INTRODUÇÃO
O plano de José para abençoar seu povo foi pensado, por ele, muito
tempo antes de ser colocado em prática. Na primeira vez que reviu seus irmãos
em situação precária, quando foram comprar alimentos no Egito, poderia ter se
vingado de tudo que havia acontecido em sua vida, já que estava em situação
melhor que eles, porém preferiu outro caminho. Ali no trono sentiu as dores e
durante os três dias em que manteve seus irmãos sob guarda intensa (Gn 42.17)
foi o suficiente para buscar em Deus um plano infalível para ajudar todo o seu
povo.
A intenção de Jose era cuidar de seu pai e irmãos até que arrumassem
ocupação ou até que se virassem sozinhos no Egito, bem como não queria que
fossem seduzidos pela riqueza e cultura egípcia. Não seria correto sustentá-los
por toda a vida, isto contrariava toda sua trajetória de vida, pois sempre
trabalhou e fez por onde alcançar sua posição. Então elaborou um plano para
ajudar toda a sua família.
Este plano bem poderia ser descoberto pelos egípcios, inteligentes,
porém Deus não permitiu e concedeu a Jose o sucesso, pois o Egito estava
realmente em suas mãos e dependia de suas ações e decisões.
José estabeleceu três condições para que seus irmãos fossem de fato
aprovados e para que tivessem direito a usufruir de seu plano:
1) AS CONDIÇÕES
PARA FAZEREM PARTE E USUFRUÍREM DOS BENEFÍCIOS DO PLANO DE JOSÉ
a) Primeira
condição: deviam demonstrar arrependimento
Deveriam demonstrar arrependimento pelo que fizeram no passado pelo
irmão. Não conheceram José de inicio, então ali mesmo, diante da precariedade
da situação se conscientizaram do erro que haviam cometido contra José.
“E disseram uns aos outros: De fato, nós agora estamos sofrendo por causa
daquilo que fizemos com o nosso irmão. Nós vimos a sua aflição quando pedia que
tivéssemos pena dele, porém não nos importamos. Por isso agora é a nossa vez de
ficarmos aflitos”. (Gn 42.21 – NTLH)
b) Segunda
condição: deviam anunciar as boas novas
Jose, após revelar sua identidade aos irmãos, ordenou que retornassem
e anunciassem ao pai que ele ainda estava vivo e que era uma importante
autoridade no Egito, porém durante o retorno deveriam evitar as contendas e
possíveis brigas, tipo: acusações entre eles, pois já estavam de posse da
benção, era só anunciarem e voltarem para usufruírem de todos os benefícios que
o plano de José havia previsto para eles. Não tinha motivos para brigas.
“Os irmãos se despediram, e na hora de partir José aconselhou: Não
briguem pelo caminho”. (Gn 45.24 – NTLH)
c) Terceira
condição: Deveriam desejar ser o que sempre foram e o que eram
José orientou seus irmãos quanto à resposta que deveriam dar a Faraó
quando fossem questionados sobre a ocupação deles. Não deveria ser uma resposta
qualquer, tinham que declarar o que eram e que desejavam continuar sendo o que
sempre foram.
“Quando o rei lhes perguntar qual é a profissão de
vocês, digam que a vida inteira vocês têm sido criadores de ovelhas, como
foram os seus antepassados. Assim, vocês poderão ficar morando na região de
Gosém, pois os egípcios detestam os pastores de ovelhas”. (Gn 46.33-34 – NTLH)
2) O PLANO DE
JOSÉ COLOCADO EM PRÁTICA
Os irmãos de José cumpriram todas as condições impostas e então
tiveram a oportunidade de verem o plano sendo colocado em prática. O plano
consistia em preparar todo o ambiente e oferecer todas as condições possíveis
para que o seu povo pudesse usufruir do melhor no Egito, além de blindá-los da
possível sedução e fascínio por aquela nova forma de vida que teriam pela
frente.
