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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Habacuque, a Soberania Divina sobre as nações. Plano de aula


TEXTO ÁUREO
“Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a vexação não podes contemplar, por que, pois, olhas para os que procedem aleivosamente e te calas quando o ímpio devora aquele que é mais justo do que ele?” (Hc 1.13).

VERDADE PRÁTICA
A fim de cumprir os seus planos Deus age soberanamente na vida de todas as nações da terra.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Habacuque 1.1-6; 2.1-4.
1.1 - O peso que viu o profeta Habacuque.
1.2 - Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás?
1.3 - Por que razão me fazes ver a iniquidade e ver a vexação? Porque a destruição e a violência estão diante de mim; há também quem suscite a contenda e o litígio.
1.4 - Por esta causa, a lei se afrouxa, e a sentença nunca sai; porque o ímpio cerca o justo, e sai o juízo pervertido.
1.5 - Vede entre as nações, e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos; porque realizo, em vossos dias, uma obra, que vós não crereis, quando vos for contada.
1.6 - Porque eis que suscito os caldeus, nação amarga e apressada, que marcha sobre a largura da terra, para possuir moradas não suas.

Habacuque 2
2.1 - Sobre a minha guarda estarei, e sobre a fortaleza me apresentarei, e vigiarei, para ver o que fala comigo e o que eu responderei, quando eu for arguido.
2.2 - Então, o SENHOR me respondeu e disse: Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler o que correndo passa.
2.3 - Porque a visão é ainda para o tempo determinado, e até ao fim falará, e não mentirá; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará.
2.4 - Eis que a sua alma se incha, não é reta nele; mas o justo, pela sua fé, viverá.

PROPOSTA DA LIÇÃO
          Habacuque, um profeta bem visto e aceito pela sociedade;
          Assunto do livro: corrupção, resposta Divina e oração;
          O clamor impaciente do profeta: “até quando Senhor”?
          Pecados: iniquidade, vexação, destruição e violência, etc;
          Deus estava aguardando o tempo oportuno para agir;
          Deus via o inimigo e se calava diante de sua ação? (1.13);
          Habacuque, alerta para receber e transmitir a mensagem;
          Mensagem: Queda da Babilônia e sobrevida para Judá;
          “Alma que incha será destruída e o justo viverá pela fé”

INTRODUÇÃO
No livro de Habacuque, o “profeta levita”, deparamo-nos com uma das mais notáveis declarações doutrinárias: “O justo, pela sua fé, viverá” (2.4). Este oráculo fez-se tão notório, que se tornou uma das mais importantes temáticas, em o Novo Testamento (Rm 1.17 cf. Gl 3.8). Séculos mais tarde, inspirou Martinho Lutero a deflagrar a Reforma Protestante. É um livro sui generis, uma espécie de diário, pois ao contrário dos outros profetas ele cobrou de Deus ações e respostas ante a tudo o que estava acontecendo, relatando-as, enquanto que os outros levantaram a voz para confrontarem o pecado e anunciarem a mensagem.

Habacuque, perturbado com a situação do povo, foi o “único entre os profetas, em que abertamente” questionou a Deus (1.3, 13b), pois não compreendeu como Judá continuava impune diante de tanta maldade (1.1-4; 2) e tampouco entendeu ou aceitou o fato da corrupta e maldosa Babilônia estar a ponto de invadir e conquistar o reino do sul.

A situação do povo era tenebrosa, as perspectivas de futuro para o reino eram sombrias, a inquietação do profeta era notória e a ação e resposta de Deus às suas orações eram nenhuma. Que consolo poderia ser oferecido ao reino? O que poderia ser pior? Ele iniciou seus oráculos através de questionamentos e concluiu com uma oração em favor da vida do povo. “A crise é uma oportunidade para nos voltarmos para Deus (ler Jl 2:12-16)”. O profeta compreendeu que Deus não havia mudado, era o mesmo. Por mais tenebrosa que seja a situação e mesmo que o futuro seja de igual modo pior, nada pode abalar a fé daqueles que confiam e esperam em Deus.

Ele estava perturbado com a “tolerância demonstrada por Deus” diante da iniqüidade do povo e com o iminente triunfo da injustiça.  O profeta não entendeu que estava diante da Soberania de Deus, que age, permite, decide, decreta, determina, conforme sua vontade (Ef 1.11), sendo que seus propósitos não podem ser frustrados, por isto ficou ainda mais confuso com a resposta recebida. Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

“O livro de Habacuque é  único no seu gênero por não ser uma profecia dirigida diretamente a Israel, mas sim um diálogo entre o profeta e Deus. Habacuque queria saber por que Deus não fazia algo a respeito da iniquidade que predominava em Judá. Deus lhe responde, então, que enviaria os babilônios para castigar a Judá. Esta resposta deixou o profeta ainda mais confuso: “Por que Deus castigaria seu povo através de uma nação mais ímpia do que ele”? No fim, Habacuque aprende a confiar em Deus, e a viver pela fé de maneira como Deus o requer: independentemente das circunstâncias”.

I. O LIVRO DE HABACUQUE
1. CONTEXTO HISTÓRICO.
Habacuque, o que foi “abraçado por Deus, título este conquistado por arguir Deus no início de seu livro” e por ter desenvolvido uma intimidade com Ele, desempenhando seu ministério em um dos momentos mais críticos de Judá, onde imperavam a violência, iniquidade, opressão, injustiça (1.1-4) e idolatria. Neste período os caldeus marchavam vitoriosamente pelo Oriente Médio (1.6). Tal marcha iniciou-se em 627 a.C. e foi concluída com a vitória sobre Faraó Neco, do Egito, na Batalha de Carquêmis, em 605 a.C. (Jr 46.2). Tempo em que, de fato, os caldeus tornaram-se um império pujante. Isso mostra que o profeta era contemporâneo de Jeremias e Sofonias (Jr 1.1; Sf 1.1). Ele menciona ainda a opressão dos ímpios sobre os pobres e o colapso da justiça nacional (1.2-4) e descreve também o cenário do reinado tirânico de Jeoaquim, rei de Judá, entre 605 e 598 a.C. (Jr 22.3, 13, 18).

