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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Plano de aula - lição 9 - A conversão espetacular de Paulo

INTRODUÇÃO
Paulo lutou contra Deus, Cristo e contra os homens. Não merecia misericórdia, nem mesmo pediu, mas a graça do Senhor foi ao seu encontro.

Foi autor de metade dos livros do Novo Testamento. Metade do livro de Atos relata sua conversão e ministério.

I – SAULO DE TARSO
Assim como Jacó foi escolhido antes de nascer, em preferência ao seu irmão gêmeo Esaú (Rm 9:10-13), e como Jeremias, designado para ser profeta antes de nascer (Jr 1:5), Paulo, antes de vir à luz, foi separado para ser apóstolo. Desta forma, se ele foi consagrado apóstolo antes mesmo do nascimento. (At 9:15,16;Gl 1:15).

Nasceu na cidade de Tarso, capital da província romana da Cilícia, costa sul da atual Turquia (At 9:11; 21:39; 22:3). Era fabricante de tendas (ofício que deve ter aprendido quando criança e adolescente em Tarso - cfr. 1Ts 2:9; At 18:3). Depois de Jesus é considerado a figura mais importante do cristianismo. Era um judeu da Diáspora (Dispersão), de uma importante e rica família hebraica tradicional (2Tm 1:3; Fp 3:5; 2Co 11:22; Gl 1:14).

1 – A formação cultural de Paulo
Começou a receber desde cedo a formação rabínica, sendo criado de uma forma rígida no cumprimento das rigorosas normas dos fariseus, classe religiosa dominante daquela época, e ensinado a ter o orgulho racial tão peculiar aos judeus da antiguidade.

O primeiro esboço da vida de Paulo é um tanto brutal como sangrento. Durante a nossa vida, adotamos naturalmente uma imagem cristianizada do apóstolo Paulo. Sua aparição em Atos, no entanto, é como ‘um jovem chamado Saulo’, participante do assassinato brutal de Estevão e que ‘consentia na sua morte’ (At 7.58; 8.1). Este é o Paulo que precisamos ver para apreciar a gloriosa verdade das cartas do NT que escreveu. Não é de admirar que mais tarde ele viesse a ser conhecido como o apóstolo da graça.

2 – Paulo, cidadão romano
Possuía tripla cidadania:
a) israelita da tribo de benjamim
b) cidadão romano por nascimento ou herdado do pai
c) cidadão do céu – quando se converteu

II – A CONVERSÃO ESPETACULAR DE PAULO:
A igreja em Jerusalém já estava edificada, em Samaria Felipe já havia chegado com a Palavra e Pedro já abrira as portas para os gentios, porém era necessário que o Evangelho fosse levado até aos confins da terra. O homem para esta missão seria Paulo, embora não tenha sido um discípulo, não ficava atrás de nenhum deles quanto ao zelo, conhecimento, poder e dedicação.

Ele foi o homem escolhido para que a religião de Jesus viesse a ser e religião de todos os homens.

Mas ele ainda estava inserido no judaísmo e o seu fanatismo era notório a todos, pois:
a) perseguia à Igreja de maneira violenta, selvagem, pois ia de casa em casa em Jerusalém, prendendo todos os cristãos que encontrasse, arrastando-os para a cadeia (At 8:3) e quando eram condenados à morte, ele votava a favor (At 26:10);
b) era entusiasmado pela tradições de seus pais (Gl 1:14). Fora criado de acordo com a seita mais severa da religião judaica, ou seja, era um fariseu e vivia como tal (At 26:5).

Um homem nessa condição mental e emocional de maneira alguma mudaria de opinião, nem se deixaria influenciar por outras pessoas. Nenhum reflexo condicionado ou qualquer outro artifício psicológico poderia converter um homem assim. Apenas Deus poderia alcançá-lo.

Jesus se revelou a ele, não propriamente na estrada de Damasco, mas sim nos dias subseqüentes. A sua conversão foi uma revelação particular para ele, mas que se transformaria na comunicação publica para os gentios.

1 – O encontro com Jesus
O encontro de Paulo e Jesus foi um dos mais importantes já descritos na Bíblia. O relato de sua conversão é uma narrativa que nos permite verificar o real significado da palavra novo nascimento, regeneração do pecador, transformação de uma criatura em filho de Deus.

Antes de se encontrar com o Senhor, o então perseguidor da Igreja era alguém que “respirava ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor”. Paulo, no seu zelo religioso, apenas trazia ameaças e mortes contra o próximo, mas confessou os seus pecados e se entregou para Jesus e passou a ter uma nova vida.

Saulo entendeu a forma extraordinária como Jesus se identificava com os seus seguidores e agora compreendia que perseguir os cristão era o mesmo que perseguir o próprio Senhor.

2-Ananias visita a Paulo
Ananias a principio relutou em ir ao encontro de Paulo, tinha preconceitos e temor, mas Deus o convenceu. A sua preocupação com o novo convertido era basicamente na situação como o encontraria, apesar que Ananias sabia que o encontraria diferente, sofrendo, angustiado por respostas e milagres.

Ao encontrá-lo, o seu preconceito caiu por terra, pois não o tratou “aquele homem”, mas sim o saudou da seguinte forma: “Irmão Saulo”. Não tinha como não contemplar a transformação na vida daquele homem, era realmente um vaso escolhido para levar o nome de Jesus.

