaziou, se desprendeu de sua valiosíssima glória (Jo 17.5), para mostrar a todos que é possível sim, vencermos esta tentação de queremos ser o que não somos, de queremos mostrar o que não temos, mas como é difícil para o homem se desprender da vanglória passageira, presunçosa, baseada em propósitos irreais.

Ele sacrificou sua igualdade posicional, pois se permitiu encarnar, ocultou sua glória divina em uma casca carnal. Que outro “deus” houvera feito isto um dia? Nem mesmo nas ricas e fantasiosas mitologias romana e grega nunca fora visto algo semelhante. É bem possível que alguns deuses humanos destas civilizações tenham visitado a terra, para darem uma olhadinha, praticarem alguma violência sexual, incestos, prostituições e aberrações, ou para destruírem, se vingarem, mas nunca para darem[7] a vida por eles, duvido, somente Jesus, o verdadeiro Deus foi capaz de dar sua vida em favor do homem.

Que deuses mitológicos e humanos poderia fazer o que Jesus fez? O “bom Servo”, veio para servir (Mt 10.28) e trabalhou de uma forma que confrontou muitos conceitos e ensinamentos de civilizações antigas ou atuais. Na verdade, o objeto da idolatria humana atual, não se permite agir como o verdadeiro Deus. Eles temem o escândalo e não querem perder a glória alcançada (Jo 12.42). Jamais fariam como Jesus, que:
  • Tocou em leprosos (Mt 8.1-3);
  • Tratou um surdo-mudo de uma forma não vista antes, enfiou o dedo no ouvido e cuspiu, tocando em sua língua (Mc 7.33);
  • Permitiu que uma prostituta molhasse seus pés com lágrimas e que enxugasse com o próprio cabelo (Lc 7.36-48);
  • Conversou com publicanos, comeu com pecadores (Mt 9.10-13);
  • Lavou os pés de seus discípulos (Jo 13.5);
  • Cuspiu na terra, fez lodo e refez o globo ocular de um cego de nascença (Jo 9.6).

Agindo desta forma, Jesus nunca perdeu ou alterou sua igualdade pessoal com o Pai, ela sempre foi preservada, mesmo porque não teria como isto acontecer. Desde a eternidade Ele é Deus. Ele e o Pai são um (Jo 10.30). O que aconteceu e o que foi permitido foi a manifestação das duas naturezas de Jesus, não concomitantemente, cada qual com suas respectivas características, para não deixar dúvidas quanto à sua humanidade e divindade. Para isto basta crermos nesta relação:
a) Caracteristicas divinas:
  • Caixa de texto: Morreu em uma cruzÚnico que perdoa pecados;
  • O grande Eu Sou;
  • Filho Unigênito e amado (único no céu e na terra);
  • Não foi criado (sem principio de dias  nem fim de vida);
  • O que tem a primazia;
  • Criador e sustentador de tudo (visível e invisível);
  • O que é Um com o pai;
  • O que tem o poder sobre a natureza;
  • O operador de milagres;
  • Primogênito (1º e único filho de Deus a entrar na glória);
  • O único que ressuscitou a si mesmo;

b) Características humanas:
  • Possuiu corpo, alma (Mt 26.38), sentimento e raciocínio;
  • Teve sono, fome, sede e cansaço;
  • Chorou, sofreu, angustiou-se e irou-se;
  • Nasceu, cresceu e morreu;
  • Primogênito e unigênito (1º filho de Deus encarnado na Terra e único);
  • Teve família, pais, irmãos, primos, etc;
  • Enfrentou o processo da gestação;
  • Teve profissão;
  • Cumpriu os deveres cívicos e os previstos na Lei;
  • Foi tentado;
  • Enfrentou a morte;
  • Chamou-se de homem (Jo 8.40);
  • Foi humilhado;
  • Foi circuncidado;
  • De Senhor tornou-se servo.

Como se não bastasse tudo isto, o verdadeiro Deus entrou em sua cidade montado em um simples jumento emprestado, exposto ao riso, zombaria e a atentados. Tudo isto, um dia será recompensado, pois todo o joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor.

Referências:
BALL, Charles Fergurson. A vida e época do apóstolo Paulo. 1ª ed. , Rio de Janeiro. Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1998.

BARROS, Aramis C. de. Doze homens e uma missão. Curitiba: Editora Luz e Vida, 1999

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.

Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão Internacional. Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.