Dava-se a impressão, e este foi um dos motivos do questionamentos do profeta, que o mal triunfaria, mas Deus mostrou que estava no controle total da situação. Samaria havia caído ante a supremacia assíria, como paga pelos seus desvios e rebeldia e agora o reino do Sul estava prestes a sucumbir diante da Babilônia. Este foi o pano de fundo do cenário geopolítico da época encontrada pelo profeta. Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

“As lições da queda do Reino do Norte não foram suficientes para abrir os olhos de Judá, nem as reformas religiosas realizadas pelo rei Josias no ano 621 a.C. tiveram profundidade suficiente para evitar a tragédia do cativeiro. Logo após a morte de Josias, Jeoaquim resistiu fortemente à pregação do profeta Jeremias, queimou os rolos do Livro e lançou o profeta na prisão (Jr 36:5,22,23). Nesse mesmo tempo, o mapa da política internacional estava passando por grandes mudanças. A poderosa Assíria tinha caído nas mãos dos babilônios em 612 a.C. O Egito, outra superpotência da época, marchou com seus carros blindados para o norte da Síria, em Carquemis, atravessando o território de Judá para enfrentar o exército caldeu. Nessa encarniçada peleja, Faraó Neco sucumbe também ao poderio militar da Babilônia em 605 a.C. Nesse mesmo ano, Nabucodonosor, o opulento rei da Babilônia, que governou esse majestoso império e construiu a gloriosa cidade com seus muros inexpugnáveis e seus jardins suspensos, cercou a cidade de Jerusalém. Estava lavrada a sorte desse reino que desprezava a Palavra de Deus, oprimia os fracos e aviltava a justiça. Foi nesse tempo de ascensão galopante da Babilônia, da queda repentina da Assíria e do Egito, do encurralamento de Jerusalém, que Habacuque aparece”.

2. VIDA PESSOAL.
Não há informações, dentro ou fora do livro, sobre a vida pessoal de Habacuque e família. Apenas temos a declaração de que ele é profeta (1.1; 3.1), detalhe este também encontrado em Ageu e Zacarias (Ag 1.1; Zc 1.1). A partir dessas poucas informações e pela finalização de seu livro, muitos estudiosos entendem que Habacuque era um profeta bem aceito pela sociedade e que talvez atuasse como instrumentista ou cantor no Templo (3.19). Tradições judaicas afirmam que era oriundo da tribo de Levi. A literatura rabínica apóia essa ideia.

3. ESTRUTURA E MENSAGEM.
A exemplo do livro de Naum, esse oráculo foi revelado à Habacuque na forma de visão (1.1). A profecia divide-se em três capítulos:
a) Primeiro: denuncia a corrupção generalizada da nação e a consequente resposta divina (1.2-17), por meio de uma pesada sentença, “difícil de ser entendida e mais difícil ainda de ser engolida”. A resposta de Deus foi surpreendente. “O maior problema de Habacuque não era fazer um diagnóstico da doença de sua nação, mas um estudo do comportamento de Deus”;

b) Segundo: outra resposta do Eterno (2.1-20), que anuncia a queda do soberbo e a nova forma de vida do justo, pela fé;

c) Terceiro: a oração de Habacuque (3.1-19), um cântico. “O profeta começa o livro chorando, termina-o cantando”. O que mudou não foi a situação do povo, mas sim a fé que certamente inundou a alma do profeta. Da dúvida à adoração! O que parecia perdido, sem esperança, tomou novos rumos graças ao diálogo com Deus. O oráculo divino, que possui a mesma estrutura dos Salmos, tem como principal ênfase a fé. Sobre a estrutura do livro o professor Francisco A. Barbosa discorreu:

“O livro de Habacuque dá um relato de uma jornada espiritual, contando sobre a trajetória de um homem da dúvida à adoração. A diferença entre o início do livro (1.1-4) e o final do livro (3.17-19) é impressionante [b]. Cinco aspectos básicos caracterizam a profecia de Habacuque. (1) Ao invés de profetizar a respeito da apóstata Judá, registra, em seu “diário” pessoal, suas conversações particulares com DEUS, e a subseqüente revelação profética. (2) Contém pelo menos três formas literárias distintas entre si: “diálogo” entre o profeta e DEUS (1.2-2.5); “ais proféticos” clássicos (2.6-20); e um cântico profético (cap. 3) - todas com dicção vigorosa e com metáforas pitorescas. (3) O profeta manifesta três características em meio aos tempos adversos: faz perguntas honestas ao Senhor (cap. 1); revela fé inabalável na soberania divina (2.4; 3.18,19); e manifesta zelo pelo avivamento (3.2). (4) A visão que o profeta tem de DEUS no capítulo três é uma das mais sublimes da Bíblia, e relembra a teofania no monte Sinai. Outros trechos inesquecíveis em Habacuque são: 1.5; 2.3,4,20; 3.2,17-19. (5) Nenhum profeta do AT fala com mais eloquência a respeito da questão da fé que Habacuque - não somente na sua declaração, “o justo, pela sua fé, viverá” (2.4), como também em seu testemunho pessoal (3.17-19)”.

