TEXTO ÁUREO
“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem
salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo
para edificação” (1 Co 14.26).
VERDADE
PRÁTICA
Os dons de revelação divina são
indispensáveis à igreja da atualidade, pois vivemos em um tempo marcado pelo
engano.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - 1 Co 12.8,10; At
6.8-10; Dn 2.19-22.
1
Co 12.8 - Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro,
pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
1
Co 12.10 - e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro,
o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro,
a interpretação das línguas.
At
6.8 - E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais
entre o povo.
At
6.9 - E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos
cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam
com Estêvão.
At
6.10 - E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava.
Dn
2.19 - Então foi revelado o segredo a Daniel numa visão de noite; e Daniel
louvou o Deus do céu.
Dn
2.20 - Falou Daniel e disse. Seja bendito o nome de Deus para o sempre, porque
dele é a sabedoria e a força;
Dn
2.21 - ele muda os tempos e as horas; ele remove os reis e estabelece os reis;
ele dá sabedoria aos sábios e ciência aos inteligentes.
Dn
2.22 - Ele revela o profundo e o escondido e conhece o que está em trevas; e
com ele mora a luz.
PROPOSTA
·
Sabedoria: capacitação divina sobrenatural;
·
Os “sábios” não podiam resistir à sabedoria e ao
Espírito;
·
Tenhamos maturidade e cuidado no uso dos dons;
·
Palavra da ciência: conhecimento de fatos ocultos;
·
Função deste dom: livrar a igreja do engano ou
artimanha;
·
Palavra da ciência: conhecimento e não adivinhações;
·
Discernimento de espíritos: proteção contra os
ataques;
·
Fonte das manifestações: Deus, homem e o Diabo;
·
Os falsos profetas são conhecidos pelos seus frutos.
INTRODUÇÃO
O teólogo pentecostal Stanley Horton
afirma que “a maioria dos estudiosos classifica os dons de 1 Coríntios 12.8-10
em três categorias. revelação, poder e expressão,
[tendo] três dons em cada categoria”. Os dons de revelação são os instrumentos
pelos quais Deus revela
aos homens os seus mistérios, sua vontade. Estes são concedidos aos
servos de Deus para o aconselhamento e orientação da Igreja do Senhor.
Diante do misticismo e o ocultismo, que rondam
fascinam os homens, Deus reservou os dons espirituais para maravilhar, dotar a
sua Igreja para ela lutar contra o assedio do poder das trevas, patrocinado
pelo inimigo que opera nos filhos da desobediência e por fim para capacitá-la
na missão de testemunhar a mensagem do evangelho, visando a salvação dos
perdidos e a sua própria edificação (Rm 1. 11, 15, 16).
Os dons
que revelam a sabedoria de Deus são, por si só, infinitamente superiores a
qualquer uma das ciências ditas ocultas. Eles são dados pelo Espírito Santo
para que mistérios ocultos sejam revelados aos homens, através de atitudes e condutas
que evidenciam que Deus sabe todas as coisas e que nada lhe fica oculto. São
provas da onisciência divina no meio do Seu povo. Os dons que manifestam a
sabedoria de Deus são:
- Dom da Palavra da Ciência – habilitação para que fatos sejam revelados e ou conhecidos divinamente, como foi o caso de Pedro, a quem Deus fez conhecer a fraude de Ananias e Safira (At 5.1-11);
- Dom da Palavra da Sabedoria – habilitação para resolução de problemas vitais relacionados à vida na igreja, como foi no caso do Concílio em Jerusalém (At 15.1-2);
- Dom de Discernimento de espíritos – habilitação para distinguir as origens de manifestações (Deus, inimigo ou homem).
- Severa em seus julgamentos;
- Autossuficiente, descaridosa e desconfiada;
- Alheia a convicção do pecado;
- Somente complacente consigo mesma, não restitui às partes prejudicadas;
- Preconceituosa, insincera, ressentida, vingativa;
- Comprometida com o mundo e ambiciosa pela vida material;
- Resistente a correção e aos ensinos do Espírito Santo;
- Defensora apenas de seus próprios interesses;
- Não vigilante, sujeita a dissensões, não zelosa pelo seu nome;
- Impaciente, egoísta, negligente, incrédula e desantificada.