MACARTHUR, John. Novo Testamento. Comentários expositivos Filipenses. 1939.



[1] Poderia ter ajuntado não somente uma multidão de homens, como também um número incalculável de anjos para estar ao seu dispor (cfe Mt 4.6; 26.53).
[2] Recursos tais como: tv, rádio, portal internet, jornal, revista, produtora de vídeos, editora, instituição financeira (para lavagem de dinheiro e promoção de escândalos em escala mundial) e por ai afora.
[3] Chega dá pena de nossas convenções humanas. O nosso entendimento limitado sobre o tempo é nada quando confrontado ao que Deus já determinou sobre o assunto (2 Pe 3.8).
[4] Duvido que hoje alguém não diria: “Porque nasci nesta tribo, onde está a minha herança, quero minhas terras”
[5] Ainda considerarei o beijoqueiro traidor, já que aprendeu muito andando ao lado de Jesus, somente não colocou em prática.
[6] Suecos vindo dos Estados Unidos, que desembarcaram em Belém do Pará, em 19 de novembro de 1910, dia da Bandeira, empunhando em suas mãos a bandeira do Pentecoste. Fundaram oficialmente a igreja Assembleia de Deus em 18 de junho de 1911.
[7] Esta foi uma das dificuldades que os gregos enfrentaram para acreditarem que Jesus houvera vindo para morrer em lugar da humanidade. Para eles os deuses deviam mostrar o seu poder de outra forma, destruindo, matando ou violentando sexualmente.

Por: Ailton da Silva - Ano IV - caminhando para o ano V

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Jesus, o exemplo ideal de humildade, Plano de aula

TEXTO ÁUREO
‘De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2.5).

VERDADE PRÁTICA
Jesus Cristo é o nosso modelo ideal de submissão, humildade e serviço.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 2.5-11.
5 - De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
6 - que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
7 - Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
8 - e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz.
9 - Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome,
10 - para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,
11 - e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor; para glória de Deus Pai.

PROPOSTA
          Os filipenses deveriam ter a mesma disposição de Jesus;
          “Em forma de Deus”, uma configuração, semelhança;
          Jesus não se apegou aos seus direitos divinos;
          Jesus não trocou sua natureza divina pela humana;
          Ele encarnou, permitiu se rebaixar;
          No calvário, Ele desceu ao ponto mais baixo;
          O caminho da exaltação passa pela humilhação;
          “Dobre todo joelho” – reconhecer a autoridade de alguém;
          “Toda língua confesse” – reconhecimento público.

INTRODUÇÃO
Segundo o pastor Geraldo Carneiro a “humildade é a virtude com que manifestamos o sentimento da nossa fraqueza ou de nosso pouco ou nenhum mérito”. Continua o mesmo pastor dizendo que esta virtude é ordenada (Mq 6:8; Mt 20:25; Lc 14:10; 22:26, 44; Rm 11:20; 12:3; Ef 4:2; Fp 2:5; Tg 4:10) e que a ausência dela é condenada pela Bíblia (II Cr 33:23; 36:12; Jr 44:10; Dn 5:22), portanto reconhecemos a importância da existência desta característica na vida do cristão, uma vez que ficou muito evidente na vida de Jesus, o qual devemos imitar assim como foi imitado por Paulo.

Ao ensinar a igreja de Filipos, Paulo usou o exemplo de Jesus, para que os cristãos entendessem que nada poderia ser feito por contenda ou vanglória. Eles deveriam imitar Cristo (1 Co 11.1), por isto haviam recebido este título (At 11.26). Deveriam aprender sobre este quesito tão importante. O maior e melhor exemplo não havia do que o apresentado pelo “maior líder da história”, o próprio filho de Deus encarnado, o Cristo.

Assim como Jesus dispensou sua glória, é necessário que os cristãos se desprendam da glória humana (passageira, presunçosa, exagerada, baseada em propósitos irreais). Por esta atitude, Ele não deixou de ser Deus, apenas abriu mão da glória, que possuía com o Pai, desde a eternidade (Jo 17.5), para se tornar como um de nós. Alguns dos sacerdotes que ouviram Jesus, chegaram a crer, mas não confessaram por medo de serem expulsos das sinagogas (Jo 12.42), não tiveram coragem de se desprenderem da gloria momentânea, da qual usufruíam no Templo, não queriam perder seus lugarzinhos.

