Páginas

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Pé da cruz, borda do rio e vales

 

Pé da cruz, borda de rio e vales, locais frequentados por pessoas de fé, coragem e conscientes de que não podem ultrapassar os limites estabelecidos, pois não tem como subir na cruz, não podem adentrar rio a dentro e diante do vale ficam esperando o socorro.

 

Da cruz em diante, da borda do rio à frente e em vales, ser humano nenhum pode prosseguir, somente Deus pode seguir em frente.

 

1) Jo 19.25

João estava ao pé da cruz, enquanto os outros discípulos temerosos se esconderam, mas aquele ponto era o seu limite, dali para frente ele não poderia fazer nada para mudar a situação, deveria somente confiar na promessa da ressurreição (Jo 14.18-23). Se fosse valente o suficiente, poderia ter enfrentado o exercito romano e os furiosos judeus para descer Jesus da cruz.

 

Ali mesmo ao pé da cruz, João entendeu que se tratava do seu limite, dali para frente seria com Deus. Não dependia dele.

 

O discípulo amado, que se mostrava fiel, esteve acompanhando o que seria os últimos instantes de vida de Jesus. Assim se tornou testemunha do mais importante ato do ministério de Jesus na Terra, sua morte e posterior ressurreição, já que foi um dos primeiros que correu ao sepulcro para atestar a ressurreição (Jo 20.1-2).

 

João esteve e testemunhou os três principais atos de Jesus na Terra: ultima ceia, crucificação e ressurreição.

 

2) Borda do rio (Ex 2.3)

A borda do rio é um limitador, pois dali para frente somente Deus pode ultrapassar. Justamente nessas condições um caminho, por mais improvael que seja, é aberto para um ocorrer um grande livramento, tal como aconteceu com Moisés, que foi deixado para as correntezas leva-lo justamente onde estava o socorro para sua vida.

 

Moisés foi deixado à borda do rio para ser cuidado por Deus, pois dali para frente, a mãe não poderia fazer nada para mudar a situação, deveria somente confiar. Se Joquebede fosse uma eximia nadadora poderia, atravessando a nado, ter fugido para outra localidade. Ali mesmo entendeu que o livramento não dependeria dela.

 

3) Azeca (campo cavado com enxada – hebraico), Socó, Damim, Vale do Carvalho (1 Sm 17)

Muitos soldados estavam no front de batalha tentando se encorajar para enfrentar o inimigo de Israel, mas nenhum tomou a iniciativa, mesmo diante da recompensa ofertada pelo rei para quem derrotasse Golias. O prêmio seria riquezas, casamento com a filha do rei e a isenção de impostos para a família do vencedor (17.26).

Vale que dividiu dois exércitos;

  • Local ideal para alguém se tornar notável, conhecido, se aparecer, ficar rico, livre de impostos e se aparentar ao rei Saul;
  • Mas não era local para valentões;

Foram 40 dias (1 Sm 17.16) de ameaças de guerra, mas ninguém iniciava a luta. Entregar riquezas para o corajoso seria fácil para o rei, sobre a isenção de impostos também não teria dificuldades para decretar, agora abrir a porta para que um estranho se aparentasse à sua família, isso seria muito complicado.

 

Porque os guerreiros de Israel não se prontificaram a enfrentar Golias? O ouro não havia sido suficiente para seduzi-los? A filha do rei não era tão atraente assim para que se arriscassem?

 

Eles não foram, porque não entenderam a profundidade da recompensa. Se tivessem entendido se posicionariam para a batalha ao primeiro pedido do rei. Aqueles que não entendem a profundidade da Palavra jamais sairão do lugar.

 

Riqueza e isenção de impostos não eram o mais importantes, em comparação com o peso espiritual que estava atrelado à parte final da recompensa. O ouro poderia ser roubado ou acabaria, um dia. A beleza da filha do rei, da mesma forma, acabaria ou certamente morreria, porém a mistura e o vinculo familiar que seria criado permaneceria para sempre.

 

Ninguém teve coragem de ultrapassar os limites estabelecidos para enfrentar o gigante Golias. A luta somente se iniciou quando chegou ao local o único, o verdadeiro lutador que estava preparado para a guerra (Davi), que ficou ouvindo as afrontas do incircunciso. Se fosse valentão poderia mudar aquela situação, mas entendeu que nada poderia fazer sem Deus.

 

Mas antes de enfrentar o gigante, Davi entendeu que aquele vale era o seu limite, dali para frente não serviria armadura real, escolta de supostos valentes soldados, táticas de guerras, armas pesadas, escudos, conhecimento do inimigo e muito menos suas forças. Tudo o que havia de aparato militar seria desmoralizado. Dali para frente seria com Deus.

 

O sangue daquele jovem ferveu quando ouviu: “Não há Deus em Israel” (I Sm 17.45), tanto que se encheu de coragem: “Eu vou a ti em nome do Senhor dos exércitos”. Então teria que ir mesmo, agora não poderia recuar.

 

Davi foi o ULTIMO da família a ser chamado para a festa da unção e o ULTIMO a ser enviado para a guerra, mas foi o PRIMEIRO a cair nos braços do povo. Deste momento em diante estava reconhecida a sua autoridade para reinar sobre Israel.

 

Conclusão:

Fique onde está, continue ao pé da cruz. Você não pode mudar sua situação. O que está acontecendo deve acontecer. Não prossiga, pare, contemple e confie no cumprimento da promessa em sua vida. Mais um poucochinho de tempo, a visão que o atordoa e parece te enfraquecer, mudará por completo a sua vida;

Deposite o seu desejo na borda do rio e vá embora descansar. Aguarde, logo, logo, só mais um poucochinho de tempo a correnteza, que parece ser o seu fim, te levará ao encontro do seu milagre;

Não entre em lutas desnecessárias, pois não temos chances nas infindáveis batalhas espirituais. Mesmo que pareça o fim ou que não contemple uma saída, saiba que logo será enviado o socorro. Descanse e veja Jesus, entrar na luta e guerrear por você no momento certo. Ao final, você estará dançando na presença de Deus rodeado por aqueles que gostam, respeitam e acreditam na sua liderança. 


Por: Ailton da Silva - 15 anos (Ide por todo mundo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário