Introdução:
Ao
longo da nossa caminhada, muitas oportunidades surgem em nossa vida que parecem
“portas abertas” por Deus, mas que na verdade são grandes livramentos e vitória
diante de inimigos, que não poderíamos combater sem a presença de Deus. Israel,
em sua trajetória em direção a Terra Prometida se viu frente a inimigos
desconhecidos e também presenciou caminhos que abreviariam a caminhada e que
pareciam portas abertas por Deus, mas que na verdade eram armadilhas do
“inimigo”
a) O primeiro inimigo
(o primeiro que ousou se colocar no caminho)
Após a passagem
pelo ar Vermelho, os hebreus imaginaram que a caminhada até à Terra Prometida
seria retomada sem maiores problemas, porém um imprevisto adiaria por um breve
momento a continuidade da viagem.
Justamente neste
local foram atacados sorrateiramente pelos amalequitas, os descendentes de Esaú
(Gn 36.12-16) e do povo que
habitava a região da península do Sinai e se tornaram ferrenhos inimigos de
Israel, os edomitas. Cruéis, bárbaros, infiéis e que aproveitava os momentos de fraqueza de seus
inimigos (Dt 25.18).
Oficialmente
foram os primeiros que ousaram a se colocar como obstáculo entre Israel e a
Terra Prometida.
b) O inimigo espiritual
enviado cheio de inveja
Os amalequitas
não desejavam os despojos e riquezas dos hebreus, também não estavam pensando
em proteger os cananeus que habitavam Canaã e muitos menos queriam escravos, na
verdade o interesse deles era espiritual, foram enviados pelo Maligno para
impedirem o cumprimento do plano de Deus. Deus
fechou a porta
c) Deus cuida do
invejoso
Então refeitos e
saciados da sede, pois Deus primeiramente socorreu seu povo para que pudessem
enfrentar os amalequitas. Então Israel lutou como um gigante e enfrentou este
seu declarado primeiro inimigo.
Por terem se
colocado entre Israel e a Terra Prometida, os amalequitas caíram nas mãos de
Deus, que daquele momento em diante trataria diretamente com eles, até
dizimá-los.
d) A ordem era para
apagar a memoria dos amalequitas
Deus havia dito:
“Escreva isto num rolo, como memorial, e declare a Josué que farei que os
amalequitas sejam esquecidos para sempre debaixo do céu". Este foi o ponto
inicial da queda deste povo (Ex 17.14). Todos os embaraços criados durante a
história de Israel, nunca caíram no esquecimento. Tão logo entrassem em Canaã,
os israelitas deveriam apagar a memória de Amaleque.
Deus
ordenou que a guerreiros terrestres que apagassem a memória dos amalequitas,
porém não cumpriram na integra todas as ordens (Ex 17.14; Dt 25.19; I Sm 15.3):
Deus ordenou ao
rei Saul que exterminasse os amalequitas, porém desobediente e interesseiro,
preservou o rei Agague e parte dos tesouros (I Sm 15.2-9):
- Davi sofreu um ataque traiçoeiro, enquanto estava em batalha (I Sm 30.1-2), mas bravamente perseguiu o inimigo e os feriu;
- O rei Ezequias também contribuiu para que todo o mal que os amalequitas fizeram no deserto aos seus antepassados fosse vingado (I Cr 4.42-43);
- A rainha Ester se viu em apuros com Hamã, o traiçoeira agagita, provavelmente um dos descendentes do primeiro escalão real dos amalequitas (Et 3.1), que arquitetou um audacioso plano para aniquilar de vez todos os judeus que tanto odiava e que ainda habitavam nos territórios do Império Medo-persa. Mas da mesma forma como seus antepassados sucumbiu diante da promessa de Deus feita aos hebreus no início da caminhada em direção a Canaã: “Eu, totalmente hei de riscar a memória de Amaleque de debaixo dos céus” (Ex 17.14).
E pouco a pouco os amalequitas foram dizimados como cumprimento do
que havia sido prometido a Moisés.
e) Conclusão
Em
nossa caminhada são muitas as dificuldades e problemas que surgem e em meio a
toda esta situação, as vezes, contemplamos escapes, as ditas “portas abertas”,
que facilmente são elegidas como agir de Deus. Na verdade são armadilhas que
escondem um inimigo por trás, por isto Deus se antecipa, guerreia e nos entrega
a vitória. O encontro com um inimigo traiçoeiro, sorrateiro e feroz era o que
preparava a segunda porta que os hebreus pensavam que tivesse sido aberta por
Deus para encurtar o caminho.
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