I. PALAVRA DA SABEDORIA
1. CONCEITO.
O
termo palavra exprime uma manifestação verbal ou escrita. Segundo o Dicionário Eletrônico Houaiss,
sabedoria significa “discernimento inspirado nas coisas sobrenaturais e
humanas”.
A sabedoria abordada pelo apóstolo
Paulo em 1 Coríntios 12.8a refere-se a uma capacitação divina sobrenatural para
tomada de decisões sábias e em circunstâncias extremas e difíceis, mas não se
trata da sabedoria adquirida e aplicada em nosso viver diário, pelo contrário (Tg
1.5-6), pois como poderíamos imaginar cinco simples pescadores sem formação
secular, um odiado cobrador de impostos e cinco homens sem ocupação conhecida,
sendo portadores de sabedoria nunca vista antes entre os homens. Eles
enfrentaram os judeus, povos de muitas nações (At 2.5, 9-11), os escribas,
sacerdotes, sumo sacerdote, os samaritanos e os gentios pelos confins da terra.
O dom da palavra da sabedoria é uma
pequena parte, parcela ou fragmento de toda a sabedoria e conhecimento de Deus
entregues à igreja através dos mecanismos sobrenaturais. São
revelações de acontecimentos que já ocorreram, que estão ocorrendo ou que
ocorrerão, ou seja, passado, presente e futuro. É a mensagem vocal sábia,
enunciada mediante a operação sobrenatural do Espírito Santo. É o poder de
falar com discernimento divino. Aplica-se em situações ou problemas específicos
(At 6.10; 15.13-22), quer na defesa da fé, na resolução de conflitos, em
conselhos práticos ou ao pleitear uma causa perante autoridades hostis. Estevão
manifestou de tal modo a palavra da sabedoria que seus adversários não
resistiram (At 6.10). Este dom edifica a igreja e se manifesta em momentos em
que precisamos de soluções para os seus problemas.
A carga total de conhecimento e sabedoria não é
amplamente revelada ao homem, apenas parte, tal como, guardada as devidas
proporções, quando procuramos ajuda com profissionais, seja em qual questão
for, eles apenas nos transmite seu conhecimento em relação ao objeto da
consulta e não apresentará a sua totalidade de seu conhecimento na área.
2. A BÍBLIA E A PALAVRA DE
SABEDORIA.
Embora na Antiga Aliança os dons
espirituais não fossem plena e claramente evidenciados como na Nova, alguns
episódios do Antigo Testamento vislumbram o quanto Deus conferia aos homens
sabedoria do alto para executar tarefas ou tomar decisões.
Um
dos exemplos mais chocantes do uso do dom da palavra da sabedoria foi visto no
episódio do quase sacrifício consumado de Isaque, ocasião em que seu pai,
Abraão, fez uso deste dom e com muita lágrima consegui acalmar o seu coração e
o do filho. Depois eles decidiram continuar a jornada. A ação humana sempre
procede a aplicação deste dom.
Outro
bom exemplo é a revelação e a interpretação dos sonhos de Faraó através de
José, o filho de Jacó (Gn 41.14-41). Ele não apenas interpretou os sonhos de
Faraó, mas trouxe orientações sábias para que o Egito se preparasse para o
período de fome que estava para vir. Como Faraó pode entregar a administração
de sua nação para um simples hebreuzinho, um ex-presidiário? Ele teria estudo,
formação, condições físicas, psicológicas para o cargo? As orientações que ele
deu antes de tomar posse do cargo foram demonstrações de sabedoria recebidas do
alto, da mesma forma a sua administração também o foi. Somente Deus poderia
fazê-los entregar o controle de tudo para um jovem, inexperiente, sem
conhecimentos técnicos ou diplomáticos para se relacionar com outras nações e
que de uma hora para outra saiu das profundezas das prisões para dar conselho a
maior potência da época.
Outro exemplo de prática do dom da
palavra de sabedoria foi o episódio ocorrido com o rei Salomão quando teve que
resolver o caso complexo entre as duas supostas mães de um bebê. Este foi um
admirável exemplo de dom da sabedoria no Antigo Testamento (1Rs 3.16-28;
4.29-34).
