Quase 3.000.000 de hebreus em pleno deserto, sem um
norte, sem bússola, sem um centro para se reunirem, sem um local para sentirem
a presença de Deus.
Por isto Deus ordenou a construção do Tabernáculo,
imaginem todo este povo sem um motivo para congregarem? Certamente logo se
dispersariam pelo deserto afora, fascinados com as culturas idolatras que encontravam.
Imagino a organização para receber as ofertas para
o Tabernáculo. Homens de confiança, tudo guardadinho, separadinho, esperando somente os habilidosos construtores
que foram capacitados por Deus.
Pela porta do Tabernáculo poderia entrar qualquer
pessoa, desde que se enquadrassem nos quesitos apresentados por Deus. Bem
diferente de hoje, qualquer um tem acesso, independente da situação e
circunstâncias, nacionalidade ou necessidades.
O povo poderia entrar e o máximo que chegavam era
perto do altar dos sacrifícios. Imagino a decepção de muitos a olharem para a
tenda desejando loucamente continuar em frente.
Chegavam até ao primeiro altar e depois davam meia
volta.
Imagino a igreja de hoje, que com todo o acesso, não
aproveita. Não existe mais o véu que impede a
visão, o sentimento e a luz.
Uma situação inusitada. Nos coloquemos no lugar dos
hebreus na época e com total acesso à tenda, como ficaríamos decepcionados ao
darmos de cara com o véu que impedia o acesso à Glória de Deus.
Os hebreus não sentiam no Tabernáculo o que podemos
sentir hoje até mesmo no meio da rua, a Glória de Deus.
Que peso terrível estava sobre as costas dos
hebreus.
Esta é para aguçar o nosso desejo pelo trabalho.
Somente os levitas podiam auxiliar os sacerdotes. Eles não viam a hora de serem
separados, consagrados para ministrarem os sacrifícios e terem acesso ao lugar
Santo.
Somente os sacerdotes tinham acesso ao lugar Santo,
eles não viam a hora de ser permitido o acesso a eles ao lugar Santíssimo
(quando um deles se tornasse sumo sacerdote).
Todos eles queriam crescer na obra, certamente
diziam: “A minha hora vai chegar”.
Apesar de
que imagino o sumo sacerdote entrando no
Santo dos Santos tremendo, com medo, batendo os dentes e joelhos, mas
ele entrava. Devia ser um silêncio geral entre as tribos.
Para terminar: o véu da separação impediu tantas
coisas. Depois que ele foi rasgado, a luz entrou e depois de alguns dias o
Consolador foi enviado, o povo foi revestido, cheio do Espírito Santo e a
igreja cresceu.
Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)
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