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sexta-feira, 18 de abril de 2014

Dons de revelação. Plano de aula

TEXTO ÁUREO
Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação (1 Co 14.26).

VERDADE PRÁTICA
Os dons de revelação divina são indispensáveis à igreja da atualidade, pois vivemos em um tempo marcado pelo engano.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Co 12.8,10; At 6.8-10; Dn 2.19-22.
1 Co 12.8 - Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
1 Co 12.10 - e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.
At 6.8 - E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.
At 6.9 - E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão.
At 6.10 - E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava.
Dn 2.19 - Então foi revelado o segredo a Daniel numa visão de noite; e Daniel louvou o Deus do céu.
Dn 2.20 - Falou Daniel e disse. Seja bendito o nome de Deus para o sempre, porque dele é a sabedoria e a força;
Dn 2.21 - ele muda os tempos e as horas; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e ciência aos inteligentes.
Dn 2.22 - Ele revela o profundo e o escondido e conhece o que está em trevas; e com ele mora a luz.

PROPOSTA
·         Sabedoria: capacitação divina sobrenatural;
·         Os “sábios” não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito;
·         Tenhamos maturidade e cuidado no uso dos dons;
·         Palavra da ciência: conhecimento de fatos ocultos;
·         Função deste dom: livrar a igreja do engano ou artimanha;
·         Palavra da ciência: conhecimento e não adivinhações;
·         Discernimento de espíritos: proteção contra os ataques;
·         Fonte das manifestações: Deus, homem e o Diabo;
·         Os falsos profetas são conhecidos pelos seus frutos.

INTRODUÇÃO
O teólogo pentecostal Stanley Horton afirma que “a maioria dos estudiosos classifica os dons de 1 Coríntios 12.8-10 em três categorias. revelação, poder e expressão, [tendo] três dons em cada categoria”. Os dons de revelação são os instrumentos pelos quais Deus revela aos homens os seus mistérios, sua vontade. Estes são concedidos aos servos de Deus para o aconselhamento e orientação da Igreja do Senhor.

Diante do misticismo e o ocultismo, que rondam fascinam os homens, Deus reservou os dons espirituais para maravilhar, dotar a sua Igreja para ela lutar contra o assedio do poder das trevas, patrocinado pelo inimigo que opera nos filhos da desobediência e por fim para capacitá-la na missão de testemunhar a mensagem do evangelho, visando a salvação dos perdidos e a sua própria edificação (Rm 1. 11, 15, 16).

Os dons que revelam a sabedoria de Deus são, por si só, infinitamente superiores a qualquer uma das ciências ditas ocultas. Eles são dados pelo Espírito Santo para que mistérios ocultos sejam revelados aos homens, através de atitudes e condutas que evidenciam que Deus sabe todas as coisas e que nada lhe fica oculto. São provas da onisciência divina no meio do Seu povo. Os dons que manifestam a sabedoria de Deus são:
  • Dom da Palavra da Ciência – habilitação para que fatos sejam revelados e ou conhecidos divinamente, como foi o caso de Pedro, a quem Deus fez conhecer a fraude de Ananias e Safira (At 5.1-11);
  • Dom da Palavra da Sabedoria – habilitação para resolução de problemas vitais relacionados à vida na igreja, como foi no caso do Concílio em Jerusalém (At 15.1-2);
  • Dom de Discernimento de espíritos – habilitação para distinguir as origens de manifestações (Deus, inimigo ou homem).
Os dons espirituais são concedidos pelo Espírito Santo, mas a igreja deve buscá-los para que não sofra com a escassez que fatalmente a prejudicará, pois a tornará:
  • Severa em seus julgamentos;
  • Autossuficiente, descaridosa e desconfiada;
  • Alheia a convicção do pecado;
  • Somente complacente consigo mesma, não restitui às partes prejudicadas;
  • Preconceituosa, insincera, ressentida, vingativa;
  • Comprometida com o mundo e ambiciosa pela vida material;
  • Resistente a correção e aos ensinos do Espírito Santo;
  • Defensora apenas de seus próprios interesses;
  • Não vigilante, sujeita a dissensões, não zelosa pelo seu nome;
  • Impaciente, egoísta, negligente, incrédula e desantificada.
Mas na contramão da origem divina, encontramos a fonte das revelações que agradam o povo, faz chorar, pular de alegria, que os torna fiéis e assíduos nestes tipos de trabalhos, que tem seus rabiscos e são projetados após as visitas ao orkut, facebook, google maps, Detran entre outras ferramentas midiáticas. Como estes homens possuem esta coragem? Estes sinais do fim dos tempos seguem os homens enquanto que os dons edificam a igreja

I. PALAVRA DA SABEDORIA
1. CONCEITO. 
O termo palavra exprime uma manifestação verbal ou escrita. Segundo o Dicionário Eletrônico Houaiss, sabedoria significa “discernimento inspirado nas coisas sobrenaturais e humanas”.