Em o Novo Testamento podemos tomar
como exemplo de palavra da sabedoria a exposição da Escritura realizada pelo
diácono e primeiro mártir cristão, Estevão. O livro de Atos conta-nos que os
sábios da sinagoga, chamada dos Libertos, “não podiam resistir à sabedoria e ao
Espírito com que falava” (At 6.9,10). Naquele dia, a pregação do mártir,
nocauteou a fera. Saulo estava ali ao lado ouvindo tudo, imaginando que também
possuía o mesmo conhecimento, mas o que entristeceu ele foi o fato de não ter o
mesmo dom que Estevão, conhecia profundamente a história relatada, porém lhe
faltava algo, que mais tarde seria lhe concedido. Existem outros exemplos de
uso deste dom:
- At 15.13-22 – Decisão do concílio;
- At 11.28-30 – Ágabo profetizou que estava para vir uma fome;
- At 21.10-11 – Profecia a respeito da prisão de Paulo;
- At 27.9-10, 23-24, 33-34 – naufrágio de Paulo;
- I Rs 11.29-32 – quando Aias profetizou a respeito da divisão de Israel (I Rs 12.20; I Rs 13.1-6; I Rs 14.1-18).
3. UMA LIDERANÇA SÁBIA.
A palavra de sabedoria é de grande
valor na tarefa do aconselhamento pessoal e em situações que demandam uma
orientação no exercício do ministério pastoral. Entretanto, tenhamos cuidado
para não confundir a manifestação desse dom com o nosso desejo pessoal. Lembremo-nos
de que Deus manifesta os dons em nossas vidas segundo o conselho da sua
sabedoria, não da nossa. Tenhamos maturidade e cuidado no uso dos dons!
II. PALAVRA DA CIÊNCIA
1. O QUE É?
Este dom muito se relaciona ao
ensino das verdades da Palavra de Deus, fruto do resultado da iluminação do
Espírito acerca das revelações dos mistérios de Deus conforme aborda Stanley
Horton, em sua Teologia
Sistemática (CPAD). Este dom
também se relaciona à capacidade sobrenatural concedida pelo Espírito Santo ao
crente para este conhecer fatos e circunstâncias ocultas, que são reveladas
para o bem e o progresso da obra, nunca para envergonhar ou desmoralizar, seja
quem for. Este dom emana de Deus e serve para deixar claro a sua onisciência. A
relação entre a sabedoria e a ciência é muito íntima.
O dom da Palavra da ciência não é resultado de
estudos, pois o conhecimento humano é resultado tanto da razão quanto da
experiência, mas o conhecimento que vem de Deus transcende a lógica e sensações
humanas, vai além do que imaginamos ou conhecemos (II Rs 6.12).
Trata-se de uma mensagem verbal, inspirada pelo
Espírito Santo, para a edificação, consolação e exortação da igreja, revelando
sobrenaturalmente, e instantaneamente, diante de uma situação específica, um
conhecimento que não poderia ser acessado pelas vias da razão ou experiência,
por isso, esse dom está associado à profecia (At 5.1-10; I Co 14.24,25).
Este dom é
concedido pelo Espírito Santo para termos o conhecimento sobrenatural de coisas
e não tem qualquer ligação com o exercício de meras adivinhações, imitações
fajutas e operações malignas (At 16.16). Pela revelação divina (palavra da
ciência), Deus fez conhecer a Pedro a fraude de Ananias e Safira (At 5.1-11).
2. SUA FUNÇÃO.
O dom da palavra da ciência não visa
servir a propósitos triviais, como o de descobrir o significado dos tecidos do
Tabernáculo ou a identidade da mulher de Caim, etc. Isto é mera curiosidade
humana, e o dom de Deus não foi dado para satisfazê-la. A manifestação
sobrenatural deste dom tem a finalidade de preservar a vida da igreja,
livrando-a de qualquer engano ou artimanha do maligno, mas não nos esqueçamos
que qualquer um dos dons espirituais não substitui o estudo sistemático e
dedicado da Palavra.
3. EXEMPLOS BÍBLICOS DA PALAVRA DA
CIÊNCIA.
Ao
profeta Eliseu foram revelados os planos de guerra do rei da Síria. Quando o
rei sírio pensou em atacar o exército de Israel, surpreendendo-o em determinado
lugar, o profeta alertou o rei de Israel sobre os planos inimigos (2Rs 6.8-12).
Em outra oportunidade o profeta também fez uso deste dom, quando desmascarou
Geazi, por ter mentido e cobiçado os presentes que Naamã intentou dar para o
profeta, após sua cura (2 Rs 5.25-26).
