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quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Êxodo 14 – O caminho de Deus e as três portas abertas para Israel em pleno deserto – parte 2


Introdução:

Ao longo da nossa caminhada, muitas oportunidades surgem em nossa vida que parecem “portas abertas” por Deus, mas que na verdade são grandes livramentos e vitória diante de inimigos, que não poderíamos combater sem a presença de Deus. Israel, em sua trajetória em direção a Terra Prometida se viu frente a inimigos desconhecidos e também presenciou caminhos que abreviariam a caminhada e que pareciam portas abertas por Deus, mas que na verdade eram armadilhas do “inimigo”

 

a) O primeiro inimigo (o primeiro que ousou se colocar no caminho)

Após a passagem pelo ar Vermelho, os hebreus imaginaram que a caminhada até à Terra Prometida seria retomada sem maiores problemas, porém um imprevisto adiaria por um breve momento a continuidade da viagem.

 

Justamente neste local foram atacados sorrateiramente pelos amalequitas, os descendentes de Esaú (Gn 36.12-16) e do povo que habitava a região da península do Sinai e se tornaram ferrenhos inimigos de Israel, os edomitas. Cruéis, bárbaros, infiéis e que aproveitava os momentos de fraqueza de seus inimigos (Dt 25.18).

 

Oficialmente foram os primeiros que ousaram a se colocar como obstáculo entre Israel e a Terra Prometida.

 

b) O inimigo espiritual enviado cheio de inveja

Os amalequitas não desejavam os despojos e riquezas dos hebreus, também não estavam pensando em proteger os cananeus que habitavam Canaã e muitos menos queriam escravos, na verdade o interesse deles era espiritual, foram enviados pelo Maligno para impedirem o cumprimento do plano de Deus. Deus fechou a porta

 

c) Deus cuida do invejoso

Então refeitos e saciados da sede, pois Deus primeiramente socorreu seu povo para que pudessem enfrentar os amalequitas. Então Israel lutou como um gigante e enfrentou este seu declarado primeiro inimigo.

 

Por terem se colocado entre Israel e a Terra Prometida, os amalequitas caíram nas mãos de Deus, que daquele momento em diante trataria diretamente com eles, até dizimá-los.

 

d) A ordem era para apagar a memoria dos amalequitas

Deus havia dito: “Escreva isto num rolo, como memorial, e declare a Josué que farei que os amalequitas sejam esquecidos para sempre debaixo do céu". Este foi o ponto inicial da queda deste povo (Ex 17.14). Todos os embaraços criados durante a história de Israel, nunca caíram no esquecimento. Tão logo entrassem em Canaã, os israelitas deveriam apagar a memória de Amaleque.

 

Deus ordenou que a guerreiros terrestres que apagassem a memória dos amalequitas, porém não cumpriram na integra todas as ordens (Ex 17.14; Dt 25.19; I Sm 15.3):

Deus ordenou ao rei Saul que exterminasse os amalequitas, porém desobediente e interesseiro, preservou o rei Agague e parte dos tesouros (I Sm 15.2-9):

  • Davi sofreu um ataque traiçoeiro, enquanto estava em batalha (I Sm 30.1-2), mas bravamente perseguiu o inimigo e os feriu;
  • O rei Ezequias também contribuiu para que todo o mal que os amalequitas fizeram no deserto aos seus antepassados fosse vingado (I Cr 4.42-43);
  • A rainha Ester se viu em apuros com Hamã, o traiçoeira agagita, provavelmente um dos descendentes do primeiro escalão real dos amalequitas (Et 3.1), que arquitetou um audacioso plano para aniquilar de vez todos os judeus que tanto odiava e que ainda habitavam nos territórios do Império Medo-persa. Mas da mesma forma como seus antepassados sucumbiu diante da promessa de Deus feita aos hebreus no início da caminhada em direção a Canaã: “Eu, totalmente hei de riscar a memória de Amaleque de debaixo dos céus” (Ex 17.14).

E pouco a pouco os amalequitas foram dizimados como cumprimento do que havia sido prometido a Moisés.

 

e) Conclusão

Em nossa caminhada são muitas as dificuldades e problemas que surgem e em meio a toda esta situação, as vezes, contemplamos escapes, as ditas “portas abertas”, que facilmente são elegidas como agir de Deus. Na verdade são armadilhas que escondem um inimigo por trás, por isto Deus se antecipa, guerreia e nos entrega a vitória. O encontro com um inimigo traiçoeiro, sorrateiro e feroz era o que preparava a segunda porta que os hebreus pensavam que tivesse sido aberta por Deus para encurtar o caminho.

Por: Ailton da Silva - 14 anos (Ide por todo mundo)

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