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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A eficácia do testemunho cristão. Plano de aula.

VIVEMOS O QUE PREGAMOS?
PREGAMOS O QUE VIVEMOS?
SAL DA TERRA – CARÁTER BENÉFICO
LUZ D TERRA – TESTEMUNHO EFICAZ
DIFERENÇA ENTRE O JUSTO E O ÍMPIO
LUZ APAGADA OU ESCONDIDA, O QUE É PIOR?
TENHO OBSERVADO O TESTEMUNHO DE ELISEU
O QUE VOCÊ FAZ FALA TÃO ALTO QUE EU NÃO CONSIGO OUVIR O QUE VOCÊ DIZ

INTRODUÇÃO
A grande comissão (Mt 28.18-20; Mc 16.15-18), foi o meio pelo qual os discipulos, foram inseridos no mundo, a fim de pregarem o Evangelho a toda criatura. Logicamente havia uma gritante diferença entre a igreja, recém inaugurada, e o mundo já estabelecido e agora revelado definitivamente aos primeiros crentes. Enquanto uma experimentava uma nova luz, uma nova forma de viver, um novo conceito de vida o outro ainda jazia nas mãos do maligno e tendia a piorar.

Devido a sua inclinação a podridão, o mundo sempre resistiu a atuação da igreja, mas independente desta e de outra qualquer reação ela deve avançar, sempre firme no cumprimento de sua missão integral. Agindo como o sal ela tem por função interromper definitivamente ou retardar, o quanto puder, o processo de corrupção moral, social, espiritual, enquanto que como luz ela amenizará as trevas que reinam sobre este mundo. Todas estas ações se darão através do testemunho da própria igreja, que deve atuar de forma eficaz na árdua batalha de promoção do crescimento do reino de Deus.

O bom testemunho da igreja, diante do mundo, é um imperativo assim como a grande comissão. Dele dependerá, em partes, o sucesso no tocante a pregação do Evangelho. O trabalho árduo e o bom testemunho são necessários para o crescimento do reino, fato comprovado na igreja primitiva, porém não podemos esquecer que, mesmo diante do fiel cumprimento de sua missão, a igreja deve saber que é regida por uma instância superior, denominada, vontade soberana de Deus.

O testemunho da igreja fala mais do que propriamente as palavras, por isto devemos pregar o que vivemos e viver o que pregamos de forma a evitamos os escândalos a quem quer seja, ao mundo ou até mesmo a própria igreja.

Jesus durante seus ensinamentos utilizou dois elementos (imperceptíveis até aquele momento, sem importância) para deixar bem claro aos seus ouvintes e a própria igreja a importância de um bom testemunho diante do mundo (Mt 5:13,14). O sal diz respeito ao caráter, já a luz ressalta o testemunho do cristão, sendo o segundo atencedido do primeiro. Esta é a dupla função da igreja neste mundo, atuar como sal e luz para conduzir os perdidos a Cristo.


I. O CRISTÃO COMO SAL DA TERRA
1. A função de preservar – grande quantidade de sal.
Preservar os alimentos, e dar sabor são as duas principais funções do sal, mas também lhe foram atribuídas propriedades curativas (2Rs 2.19-22), sendo também usado nas ofertas sacrificiais (Lv 2.13).

Assim como o sal é diferente do material no qual é aplicado, preservando-o contra fungos, bactérias e germes, da mesma forma a igreja difere de todas as outras criaturas humanas. Na verdade é gritante, por isto, como representantes do reino, devemos viver de acordo com os padrões estabelecidos no Evangelho (Mc 9.50), ou seja, santos em toda nossa maneira de viver.


a) O cristão é o sal da terra para preservar, pois:
• Deve ser exemplo para o mundo enquanto milita contra o mal e a corrupção da sociedade;

• Deve tornar o lugar, onde está agradável, equilibrado e não azedo, ácido e de difícil convivência (ações do vinagre);

• O sal produz calor humano, solidariedade e amor. Nos países frios, o sal é utilizado para impedir que o gelo e a neve se acumulem nas estradas e ruas no rigor do inverno. O sal, portanto, impede que predomine a frieza no meio do povo de Deus;

• O sal conserva o ambiente e preserva a qualidade. Este recurso evita a deterioração dos alimentos perecíveis, de modo que podem ser ingeridos a qualquer tempo, sem a perda de seus valores nutricionais. Da mesma forma o cristão, temperado, pode manter sadias as suas relações com Deus, com a igreja e com o mundo (pregação do Evangelho e serviço).


