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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Nomes e símbolos do Espírito Santo. Plano de aula.

“As palavras são veículos inadequados para transmitirem a verdade. Quando muito, apenas revelam a metade das profundidades do pensamento”.

Os símbolos oferecem quadros concretos de coisas abstratas

“Se os ministros não derem crédito à obra do Espírito Santo, darão pedra em vez de pão ao seu rebanho” - Abraham Kuiper, teólogo, político e educador holandês.

INTRODUÇÃO

A Bíblia é rica em linguagem simbólica. Essa linguagem serve para ajudar ou atrapalhar a compreensão, dependendo das circunstâncias e das pessoas. Para se compreender os símbolos é necessário interpretá-lo dentro do seu contexto de origem.

A Bíblia nos ensina que o Espírito Santo é, dentre as Pessoas da Trindade, aquela que atua diretamente no interior do homem e que zela pela Igreja do Senhor enquanto ela se encontra na dimensão terrena, ou seja, Ele acompanha o cotidiano do cristão.

A Bíblia revela uma série de nomes e símbolos do Espírito Santo, cada um deles com um significado especial. Através deles podemos conhecer a sua individualidade (II Co 3.17,18; Hb 9.14; I Pe 1.2), sua obra, além disso, deixa bem evidente a limitação humana e a absoluta dependência que temos da operação do Espírito Santo. Estes símbolos também são arquétipos, ou seja, personagens que são comuns em qualquer época, cultura ou nação, tais como:

• O vento representa forças poderosas e invisíveis;

• A água límpida representa o poder e refrigério sustentador da vida a todos que têm sede, física ou espiritual;

• O fogo representa uma força purificadora (refinar o ouro e prata - Malaquias 3”3) e também para queimar a palha como profetizado por João Batista (Mt 3”12).

O porquê do uso de símbolos para vivificar a obra e pessoa do Espírito Santo? Deus não havia se revelado fisicamente ao homem, o Filho se fez semelhante e encarnou a fim de iniciar seu ministério, mas porque o Espírito Santo não poderia se revelar pessoalmente?

No batismo de Jesus houve a manifestação dos símbolos, primeira manifestação da Trindade na Terra. Certamente o homem não suportaria tamanha glória (os três juntos). Talvez por isto Deus tenha se limitado apenas a testemunhar, enquanto que o Espírito Santo se manifestava na forma corpórea de uma pomba, durante o batismo do Filho.

Durante seu ministério terreno Jesus se portou da mesma forma, pois aos discípulos falava de uma forma mais aberta, enquanto que para a multidão falava por meio de parábolas, ilustrações riquíssimas, ainda que em João 16, citou pouco sobre o Espírito Santo, dizendo que somente aquilo estava bom, não suportariam mais.

A verdade é que ao contemplarmos uma obra de arte, certamente observaremos a beleza, as cores, as formas, porém para compreendermos o significado intrínseco do quadro e apreciarmos o seu verdadeiro propósito, torna-se necessário um a figura de um intérprete experiente, alguém que conheça a fundo aquela obra. Esta é a situação do homem quando contempla a obra salvífica do Calvário. Paulo disse que o homem natural não compreende. Esta é a atribuição do Espírito Santo, revelar Jesus a humanidade (Mt 18:20).

Como o Filho não falou de Si mesmo (Jo 12”50), mas falou o que recebeu do Pai, assim o Espírito Santo não fala de Si mesmo, como se fosse uma fonte independente de conhecimento, mas declara o que ouviu do próprio Deus.


I – A PLURALIDADE DOS NOMES DO ESPÍRITO SANTO

Os nomes, no Antigo Testamento, apontavam para o caráter da pessoa, ou seja, nome e realidade caminhavam juntos, por isso, o nome do Senhor não poderia ser tomado em vão (Ex. 20.7). Os nomes de Deus, por conseguinte, destacam seus atributos: Gn. 16.13; 22.14; Ex. 15.26; Is. 11.10; Jr. 23.6.

Na sociedade moderna os nomes das pessoais não têm a mesma relevância que os da literatura bíblica. Os pais dão nome às crianças sem pensar no significado, por exemplo:

• Betânia (Casa do pobre), Amós (carregador de fardos), Jacó (enganador), Natanael (dom de Deus), Samuel (Seu nome é Deus).