A sabedoria abordada pelo apóstolo Paulo em 1 Coríntios 12.8a refere-se a uma capacitação divina sobrenatural para tomada de decisões sábias e em circunstâncias extremas e difíceis, mas não se trata da sabedoria adquirida e aplicada em nosso viver diário, pelo contrário (Tg 1.5-6), pois como poderíamos imaginar cinco simples pescadores sem formação secular, um odiado cobrador de impostos e cinco homens sem ocupação conhecida, sendo portadores de sabedoria nunca vista antes entre os homens. Eles enfrentaram os judeus, povos de muitas nações (At 2.5, 9-11), os escribas, sacerdotes, sumo sacerdote, os samaritanos e os gentios pelos confins da terra.

O dom da palavra da sabedoria é uma pequena parte, parcela ou fragmento de toda a sabedoria e conhecimento de Deus entregues à igreja através dos mecanismos sobrenaturais. São revelações de acontecimentos que já ocorreram, que estão ocorrendo ou que ocorrerão, ou seja, passado, presente e futuro. É a mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação sobrenatural do Espírito Santo. É o poder de falar com discernimento divino. Aplica-se em situações ou problemas específicos (At 6.10; 15.13-22), quer na defesa da fé, na resolução de conflitos, em conselhos práticos ou ao pleitear uma causa perante autoridades hostis. Estevão manifestou de tal modo a palavra da sabedoria que seus adversários não resistiram (At 6.10). Este dom edifica a igreja e se manifesta em momentos em que precisamos de soluções para os seus problemas.

A carga total de conhecimento e sabedoria não é amplamente revelada ao homem, apenas parte, tal como, guardada as devidas proporções, quando procuramos ajuda com profissionais, seja em qual questão for, eles apenas nos transmite seu conhecimento em relação ao objeto da consulta e não apresentará a sua totalidade de seu conhecimento na área.

2. A BÍBLIA E A PALAVRA DE SABEDORIA. 
Embora na Antiga Aliança os dons espirituais não fossem plena e claramente evidenciados como na Nova, alguns episódios do Antigo Testamento vislumbram o quanto Deus conferia aos homens sabedoria do alto para executar tarefas ou tomar decisões.

Um dos exemplos mais chocantes do uso do dom da palavra da sabedoria foi visto no episódio do quase sacrifício consumado de Isaque, ocasião em que seu pai, Abraão, fez uso deste dom e com muita lágrima consegui acalmar o seu coração e o do filho. Depois eles decidiram continuar a jornada. A ação humana sempre procede a aplicação deste dom.

Outro bom exemplo é a revelação e a interpretação dos sonhos de Faraó através de José, o filho de Jacó (Gn 41.14-41). Ele não apenas interpretou os sonhos de Faraó, mas trouxe orientações sábias para que o Egito se preparasse para o período de fome que estava para vir. Como Faraó pode entregar a administração de sua nação para um simples hebreuzinho, um ex-presidiário? Ele teria estudo, formação, condições físicas, psicológicas para o cargo? As orientações que ele deu antes de tomar posse do cargo foram demonstrações de sabedoria recebidas do alto, da mesma forma a sua administração também o foi. Somente Deus poderia fazê-los entregar o controle de tudo para um jovem, inexperiente, sem conhecimentos técnicos ou diplomáticos para se relacionar com outras nações e que de uma hora para outra saiu das profundezas das prisões para dar conselho a maior potência da época.

Outro exemplo de prática do dom da palavra de sabedoria foi o episódio ocorrido com o rei Salomão quando teve que resolver o caso complexo entre as duas supostas mães de um bebê. Este foi um admirável exemplo de dom da sabedoria no Antigo Testamento (1Rs 3.16-28; 4.29-34).