2. A função de temperar – pouca quantidade.
A pregação do Evangelho transforma a vida do homem, assim como o sal dá um sabor diferente aos alimentos. O cristão, representante do reino de Deus, tem por responsabilidade dar um sabor diferente ao mundo, através de sua conduta, de seu testemunho. Ora, se um pouco de fermento leveda toda a massa, o mesmo podemos dizer do sal, pois para preservar o alimento é necessário uma grande quantidade, enquanto que para temperar e dar sabor é preciso apenas uma pequena quantidade. Por isto deve ser usado com equilíbrio, pois se a comida sem sal é estranha, muito mais ela será se estiver salgada além do normal.


a) o cristão é o sal da terra para temperar, pois deve:
• Manifestar a sua resistência ao pecado;

• Ser temperado nas suas relações com Deus e com o próximo;

• Buscar e proporcionar a paz;

• Ser misericordioso com todos, fazendo o bem;

• Mostrar-se com um coração puro, fiel e honesto.


3. Preservando e temperando o mundo.
Uma sociedade deteriorada pelo pecado necessita de crentes autênticos, que possuem testemunhos de acordo com a Palavra, pois estes são capazes de levar as pessoas a Cristo, bem diferentes do que promovem escândalos na obra do Senhor, os irresponsáveis, preguiçosos, desonestos, caluniadores, que proporcionam motivos para murmurações, tanto da igreja quanto dos ímpios, afastando-os do reino. Esta dupla responsabilidade, temperar e preservar, não podem ser esquecidas pela igreja.

Deus quer usar sua igreja como instrumentos para pregação do evangelho, através de atitudes temperadas e por outro lado também requer uma conduta cristã sadia para refrearmos a corrupção que reina no mundo. isto será possível por e através de um testemunho pessoal condizente com a Palavra de Deus.

Assim como todo elemento químico o sal também pode perder seu sabor, tornando-se inútil e sem nenhum valor (Mt 5.13). Nestas condições serve apenas para ser pisado pelos homens, assim como acontecia com o sal insípido que era guardado para ser espalhado no chão do Templo com a finalidade de reduzir o perigo de quedas durante as chuvas de inverno.


a) Algumas características do sal que evidenciam o bom testemunho da igreja:
• Ele preserva os alimentos, conserva, evita a deterioração, assim como a igreja que mantém e cuida dos membros evitando que voltem a praticar os erros do passado;

• Produz sede da Palavra, do poder e da atuação do Espírito Santo;

• É invisível durante sua ação, pois quem deve aparecer e ser glorificado é Jesus;

• Impede que corpos mais pesados afundem na água (Mar Morto). A água devolve o que nela é lançado. A igreja não deve reter o que não lhe serve;

• Serve de condimento, tempero e aperfeiçoamento dos santos.


II. O CRISTÃO COMO LUZ DO MUNDO
1. A luz.
A luz é fundamental em qualquer ambiente, pois impede que andemos em trevas. Foi assim no período criacional, quando Deus olhou para a terra e ordenou que houvesse luz. Ele jamais colocaria a sua maior criação para habitar em um local tomado pelas trevas, pois sabia que a sua reação de desaprovação seria imediata e de reprovação. Sem luz o mundo seria um grande abismo mergulhado em densas trevas.

A luz clareia, dá idéia de transparência, conhecimento, direção e revelação divina, mas a ausência dela permite que a escuridão prevaleça. Diferente do sal, que não é visto em ação, a luz só tem valor quando é percebida, mesmo que seja menor que as trevas. Para que ela não seja vista é necessário que seja coberta, escondida ou apagada. Qual destas situações seria a mais trágica para a igreja?


a) O cristão, como luz do mundo, deve:
• Resplandecer a luz do Evangelho de Cristo (2Co 4:4);

• Ter comunhão com Deus e evitar o pecado;

• Amar o próximo como a ti mesmo (1Jo 3:17-19);

• Produzir calor, fervor espiritual (Rm 12:11) e energia (ânimo e estimulo aos demais);

• Manter-se no anonimato, pois somos apenas espelhos (II Co 3:18) para refletirmos a imagem de Cristo.


b) Características da luz:
• A luz não tem limites, preconceitos e tampouco respeita fronteiras. Brilha para todas as raças, tribos, línguas e nações (Palavra);

• As lamparinas podem ser de vários modelos e necessitam ser alimentadas (Mt 5:15-16), mas o combustível sempre será o mesmo, o azeite (Espírito Santo);

• A luz não se mistura (Lc 11:33), jamais se contamina pelo ambiente iluminado (o mundo não influencia a luz);

• A luz é progressiva, produto da lenha, óleo, gás ou elétrica (santificação progressiva do homem);

• A luz é sanadora. O ambiente escuro propicia a proliferação de males (os dons espirituais aperfeiçoam, curam, edificam, exortam e consolam);

• A luz é misteriosa e sutil. Dos três raios que compõem a luz, apenas um deles é visível: O lumífero, o raio aquecedor e o transmissor são invisíveis (Deus trino, somente Jesus se fez homem);

• A luz normal é mansa e delicada. Ela brilha sobre rochas como também sobre ambientes frágeis sem danificá-los (transformação do homem);

• A luz avisa, mas o homem é negligente. Isto pode ser fatal (sinais de trânsito, painéis de comando, medidores, faróis de veículos terrestres e aéreos, torres, etc (sinais de Deus).


c) Lugares inadequados para a luz:
• Debaixo do alqueire (comodismo, medo e indiferença);

• Debaixo da cama (possível incêndio, tragédia que pode atingir muitos, inclusive inocentes).