Outro exemplo foi a revelação de
Daniel acerca do sonho de Nabucodonosor, quando Deus descortinou a história dos
grandes impérios mundiais ao profeta (Dn 2.2,3; 17-19). Em o Novo Testamento,
esse dom foi manifesto quando o apóstolo Pedro desmascarou a mentira de Ananias
e Safira (At 5.1-11). O dom da palavra da ciência não é adivinhação, mas
conhecimento, concedido sobrenaturalmente, da parte de Deus.
a) Exemplo do uso do dom da palavra da ciência
simultaneamente ao dom da palavra da sabedoria (At 9.10-16). Neste episódio Deus
revelou para Ananias fatos ocorridos e que ocorreriam com Saulo no futuro:
- O nome da rua (Direita);
- O nome do dono da casa (Judas);
- A cidade de origem (Tarso);
- O nome e o que estava fazendo (Saulo. Estava orando);
- A visão que havia acalmado seu coração;
- A situação espiritual (confuso, sem entender);
- O futuro dele (vaso escolhido);
- O sofrimento pela causa do Evangelho.
O dom da palavra da
sabedoria foi visto no momento em que Ananias foi ao encontro de Saulo,
confiando que ele era realmente um vaso escolhido. Este dom faz menção do
futuro e induz o homem à uma atitude, tal qual aconteceu com Ananias.
A palavra da ciência foi visto quanto Deus revelou o
que havia acontecido e que já fazia parte do passado da vida de Saulo. A
atitude de Ananias favoreceu a trajetória da igreja e a continuidade da obra (o
perseguidor virou perseguido).
b) Jesus em conversa com a mulher samaritana, também
fez uso dos dons simultaneamente. Dom da palavra da ciência.
- Jesus. “Chama o teu marido” (presente)
- Mulher. “Não tenho marido” (presente)
- Jesus. “Tiveste cinco maridos” (passado)
- Jesus. “E o atual não é teu” (presente)
- “Quem beber da água que eu der nunca mais terá sede” (futuro)
- a mulher responde. “Senhor, dá-me desta água” (atitude).
1. O DOM DE DISCERNIR OS ESPÍRITOS.
É uma capacidade sobrenatural dada
por Deus ao crente para discernir a origem e a natureza das manifestações
espirituais. De acordo com o termo grego diakrisis,
a palavra discernir significa “julgar através de”; “distinguir”. Ela denota o
sentido de “se penetrar na superfície, desmascarando e descobrindo a verdadeira
fonte dos motivos”, se é o Espírito Santo que está motivando a pessoa a fazer
algo, em outras palavras, é o modo especial de para se perceber o que há no
intimo de uma pessoa. É ver claramente se o dom é
do Espírito e a sua manifestação também é sobrenatural.
Discernir é julgar corretamente as profecias e distinguir se uma mensagem provém do Espírito Santo ou não (1 Jo 4.1). Este dom é útil para distinguirmos se as manifestações espirituais correspondem plenamente aos princípios divinos e para que a Igreja não seja enganada com mensagens demoníacas. A pessoa que recebe esse dom tem a capacidade especial de discernir, por exemplo, se alguém é um impostor ou oportunista.
É o
conhecimento sobrenatural, que não pode ser alcançado pela via natural,
inspirado pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de
circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Frequentemente, este dom tem estreito
relacionamento com o de profecia (At 5.1-10; 1 Co 14.24,25).
Recomenda-se,
portanto, o exame de toda e qualquer manifestação à luz da revelação da Bíblia.
O dom de discernimento de espíritos na igreja manifesta-se dentro de uma
determinada situação, com vistas à elucidação de práticas distanciadas da
verdade e que não podem ser facilmente identificadas por meios humanos. Esse
dom é importante dentro da igreja, em virtude da distorção do cristianismo
bíblico crescente nos últimos dias (I Tm 4.1).
Pedro desmascarou Simão e revelou
que o mágico se encontrava amargurado e preso por laço de iniquidade (Atos
8.20-23). Paulo e seus companheiros missionários depararam-se com uma jovem
possessa de espírito adivinhador, que seguia-os. A sua afirmação, no tocante,
era real e verdadeira, pois aqueles homens eram de fato servos do Deus
Altíssimo anunciando o caminho da salvação, mas Paulo se recusou a aceitar o
testemunho de demônios. Era um demônio falando a verdade a respeito dos
missionários, mas com o intuito de ganhar crédito com as suas adivinhações.