Em o Novo Testamento podemos tomar como exemplo de palavra da sabedoria a exposição da Escritura realizada pelo diácono e primeiro mártir cristão, Estevão. O livro de Atos conta-nos que os sábios da sinagoga, chamada dos Libertos, “não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava” (At 6.9,10). Naquele dia, a pregação do mártir, nocauteou a fera. Saulo estava ali ao lado ouvindo tudo, imaginando que também possuía o mesmo conhecimento, mas o que entristeceu ele foi o fato de não ter o mesmo dom que Estevão, conhecia profundamente a história relatada, porém lhe faltava algo, que mais tarde seria lhe concedido. Existem outros exemplos de uso deste dom:
  • At 15.13-22 – Decisão do concílio;
  • At 11.28-30 – Ágabo profetizou que estava para vir uma fome;
  • At 21.10-11 – Profecia a respeito da prisão de Paulo;
  • At 27.9-10, 23-24, 33-34 – naufrágio de Paulo;
  • I Rs 11.29-32 – quando Aias profetizou a respeito da divisão de Israel (I Rs 12.20; I Rs 13.1-6; I Rs 14.1-18).
“A falta dessa Sabedoria de Deus pode causar graves prejuízos à pregação do evangelho”, pois uma brecha é aberta para o aparecimento da arrogância, da autossuficiência entre outras mazelas, porém a manifestação do dom não torna a pessoa mais sábia que a outra e tampouco lhe garante a salvação.

3. UMA LIDERANÇA SÁBIA. 
A palavra de sabedoria é de grande valor na tarefa do aconselhamento pessoal e em situações que demandam uma orientação no exercício do ministério pastoral. Entretanto, tenhamos cuidado para não confundir a manifestação desse dom com o nosso desejo pessoal. Lembremo-nos de que Deus manifesta os dons em nossas vidas segundo o conselho da sua sabedoria, não da nossa. Tenhamos maturidade e cuidado no uso dos dons!

II. PALAVRA DA CIÊNCIA
1. O QUE É? 
Este dom muito se relaciona ao ensino das verdades da Palavra de Deus, fruto do resultado da iluminação do Espírito acerca das revelações dos mistérios de Deus conforme aborda Stanley Horton, em sua Teologia Sistemática (CPAD). Este dom também se relaciona à capacidade sobrenatural concedida pelo Espírito Santo ao crente para este conhecer fatos e circunstâncias ocultas, que são reveladas para o bem e o progresso da obra, nunca para envergonhar ou desmoralizar, seja quem for. Este dom emana de Deus e serve para deixar claro a sua onisciência. A relação entre a sabedoria e a ciência é muito íntima.

O dom da Palavra da ciência não é resultado de estudos, pois o conhecimento humano é resultado tanto da razão quanto da experiência, mas o conhecimento que vem de Deus transcende a lógica e sensações humanas, vai além do que imaginamos ou conhecemos (II Rs 6.12).

Trata-se de uma mensagem verbal, inspirada pelo Espírito Santo, para a edificação, consolação e exortação da igreja, revelando sobrenaturalmente, e instantaneamente, diante de uma situação específica, um conhecimento que não poderia ser acessado pelas vias da razão ou experiência, por isso, esse dom está associado à profecia (At 5.1-10; I Co 14.24,25).

Este dom é concedido pelo Espírito Santo para termos o conhecimento sobrenatural de coisas e não tem qualquer ligação com o exercício de meras adivinhações, imitações fajutas e operações malignas (At 16.16). Pela revelação divina (palavra da ciência), Deus fez conhecer a Pedro a fraude de Ananias e Safira (At 5.1-11).

2. SUA FUNÇÃO. 
O dom da palavra da ciência não visa servir a propósitos triviais, como o de descobrir o significado dos tecidos do Tabernáculo ou a identidade da mulher de Caim, etc. Isto é mera curiosidade humana, e o dom de Deus não foi dado para satisfazê-la. A manifestação sobrenatural deste dom tem a finalidade de preservar a vida da igreja, livrando-a de qualquer engano ou artimanha do maligno, mas não nos esqueçamos que qualquer um dos dons espirituais não substitui o estudo sistemático e dedicado da Palavra.

3. EXEMPLOS BÍBLICOS DA PALAVRA DA CIÊNCIA.
Ao profeta Eliseu foram revelados os planos de guerra do rei da Síria. Quando o rei sírio pensou em atacar o exército de Israel, surpreendendo-o em determinado lugar, o profeta alertou o rei de Israel sobre os planos inimigos (2Rs 6.8-12). Em outra oportunidade o profeta também fez uso deste dom, quando desmascarou Geazi, por ter mentido e cobiçado os presentes que Naamã intentou dar para o profeta, após sua cura (2 Rs 5.25-26).