As atitudes de Cristo revelaram sua natureza humana, obediência e humilhação, bem como a sua divindade. Humanidade e divindade, que diga-se de passagem, são duas naturezas inseparáveis de Jesus. Esta doutrina apresentada por Paulo no segundo capítulo da Epístola aos Fiiipenses, nos prova que Jesus nunca deixou de ser Deus, e que encarnando-se, salvou-nos de nossos pecados.

Para a missão de salvar a humanidade, não foi escolhido por Deus um politico judeu influente ou poderoso, tampouco um respeitado sacerdote da linhagem da Arão, pelo contrário, pois Deus “escolheu alguém que não tinha onde reclinar a cabeça? Alguém que em seu nascimento não tinha onde pousar com a sua mãe”.

Jesus não se revelou plenamente, mas em simplicidade e ternura para nos mostrar que esta é “uma das características do cristão, condição necessária para a unidade da igreja. Ele se humilhou e abrindo mão de sua glória. Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

O Filho de Deus deixou o céu, a glória, o Seu trono, e se fez carne, fez-se homem, se encarnou. O eterno Filho de Deus não nasceu em um palácio. O Rei dos reis não nasceu num berço de ouro nem entrou no mundo por intermédio de uma família rica e opulenta; ao contrário, nasceu num berço pobre, numa família pobre, numa cidade pobre. Jesus nasceu numa manjedoura, cresceu numa carpintaria e morreu numa cruz. Ele não veio ao mundo para ser servido, mas para servir (Mc 10:45). Ele renunciou a Sua glória celestial. Ele tinha glória com o Pai antes que houvesse mundo (João 17:5). No entanto, voluntariamente deixou a companhia dos anjos e veio para ser perseguido e cuspido pelos homens. Do infinito sideral de eterno deleite, na própria presença do Pai, voluntariamente Ele desceu a este mundo de miséria a fim de armar a Sua tenda com os pecadores. Ele, em cuja presença os serafins cobriam o rosto, o objeto da mais solene adoração, voluntariamente desceu a este mundo, onde foi "... desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer" (Is 53:3). Jesus é o modelo ideal de humildade”

I - O FILHO DIVINO: O ESTADO ETERNO DA PRÉ-ENCARNAÇÃO
1. ELE DEU O MAIOR EXEMPLO DE HUMILDADE. 
A humildade de Cristo revelada antes de sua encarnação foi ensinada por Paulo aos Filipenses: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (v.5). O próprio Jesus afirmou isto, em certa ocasião, enquanto ensinava os seus discípulos, pois os instruiu a aprenderem Dele, que era o maior exemplo e o modelo perfeito de mansidão e humildade que poderia existir (Mt 11.29). Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

Jesus tirava tempo de sua apertada agenda para falar com todos, respondendo perguntas, tirando dúvidas e mostrando o melhor caminho. Ele visitava as casas do povo, assistia casamentos, pescava com amigos, falava com crianças no Seu colo. Ele sempre parava no caminho para atender um chamado de ajuda. Em Jesus podemos ver todas as atitudes associadas com uma pessoa pobre de espírito: humildade, submissão, serviço e amor. Sem dúvida, Jesus é o modelo ideal de humildade”.

Ele não mediu esforços para atender aos necessitados, doentes, problemáticos e desprezados. Foram várias as atitudes que o qualificavam como “o bom Servo”, o que viera primeiro para servir, para depois ser servido (Mt 10.28), entre quais destacamos:
  • Tocou em leprosos (Mt 8.1-3);
  • Tratou um surdo-mudo de uma forma não vista antes, enfiou o dedo no ouvido e cuspiu, tocando em sua língua (Mc 7.33);
  • Permitiu que uma prostituta molhasse seus pés com lágrimas e que enxugasse com o próprio cabelo (Lc 7.36-48);
  • Conversou com publicanos, comeu com pecadores (Mt 9.10-13);
  • Lavou os pés de seus discípulos (Jo 13.5);
  • Cuspiu na terra, fez lodo e refez o globo ocular de um cego de nascença (Jo 9.6).