Sabendo,
pois, de nossa vulnerabilidade, o Senhor quis dotar a igreja do dom de
discernimento dos espíritos, para que os vasos, por Ele usados, tivessem
crédito diante da comunidade. Stanley
Horton afirma que este dom “envolve uma percepção capaz de distinguir
espíritos, cuja preocupação é proteger-nos dos ataques de Satanás e dos
espíritos malignos” (cf. 1 Jo 4.1).
2. AS FONTES DAS MANIFESTAÇÕES
ESPIRITUAIS.
Ao longo das Escrituras podemos
destacar três origens das manifestações espirituais no mundo. Deus, o homem e o
Diabo. Por vezes presenciamos nas duas ultimas origens um arzinho de
credibilidade ou com aparência de genuidade, dai nota-se a importância do dom
de discernimento de espíritos.
Uma profecia, por exemplo, pode ser
fruto da ordem divina ou da ardilosa mente humana ou ainda de origem maligna.
Como saber? Aqui, o dom de discernir os espíritos tem o papel essencial de
preservar a saúde espiritual da congregação.
Segundo nos ensina o pastor Estêvam
Ângelo, o “discernimento de espíritos não é habilidade para descobrir as faltas
alheias”. O dom não é uma permissão para julgar a vida dos outros. Segue outros
conceitos que não se aplicam a este dom:
- Não é leitura de pensamentos, pois os dons de Deus não produzem efeitos sensacionalistas e tampouco devem ser usados como passatempos;
- Não é o discernimento de caráter ou má conduta, pois o homem, por si só, é mestre nesta questão;
- Não é um fenômeno espírita;
- E não tem relação com a Psicologia.
A Palavra de Deus nos ensina que os
espíritos devem ser provados (1Jo 4.1). Toda palavra que ouvimos em nome de
Deus deve passar pelo crivo das Sagradas Escrituras, pois o Senhor Jesus nos
advertiu sobre os falsos profetas. Ele ensinou-nos que os falsos profetas são
conhecidos pelos “frutos que produzem”, isto é, pelo caráter (Mt 7.15-20). Pelo
dom do discernimento de espirito podemos enxergar claramente “a diferença entre
uma manifestação espiritual legitima e uma falsa manifestação”, pois esta é uma
das muitas finalidades deste dom dentre as destacadas abaixo.
- Discernir a semelhança de Deus (Gn 32.30; Ex 24.9-11; 33,17-23);
- Discernir o Cristo ressurreto (Ap 1.12-16; At 7.55-56);
- Discernir o Espírito Santo (Jo 1.32-34; Ap 1.4; 4.1-11);
- Discernir os espíritos demoníacos (Mc 16.9; At 16.16-18; Ap 13.1-2, 11);
- Discernir os querubins, serafins, arcanjos, hoste de anjos (II Rs 6.15-17; II Sm 24.15-14; Lc 1.8-13; Ap 5.2; Ap 7.1-2);
- Discernir o espírito humano com suas tendências boas ou más ( II Rs 4.8-10; Ne 6.10-14; Jr 23.21-26)
- Discernir os espíritos de enfermidades (Mt 12.22; Mc 9.25; Lc 8.29; 13.11-16).
CONCLUSÃO
A Igreja de Jesus necessita dos dons
de revelação para discernir entre o certo e o errado, entre o legítimo e o
falso. Os falaciosos ensinos humanos e as manifestações malignas podem ser
desmascarados pelo dom do discernimento dos espíritos. Que Deus também conceda
à sua igreja os dons da palavra da sabedoria e da ciência, para junto com o
discernimento de espíritos, nos ajudar a não cairmos nas astutas ciladas do
Maligno e no engano de homens tendenciosos.
OS OBJETIVOS DA LIÇÃO FORAM ALCANÇADOS?
- Palavra
da sabedoria: gera ações e resolve problemas.
- Palavra
da ciência: revelação que beneficia a igreja.
- Discernimento
dos espíritos: Deus sabe tudo, nós não.
REFERÊNCIAS
Bíblia
de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.
Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão
Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.
Bíblia
Sagrada. Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do
Brasil, 2000.
Bíblia
Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro.
Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.
CABRAL,
Elienai. Movimento Pentecostal. As
doutrinas de nossa fé. Lições Bíblicas. Faixa Jovens e Adultos. 2º
trimestre de 2011. Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2011
Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)
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