Outro exemplo foi a revelação de Daniel acerca do sonho de Nabucodonosor, quando Deus descortinou a história dos grandes impérios mundiais ao profeta (Dn 2.2,3; 17-19). Em o Novo Testamento, esse dom foi manifesto quando o apóstolo Pedro desmascarou a mentira de Ananias e Safira (At 5.1-11). O dom da palavra da ciência não é adivinhação, mas conhecimento, concedido sobrenaturalmente, da parte de Deus.

a) Exemplo do uso do dom da palavra da ciência simultaneamente ao dom da palavra da sabedoria (At 9.10-16). Neste episódio Deus revelou para Ananias fatos ocorridos e que ocorreriam com Saulo no futuro:
  • O nome da rua (Direita);
  • O nome do dono da casa (Judas);
  • A cidade de origem (Tarso);
  • O nome e o que estava fazendo (Saulo. Estava orando);
  • A visão que havia acalmado seu coração;
  • A situação espiritual (confuso, sem entender);
  • O futuro dele (vaso escolhido);
  • O sofrimento pela causa do Evangelho.

O dom da palavra da sabedoria foi visto no momento em que Ananias foi ao encontro de Saulo, confiando que ele era realmente um vaso escolhido. Este dom faz menção do futuro e induz o homem à uma atitude, tal qual aconteceu com Ananias.

A palavra da ciência foi visto quanto Deus revelou o que havia acontecido e que já fazia parte do passado da vida de Saulo. A atitude de Ananias favoreceu a trajetória da igreja e a continuidade da obra (o perseguidor virou perseguido).

b) Jesus em conversa com a mulher samaritana, também fez uso dos dons simultaneamente. Dom da palavra da ciência.
  • Jesus. “Chama o teu marido” (presente)
  • Mulher. “Não tenho marido” (presente)
  • Jesus. “Tiveste cinco maridos” (passado)
  • Jesus. “E o atual não é teu” (presente)
O dom da palavra da sabedoria foi visto quanto Jesus falou a respeito da água, fazendo menção do futuro e no momento em que a mulher resolveu tomar uma atitude.
  • “Quem beber da água que eu der nunca mais terá sede” (futuro)
  • a mulher responde. “Senhor, dá-me desta água” (atitude).
III. DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS
1. O DOM DE DISCERNIR OS ESPÍRITOS. 
É uma capacidade sobrenatural dada por Deus ao crente para discernir a origem e a natureza das manifestações espirituais. De acordo com o termo grego diakrisis, a palavra discernir significa “julgar através de”; “distinguir”. Ela denota o sentido de “se penetrar na superfície, desmascarando e descobrindo a verdadeira fonte dos motivos”, se é o Espírito Santo que está motivando a pessoa a fazer algo, em outras palavras, é o modo especial de para se perceber o que há no intimo de uma pessoa. É ver claramente se o dom é do Espírito e a sua manifestação também é sobrenatural.


Discernir é julgar corretamente as profecias e distinguir se uma mensagem provém do Espírito Santo ou não (1 Jo 4.1). Este dom é útil para distinguirmos se as manifestações espirituais correspondem plenamente aos princípios divinos e para que a Igreja não seja enganada com mensagens demoníacas. A pessoa que recebe esse dom tem a capacidade especial de discernir, por exemplo, se alguém é um impostor ou oportunista.

É o conhecimento sobrenatural, que não pode ser alcançado pela via natural, inspirado pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Frequentemente, este dom tem estreito relacionamento com o de profecia (At 5.1-10; 1 Co 14.24,25). 

Recomenda-se, portanto, o exame de toda e qualquer manifestação à luz da revelação da Bíblia. O dom de discernimento de espíritos na igreja manifesta-se dentro de uma determinada situação, com vistas à elucidação de práticas distanciadas da verdade e que não podem ser facilmente identificadas por meios humanos. Esse dom é importante dentro da igreja, em virtude da distorção do cristianismo bíblico crescente nos últimos dias (I Tm 4.1).
 
Pedro desmascarou Simão e revelou que o mágico se encontrava amargurado e preso por laço de iniquidade (Atos 8.20-23). Paulo e seus companheiros missionários depararam-se com uma jovem possessa de espírito adivinhador, que seguia-os. A sua afirmação, no tocante, era real e verdadeira, pois aqueles homens eram de fato servos do Deus Altíssimo anunciando o caminho da salvação, mas Paulo se recusou a aceitar o testemunho de demônios. Era um demônio falando a verdade a respeito dos missionários, mas com o intuito de ganhar crédito com as suas adivinhações.

Sabendo, pois, de nossa vulnerabilidade, o Senhor quis dotar a igreja do dom de discernimento dos espíritos, para que os vasos, por Ele usados, tivessem crédito diante da comunidade. Stanley Horton afirma que este dom “envolve uma percepção capaz de distinguir espíritos, cuja preocupação é proteger-nos dos ataques de Satanás e dos espíritos malignos” (cf. 1 Jo 4.1).