2. ELE ERA IGUAL A DEUS.
Jesus é Deus, igual ao pai, pois ambos tem a mesma natureza, glória e essência (Jo 17.5). “Em forma de Deus” (v.6), sugere a ideia de mesma configuração, semelhança. “Ele existiu desde a eternidade como Deus”, somente se esvaziou de sua gloria, mas não da divindade. A igualdade pessoal continuou a existir, o que foi deixada foi a igualdade posicional. Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

“É da máxima importância distinguir aqui entre igualdade pessoal com Deus e igualdade posicional. Quanto à sua Pessoa, Cristo sempre foi, é e há de ser igual a Deus. Era-lhe impossível abrir mão disso, mas igualdade posicional já é outra coisa. Desde a eternidade, Cristo era posicionalmente igual ao Pai, desfrutando as glórias do Céu. Ele não julgou, porém, que fosse necessário agarrar-se a essa posição a qualquer custo. Quando foi necessário redimir a humanidade perdida, ele abriu mão livremente de sua igualdade posicional com Deus, ou seja, os confortos e a alegria do Céu. “Não julgou” necessário agarrar-se a eles para sempre e sob qualquer circunstância. Assim estava pronto para vir a este mundo e padecer a contradição dos pecadores contra ele mesmo. Ninguém jamais cuspiu em Deus Pai, tampouco foi ele agredido fisicamente ou crucificado. É neste sentido que o Pai é maior que o Filho; não é maior quanto à Sua Pessoa, e, sim, quanto à sua posição e à maneira em que viveu. João exprime esse pensamento: “Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai, pois o Pai é maior do que eu” (João 14:28). Os discípulos deviam se alegrar com a noticia de que ele ia para o Céu. Enquanto viveu na terra, Jesus foi tratado cruelmente e por fim rejeitado. Vivera em circunstâncias muito inferiores às de seu Pai. Nesse sentido, o Pai lhe era superior. Quando voltou para o céu, porém, passou a ser igual ao Pai quanto às circunstâncias e à Pessoa deste”.

A forma verbal da palavra “sendo’ aparece em outras versões bíblicas como subsistindo ou existindo. Cristo é, por natureza, Deus, pois antes de fazer-se humano “subsistia em forma de Deus”. Os líderes de Jerusalém procuravam matar Jesus porque Ele dizia ser “igual a Deus”. A Filipe, o Senhor afirmou ser igual ao Pai (Jo 14.9-11). A divindade de Cristo é fartamente corroborada ao longo da Bíblia (Jo 1.1; 20.28; Tt 2.13; Hb 1.8; Ap 21.7). Portanto, Cristo, ao fazer-se homem, esvaziou-se não de sua divindade, mas de sua glória. Ele a deixou temporariamente (Jo 17.5).

3. MAS “NÃO TEVE POR USURPAÇÃO SER IGUAL A DEUS”.
Isto não significa que Jesus se desapegou por completo de seus “direitos divinos”, apenas os colocou ao lado por alguns instantes. Ele não agiu egoisticamente, mas esvaziou- se da sua glória, para assumir a natureza humana e entregar-se em expiação por toda humanidade, para provar o seu amor pelo mundo.

Por amor a nós, Cristo ocultou a sua glória, que possuía em seu estado pré-encarnado (Jo 17.5), sob a presença da natureza terrena. Não deixou de ser Deus, apenas se tornou completamente humano e divino. Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

Quando Cristo nasceu, Deus tornou-se um homem. Jesus não era parte homem e parte Deus; ele era completamente humano e completamente divino. Cristo é a perfeita expressão de Deus na forma humana. Como um homem, Jesus estava sujeito ao lugar, ao tempo, e às outras limitações humanas. O que tornou a humanidade de Jesus excepcional foi o fato de não ter pecado. Ele não abandonou o seu poder eterno quando se tornou humano, mas deixou de lado a sua glória e os seus direito”.

Voluntariamente, humilhou-se e assumiu a nossa fragilidade, com exceção do pecado.

II - O FILHO DO HOMEM: O ESTADO TEMPORAL DE CRISTO
1. “ANIQUILOU-SE A SI MESMO”.
Foi na sua encarnação que o Senhor Jesus deu a maior prova da sua humildade, pois Ele “aniquilou-se a si mesmo”, privou-se de sua glória e tomou a natureza humana (gr. Kenoô), que significa também esvaziar, ficar vazio. Portanto, o verbo esvaziar comunica melhor do que aniquilar a ideia da encarnação de Jesus, todavia, em momento algum veio a despojar-se da sua divindade.

