TEXTO ÁUREO
"E peço isto:
que o vosso amor aumente mais e mais em ciência e em todo o conhecimento"
(Fp 1.9).
VERDADE PRÁTICA
Paulo tinha uma grande afeição pelos irmãos de
Filipos; por isso suas orações e ações de graças por essa igreja eram
constantes.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 1.1-11
1 - Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os
santos em Cristo Jesus
que estão em Filipos, com os bispos e diáconos:
2 - graça a vós e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e
da do Senhor Jesus Cristo.
3 - Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro
de vós,
4 - fazendo, sempre com alegria, oração por vós em
todas as minhas súplicas,
5 - pela vossa cooperação no evangelho desde o primeiro
dia até agora.
6 - Tendo por certo isto mesmo: que aquele que em vós
começou a boa obra a aperfeiçoará até ao Dia de Jesus Cristo.
7 - Como tenho por justo sentir isto de vós todos,
porque vos retenho em meu coração, pois todos vós fostes participantes da minha
graça, tanto nas minhas prisões como na minha defesa e confirmação do
evangelho.
8 - Porque Deus me é testemunha das saudades que de
todos vós tenho, em entranhável afeição de Jesus Cristo.
9 - E peço isto: que a vossa caridade aumente mais e
mais em ciência e em todo o conhecimento.
10 - Para que aproveis as coisas excelentes, para que
sejais sinceros e sem escândalo algum até ao Dia de Cristo,
11 - cheios de frutos de justiça, que são por Jesus
Cristo, para glória e louvor de Deus.
PROPOSTA DA LIÇÃO:
•
Filipos: norte da Grécia,
colônia romana;
•
A igreja começou a
florescer no lar da irmã Lídia;
•
A carta foi redigida
entre os anos 60 e 63 d.C.;
•
Timóteo, co-autor da
carta, auxiliou Paulo;
•
Cristãos de Filipos foram
chamados de “santos”;
•
Bispos e diáconos: outros
destinatários das cartas;
•
Mesmo longe, Paulo se
aproximava dos filipenses;
•
Eles participavam das
aflições de Paulo e proveram-no;
•
Que o amor aumente mais.
Aprovem as coisas excelentes
INTRODUÇÃO
Em sua carta ao filipenses, Paulo expressou seu amor, gratidão, ternura, calor, afeição e entusiasmo
em relação ao amoroso zelo que aquela igreja nutria pelos obreiros do Senhor. Em suas demais cartas, o
apóstolo primeiramente se identificou e procurou realçar sua autoridade, o
mesmo recurso que ele não utilizou quando se dirigiu à igreja de Filipos, pois
havia entre eles um laço forte.
É impressionante ver Paulo se preocupando com os
irmãos e não consigo mesmo. Aquela igreja foi a única congregação que
contribuiu para sustentar o seu ministério. Ele se alegrava com as recordações
que tinha de seus amigos em Filipos, por isto o seu amor aumentava cada vez
mais.
Era de se esperar que o apóstolo não se alegrasse
tanto, pois as lembranças da cidade não eram assim tão boas, mesmo assim ele se
alegrava. Ele foi preso, açoitado ilegalmente, colocado no tronco e humilhado
diante do povo, antes de ser atormentado pela infeliz jovem que estava
possessa.
A carta realça a verdadeira cristologia, a epístola
orienta-nos quanto ao comportamento que devemos ter diante das hostilidades e
perseguições enfrentadas pela Igreja de Cristo.
A epístola está classificada no grupo das cartas da
prisão (Filipenses, Filemon, Colossenses e Efésios). É considerada
a mais bela do Novo Testamento. Esta carta foi escrita em circunstâncias
difíceis, enquanto o grande apóstolo estava prisioneiro em Roma.
Localizada no Norte da Grécia, fundada por
Filipe II, pai de Alexandre, o Grande. Outras cidades como Anfípolis, Apolônia,
Tessalônica e Bereia também faziam parte daquela região (At 17.1,10).
Filipos, uma colônia romana (At 16.12), porta de
entrada da Europa, especial para os romanos, uma espécie de réplica da capital
do Império. Era um importante centro mercantil, pois estava situada no
cruzamento das rotas comerciais entre a Europa e a Ásia.
“Na época da visita de Paulo, Filipos tinha se tornado um próspero
centro comercial, por causa de sua localização estratégica como a primeira
cidade na Via Egnátia, uma
antiga estrada que era muito importante, e que ligava os mares Egeu e
Adriático. Viajantes a Roma atravessavam o Adriático e então continuavam até
Roma pela Via Ápia. Assim, Filipos era a porta de entrada para o Oriente.
Embora totalmente colonizada pelos romanos depois de 31 a .C., a cultura de Filipos
ainda era mais grega do que romana. Lucas refere-se a Filipos como a “primeira
cidade desta parte da Macedônia e é uma colônia” (At 16:12). Embora Filipos não
fosse a capital da região (sub-provincia da Macedônia), ela era a “primeira
cidade”.
