Nunca ouviu uma profecia deste tipo: “como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua maldade cairá sobre a tua cabeça”, parece que já vi isto em algum lugar, seria no texto áureo?
Porque Esaú não ficou de boca fechada ao saber que não era mais o filho primogênito (Gn 27.32, p. final), pois ele alegou ao pai que era o primogênito, mas no fundo o pai deve ter dito assim: “não é não, eu já sei de toda a história, seu irmão Jacó me contou que você desprezou”.
Mas ele teve que abrir o “bocão” para reclamar e maldizer: “chegar-se-ão os dias de luto de meu pai, então matarei a Jacó, meu irmão” (Gn 27.41).
Ele mesmo disse: “de que me serve a primogenitura”. Serviria para argumentar ao pai para solicitar a benção que era dele, mas ele havia desprezado.
Quantos não dizem hoje: “de que me vale estar na casa do Senhor, todos os dias, em todos os ensaios, nos cultos de ensino e EBD, de que me vale, de que me vale”? Um dia valerá, um dia você precisará disto.
Jacó pensava longe, pensava alto quando pediu a primogenitura. Esaú que pensava baixo, pensava somente no material, na terra, queria somente ser o maioral da família quando o pai morresse. Que pensamento esdrúxulo.
Jacó foi muito esperto, pois seu irmão jamais seria seduzido por lentilhas cruas, por isto pensou rápido e fez o guisado bem temperado, o velhaco do Esaú não resistiu. Certamente se estivessem cruas não teriam feito nenhum efeito sobre ele e além do mais ele não queria trabalho, queria comer.
Uma coisa tão simples foi capaz de separar duas nações. Um simples guisadinho, uma palavrinha, uma expressão mal interpretada, um olhar mais estranho. Coisas tão simples são capazes de separar pessoas.
Duas nações separadas por um prato de comida, nada assustador, o duro foi ver dois povos, duas etnias, duas linhagens serem separadas por alguns copos de vinho (Gn 9.20-27).
Antes o livro de Obadias tivesse 66 capítulos como Isaías, 52 como Jeremias, entre outros, pois nunca vi somente 21 versículos tão diretos quanto estes, são verdadeiros tapas em nossas caras, “desperta tu que dormes”, que correções, quantas aplicações.
Israel precisava de uma palavra amiga, de um conforto, de um auxílio, pão e água gelada para matar a sede, MAS ELES BATERAM NA PORTA ERRADA.
Israel procurou as pessoas erradas para pedir ajuda e contar sobre sua vida.
O lógico seria Israel ser socorrido pelo irmão, que deveria estar esperando de braços abertos, felizes da vida, enfim a família reunida, mas que recepção foi aquela?
Em meados de 2001 o nosso prefeito da época impediu a entrada de militantes do Sem Terra de entrarem em nossa cidade, pois eles estavam vindo em caminhada de outra cidade para protestarem. Ele foi na rodovia e fez um bloqueio, ninguém passava, ficou despachando ali mesmo e dizia: “enquanto eu for prefeito eles não entram na minha cidade”. A cidade nunca foi dele, apenas foi uma expressão mal colocada da parte dele.
“Se pisarem no nosso quintal, sairemos a espada contra ti”. Edom estava louquinho para guerrear com Israel, eles lançaram a isca, mas Moisés não mordeu.
Alias o errado da historia foi Moisés, no começo, que já chegou CONTANDO AS BENÇÃOS” para os invejosos (CONTA AS BENÇÃOS IRMÂO), tem hora que é melhor não contar as bênçãos.
Quando ele percebeu o erro já era tarde demais, pois já havia atiçado os ciúmes dos irmãos vermelhos.
Porque alguém não gritou que Jacó já havia pago o preço pelos seus erros. Porque não falaram aos edomitas que Israel também já havia pago (cfe Ex 12.40) também o preço?
Se fossemos analisar a conduta dos irmãos (Gn 27.1-4) diante do pedido do pai, qual deles realmente merecia a benção? Jacó ou Esaú? Um prontamente disse “eis me aqui” e saiu a cumprir a vontade do pai, enquanto que o outro, aconselhado pela mãe, mentiu para o pai, adiantou-se ao irmão, tomou-lhe a benção, foi jurado de morte por isto, teve que se mudar para longe e ainda FOI ABENÇOADO.
Explicação lógica para isto: SOBERANIA DE DEUS. Ele escolhe e ponto final. E a escolha não leva em consideração méritos. Esaú fez por onde, mereceu aos nossos olhos, mas não foi o escolhido, além do mais, basta olharmos nas nossas igrejas, quem eram aqueles que foram tirados do mundo, fizeram algo por onde merecerem a salvação, duvido! Falei isto aqui: “o que tem de pessoas que foram curvas de rios, bagaços, misturados, mas que agora estão transformados”.
Mas Esaú fez por onde, fez tanto pelo “pai”, trabalhou, enfrentou o desconhecido, perigos para cumprir a missão, mas ao final a benção foi de outro. Hum..., bem familiar isto. Faço tanto e ninguém vê.
Coitado dos amalequitas, compraram uma briga feia com Deus, mexeram com o povo errado.
Lei da retribuição:
- Bateu, levou;
- Quebrou, pagou;
- Procurou, achou;
- Bater-se-a e abrir-se-a, hum........
Antes do livre-arbítrio vem o aviso de Deus (Gn 3.3-5).
Israel, o seu inimigo dorme ao lado, mora ao lado.
Edom já era uma nação poderosa, então porque não foram ao Egito para libertarem seus “irmãos”? Acho que eles pensaram: “cada um que cuide de seus problemas, tomara que morra na escravidão, na escravidão do pecado”.
Acho que os edomitas pensavam o seguinte sobre Israel: “uai, oxent, não eram os bonzões, os abençoados, os bam-bam-bam, e agora querem que os ajudemos a entrar na terra prometida”?
Mas um dia Israel olhou para Edom e disse: “Ei manos, já era, não adianta pular, miar, chorar, clamar, vocês já eram. Perderam, a vaca foi pro brejo, o barco afundou. Agora é nóis na fita (sic)”.
Ei Edom, não adianta ficar “machão”, já era, Deus te fez pequeno.
Guardada as devidas proporções, acho que a festa em Edom pela queda de Judá foi nos mesmos moldes daquela vista em 09/11/2001 por alguns povos inimigos dos USA, guardadas as devidas proporções.
Fique imaginando algo que pudesse ser comparado ao que os edomitas fizeram com Judá, quando ficaram zombando, criando ciladas para aprisionarem os fujões, saqueando a cidade e auxiliando o inimigo para verem a ruína, o que poderia ser comparado a isto na atualidade? Talvez poderia ser:
- explodir uma templo com todos dentro e depois dizer: “eu sou um deles”;
- levar todos os congregados para outro ministério e fechar a igreja;
- destruir todos os equipamentos da igreja e maltratar os congregados;
- ameaçar de morte os congregados, mesmo sendo um deles;
- fazer oposição a todo o tipo de trabalho na igreja;
- não consigo pensar em mais nada.
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