Os diversos nomes do Espírito Santo, demonstram a pluralidade de ação exercida por Ele, na e através da Igreja. Eles nos oferecem chaves para entendermos a sua pessoa e obra.

1 - Nomes do Espírito Santo relacionados à Trindade

Os nomes e títulos do Espírito Santo nos revelam muita coisa a respeito de quem é o Espírito Santo. Embora o nome Espírito Santo não ocorra no Antigo Testamento, vários títulos equivalentes são usados.

• Espírito de Yaweh (heb. Ruach YHWH [Yahweh]);

• Espírito do Senhor;

Títulos mais freqüentes no Novo Testamento:

• Espírito de santificação (Rm 8.2);

• Espírito de adoção de filhos (Rm 8.15);

• Espírito Santo da promessa (Ef 1.13);

• Espírito eterno (Hb 9.14);

• Espírito da graça (Hb 10.29);

• Espírito da glória (1 Pe 4.14).;

• Espírito de santidade (Rm 1”3-4)

a) Nomes do Espírito Santo que descrevem sua própria pessoa:

• É o Espírito que revela a santidade de Deus e transmite aos homens o poder santificador – Ex 3:2-5; Rm 1:4; II Ts 2:13;

• É Santo em pessoa e caráter, e também é o Autor direto da santidade do homem;

• É Santo, pois sua obra é santificar o homem, mas o fato de ser constantemente chamado de Santo, não quer dizer que seja mais ou menos santificado que as outras duas pessoas da Trindade, pois este atributo Divino não admite graus.

• É chamado de Espírito de amor (II Tm 1:7; I Jo 4:8; Ef 3:19; Jo 13:1; 15:1; Rm 15:30; 5:5);

• É chamado de Espírito Eterno (Hb 9:14).

b) Nomes do Espírito Santo que demonstram sua relação com Deus:

• Espírito de Deus – I Cor 3:16;

• Espírito de Jeová – Is 11:2;

• Espírito do Senhor Jeová – Is 61:1;

• Espírito do Deus vivo – II Cor 3:3.

c) Nomes do Espírito Santo que demonstram sua relação com o Filho de Deus:

• Espírito de Cristo (Rm 8:9; At 2:36;

• Foi enviado em nome de Cristo (Jo 14:26);

• Foi enviado por Cristo e para glorificar a Cristo (Jo 16:14);

• Espírito de seu Filho (Gl 4);

• Espírito de Jesus (At 16:6-7; Mt 28:19);

• Espírito de Jesus Cristo (Fp 1:19; At 2:32-33; Is 11:2; Hb 1:9);

d) Nomes do Espírito Santo que demonstram sua relação com os homens:

• Espírito purificador (Is 4:4; Mt 33:11);

• Espírito Santo da promessa (Ef 1:13; At 1:4-5; 2:33);

• Espírito da graça e de súplicas (Zc 12:10; Hb 10:29);

• Espírito da vida (Rm 8:2; Ap 11:11);

• Espírito de adoção de filhos (Rm 8:15);

• Espírito da Fé (II Cor 4:13);

• Espírito da Glória e de Deus (I Pe 4:13-14; Ef 3:16-19; Rm 8:16-17);

• Espírito Santo Consolador (Jo 14:26; 15:26; 16:7);

• Espírito de poder (II Tm 1:7; Sl 62:11);

• Espírito de sabedoria e de revelação (Ef 1:17; I Cor 2:10-12);

• Espírito de verdade (Jo 15:26; 14:6, 17; 16:13; Jr 10:10; I Jo 4:6; 5:6)

2. O Consolador.

Mesmo os discípulos tendo participado da última ceia com Jesus estavam tristes e oprimidos, fracos e debilitados. Quem então teria condições de mudar aquela situação? Quem os ajudariam? Quem os ensinariam e os guiariam? Como enfrentariam o mundo tão hostil que os esperavam? Deus já havia pensado em tudo isto, por isto Jesus prometeu que rogaria ao Pai outro consolador.