Jesus não trocou a natureza divina pela humana. Antes, voluntariamente, renunciou em parte às prerrogativas inerentes à divindade, para assumir a nossa humanidade. Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

Devemos ter cuidado ao responder a essa pergunta. Muitas vezes, ao tentar definir esse esvaziamento, muitos acabam por roubar de Cristo os atributos da Divindade. Por exemplo, dizem alguns que o Senhor Jesus, quando andava aqui na Terra, não era onisciente nem onipotente; que ele não podia estar em todos os lugares ao mesmo tempo; que ele voluntariamente pôs à parte esses atributos da divindade quando entrou no mundo como homem. Uns dizem até que ele estava sujeito às mesmas limitações que os homens, que era passível de erro e que aceitava as opiniões e os mitos comuns de seus dias! Refutamos isso com veemência. O Senhor Jesus Cristo não pôs à parte nenhum dos seus atributos divinos quando veio a este mundo. Ele continuou a ser onisciente (sabendo tudo); continuou a ser onipotente (todo-poderoso); continuou a ser onipresente (presente em todas as partes ao mesmo tempo). O que ele fez foi desfazer-se de sua posição de igualdade com Deus Pai e ocultou sua glória por baixo de um corpo de carne humana. A glória ainda estava lá, mas escondida, brilhando apenas em certas ocasiões, como, por exemplo, no monte da Transfiguração. Não houve um momento sequer, em toda a sua existência sobre a terra, em que ele ficasse sem os atributos da Divindade”

Tornando-se verdadeiro homem, fez-se maldição por nós (Gl 3.13). E levou sobre o seu corpo todos os nossos pecados (1 Pe 2.24). Em Gálatas 4.4, Paulo escreveu que, na plenitude dos tempos, “Deus enviou seu Filho, nascido de mulher". Isto indica que Jesus é consubstancial com toda a humanidade nascida em Adão. A diferença entre Jesus e os demais seres humanos está no fato de Ele ter sido gerado virginalmente pelo Espírito Santo e nunca ter cometido qualquer pecado ou iniquidade (Lc 1.35). Por isso, o amado Mestre é “verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus".

2. ELE “HUMILHOU-SE A SI MESMO”.
Jesus encarnado, deixou sua glória e rebaixou-se mais ainda ao permitir ser escarnecido e maltratado pelos incrédulos (Is 53.7; Mt 26.62-64; Mc 14.60,61) ao mesmo tempo que tomava a posição de servo. Se precisasse mais alguma demonstração de humilhação, certamente Ele se submeteria.

A auto humilhação do Mestre foi espontânea, Ele submeteu-se às maiores afrontas, porém jamais perdeu o foco da sua missão: cumprir toda a justiça de Deus para salvar a humanidade.

3. ELE FOI “OBEDIENTE ATÉ A MORTE E MORTE DE CRUZ”. 
O Mestre amado foi obediente à vontade do Pai até mesmo em sua agonia: "Não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lc 22.42). No Getsêmani, antes de encarar o Calvário, Jesus enfrentou profunda angústia e submeteu-se totalmente a Deus, acatando-lhe a vontade soberana.

Quando enfrentou o Calvário, o Mestre desceu ao ponto mais baixo da sua humilhação. Ele se fez maldição por nós (Dt 21.22,23; cf. Gl 3.13), passando pela ultrajante e maldita morte de cruz, o principal momento de seu ministério terreno, a hora vital. Mas porque tamanha obediência? Teria sido pelo fato do dinheiro envolvido na traição? Ou da inveja maligna vinda dos sacerdotes? Ou pela covardia de Pilatos ao condená-lo? Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

A grande questão é: por que Ele morreu na cruz? Cristo não foi para a cruz porque Judas O traiu por ganância, porque os sacerdotes O entregaram por inveja ou porque Pilatos O condenou por covardia. Ele foi para a cruz porque o Pai O entregou por amor e porque Ele a si mesmo se entregou por nós. Ele morreu pelos nossos pecados (1Co 15:3). Nós O crucificamos. Nós estávamos lá no Calvário não como plateia, mas como agentes da Sua crucificação”.

III - A EXALTAÇÃO DE CRISTO (2.9-11)
1. “DEUS O EXALTOU SOBERANAMENTE”. 
Jesus somente foi exaltado, pelo Pai, após sua vitória sobre o pecado, vitória esta que se deu justamente durante o processo de humilhação. Ele passou pelo vale, enfrentou a estrada que conduzia a coroação e nesta estrada havia uma cruz, da qual Ele não fugiu, por isto recebeu a recompensa do Pai. Se levantou da morte, subiu ao céu glorificado.

