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sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Êxodo 14 – O caminho de Deus e as três portas abertas para Israel em pleno deserto – parte 1


Até nunca mais egípcios, nunca mais voltaremos a nos ver. Voltaremos para o lugar de onde não devíamos ter saído e estamos voltando, porque o nosso Deus ouviu o nosso clamor. 


Porém, o grupo de opositores de Israel era composto pelos filisteus e amalequitas a Oeste, edomitas a Leste, amonitas e moabitas ao Norte e os cananeus ao centro de Canaã.

 

Deus, bem antes da fundação do mundo planejou e então colocava em prática seu plano para libertação dos hebreus. A primeira parte consistia no mapeamento dos inimigos, abertura de portas, estabelecimento de rota e estratégias, preparação de locais para inesquecíveis batalhas e principalmente a marcação de locais para operações de sinais e maravilhas nunca vistas na terra até então.

 

1ª porta – era só para olhar, não para desejar (o imediatismo não faz parte do plano de Deus):

a) O desejo, o imediatismo:

A rota mais pensada, justamente por ser mais curta, porém este caminho apresentou a primeira dificuldade, um grande inimigo, forte demais, avançadíssimo, que forjavam armas de metais pesados fundidos, enquanto os hebreus tinham seus arcos feitos de bambuzinho e barbante. A diferença era grotesca, não estavam preparados para enfrentá-los.

 

Seria inadmissível imaginarem que o tão sonhado território seria avistado e pisado logo aos primeiros dias de caminhada. Até poderia ter sido, caso Deus permitisse que refizessem o caminho feito por José, quando da sua ida como escravo ao Egito. Seriam poucos dias, mas por outro lado estariam vulneráveis aos ataques dos avançados, temidos e bem aparelhados filisteus. O caminho mais curto seria também o mais perigoso.

 

b) Duração da caminhada (expectativa x realidade):

Em condições normais seria possível percorrer este trajeto em pouco mais de trinta dias, dependendo da carga que estavam levando e da quantidade de pessoas. Se tivessem seguido pelo caminho curto, de poucos dias, certamente não veriam as operações, misericórdias e milagres de Deus e não teriam a certeza da chamada.

 

c) O movimento dos mercadores e inimigos:

Outro problema desta rota era o intenso movimento de mercadores e militares ligados e próximos ao Egito, que fatalmente se valeria de alianças para recuperar sua mão de obra barata. Fatalmente os mercadores e aliados entregariam os hebreus ou facilitariam a captura.


Deus fechou esta porta e ninguém foi capaz de abri-la. Teriamos coragem de trilhar um caminho se o próprio Deus dissesse que não é para irmos (cfe Ex 13.17)?

 

d) Como é difícil aceitarmos o NÃO de Deus:

A primeira rota foi a mais desejada pelos hebreus, tal como é desejada por nós, quando estamos em dificuldades, problemas ou lutas, mas Deus disse NÃO e impediu o encontro com os filisteus (Ex 13.17).


Quando saíram do Egito, cheios de vigor e alicerçados por grandes promessas, não imaginaram uma viagem tão longa, o que de fato não teria tal necessidade, mas o caminho foi prolongado ao máximo para que revelassem seu verdadeiro caráter, para aprenderem a diferenciar o carnal do espiritual, para conhecerem (Dt 8.2-14) e se tornarem conhecidos de Deus (Os 13.5) e, por fim, para desenvolverem a dependência total dos recursos divinos.

 

A saída foi incondicional, mas a entrada em Canaã foi bem diferente. Durante o caminho, Israel conheceu as condições. Deus, por várias vezes, afirmou que se tornariam uma grande nação, mas como poderiam crer nisso com convicção diante daquela situação tão precária? Multidão de famintos, pobres, medrosos, alguns doentes, outros com intenções diferentes. Somente Deus poderia trabalhar em favor de pessoas nessas situações. 


Continua...

Por: Ailton da Silva - 14 anos (Ide por todo mundo)

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