Jesus é nosso Advogado ou Auxiliador, enquanto que o Espírito Santo é o nosso Consolador com algumas funções:

• habita dentro de nós (Jo 14.16; 15.26);

• ensina e faz lembrar tudo quanto Cristo tem dito (14.26);

• convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (16.8);

• parakletos (chamado para o lado de alguém), ou seja, para ajudar

3. O Espírito da Verdade.

A obra do Espírito Santo, segundo Jo 16.7,8, é convencer do pecado da justiça e do juízo e ao mesmo tempo ensinar, corrigir e guiar, em toda a verdade, aqueles que já servem ao Senhor. A verdade é um atributo de Deus, confirmado pela veracidade e validade de sua palavra, por isto o Espírito Santo é o opositor do inimigo de nossas almas, pois ele é o pai da mentira. Esta situação de oposição nos garante alguns privilégios:

• Podemos confiar cegamente na direção indicada por Ele;

• Depositamos em suas mãos as nossas ansiedades;

• E a nossa fonte inesgotável de saber;

• Mostra ao pecador o caminho, orienta e ensina a igreja.

4. O Espírito de Graça.

Definição de Graça:

• um dom gratuito e sobrenatural;

• concessão de bens necessários à nossa existência e salvação;

• motivada unicamente pela misericórdia e amor de Deus;

• iniciativa própria de Deus;

• um favor imerecido;

• plenitude de Cristo;

• necessidades humanas atendidas por Deus.

Aqueles que não fazem uso desta graça terão um castigo maior do que o privilegio oferecido, pois terão as seguintes acusações:

• tornaram-se culpado de pisar Jesus Cristo;

• desprezaram e menosprezaram a vida e morte de Jesus;

• consideraram Jesus indigno de sua lealdade;

• insultaram o Espírito Santo;

• rebelaram-se contra o Espírito Santo, o qual comunica a Graça de Deus. As ordens de Jesus aos seus discípulos não era propriamente se prepararem para o revestimento do Espírito Santo, como ocorreu no dia de Pentecoste, mas sim era outra, mais profunda, era para se prepararem para obra.

5. O Espírito de Vida.

O Espírito Santo é o agente da regeneração e salvação, pois:

• convence o homem do pecado (Jo 16.7,8);

• revela ao homem a verdade a respeito de Jesus (Jo 14.16,26);

• promove o novo nascimento (Jo 3.3-6);

• torna-o homem membro do corpo de Cristo (I Co 12.13.

O princípio característico do Espírito Santo é dar poder aos cristãos para a vida de santidade, já o do pecado é arrastar a pessoa para a morte (Rm 8:2). É como a lei da gravidade. Quando lançamos uma pedra para o alto, ela volta, pois é mais pesada que o ar que desloca. Um pássaro também é mais pesado que o ar, mas pode voar. A lei da vida no pássaro supera a lei da gravidade. Assim também o Espírito Santo provê a vida ressurreta do Senhor Jesus e liberta o cristão da lei do pecado e da morte. Em outras palavras podemos dizer que a nossa vontade de viver é maior que a vontade de morrer no pecado.

Regeneração, segundo a totalidade do Novo Testamento, é um ato soberano do Espírito Santo sobre o coração da pessoa, no qual o espírito é vivificado e permanentemente orientado numa direção centrada em Deus. Jesus ensinou Nicodemos a respeito do novo nascimento, através da água e do Espírito, onde O Espírito Santo ficava com a tarefa da regeneração, na alma do homem e água seria o sinal exterior, representando a mudança ou a concretização do selo e o pacto.


II. OS SÍMBOLOS BÍBLICOS

1. A Bíblia e os símbolos.

O símbolo é uma figura, objeto, número ou emblema, cuja imagem representa, de modo sensível, uma verdade moral ou religiosa.

No símbolo, um conceito abstrato recebe uma correspondência material e concreta, oferecendo quadros concretos de coisas abstratas, tais como a terceira Pessoa da Trindade.

a) Símbolos que representam a Palavra de Deus:

• Luz - Sl 119:105;

• Mel - Sl 119:103;

• Leite espiritual - I Pe 2:2);

• Fogo e Martelo - Jr 23:29;

• Água - Ef 5:26;

• Chuva - Dt 32:2;

• Espada do Espírito - Ef 6:17;

• Espada de dois gumes - Hb 4:12;

• Sapato - Ef 6:15.

2. Jesus utilizou alguns símbolos.

Para ensinar as doutrinas do Senhor, os antigos hebreus utilizavam os símbolos. Através destes, de forma poética, diziam, com simplicidade e exatidão, tudo o que precisava ser dito. Jesus também lança mão desse expediente para ensinar por parábolas.

a) Símbolos que representam Jesus:

• Cordeiro de Deus;

• Leão de Judá (pela sua força. Pela ferocidade ele é um símbolo do inimigo);

• Raiz de Davi;

• Pão da vida;

• Estrela da Manhã;

• Esposo amado;

• Sol da Justiça;

• Luz do Mundo


III. OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO

Na Bíblia, o Espírito Santo é representado por símbolos que ilustram sua obra e o ministério que desenvolve no difícil relacionamento da Terra com o Céu.

1) FOGO – Is 4:4; Mt 3:11; Lc 3:16

• No Tabernáculo, havia fogo continuamente no Altar do Holocausto (Lv 6:12-13 Êx 30:7-8), que representa a nossa consagração e entrega para servir ao Senhor, já o Altar do Incenso representa a nossa vida de oração, de adoração a Deus. Por isto que o Altar estava colocado no lugar Santo, porém, em frente a Arca, da qual estava separado apenas por um véu. A Arca é símbolo da presença de Deus. A presença do fogo em ambos os Altares significa a impossibilidade de uma entrega ao serviço de Deus e de uma vida de oração, consagração, adoração, sem estar cheio do Espírito Santo.

• Ao passo que somente uma brasa tirada do altar purificou os lábios de Isaías (Is 6.6, 7), já no dia de Pentecostes (todos foram batizados, porque Jesus queria sensibilizar a muitos), foram línguas de fogo que marcaram a vinda do Espírito (At 2.3). João Batista (Mt 3”11-12) profetizou que Jesus batizaria com o Espírito Santo e com fogo, mas também mencionou que o mesmo fogo serviria para queimar a palha que sobrasse;

• O fogo purifica, aquece, ilumina (Ef 1:17-18; Jo 16:14; Ef 5:13) e queima (Rm 12:19-20; Mt 25:6-10). Quando Isaías confessou ser um homem de lábios impuros, a purificação veio pela figura do fogo de uma brasa (Is 6:5-7).

• O fogo, como símbolo do Espírito Santo, corrige os defeitos da nossa natureza decaída e nos conduz à perfeição;

• O fogo se une ao objeto por ele incendiado - Sl 104:4; Jr 20:9; Lc 24:32;

2) VENTO – Ez 37:7-10; Jo 3:8; At 2:2

Antes de partir Jesus soprou sobre os seus discípulos, a fim de que esses recebessem o Espírito (Jo. 20.22), ainda que essa não fosse a experiência do enchimento de poder, que viria a ocorrer posteriormente (Lc. 24.49). O vento simboliza a obra regeneradora do Espírito e é indicativo da Sua misteriosa operação independente, penetrante, vivificante e purificante:

• Pode ser sentido, mas não explicado;

• Assopra para onde quer, é incompreensível (Jo 3:8);

• É invisível, dinâmico e sonoro. Não podemos tocá-lo nem compreendê-lo, mas podemos ouvir o seu ruído e sentir o seu assopro (Jo 4:15);

• É indispensável, pois a própria vida depende dele, pois é o vento que renova o oxigênio do ar e dissipa a poluição do ar, que gravemente prejudica a saúde;

• É importante para a polinização das flores, na lavoura, dando condições para a fecundação da flor, e, conseqüentemente, da frutificação.

• É irresistível, pois derruba árvores, construções humanas, etc. não respeita fronteiras, não pede licença para entrar;

• Limpa as árvores, retira as folhas secas ou murchas, os galhos secos, os frutos podres, tudo cai quando sopra o vento;

• Movimenta as águas. Não havendo vento as águas ficam paradas;

• Ajunta as nuvens para que a chuva possa cair. Sem vento não haverá chuva;

• Limpa o céu, dissipando as nuvens negras.

3) ÁGUA – Ex 17:6; Ez 36:25-27; 47:1; Jo 3:5; 4:14; 7:38-39

O Espírito é a fonte da água viva, porque Ele é um verdadeiro rio de vida, inundando as nossas almas e limpando a poeira do pecado. Enquanto o Espírito trabalha no reino espiritual a água o opera na ordem material.