Na sua exaltação Ele foi coroado de glória, tornando-se herdeiro de todas as coisas (Hb 1.3; 2.9;12.2). Usado pelo autor sagrado para designar especialmente Jesus, o termo grego Kyrios revela a glorificação de Cristo. O nome “Jesus” é equivalente a “Senhor”, e, por decreto divino, Ele foi elevado acima de todo nome. As Escrituras atestam que ante o seu nome “se dobre todo joelho dos que estão nos céus (anjos), e na terra (humanidade), e debaixo da terra (mortos sem Cristo ou demônios), e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor [o Kyrios]” (v.10).

2. DOBRE-SE TODO JOELHO. 
Diante de Jesus, todo joelho se dobrará (v.10). Ajoelhar-se implica reconhecer a autoridade de alguém. Logo, quando nos ajoelhamos diante de Jesus, deixamos bem claro que Ele é a autoridade suprema não só da Igreja, mas de todo o Universo. Quando oramos em seu nome e cantamos-lhe louvores, reconhecemos-lhe a soberania. Pois todas as coisas, animadas e inanimadas, estão sob a sua autoridade e não podem esquivar-se do seu senhorio. “Deus Pai estava tão contente com a obra redentora de Cristo que determinou que todo joelho haverá de se dobrar perante Ele”, quer queiram ou não


Todo o joelho se dobrará dos que estão nos céus, na terra e debaixo da terra. Não importa quem são, o importante é que todos dobrarão seus joelhos e confessarão a Cristo como Senhor, não somente da terra, mas de tudo e de todos.

3. “TODA LÍNGUA CONFESSE” (V.11). 
Além de ressaltar o reconhecimento do senhorio de Jesus, a expressão implica também a pregação do Evangelho em todo o mundo. Cada crente deve proclamar o nome de Jesus.

O valor do Cristianismo está naquilo que se crê, A confissão de que Jesus Cristo é o Senhor é o ponto de convergência de toda a Igreja (Rm 10.9; At 10.36; 1 Co 8.6). Nosso credo implica o reconhecimento público de Jesus Cristo como o Senhor da Igreja. A exaltação de Cristo deve ser proclamada universalmente.

Os que negaram, os que zombaram e os que desprezaram terão que confessá-lo publicamente, não por imposição de Deus, mas por que não terão alternativa. O universo se curvará diante de seu poderio, mas um pouco tarde para esperarem como recompensa a salvação.

CONCLUSÃO
A humanização (encarnação), humilhação e exaltação de Jesus são verdades incontestáveis. Jesus é o Deus forte encarnado — verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. Ele recebeu do Pai toda a autoridade nos céus e na terra. Ele é o Kyrios, o Senhor Todo-Poderoso. O nome sob o qual, um dia, todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor. Essa verdade universal deve ser proclamada por todos nós.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
1) Conhecer o estado eterno da pré-encarnação de Cristo:
       Que haja em nós o que houve em Jesus, antes!

2) Aprender o que a Bíblia ensina sobre o estado temporal:
       Jesus aniquilou-se, humilhou-se a si mesmo e obedeceu;

3) Compreender a exaltação final de Cristo:
       Deus o exaltou soberanamente, depois da humilhação;
       Um dia, todo joelho se dobrará e toda língua confessará

REFERÊNCIAS
BARBOSA, José Roberto A Jesus, o modelo ideal de humildade. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com.br/2013/07/licao-04.html. Acesso em 24 de julho de 2013.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.

CARNEIRO FILHO, Geraldo. Jesus, o modelo ideal de humildade. Disponível em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/2013/07/3-trimestre-de-2013-licao-n-04-28072013.html. Acesso em 25 de julho de 2013.

Escola Dominical OCZ. Jesus, o modelo ideal de humildade. Disponível em: http://assembleiadedeusoczescoladominical.blogspot.com.br/p/4-licao-3-tri-2013_26.html. Acesso em 24 de julho de 2013.

Estudantes da Bíblia. Família, criação de Deus. Disponível em:http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2013/2013-03-04.htm. Acesso em 26 de julho de 2013.

LOURENÇO, Luciano de Paula. Jesus, o modelo ideal de humildade. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2013/07/aula-04-jesus-o-modelo-ideal-de.html. Acesso em 24 de julho de 2013.

NEVES, Natalino das. Jesus, o modelo ideal de humildade. Disponível em: http://www.slideshare.net/natalinoneves1/planejamento-estratgico-para-igrejas. Acesso em 24 de julho de 2013.

Por: Ailton da Silva - Ano IV - caminhando para o ano V