II. HABACUQUE E A SITUAÇÃO DO PAÍS
1. O CLAMOR DE HABACUQUE.
O que ocorria em Judá ia de encontro ao conhecimento que Habacuque possuía a respeito do Deus de Israel. Mas como é possível Aquele que é justo e santo tolerar tamanha maldade? O profeta expressa sua perplexidade na forma de lamentos: “Até quando, SENHOR[...]?” (1.2; Sl 13.1,2); “Porque[...]?” (1.3; Sl 22.1). Essas perguntas indicam que, há tempos, Habacuque orava a Deus em busca de solução, sem obter respostas, até que um dia ouviu algo que o deixou ainda mais perplexo.

“Mas a oração de Habacuque se esbarrou no silêncio de Deus”, tal como a de outros personagens que viveram semelhante situação, devido aos seus desvios ou pecados, como por exemplo Saul (1 Sm 28.6), os do reino de Judá (Is 1.15; Jr 11.14), e também outros que, mesmo na presença de Deus, enfrentaram a mesma angustia, tais como Jó (Jó 30.20), Davi (Sl 22.2) e até mesmo a mulher siro-fenícia que ao clamar a Jesus não recebeu nenhuma palavra, de princípio (Mt 15.23).

2. A DESCRIÇÃO DO PECADO.
Assim, o profeta resume o quadro desolador do seu povo: iniquidade e vexação; destruição e violência; contenda e litígio (1.3). A estrutura poética nessa descrição revela a falência da justiça e o abuso opressor das autoridades em relação aos pobres.

O profeta contemplou a violência, a maldade e clamou a Deus de uma forma bem diferente dos profetas do Antigo Testamento, que proclamam o julgamento Divino, enquanto que ele pediu o juízo sobre o povo. A situação deplorável da nação foi assim descrita pelo pastor Geraldo Carneiro Filho:

“O pecado grassava em Judá. O povo adorava os ídolos, sacrificava os filhos a deuses e não levava Deus em conta. O ímpio rei Jeoaquim não somente se recusou a escutar os profetas de Deus, mas também queimou os escritos deles, prendeu alguns deles e até assassinou um profeta. Jeoaquim, insensatamente, foi alinhando Judá entre duas superpotências que guerreavam entre si: o Império Assírio, que estava em declínio, e o Império Babilônico, em ascensão”.

“Uma grande crise de ordem espiritual, moral e social havia se instalado em Judá (violência, destruição, opressão, contendas, litígios, parcialidade na aplicação da lei, injustiça). É nesse contexto desesperador que surge o profeta Habacuque, não apenas para dar resposta ao povo, porém, muito mais para fazer perguntas a Deus. Habacuque se mostra perplexo e inconformado com a situação vigente e busca em Deus uma resposta”.

3. O COLAPSO DA JUSTIÇA NACIONAL.
A frouxidão da lei era consequência da corrupção generalizada. Na esfera judiciária, a sentença não era pronunciada, ou quando dado o veredicto, este sempre beneficiava os poderosos (1.4), mediante os subornos aceitos pelos oficiais. A sociedade sequer lembrava-se da lei. Esta era o poder coercitivo para manter a ordem pública, garantir a segurança e os direitos do cidadão (Dt 4.8; 17.18,19; 33.4; Js 1.8), mas a influência das autoridades piedosas não foi suficiente para mudar o estado das coisas, uma vez que a justiça não se manifestava (1.4). Somente o Senhor onipotente de Israel é quem pode fazer plena justiça.

III. A RESPOSTA DIVINA
1. O JUÍZO DIVINO É ANUNCIADO.
Antes de Habacuque perceber a gravidade da situação, Deus que está no controle de todas as coisas, apenas aguardava o tempo oportuno para agir e mostrar a razão de sua intervenção. Tudo estava nos planos do Senhor. O profeta e todo o povo de Judá precisavam prestar mais atenção aos acontecimentos mundiais, pois o Eterno realizaria, naqueles dias, uma obra que eles não creriam, quando lhes fosse contada (1.5). Essa obra era um novo império que Deus estava levantando no mundo. Não obstante, esse oráculo também diz respeito à vinda do Messias (At 13.40,41).

Habacuque ficou perplexo com a resposta de Deus, que não estava alheio ao mau comportamento do povo, mas o que preocupou o profeta foi quando ouviu que um império se aproximava para ser usado como instrumento de correção. Era tudo o que ele não queria ouvir. Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

“Quando Deus respondeu à oração de Habacuque, ele ficou bastante aflito, pois a resposta veio de forma jamais imaginada pelo profeta. Deus não está sujeito ao nosso programa. Ele não obedece às nossas agendas. Seus caminhos são mais elevados do que os nossos (cf Is 55:8). Quando Deus estendeu Seu braço para agir, trouxe não a restauração de imediato, mas a disciplina. A ação de Deus veio na contramão da expectativa e da vontade do profeta. Deus trouxe os caldeus para serem a vara da Sua disciplina sobre Judá. Habacuque se queixava da apatia de Jeová e do Seu silêncio nos negócios de Judá. Porém, se o que o profeta queria era ação divina, ele a teve. O Deus que trabalha em silêncio nunca deixou de agir”.

2. OS CALDEUS E A QUESTÃO ÉTICA (1.6).
O império dos caldeus crescia e agigantava-se sob a liderança do rei Nabucodonosor. Ele estava a caminho de Jerusalém para invadir a província de Judá. No entanto, Habacuque ficou desapontado com essa resposta. Como um povo idólatra, sem ética e respeito aos direitos humanos, poderia castigar o povo de Deus? Ele pergunta: “por que, pois, olhas para os que procedem aleivosamente e te calas quando o ímpio devora aquele que é mais justo do que ele?” (1.13). Trataria o Senhor os filhos de Judá como os animais? (1.14). Permitiria à Babilônia fazer o que desejasse com o povo? (1.15-17).