Porque Ananias o chamou de irmão:
a) porque sabia que teria com ele um relacionamento profundo
b) compartilharia com ele alegrias, tristezas, angustias, dores, fome etc;
c) teria liberdade, pois as barreiras e distancias interpessoais haviam sido superadas.

Paulo teve uma visão em que Ananias orava por ele e lhe restabelecia a vista (At 9:12), que foi precisamente o que aconteceu, oportunidade em que, demonstrando ser uma pessoa realmente convertida, aceitou ser batizado nas águas e, nesta ocasião, também foi cheio do Espírito Santo, ou seja, batizado com o Espírito Santo (At 9:17,18).

Os discípulos em Damasco abriram o coração e os lares para Saulo. Logo, ele começou a pregar nas sinagogas, proclamando com ousadia que Jesus é o Filho de Deus. Os ouvintes judeus ficaram consternados, pois, até então, Saulo havia odiado o nome de Jesus. Agora, estava pregando que Jesus é Deus, que Ele era o Messias de Israel. Os judeus ficaram tão furiosos que planejaram tirar a vida daquele que, outrora, havia sido seu defensor, mas agora era um apóstata, um renegado.

3 – Saulo de perseguidor a perseguido
Perseguir a igreja é o mesmo que perseguir a Jesus (At 8:1-3; 9:1-5), apesar que somos sabedores que Cristo já havia rompido com a morte. O seu estado atual era inatingível ao homem, por isto a única alternativa seria perseguir a igreja, os discípulos e os cristãos.

Depois de uma conversão espetacular como a de Paulo, certamente sairíamos imediatamente para testemunhar, pregar e anunciar o que ocorrera, porém Jesus ensinou a Paulo a ser dependente de outros, cegando-lhe para que fosse conduzido pela mão até ao endereço indicado. Assim, Paulo, o líder auto-suficiente, capacitado, começou a aprender a depender dos outros, para entender pessoalmente o que é a Igreja como Corpo de Cristo.

Desta forma, Jesus anulava qualquer possibilidade de obra pessoal, individual, centralizada num homem só, mesmo que ele fosse culto, inteligente, formado aos pés dos sábios, de grande reputação moral, social, política e religiosa.

Jesus não chamou um líder da Igreja de Jerusalém, Pedro, Tiago ou João para receber Paulo no seio da igreja, mas chamou um simples discípulo, que fora mencionado somente e uma única vez em toda a Bíblia. Isto serviu para mostrar ao recém convertido que todos, por mais simples que possam parecer, são membros do corpo de Cristo e por conseguinte são úteis a igreja, inclusive aqueles que a perseguiram ferozmente.

III – PROPOSITOS DA VOCAÇÃO DE PAULO
1 – Conhecer a vontade de Deus:
A conversão de Saulo teve vários propósitos, o primeiro deles foi o de mudar sua percepção a respeito de Deus. Como um fariseu zeloso, seria pouco provável que Saulo tivesse desfrutado de intimidade com Deus, talvez sequer O tivesse chamado de Pai.

Mas depois do seu encontro com o Senhor, passou três dias em oração, durante os quais nada comeu ou bebeu (At. 9.11). Essa mudança de relacionamento com Deus resultou em uma maneira distinta de se relacionar com a igreja. Antes da conversão Saulo via os cristãos como inimigos, por isso, os perseguia. O tratamento dado por Ananias a ele demonstrava essa diferença ao chamá-lo de “irmão Saulo” (At. 9.17). Aquele que fora um árduo perseguidor da igreja, a partir de então, passou a ser reconhecido como membro da família de Deus.

2 – Tornar-se ministro e testemunha de Jesus
Paulo caíra por terra como judeu, orgulhoso e cruel; levantou-se como crente humilhado e quebrantado. Em apenas um momento, Cristo o transformara de feroz fariseu em verdadeiro discípulo, uma nova criatura em Cristo (2 Co 5.17). Morreu Saulo, o fariseu e ressuscitara Saulo, o crente.

Deixou para trás sua antiga missão (At 9.1-2), porquanto recebera uma nova (At 26.16-18).

Pela formação do apóstolo Paulo seria possível esperarmos que seu ministério se restringisse apenas a nação israelita, jamais conseguiríamos encaixá-lo em outras culturas ou povos, mas Deus tinha outros planos para ele. Seu desafio seria falar com aqueles que estavam fora dos círculos judaicos. Se os judeus, com o conhecimento da Lei de Moisés (que trazia as profecias sobre Jesus e a sua vinda), nem sempre aceitaram a mensagem do Evangelho, quem dirá os gentios, que nem sequer tinham, em muitos casos, o conhecimento da Lei ou tampouco a fé no Deus de Israel.

Poucos podiam se orgulhar de ter mais instrução do que Paulo no que dizia respeito à educação religiosa judaica e poucos se aproveitaram tanto quanto ele da educação que recebeu (Fp 3.4-6), considerando-se que os outros apóstolos em sua maioria eram pescadores. A língua materna de Paulo era o grego. Provavelmente dominasse o aramaico, o idioma da Palestina. Educado em duas culturas (grega e judaica), Paulo fez muito pela difusão do Cristianismo entre os gentios tornando-se uma das principais fontes da doutrina da Igreja.

3 – Sofrer a favor de Cristo e do EvangelhoA conversão de Paulo incluiu não somente uma ordem para pregar o evangelho, mas também uma chamada para sofrer por amor a Cristo. Paulo foi informad


fonte: ebdweb.com


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