Os
habitantes de filipos tinham cidadania romana, em sua maioria eram soldados ou
descendentes leais ao imperador. Estes eram conscientes e orgulhosos do legado
romano. Tinham “direitos e privilégios, incluindo a imunidade de
taxação”. A cidade também se orgulhava de sua escola de medicina.
2. O EVANGELHO CHEGA À FILIPOS.
Paulo,
em sua segunda viagem missionária esteve nesta cidade e iniciou os trabalhos de
pregação do Evangelho e fundação da igreja, que anos mais tarde o auxiliaria
durante o exercício de seu ministério. Ele esteve acompanhado por Silas e Timóteo (At 15.40; 16.1-3).
Sempre que chegava em uma cidade estrangeira, era
normal que Paulo se dirigisse a uma sinagoga a fim de encontrar judeus
dispostos a ouvi-lo, mas em Filipos, havia uma comunidade não muito inclinada a
escutá-lo, por isto, ele concentrou-se num lugar público e informal para falar
a homens e mulheres desejosos por discutir assuntos religiosos.
Foi neste lugar que encontrou Lídia, de
Tiatira, uma comerciante que negociava púrpura (At 16.14), a primeira pessoa a
se converter em solo europeu. Ela levou o primeiro grupo de cristãos de Filipos
a congregar-se em sua casa. No lar da irmã Lídia, a primeira igreja européia,
fundada por Paulo, começou a florescer (At 16.15-40).
3. DATA E LOCAL DA AUTORIA.
Alguns especialistas em Novo Testamento afirmam
que a carta foi redigida entre os anos 60 e 63 d.C., provavelmente em Roma. Foi na capital do
império, que Paulo esteve mais tempo encarcerado, momento em que escreveu
outras três cartas (Efésios, Colossenses, Filemom). Na carta aos
filipenses ele enviou saudações aos “casa de César" e fez menção da guarda pretoriana (Fp 1.13), motivos que comprovam
que a carta foi escrito enquanto ele estava aprisionado.
Na ocasião, o apóstolo Paulo estava encarcerado
numa prisão, e recebeu a visita de um membro da igreja em Filipos, chamado
Epafrodito, que esteve gravemente adoentado, mas que fora curado, para ser o
responsável por levar a mensagem do apóstolo aos filipenses.
1. PAULO E TIMÓTEO.
Timóteo foi mencionado por Paulo na introdução
da epístola (v.1), tal como ocorre em outras cartas (II Co; Cl, 1 e
2 Ts, Fm), apesar de ser
apresentado como coautor da carta, a autoria principal pertence ao apóstolo
Paulo. A evidência maior encontra-se na declaração “Paulo e Timóteo [...] e a
todos os santos [...] que estão em Filipos” (Fp 1.1).
Certamente Timóteo teve conhecimento dos
assuntos expostos na carta, uma vez que por não desfrutar de boa saúde, era
necessário a presença de uma pessoa para auxiliá-lo na composição de seus
escritos (Rm 16.22; 1 Co 1.1; Cl 1.1). O apóstolo “usa a
primeira pessoa ao longo de toda a carta. Além disso, as referências pessoais
em Fp 3.4-11 e 4.1-16 aplicam-se claramente a Paulo”.
2. OS DESTINATÁRIOS DA CARTA: "TODOS OS
SANTOS".
Os
cristãos de Filipos foram
chamados de "santos" (v.
1), por Paulo. Uma forma
de se dirigir aos salvos e separados, por Deus, para viver uma nova vida em Cristo. Este era o
tratamento comum dado pelo apóstolo às igrejas (Rm 1.7; 1
Co 1.2). Quando ele usa a
expressão "em Cristo
Jesus ", o seu desejo era ilustrar a relação íntima dos crentes com o Cristo de
Deus, semelhante ao recurso usado por Jesus
quando da ilustração da "videira e os ramos" (cf. Jo 15.1-7).
3. ALGUNS DESTINATÁRIOS DISTINTOS: "BISPOS
E DIÁCONOS".
A distinção entre "bispos e diáconos"
expressa a preocupação paulina quanto à liderança espiritual da igreja (v.1). O
modelo de liderança adotado pelas igrejas do primeiro século funcionava assim:
os "bispos" eram responsáveis pelas necessidades espirituais da
igreja local e os "diáconos" pelo serviço à igreja sob a supervisão
dos bispos.
Desta
forma, havia na igreja primitiva, apenas três grupos, a saber, os santos, que
era constituído pelos membros, os bispos, que cuidavam da parte espiritual e os
diáconos que se preocupavam com as mesas e com o socorro (At 6.1-6), nada mais
foi mencionado por Paulo.
1. AS RAZÕES PELA AÇÃO DE GRAÇAS.
A razão de o apóstolo Paulo lembrar-se dos
filipenses nas suas orações, e alegrar-se por isto, foi a compaixão deles para
com o apóstolo quando da sua prisão, defesa e confirmação do Evangelho (v.7).