Com os ninivitas houve misericórdia na primeira vez e juízo na segunda, agora os babilônicos tomaram para si os tesouros e riquezas do reino do Sul, que forma estranha de disciplinar o seu povo. Deus já havia usado outros artifícios anteriormente, tais como, guerras, calamidades naturais, ministério profético, mas o povo não deu ouvido.

IV. DEUS RESPONDE PELA SEGUNDA VEZ
1. A ESPERA DE HABACUQUE (2.1).
Sabedor de que Deus lhe responderia, o profeta preparou-se para ser arguido por Deus. Ele se posicionou como uma sentinela, figura comumente empregada para descrever os profetas bíblicos e ficou em posição para escutar a palavra de Deus, afim de transmiti-la ao povo (Is 21.8; Jr 6.17; Ez 3.17).

Habacuque aguardou a resposta de Deus aos seus questionamentos que de tão específicos que eram certamente as respostas seriam de uma singularidade nunca vista, que somente poderia vir de Deus.

2. A VISÃO.
A resposta divina veio ao profeta através de uma visão transmitida com agilidade e nitidez, dispensando a necessidade de que alguém lesse e a interpretasse (2.2), pois se tratava de uma mensagem que, apesar de futurística, era claríssima: A Babilônia desapareceria da terra para sempre, tal como Edom (Ob v.18) e a Assíria (Na 1.15). No entanto, Judá, apesar do castigo, sobreviveria (Jr 30.11), mesmo que fosse difícil de acreditar diante do conteúdo do restante da profecia (3.5-19). O desafio era crer na mensagem, ainda que seu cumprimento tardasse. Assim como naquele tempo, o mundo permanece no pecado por causa da incredulidade e por isso não crê na pregação do Evangelho (Jo 9.41; 15.22; 16.9; 2 Co 4.4), mas Deus é fiel para cumprir a sua palavra (2.3; Jr 1.12)

A missão do profeta era materializar a mensagem de forma que mesmo que fosse correndo, apressado, qualquer pessoa pudesse ler e entender, por isto deveria ser uma linguagem compreensível e dinâmica. Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

É uma visão para ser divulgada (Hc 2:2). Essa visão deveria ser lida pelos transeuntes. Deveria estar disponível e com acesso facilitado até para aqueles que passassem correndo. Essa visão deveria estar nos outdoors de Jerusalém, ao longo de todas as ruas, avenidas e estradas da vida. Habacuque deveria tornar-se agora o publicitário do céu, o marqueteiro de Deus, o propagandista do céu. Hoje, devemos usar todos os recursos mais rápidos, mais amplos e mais eficazes, para que mais pessoas possam receber a mensagem divina. Não podemos prescindir da página impressa, dos recursos da tecnologia eletrônica. Precisamos pregar a Palavra por meio da televisão, do rádio, da internet, da literatura. A mensagem que recebemos é a mais importante e urgente do mundo. Proclamemo-la a todos os povos”!

3. O JUSTO VIVERÁ DA FÉ.
A expressão “alma que se incha” (2.4) refere-se ao orgulho dos caldeus (1.10; Is 13.19). Seriam tempos difíceis. O justo é aquele que crê no julgamento de Deus sobre a Babilônia (2.8) e que sobreviveria à devastação de Judá pelo exército de Nabucodonosor.

O justo, pela sua fé, viverá (Hb 2.4b), é uma mensagem que “brilha como um diamante em uma pilha de fuligem”, ao mesmo tempo tem um profundo significado para a fé cristã (Rm 1.17; Gl 3.8; Hb 10.38). Em o Novo Testamento, o “justo” é quem, proveniente de todas as nações, acolhe a mensagem do Evangelho e é justificado pela fé em Jesus.

O soberbo confia em suas próprias forças tal como confiava os babilônicos, portanto a única alternativa para o justos é viverem pela sua fé.

CONCLUSÃO
A Palavra de Deus é suficiente para corrigir o caminho tortuoso de qualquer pessoa. Apesar de a resposta divina nem sempre ser o que esperamos, ela é sempre a melhor. Isso acontece porque os caminhos e os pensamentos de Deus são infinitamente mais elevados que os nossos (Is 55.8,9).

1) Explicar: o contexto histórico, a estrutura e a mensagem:
          Profetizou durante um dos momentos mais críticos;
          Denuncia da corrupção, correção e a fé do justo.

2) Compreender a situação do país na época:
          Iniquidade, vexação, violência, contenda e litígio;
          Colapso e falência da justiça, abuso e opressão.

3) Mencionar a resposta de Deus ministrada ao profeta:
          Um império mais ímpio seria usado como instrumento;
          A resposta deixou o profeta mais perplexo.

REFERÊNCIAS
BARBOSA, Francisco de Assis. A Soberania Divina sobre as nações. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2012/11/licao-9-habacuque-soberania-divina.html. Acesso em 26 de novembro de 2012.

BARBOSA, José Roberto A. A Soberania Divina sobre as nações. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com.br/2012/11/licao-09.html. Acesso em 26 de novembro de 2012.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.

BITTENCOURT, Marcos Antonio Miranda. Sete profetas antigos e muitos ensinamentos contemporâneos. Estudos em Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Revista do adulto cristão. 4º trimestre de 2011. JUERP, 2011.

CARMO, Oídes José. Profetas menores. Instrumentos de Deus produzindo conhecimento espiritual autêntico. Lições Bíblicas. Faixa Jovens e Adultos. 2º trimestre de 2008. Betel, 2008.