2. AS FONTES DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITUAIS. 
Ao longo das Escrituras podemos destacar três origens das manifestações espirituais no mundo. Deus, o homem e o Diabo. Por vezes presenciamos nas duas ultimas origens um arzinho de credibilidade ou com aparência de genuidade, dai nota-se a importância do dom de discernimento de espíritos.

Uma profecia, por exemplo, pode ser fruto da ordem divina ou da ardilosa mente humana ou ainda de origem maligna. Como saber? Aqui, o dom de discernir os espíritos tem o papel essencial de preservar a saúde espiritual da congregação.

Segundo nos ensina o pastor Estêvam Ângelo, o “discernimento de espíritos não é habilidade para descobrir as faltas alheias”. O dom não é uma permissão para julgar a vida dos outros. Segue outros conceitos que não se aplicam a este dom:
  • Não é leitura de pensamentos, pois os dons de Deus não produzem efeitos sensacionalistas e tampouco devem ser usados como passatempos;
  • Não é o discernimento de caráter ou má conduta, pois o homem, por si só, é mestre nesta questão;
  • Não é um fenômeno espírita;
  • E não tem relação com a Psicologia.
3. DISCERNINDO AS MANIFESTAÇÕES ESPIRITUAIS. 
A Palavra de Deus nos ensina que os espíritos devem ser provados (1Jo 4.1). Toda palavra que ouvimos em nome de Deus deve passar pelo crivo das Sagradas Escrituras, pois o Senhor Jesus nos advertiu sobre os falsos profetas. Ele ensinou-nos que os falsos profetas são conhecidos pelos “frutos que produzem”, isto é, pelo caráter (Mt 7.15-20). Pelo dom do discernimento de espirito podemos enxergar claramente “a diferença entre uma manifestação espiritual legitima e uma falsa manifestação”, pois esta é uma das muitas finalidades deste dom dentre as destacadas abaixo.
  • Discernir a semelhança de Deus (Gn 32.30; Ex 24.9-11; 33,17-23);
  • Discernir o Cristo ressurreto (Ap 1.12-16; At 7.55-56);
  • Discernir o Espírito Santo (Jo 1.32-34; Ap 1.4; 4.1-11);
  • Discernir os espíritos demoníacos (Mc 16.9; At 16.16-18; Ap 13.1-2, 11);
  • Discernir os querubins, serafins, arcanjos, hoste de anjos (II Rs 6.15-17; II Sm 24.15-14; Lc 1.8-13; Ap 5.2; Ap 7.1-2);
  • Discernir o espírito humano com suas tendências boas ou más ( II Rs 4.8-10; Ne 6.10-14; Jr 23.21-26)
  • Discernir os espíritos de enfermidades (Mt 12.22; Mc 9.25; Lc 8.29; 13.11-16).
Jesus conhece o segredo do coração humano, mas nós não, e por isso precisamos do Espírito Santo para revelar-nos a verdadeira motivação daqueles que falam em nome do Senhor. O apóstolo João nos advertiu acerca do “espírito do anticristo” que já opera neste mundo (1Jo 4.3).

CONCLUSÃO
A Igreja de Jesus necessita dos dons de revelação para discernir entre o certo e o errado, entre o legítimo e o falso. Os falaciosos ensinos humanos e as manifestações malignas podem ser desmascarados pelo dom do discernimento dos espíritos. Que Deus também conceda à sua igreja os dons da palavra da sabedoria e da ciência, para junto com o discernimento de espíritos, nos ajudar a não cairmos nas astutas ciladas do Maligno e no engano de homens tendenciosos.


OS OBJETIVOS DA LIÇÃO FORAM ALCANÇADOS?
  1. Palavra da sabedoria: gera ações e resolve problemas.
  2. Palavra da ciência: revelação que beneficia a igreja.
  3. Discernimento dos espíritos: Deus sabe tudo, nós não.
REFERÊNCIAS
Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.

Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.

Bíblia Sagrada. Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro. Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.

CABRAL, Elienai. Movimento Pentecostal. As doutrinas de nossa fé. Lições Bíblicas. Faixa Jovens e Adultos. 2º trimestre de 2011. Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2011

LOURENÇO, Luciano de Paula. Dons de revelaçao. Disponível em. http.//luloure.blogspot.com.br/2014/04/aula-03-dons-de-revelacao.html

Por: Ailton da Silva - Ano VI (desde 2009)

2 comentários:

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