• A água tem a função de saciar a sede, lavar o sujo e alimentar as plantas. Traz vida e limpeza, purifica, refresca e torna frutífero o estéril.

• Quando o profeta Ezequiel, em visão, viu os dois ribeiros correndo, viu que as águas vinham de debaixo da banda do Sul do altar, um símbolo que destaca que o rio do Espírito Santo nasceu do altar: O Gólgota (Ez 47:1, 9)

• No Golgota, quando os soldados furaram o lado de Jesus com uma lança saiu sangue e água (Jo 19:34). Isso simboliza que, como resultado da morte de Jesus, o mundo ganhou uma fonte purificadora (O SANGUE DE JESUS) e também um rio d’água (O Espírito Santo);

• Quando Deus mandou Moisés ferir a rocha, então saíram águas (Ex 17:6). Depois ordenou que ele falasse a rocha, mas Moisés desobedeceu e feriu novamente (Nm 20:8). A rocha não precisava ser ferida pela segunda vez, bastava falar e a água brotaria. A rocha ou a pedra era Cristo (I Cor 10:4). Logo não precisamos ferir a Cristo, mas apenas falar a Ele para obtermos o Espírito Santo.

• Quando Deus quer derramar suas bênçãos em forma de chuva (Zc 10:1; Jr 5:24-25), o pecado impede a chuva (Os 10:12).

• O orvalho é emblema da força do povo de Deus (Sl 110:3). Quando o povo de Deus está cheio do Espírito Santo, se apresenta voluntariamente para fazer tudo que for preciso no serviço do Senhor, demonstrando vida e paz, como orvalho que refresca e anima as plantas.

• A abundância da graça de Deus é comparada as águas dos rios (Sl 1:3; Jo 7:38-39).

4) SELO – Ef 1:13; II Tm 2:19; II Cor 1:21-22

• A palavra selo vem do grego Arrabon e significa depósito antecipado ou garantia;

• É a garantia de que o comprador virá buscar o objeto comprado. Deus nos deu o Espírito Santo como garantia de que um dia virá para nos buscar. II Cor. 1:22 e Ef 1:14;

• O selo confirma, autentica documentos e reconhece autoridade de alguém (Gn 38:18; Jr 22:24). O Espírito Santo é, portanto, a garantia que temos de que somos salvos;

• A impressão de um selo dá a entender uma relação com o dono do selo. É o sinal que algo que lhe pertence. Era costume em Éfeso, no tempo de Paulo, os negociantes irem ao porto para selecionarem suas madeiras e marcavam-nas com seus selos. Depois seus servos recolhiam as madeiras que tivessem os selos correspondentes (II Tm 2:19);

• Ele é o penhor ou as primícias da nossa herança celestial, uma garantia da glória vindoura;

• O selo ou marca servia para tornar conhecido ou identificado aquilo que era selado.

• É a prova da propriedade, legitimidade, autoridade, segurança ou preservação.

5) ÓLEO ou AZEITE

Este é o mais comum e mais conhecido símbolo do Espírito Santo.

• Era usado nas solenidades consagratórias de profetas, sacerdotes e reis (I Sm 10:1; 16:13) em Israel;

• O óleo era produzido a partir de azeitonas (Ex 30:24). A oliveira é um símbolo da divindade (Rm 11:24). O óleo era extraído por pisadas ou moagem (Mq 6:15);

• Este tipo de extração simboliza o sofrimento de Jesus, quando foi “… moído pelas nossas iniquidades…”;

• Era o mesmo óleo que era usado ungir a tenda da congregação, os objetos sagrados e os sacerdotes. Com esta unção eram considerados santificados (Ex 30:25-30);

• O azeite era usado no castiçal com a finalidade de produzir luz (Ex 27:20);

• Como alimentação, o azeite tinha grande importância (I Rs 17:12-14);

• Era empregado como remédio (Lc 10:34). Isaías compara a condição de pecado a feridas e chagas, que não foram amolecidas com óleo (Is 1:6);

Quando se usava o azeite no A.T., falava-se de utilidade, frutificação, beleza, vida e transformação, alimento, iluminação, lubrificação, cura, alívio da pele e proteção contra o frio. Da mesma maneira, na ordem espiritual, o Espírito fortalece, ilumina, liberta, cura e alivia a alma.