CARNEIRO FILHO, Geraldo. A Soberania Divina sobre as nações. Disponível em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/2012/11/escola-biblica-dominical-igreja.html. Acesso em 28 de novembro de 2012.

Estudantes da Bíblia. A Soberania Divina sobre as nações. Disponível em: http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2012/2012-04-09.htm. Acesso em 26 de novembro de 2012.

LOURENÇO, Luciano de Paula. A Soberania Divina sobre as nações. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2012/11/aula-09-habacuque-soberania-divina.html. Acesso em 26 de novembro de 2012.

Rede REDE BRASIL DE COMUNICAÇÃO. A Soberania Divina sobre as nações.  Disponível em: A atualidade dos profetas menores. Disponível em: http://www.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/. Acesso em 28 de novembro de 2012.
Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Isaías - informações essenciais

PROPÓSITO:
Chamar a nação de Judá de volta para Deus e revelar a salvação divina através do Messias.

AUTOR:
O profeta Isaías, filho de Amós.

DATA:
Os eventos dos capítulos 1 – 39 ocorreram durante o ministério de Isaías, portanto, estes capítulos foram provavelmente escritos cerca de 700 a.C. Os de número 40 – 66 devem ter sido escritos quase no final de sua vida, por volta de 681 a.C.

PANORAMA:
Isaías fala e escreve principalmente em Jerusalém.

VERSÍCULO CHAVE:
“Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. (53.5).

PESSOA CHAVE:
Isaías e seus dois filhos. Sear-Jasube e Maer-Salal-Hás-Baz.

CARACTERÍSTICAS PARTICULARES:
O livro de Isaías contém prosa e poesia, e também emprega a personificação (atribui qualidades pessoais a seres divinos ou objetos inanimados). Muitas das profecias de Isaias contem previsões que pressagiam, simultaneamente, eventos de ocorrência imediata e futura.

Informações extraídas da seção “Informações essenciais” – Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

sábado, 24 de novembro de 2012

Como Jonas ansiou pela missão de Naum

A) DEUS NÃO DEU ASAS PARA A COBRA:
Jonas desejou muito a ruína de Ninive (Jn 4.1-2) e como, mas teve que se contentar com o derramamento da misericórdia de Deus. Ele relutou em cumprir sua missão e esta mesma reação não foi demonstrada por Naum, que prontamente respondeu: “Eis me aqui. Só se for agora meu Senhor”.

Que outro animal poderia ser ordenado por Deus para que engolisse o segundo profeta emburrado?  Desta vez não foi preciso, pois a revolta com o império Assírio era evidente. Não foi necessário que a ordem fosse repetida. Qualquer profeta em Israel ou Judá ficaria satisfeito em entregar aquele tipo de mensagem.

Para falar o bem foi preciso um sinal (Mt 12.39), mas para entregar o juízo e proporcionar alegria e alivio em todo o território do reino bastou somente uma visão (Na 1.1). Talvez este tenha sido o motivo da eficiência do profeta, que aliado a sua pronta obediência proporcionou a certeza para Judá. Pelo menos não sofreriam com as ameaças do cruel império Assírio.

A geração que ouviu a pregação de Jonas havia crido e demonstrado arrependimento (Mt 12.41). Deus se alegrou e todos conheceram a sua misericórdia até mesmo o emburrado pregador.

Isto para os ninivitas soou como o início de uma nova era, uma dispensação, que se iniciou com uma graça e que terminaria com um juízo, assim como preconiza o pensamento dispensacionalista. Deus deu um tempo para Ninive, uma sobrevida, e que vida, mas quando a tolerância chegou ao limite era necessário o surgimento do juízo.

B) JUÍZO PARA O IMPÉRIO, ESPERANÇA PARA O REINO:
A queda de Ninive traria esperança para Judá, que poderia respirar aliviado por mais uma intervenção de Deus.

O cumprimento da profecia trouxe alegria para toda a vizinhança que sofria com as garras do leão indomável assírio e com a sedução da prostituta que enfeitiçava primeiro para depois abocanhar as riquezas alheias.

O império que escravizou, tomou, humilhou e matou, fazendo uso de métodos cruéis (os quais não são dignos de serem citados) um dia, quando acordou pela manhã se deparou com um grande sepulcro aberto para si, mas antes era necessário que entendessem que tudo aquilo era fruto dos próprios erros. Não havia mais tempo para misericórdia. A graça chegara ao fim.

C) ASSÍRIA: “NUNCA SERÃO”, NUNCA MAIS:
A cidade foi despedaçada, o império tombou e nunca mais se levantou ou se quer foi feito menção. “Não haja semente” e não houve, assim como Edom, foram varridos do mapa, esquecidos. Bem diferente de Israel que, mesmo em meio a escravidão, exílio e dispersão, manteve sua cultura, língua, sentimento monoteísta e sua fé em Jeová.

Não vale a pena vê-los de novo e mesmo que quiséssemos jamais poderíamos, pois nunca mais serão nação, povo, nunca mais serão reunidos, uma vez que não existe descendência.

D) DOIS PROFETAS, DUAS MISSÕES E UMA NAÇÃO
Será que Naum resistiria a Deus como Jonas, caso fosse ordenado que pregasse a misericórdia de Deus? Será que Jonas iria correndo, pulando de alegria se Deus o ordenasse a profetizar a ruína de Ninive, tal como Naum?

Cada um deles teve sua missão em épocas e circunstâncias diferentes, pois Jonas encontrou ouvidos atentos a sua mensagem e corações que se quebrantaram facilmente diante ao aviso Divino.