“José comprou
tudo dos egípcios,
para dar o melhor para o seu povo
enquanto
permanecessem naquela nação“.
a) Jose ajuntou
todo o dinheiro (Gn 47.14)
Jose ajuntou todo o dinheiro com a venda do cereal aos egípcios, que
diante da necessidade o procuravam para comprarem alimentos. Era um referencial
de benção, pois tinha o que o mundo na época mais precisava, comida. José tirou
dos egípcios a autoridade.
b) Jose ajuntou
todos os animais (Gn 47.16)
Os Israelitas eram pastores e ofereciam animais em sacrifícios, José
já pensando isto pediu para que todos os egípcios trocassem seus gados por
comida para que seus irmãos tivessem trabalho e animais para sacrificarem, se
os egípcios ficassem com seus rebanhos logo acabariam com tudo. José tirou dos egípcios
as posses.
c) Jose ajuntou
todas as pessoas (Gn 47.18)
José trocou o cereal pelos serviços do povo, que se tornaram escravos
de Faraó, porém se alegraram por isso. Jesus nos comprou e nos remiu para
sermos o seu povo. O seu julgo é suave e o seu fardo é leve. José tirou dos egípcios
a dignidade.
d) José comprou
todas as terras (Gn 47.20)
José tomou posse das terras do povo e prometeu devolver parte delas
para que se sustentassem (Gn 47.24). Deus está no controle de tudo e distribui
a nós o que precisamos de modo a satisfazer-nos. José tirou dos egípcios a autonomia.
e) Jose ajuntou
toda a semente (Gn 47.23)
A benção de produzir está com aquele que conhece o poder da semente, o
segredo é semeá-la e não se alimentar dela. Havia muito trigo no Egito, mas
também havia muita fome (Gn 47.13). Os hebreus sabiam o que uma semente poderia
proporcionar, os egípcios não. Jose tirou deles toda a possibilidade de
crescerem e se recuperarem financeiramente.
Jose ajeitou a vida de sua família tirando dos egípcios toda a
riqueza, honra, autoridade, posse, dignidade e possibilidade de seduzirem o seu
povo quando chegassem ao Egito. O seu plano minou as forças do inimigo para que
a sua família não sofresse no período de adaptação.
3) O PLANO DA
SALVAÇÃO PENSADO POR DEUS E AS CONDIÇÕES IMPOSTAS
O plano da salvação foi pensado por Deus, muito antes da fundação do
mundo e para que sejamos inseridos nesse contexto existem algumas condições que
devemos observar.
a) Primeira condição: arrependimento
Ninguém que não demonstre arrependimento consegue chegar à presença de
Deus. Esta é a primeira condição imposta para que o homem possa conhecer o
plano de Deus para sua vida.
“Quando ouviram isso, todos ficaram muito aflitos e perguntaram a Pedro e
aos outros apóstolos: Irmãos, o que devemos fazer? Pedro respondeu:
Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para
que os seus pecados sejam perdoados, e vocês receberão de Deus o Espírito
Santo”. (At 2.37-38 – NTLH)
b) Segunda
condição: devemos anunciar as boas novas
Aquele que conhece o Evangelho e começa a seguir Jesus não pode largar
o arado e olhar para trás. Sua missão então passa a ser a anunciação do
Evangelho a todos e principalmente temos que seguir à risca os conselhos de
Jesus: “vão, anunciem e não briguem pelo caminho”, tal como foi ordenado por
José a seus irmãos.
“Eu não tenho o direito de ficar orgulhoso por anunciar
o evangelho. Afinal de contas, fazer isso é minha obrigação. Ai de mim se não
anunciar o evangelho! (I Co 9.16 - NTLH)
c) Terceira
condição: Devemos desejar ser o que já somos
José orientou seus irmãos quanto a resposta que deveriam dar a Faraó
quando fossem questionados sobre a ocupação deles e eles responderam conforme
as orientações recebidas, ou seja, foram avisados antes, foram ensinados e
aprenderam. Da mesma forma devemos nos portar, pois constantemente temos nossa
fé colocada à prova. “quem é você, qual é a tua?”
Somos avisados por Deus antes, somos ensinados e quando precisar
devemos mostrar que aprendemos a lição. Crente bem ensinado responde certo
quando é questionado.
CONCLUSÃO
Jose foi o primeiro a ir para o Egito, a fim de preparar lugar para
seu povo quando mudassem para aquela nação. Foi traído, vendido, sofreu como um
cordeiro mudo até ser ascendido ao trono. Pensou e executou um plano perfeito
para abençoar seu povo, da mesma forma Jesus veio a esse mundo, foi traído,
vendido, sofreu como um cordeiro e subiu aos céus para a glória e executou um
plano de Deus para salvar a humanidade.
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