6) POMBA

• Atinge aproximadamente 30 cm de comprimento, na sua fase adulta. Jesus ao iniciar o seu ministério terreno, coincidentemente tinha 30 anos.

• O período de incubação de uma pomba é de cerca 18 dias, neste período, ela é somente um embrião, um ovo, em formação, imperceptível aos olhos da própria mãe. Do mesmo modo Jesus esteve cerca de 18 anos no anonimato, aguardando o momento de se fazer conhecido, fato que ocorreu após o seu batismo, onde foi apresentado por João Batista como o Cordeiro de Deus.

• As fêmeas produzem em mandíbula uma substancia que é dada aos filhotes, chamada de leite de pomba, assim como o Espírito Santo não alimenta a igreja com fogo estranho;

• As pombas não produzem o liquido amargo responsável pela digestão de alimentos gordurosos, chamado de fel, por isto são associadas a doçura;

• Simboliza a brandura, agilidade, doçura, amabilidade, inocência, suavidade, paz, pureza e paciência;

• Uma tradição judaica traduz Gn 1:2 da seguinte maneira: “O Espírito de Deus, como pomba, pousava sobre as águas”;

• O Espírito Santo veio sobre os discípulos no dia de Pentecoste, em forma de fogo, pois havia o que queimar, mas sobre Jesus, no entanto, veio em forma corpórea de uma pomba (símbolo da pureza e da inocência de Cristo (Lc 3:21-22);

• Era um dos animais indicadas por Deus para serem sacrificadas (Gn 15:9)

• Portadores de boas novas, pois trouxe as boas novas para Noé, enquanto a pomba preferiu anunciar boas noticias, o corvo voltou sem nenhum sinal.

7) PENHOR

O penhor significa prova ou garantia. É um objeto que se dá em segurança de uma dívida. O Espírito Santo em nós é uma garantia, constitui uma segurança na vida espiritual, pela certeza das promessas de Deus. Ele é mesmo nosso Pai, e Sua Palavra é realidade, vida e poder (I Cor 1:22; Ef 1:13-14).

• O servo de Abraão deu a Rebeca jóias de ouro, que tinham o sentido de um penhor (Gn 24:22). Era uma prova de que a riqueza de Isaque pertenceria a Rebeca, se ela aceitasse a proposta;

• O homem que aceita Jesus, pela fé, recebe o penhor do Espírito Santo, como prova da riqueza de Sua herança espiritual (I Jo 1:24).

8) ROUPA

Adão e Eva, após pecarem, descobriram que estava nus e procuraram fazer uma roupa para se cobrirem. Para isso, preparou uma faixa de folhas de figueira. Ouvindo a voz de Deus, esconderam-se entre as árvores, porque tiveram vergonha. Vestes dignas do ambiente do céu somente o próprio Deus pode conceder.

• A nossa justificação pela graça de Deus é comparada à roupa (Sl 132:9; Ez 16:10; Apc 19:8);

• Jesus falou aos discípulos, falando do Espírito Santo, que seriam revestidos de poder (Lc 24:49);

• Gideão teve de enfrentar inimigos mais fortes do que ele, e, para isso, o Espírito do Senhor o revestiu (Jz 6:34).

CONCLUSÃO

Segundo o apostolo Paulo, em sua carta aos Efésios, o Espírito Santo é a marca ou sinal de propriedade de Deus. É a primeira porção de nossa herança, composta de sabedoria, revelação do mistério de Cristo, auxilio e edificação como templos santos, a fim de nos aproximar a Deus.

Atribuições do Espírito Santo na Igreja:

• Firmar e ajudar a perseverança na fé (I Pe 1.5);

• Ungir e revestir de poder para sermos testemunhas (At 1.8), para realizarmos as obras de Cristo (Is 61.1; Mt 10.19,20; Jo 14.12; At 10.38) e para conhecermos a verdade (1 Jo 2.20,27);

• É o selo oficial da possessão de Deus, que marca o crente como sua propriedade e que produz um caráter santo na sua personalidade (Ef 3.18; Gl 5.22; Ef 1.13);

• O Espírito Santo é o penhor, uma garantia e ao mesmo tempo as primícias da vida melhor com Cristo, no futuro (Ef 5.5; Rm 8.23; Ef 1.13,14).

fonte: ebdweb.com.br

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