Naum encontrou mentes cauterizadas, rebeldia aflorada e descrédito. Se Jonas se deparasse com este cenário, certamente ele mesmo teria feito chover enxofre e fogo do céu para consumir a cidade, caso pudesse. Ele se revoltou com o credito e aceitação, imagine o que faria com a oposição e descrédito.

Para Naum já foi fácil entregar a mensagem de longe ou “in loco”, pois já era conhecedor do que o império do mal havia feito com Israel e sabia que estavam ao derredor bramando como leão, esperando somente a oportunidade para atacarem. Agora será que ele teria o mesmo ímpeto, caso fosse ordenado a ir até Ninive e pregar uma mensagem idêntica a de Jonas e contemplar o arrependimento e salvação dos inimigos? Outro Jonas, ninguém merece.

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Naum, o limite da tolerância Divina. Plano de aula

TEXTO ÁUREO
“Disse mais: Ora, não se ire o Senhor que ainda só mais esta vez falo: se, porventura, se acharem ali dez? E disse: Não a destruirei, por amor dos dez” (Gn 18.32).

VERDADE PRÁTICA
No tempo estabelecido por Deus, cada nação, e cada indivíduo em particular, passará pelo crivo da justiça divina.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Naum 1.1-3,9-14.
1 - Peso de Nínive. Livro da visão de Naum, o elcosita.
2 - O SENHOR é um Deus zeloso e que toma vingança; o SENHOR toma vingança e é cheio de furor, o SENHOR toma vingança contra os seus adversários e guarda a ira contra os seus inimigos.
3 - O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em força e ao culpado não tem por inocente; o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés.
9 - Que pensais vós contra o SENHOR? Ele mesmo vos consumirá de todo; não se levantará por duas vezes a angústia.
10 - Porque, ainda que eles se entrelacem como os espinhos e se saturem de vinho como bêbados, serão inteiramente consumidos como palha seca.
11 - De ti saiu um que pensa mal contra o SENHOR, um conselheiro de Belial.
12 - Assim diz o SENHOR: Por mais seguros que estejam e por mais numerosos que sejam, ainda assim serão exterminados, e ele passará; eu te afligi, mas não te afligirei mais.
13 - Mas, agora, quebrarei o seu jugo de cima de ti e romperei os teus laços.
14 - Contra ti, porém, o Senhor deu ordem, que mais ninguém do teu nome seja semeado; da casa do teu deus exterminarei as imagens de escultura e de fundição; ali farei o teu sepulcro, porque és vil.

PROPOSTA
  • 150 anos depois: Nínive novamente nos planos de Deus;
  • Estrutura do livro: louvor, castigo e B.O. contra Nínive;
  • Mensagem: queda de Nínive (peso de Nínive);
  • Deus é juiz de toda a terra, declarou juízo contra Nínive;
  • Não foram punidos antes devido a longanimidade de Deus;
  • Assíria: emaranhado de espinhos e monte de bêbados;
  • “Mais ninguém [...] seja semeado” começou pelo rei;
  • “Serão exterminados [...], mas não te afligirei mais”.
INTRODUÇÃO
O profeta Naum apareceu, mais ou menos um século e meio após Deus ter dispensado sua misericórdia sobre Nínive. Ele profetizou sobre a aquela perversa cidade a proclamou sua ruína, pois com o passar do tempo eles se esqueceram do que Deus havia proporcionado a eles, através da pregação de Jonas. Agora o juízo divino seria irreversível. Sobre isto o professor Francisco de Assis Barbosa escreveu:

“Cerca de cento e cinquenta anos antes de Naum, na época do Profeta Jonas, Nínive, a capital da Assíria, recebeu o perdão de YHWH, mediante o arrependimento de seu povo. Os ninivitas convertidos por Jonas não repassaram os ensinos aos seus filhos (3.1-4), a Assíria perdoada, progrediu rapidamente e embriagados por suas conquistas, aquela geração tornou-se ainda mais arrogante e cruel. Em seu livro, Naum descreve a situação moral da Nínive contemporânea como uma cidade sanguinária e traidora”.

A cidade desapareceu da face da terra, assim como houvera sido profetizado (2.11-12), profecia esta que serviu de consolo à Judá, que era forçado a pagar tributos aos assírios para que não tivessem o mesmo fim de Israel.

O livro de Naum é uma espécie de prolongamento de Jonas, cujo ministério, levou os ninivitas ao arrependimento, mas não demorou para que eles voltassem as velhas praticas e crimes de guerra. Não se deram conta que para tudo existe um limite, uma tolerância.

Os dois livros apresentam Nínive como foco, sendo que no primeiro enxergamos o derramamento da misericórdia de Deus, na vida daqueles que se arrependem do mal, enquanto que no segundo ficou evidente o castigo sobre aqueles que extrapolam os limites da tolerância de Deus.

O livro, apesar de ser dirigido aos judeus, é uma severa repreensão as práticas militares da Assíria e aos seus crimes de guerra. “Em matéria de crueldade os ninivitas eram imbatíveis”, mas em se tratando de justiça não havia e não há outro Deus semelhante. Se as injustiças sociais cometidas em Israel contra os pobres e necessitados foram todas tratadas, imaginem então as crueldades e desrespeito aos direitos humanos cometidos pelos assírios.