Esta lembrança fortalecia Paulo na sua solidão, pois, apesar de estar longe
fisicamente dos filipenses, aproximava-se deles pela oração, onde não há
fronteiras.
As recordações que Paulo tinha da sua primeira
estadia em Filipos não feriam seu coração, pelo contrário, alegrava, pois
sentia que Deus o havia socorrido, provido e atendido naquele lugar. No inicio
pregou para algumas poucas mulheres à beira do rio e apenas Lídia havia se convertido.
Depois vieram os dias de perturbações vindas daquela jovem possessa. O
sofrimento com as varadas ilegal e a prisão injusta, tudo isto era nada perto
do amor que ele sentia por aquela igreja. Em tese, os filipenses provocaram
mais alegria do que tristeza no apóstolo fundador, mesmo que aquela igreja
fosse formada por pessoas que estavam ou estiveram expostos aos gnosticismo,
paganismo e ao judaismo.
2. UMA ORAÇÃO DE GRATIDÃO (VV.3-8).
Paulo lembra a experiência amarga sofrida
juntamente com Silas em Filipos (v.7). Eles foram arrastados à presença das
autoridades, açoitados em público, condenados sumariamente e jogados no
cárcere, tendo os pés atados ao tronco (At 16.19,23,24). Essa dura experiência
fez o apóstolo recordar o grande livramento de Deus concedido a ele, a Silas e
ao carcereiro (At 16.27-33).
Os filipenses participaram das aflições do
apóstolo, orando e provendo-no, inclusive, de recursos financeiros (4.15-18),
ao passo que os coríntios fecharam-lhe as mãos (1 Co 9.8-12). Por isso, quando
lemos a Epístola aos Filipenses percebemos o amor, a amizade e a grande estima
que Paulo nutria para com aquela igreja (v.8), sentimento este que, ás vezes,
não encontramos em muitos lideres, pregadores ou ensinadores modernos.
3. UMA ORAÇÃO DE PETIÇÃO (VV.9-11).
Após agradecer a Deus pelos filipenses, o
apóstolo passa a rogar a Deus por eles:
a) Que o vosso amor
aumente mais e mais em ciência e em todo o conhecimento (v.9). O desejo do apóstolo é que o amor cresça e se
desenvolva de modo mais profundo, levando cada crente em Filipos a ter um maior
conhecimento de Cristo. Ele “não pede riquezas e conforto para si, ou a solução
de seus problemas”, mas estava pensando e desejando somente o bem para a igreja.
b) Para que aproveis
as coisas excelentes para que sejais sinceros e sem escândalo algum até ao Dia
de Cristo (v.10). Paulo intercedia pelos filipenses, pedindo ao Senhor
que lhes concedesse a capacidade de discernir entre o certo e o errado. Esta capacidade
fará do crente uma pessoa sincera e sem escândalo até a volta do Senhor.
c) Cheios de frutos de justiça (v.11). O apóstolo desejava que os
crentes filipenses não fossem estéreis, mas cheios do fruto da justiça para a
glória de Deus. A justiça que vem de Deus manifesta-se com perfeição no caráter
e nas obras do crente.
As adversidades ministeriais na vida do apóstolo
Paulo eram amenizadas na demonstração de amor das igrejas plantadas por ele,
isto pode ser claramente visto nas palavras, por ele, enviada aos filipenses.
Ele não media esforços nem limites para proclamar o Evangelho.
OBJETIVO DA LIÇÃO
1) Introduzir a Epístola ao Filipenses:
•
Filipos: norte da Grécia,
colônia romana;
•
Escrita, provavelmente,
entre 60 e 63 d.C., em Roma.
2) Explicar o propósito, a autoria e os
destinatários:
•
Propósito: encorajar e
alegrar os filipenses;
•
Autoria: Paulo e Timóteo;
•
Destinatários: todos os
santos, bispos e diáconos.
3) Compreender os atos de oração e ação de graças:
•
Paulo agradeceu e passou
a rogar pelos filipenses.
REFERÊNCIAS
BARBOSA,
José Roberto A. Paulo e a
igreja em Filipos.
Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com.br/2013/06/licao-01.html.
Acesso em 01 de julho de 2013.
Bíblia
de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003
Bíblia
Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do
Brasil, 2000
Bíblia
Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de
Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.
CARNEIRO FILHO, Geraldo. Paulo e a igreja em Filipos. Disponível http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/2013/07/3-trimestre-de-2013-licao-n-01-07072013.html.
Acesso em 04 de julho de 2013.
Estudantes
da Bíblia. Paulo e a
igreja em Filipos.
Disponível em: http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2013/2013-03-01.htm.
Acesso em 04 de julho de 2013.
JESUS, Isaías de. Paulo e a igreja em Filipos. Disponível em: http://rxisaias.blogspot.com.br/2013/07/paulo-e-igreja-em-filipos.html.
Acesso em 03 de julho de 2013.
Por: Ailton da Silva - Ano IV
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