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sábado, 17 de novembro de 2012

Façam o que eu mando e não o que eu não faço

Intentavam, planejavam, cobiçavam e desejavam o mal para o próximo. Quantos erros de um povo que deveria se portar de outra forma, já que conheciam e presumiam estar na presença de Deus.

Intentavam iniqüidades em suas camas, maquinavam o mal e ao raiar da alva colocavam em prática todo o plano. Cobiçavam os campos, casas e na primeira oportunidade arrebanhavam tudo para si, mas um dia se assustaram quando ouviram:

“Ai daqueles que, nas suas camas intentam a iniqüidade e maquinam o mal”. E cobiçam campos”. (2.1-2).

“São estas as suas obras”? (2.7)

O que poderiam responder? Enganar as autoridades religiosas e políticas era possível, mas não tinham condições de esconderem de Deus, tanto que Miquéias ao entrar em cena já foi revelando toda a situação da nação (1.2).

O profeta conhecedor das dificuldades da vida do campo, não titubeou em apontar as injustiças sociais praticadas contra os menos favorecidos. Ele, agora era um profeta, fazia parte de um seleto grupo, foi tirado do campo, portanto não teria necessidades de se preocupar com aqueles que estavam sofrendo, a não ser que estivesse realmente envolvido com as coisas de Deus. E realmente estava.

Quem deveria ter esta consciência era Israel, que se olhasse para o seu passado e relembrasse os inúmeros milagres operados por Deus (Sl 136.10-26), certamente mudaria suas atitudes.

Israel aprendeu a arrancar a pele e os ossos, já que bom professor para isto tiveram. Os assírios foram mestres e não encontraram dificuldades em transmitirem a matéria ao aplicado aluno, Israel.

“Pare com essas profecias! Não diga isso! Não é possível que Deus faça a desgraça cair sobre a gente! Será que o povo de Israel está amaldiçoado? Será que o Senhor está irritado? É assim que Ele age? (2.6 – NTLH).

É assim que Deus age? Quanta petulância! Realmente havia motivos para a indignação Divina (1.3). O agravo aqui era em relação as ações deles e não de Deus. O lado soberbo, ignorante e irracional era o humano, mas não eram suficientemente dignos para reconhecerem o erro, portanto era necessário a intervenção mais dura do profeta.

Uma luz no fim do túnel parece ter surgido entre os desavisados e interesseiros deturpadores da Palavra de Deus.

“Levantai-vos e andai, porque não será aqui o vosso descanso”. (2.10 – ARC).

Algum mal intencionado poderia apaziguar a situação ou tentar encerrar a conversa, já que profetas mal intencionados não faltavam (2.11).

Que palavra consoladora para o povo foi esta de Miquéias? Deus está nos falando a respeito do futuro, do descanso eterno, da glória do provir, a nós que somos o seu primogênito (cfe Ex 4.22).

Mas o profeta, indignado, bradou: “Deixe-me terminar a profecia, ouvi o resto”!

“... por causa da corrupção que destrói, sim que destrói grandemente”. (2.10).

Ou poderia ser transcrito conforme a nova tradução na linguagem de hoje:

“Saiam daqui! Vão embora! Pois não é este o lugar onde vocês vão descansar em paz! Aqui há tanta gente desonesta e sem vergonha, que a destruição vai ser total”. (2.10 – NTLH).

O alerta foi acionado, a correria foi geral, mas a mudança esperada não aconteceu e sobrou para o profeta, novamente, repetir a velha e boa máxima tão conhecida por eles: “Quem deu crédito a nossa pregação”? (cfe Is 53.1).

Deus bradou dos altos céus (Is 57.15, Mq 1.3) que aquele povo não era digno de estar na terra que houvera sido, no passado, prometida aos vossos pais, antes e depois da saída do Egito (cfe Gn 15.13-16; Ex 3.8).

Esta é realmente uma advertência e consolação para santificação da igreja de Cristo, aprendamos, pois com os erros de Israel.

 Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

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