I. O LIVRO DE NAUM
1. CONTEXTO HISTÓRICO. 
Naum, cujo nome significa “conforto, consolo”, à semelhança de outros profetas menores, não possui biografia. Ele apresenta-se apenas como o “elcosita”. O reinado no qual profetizou não é mencionado (v.1b). As escassas informações de que dispomos ainda não são conclusivas. As opiniões dos eruditos são divergentes. Elas variam entre o assédio de Jerusalém, em 701 a.C, por Senaqueribe, rei da Assíria (2 Rs 18.13) até as reformas religiosas protagonizadas por Josias, rei de Judá, em 621 a.C. (cf. 2 Rs 22.1-23.37; 2 Cr 34.1-35.27).

a) Origem do profeta. 
Alguns estudiosos acreditam que “elcosita” (v.1c) refere-se a uma cidade da Assíria, situada a 38 quilômetros de Nínive, em Al-kush, ao norte do atual Mossul, Iraque. Tal informação é a menos provável, visto que, desde a antiguidade, a cidade de Cafarnaum, na Galileia, casa de Jesus (Mt 9.1; Mc 2.1), cujo nome significa “aldeia de Naum”, é apontada como local de nascimento do profeta. “É oportuno salientar que Naum lembra o cuidado de Deus pelo seu povo, e que Cafarnaum foi a cidade que viu os milagres de Jesus pelo seu povo, e não creu nele (Mt 11.23)”.

b) Período aceitável. 
Em 612 a.C. a cidade de Nínive foi destruída. A profecia menciona também o desmoronamento de Nô-Amon, capital do sul do Egito, como fato comprovado historicamente (3.8-10). O rei assírio, Assurbanípal, destruiu a cidade egípcia de Nô em 663 a.C. De acordo com essas informações, podemos considerar 663 a 612 a.C. como um período histórico significativo para situarmos o ministério profético de Naum.

c) Nínive (v.1). 
Nínive, a grande cidade (Jn 1.2; 3.2), era a antiga capital do império assírio. Naum se referiu a ela como a “cidade de derramamento de sangue ou cidade ensanguentada” (3.1), pois foram considerados um dos povos mais cruéis da história. É uma das cidades pós-diluvianas fundada por Ninrode, descendente de Cuxe (Gn 10.8-11), por volta de 4500 a.C.,  tornando-se proeminente antes de 2000 a.C. O rei assírio, Senaqueribe (705 - 681 a.C), fortificou a cidade, garantindo assim o apogeu da capital assíria. As ruínas da cidade estão localizadas ao norte do Iraque.

2. ESTRUTURA. 
O “Livro da visão de Naum” (v.1b) consiste em três breves capítulos:
a) O capítulo 1 divide-se em duas partes principais: a primeira é um salmo de louvor a Jeová (vv.2-8); a segunda, num estilo poético, anuncia o castigo dos seus inimigos (vv.9-14), sendo que o versículo 15 é parte do capítulo 2 na Bíblia Hebraica.
b) O segundo capítulo anuncia o assédio e a destruição de Nínive.
c) O terceiro o “boletim de ocorrência” dos motivos de sua queda.

3. MENSAGEM.
O tema do livro é a “queda de Nínive”. A expressão “peso de Nínive” (v.1a) proclama o início de sua ruína. O substantivo hebraico para “peso” é massa que significa “carga, fardo, sofrimento” (Êx 23.5; Nm 11.11,17) bem como “sentença pesada, oráculo, pronunciamento, profecia” (Hc 1.1; Zc 9.1; 12.1). Ela aponta para a proclamação de um desastre (Is 14.28; 23.1; 30.6).

A profecia dizia respeito a queda e destruição do império e ao mesmo tempo trazia uma mensagem de consolo ao reino de Judá. (1.7, 12). Nínive não poderia ficar impune ante as suas atrocidades. Nenhuma autoridade, governo ou império é capaz de fugir do juízo divino. A mensagem para os ninivitas foi esta conforme escreveu o professor Luciano de Paula Lourenço:

“Nínive é chamada de cidade sanguinária (Na 3:1) e cruel (Na 3:19), e os assírios são julgados por sua arrogância (Na 1:11), idolatria (Na 1:14), assassinatos, mentiras, traições e injustiças sociais (Na 3:1-19). Naum predisse que esta nação orgulhosa e poderosa seria totalmente destruída por causa dos seus pecados. O fim veio em 50 anos”.

II. TOLERÂNCIA E VINDICAÇÃO
1. VINGANÇA (V.2). 
A mensagem de Naum é o juízo divino sobre Nínive. Aqui, sobressaem os atributos divinos pertinentes ao tema. O verbo hebraico naqam, “vingar-se, tomar vingança”, aparece três vezes só neste versículo e precisa ser devidamente compreendido. Vingança é o castigo imposto por dano ou ofensa; diz respeito a infratores contumazes da lei divina. Visto que a vingança pertence a Deus (Sl 94.1), contra eles está o justo “Juiz de toda a terra” (Gn 18.25).

Retiro - região 5 - UMADEPRESP


Domingo não teremos aula em nossas congregações, pois os jovens estarão em Alfredo Marcondes, em um retiro da região 5 (UMADEPRESP), juntamente com os jovens daquela cidade, Santo Expedito, Jd. Panorama e os setores 5 e 42 de Álvares Machado.

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

Jonas & Naum: graça e juízo


Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Lição 08 - Lições Bíblicas - CPAD - 4º trimestre 2012



DICAS DO COMENTARISTA:

Legados de alguns povos:
Fenícios – arte nautica
Hebreus – monoteísmo
Gregos – conhecimento
Assírios – crueldade

Os ninivitas foram perdoados, após a pregação de Jonas, mas eles extrapolaram os limites.

O discurso é contra Nínive, mas a mensagem era para Judá, consolo, chegaria o dia dos opressores.

Naum não precisou ir até Nínive. A cidade pagaria pelos erros, pelos desrespeitos aos direitos humanos.

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

Pré_aula - Lição 8: Naum — O limite da tolerância divina - AD SP



Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

NADA ALÉM DO SANGUE LEGENDADO



A GRANDE VERDADE!
EU SOU LIVRE,
EU SOU LIVRE,
NADA ALÉM DO SANGUE
NADA ALÉM DO SANGUE
DE JESUS

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

Agenda - jovens do setor 42


Quinta feira: culto com os jovens na congregação do jardim Maria de Lourdes, com a participação do grupo de jovens do Bela Vista  e grupo de louvor.

Domingo: retiro em Alfredo Marcondes, participação dos jovens de Santo Expedito, Alfredo Marcondes, Jd Panorama e Álvares Machado (setores 5 e 42).

Domingo: culto de jovens no Bela Vista, pela misericórdia de Deus estaremos entregando a mensagem neste dia.

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Lição 8 - Naum - O Limite da Tolerância Divina - AD Londrina



Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

Cantares - informações essenciais

PROPÓSITO:
Cantar o amor entre o noivo (o rei Salomão) e a noiva (a Sulamita), reafirmar a santidade do casamento e descrever o amor de Deus por seu povo.

AUTOR:
Salomão.

DATA:
Provavelmente no início do reinado de Salomão.

PANORAMA:
Israel; em especial, o jardim da Sulamita e o palácio do rei.

VERSÍCULO CHAVE:
“Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu; ele se alimenta entre os lírios” (6.3).

PESSOA CHAVE:
O rei Salomão, a Sulamita e o coro formado pelos amigos.

Informações extraídas da seção “Informações essenciais” – Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Repitam!



Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

proposta da lição 8

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

lição 7 - pós aula

Liturgia perfeita: um amontoado de trabalho. Todos os dias

Esquisito: durante a adoração o povo se derrama, mas na hora da mensagem, some.

O estoque de carneiros estava grande. A dispensa estava cheia. Geladeira e freezer(s) não davam conta do montante de carne. Tinham sacrifico para o ano inteiro.

Quanta prosperidade em Samaria e Jerusalém? Estoque abastado de animais, couro, ossos, sangue etc. Todos estavam felizes. Sacerdotes contentes com o aumento de sacrifícios, criadores com a venda do rebanho, o único que não estava contente era Deus.

Como conseguiam complicar algo que por si só já era complicado?

Será que é mais fácil agradar a Deus somente com 2 ordenanças (batismo e ceia) ou 613?

Muitos sacrifícios, muito rebanho, MAS POUCAS OVELHAS DE VERDADE.

Deus sabia muito bem com quem estava mexendo (1 Sm 8.4).

O conhecimento que Miquéías tinha da situação o favoreceu na chamada e seu ministério. Ele sabia o que como era sofrer nas mãos daquele povo.

A alegria de Israel ao entrar na Terra prometida foi tamanha, mas com o tempo eles esqueceram, se acomodaram, se acostumaram com a rotina.

Há muito tempo atrás assisti a uma palestra na qual foi nos ensinado a forma correta de chamar a atenção de um funcionário:
1) pontue os problemas e as falhas;
2) elogie
3) e por fim chame a atenção e aplique a disciplina

Esta é exatamente a estrutura do livro de Miquéias: pontuou os problemas, apresentou um consolo e descreveu as queixas de Deus.

“Ouvi todos os povos, presta atenção ó terra”, Deus descerá do seu santo lugar. Israel está em pecado.

Certamente eles não gostaram de ouvir isto. Porque Deus bradou dos altos céus para toda ouvir? Porque não falou somente com eles? Porque as outras nações deveriam saber de seus “podres”? Não tinha como a terra não ouvir a voz de trovão.

Engraçado que as outras nações não poderiam saber de seus “podres”, mas quando o assunto era uma benção recebida, ai sim toda a terra poderia, não somente ouvir, como também declarar; “Quão grandes coisas fez o Senhor a estes”.

Se Israel tivesse o Templo, certamente estariam oferecendo seus sacrifícios ainda da mesma forma como fora ordenado por Moisés. Eles não mudariam em nada, não acrescentariam ou diminuíram nada do ordenado, ou mudaria algo para facilitar, favorecer ou privilegiar alguns?

Porque a igreja então muda tanto, acrescenta, diminuiu, favorece, facilita e privilegia?

Israel recebeu todas as orientações para cumprir seus rituais, que eram diferentes dos vistos nas outras nações, portanto não havia necessidade de copiarem, pois Moisés já havia deixado tudo relacionado.

Agora as outras nações poderiam copiar, caso desejassem, quem os impediria? Mas para isto deveriam ter ciência de tudo, conhecer a Deus, sua vontade, se entregarem. Mas seria tão difícil conhecerem e aceitarem tudo, que nos diga alguns participantes do 1º concílio da igreja primitiva (At 15), ainda bem que o sangue de Jesus no facilitou muita coisa.

Batismo livre, de qualquer jeito, de qualquer maneira, em qualquer tempo ou época, sem libertação, sem compromisso, etc. Vamos aumentar o número, alcançar metas, pendurar placas de reconhecimento, honras ao mérito humano, etc.

Ceia livre, de qualquer jeito, de qualquer maneira, em qualquer tempo ou época, sem libertação, sem compromisso, etc. Vamos aumentar o número, alcançar metas, pendurar placas de reconhecimento, honras ao mérito humano, etc.


Batismo salva? Ceia salva? Mas eu sou batizado! Participo todos os meses?

Batismo e ceia são ritos que servem para nos distinguir do mundo, assim como os rituais leviticos diferenciavam Israel das outras nações. Se batismo e ceia forem livres, em que seremos diferentes?

Ceia é individualismo, “cada um examine-se a si mesmo”.

Diga nas aos privilégios, favorecimentos e facilitações.

Ele Israel! Ele igreja: “Moisés não sonda corações e pensamentos”, somente Deus. Faça como ordenado, mas antes, atente para a obediência.
Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III