“A candeia é um pequeno aparelho de iluminação, de folha-de-flandres ou de barro, abastecido com óleo e provido de mecha, usado sobre uma espécie de disco que fica na parte superior de uma haste de madeira apoiada numa base no alto de uma parede, chamado velador. O alqueire é um recipiente quadrado, geralmente de madeira e com duas asas, utilizado para medir um alqueire de cereais”.

“Ninguém tampa a candeia com o alqueire, no chão, pois assim ela é inútil, mas sobre o velador para iluminar todo o ambiente”.

“O crente não pode esconder a sua luz, mas deve irradiar a luz do Evangelho mediante o seu comportamento e testemunho aos que se encontram ao seu redor. A finalidade disto não é granjear agradecimentos e louvor para si, mas fazer com que o seu Pai que está nos céus seja glorificado por aqueles que vêem as boas coisas que ele faz, sendo assim por sua vez iluminados pelo Evangelho de Cristo”. (R David Jones)


2. O 'Pai das luzes.
Deus, Pai das luzes (Tg 1.17), é o criador de todas as fontes de luzes, tanto do mundo espiritual quanto do universo (sol, lua e estrelas). Quando apresentamos ao mundo as nossas boas obras (Mt 5:16) estamos difundindo a luz de Cristo, pois antes éramos trevas, mas agora somos luz no Senhor e devemos nos portar como:
• Filhos da luz (Ef 5.8);

• Astros no mundo (Fp 2.15);

• Uma cidade edificada sobre um monte, visível a todos, independente da distância (Mt 5.16).


3. A manifestação da luz pelas boas obras.
Devemos difundir a luz de Cristo, deixá-la manifestar e nossa vida, que poderá ser vista na prática da comunhão com Deus que resulta na comunhão com a igreja (Mt 5.16). Esta luz deve ser manifesta em nossa vida afim de que o homem possa se encontrar com Deus através da genuína conversão.

Os cristãos precisam das boas obras, porque elas são virtudes, oriundas de Deus e devem ser uma constante na vida da igreja, percepetíveis a qualquer um, assim como aconteceu em Antioquia, quando os moradores daquela cidade perceberam algo diferente na igreja, tanto que começaram a chamar os primeiros crentes de cristãos (At 11”26).


III. O TESTEMUNHO DO CRENTE
1. No campo missionário.
O cristão, antes de tudo, não deve se conformar com este mundo, pois a sua conduta, modo de viver, ações e principalmente suas reações são vistas e reconhecidas por todos. O verdadeiro testemunho não vem do homem, mas da fé em Jesus, como filho de Deus (I Jo 5:9-10), uma vez que as portas são abertas tão logo seja demonstrada a fé no Salvador. Pelo seu testemunho a igreja apresenta ao mundo a forma como Deus requer que seu povo viva.

A igreja, como representante do reino, deve dar testemunho de suas experiências pessoais com Deus, para alcançar os perdidos e conduzí-los a Jesus, tal como João Batista, que testemunhou a respeito de Jesus, durante o seu ministério.

O mundo é o local ideal onde podemos colocar em prática o que aprendemos ou o que pregamos, mas também é o local onde a nossa fé é provada, por isto, como sal e luz, devemos nos portar de forma a promover o crescimento do reino de Deus através de nossas atitudes. Somente aqueles que presenciaram ou os que conhecem os fatos é que reúne as condições para servirem de testemunhas de Jesus.

Conta-se que um “crente” estava falando de Jesus e de sua Palavra. Uma pessoa que o conhecia, disse-lhe: “O que você faz fala tão alto que eu não consigo ouvir o que você diz”.


2. Em sua comunidade.
A nossa vida cristã não se restringe a tão ao convívio na igreja, mas sim deve contemplar muito mais, a transformação da sociedade (Jo 15.16; 17.18,23). Ser sal e luz implica na disposição de testemunharmos de Cristo ao mundo, apresentarmos soluções e salvação. Ignorarmos tal realidade ou não fazermos nada para mudança de tal situação se torna pecado (Tg 4”17), uma vez que também desagradamos a Deus todas as vezes em que não praticamos o que devemos, ou seja, o bem.


3. Na igreja local.
A igreja, como o agrupamento de pessoas unidas pelo Espírito Santo, necessita da comunhão, pela qual, glorificará ao Pai que está nos céus. Mediante esta comunhão e por bons testemunhos, os pecadores se achegarão a Cristo (At 2.41,42; 4.33; 5.1), por isto a nossa mensagem deve estar de acordo com a nossa conduta, com aquilo que praticamos, desta forma o nome do Senhor será glorificado.


CONCLUSÃO E OBJETIVOS DA LIÇÃO:
Um bom testemunho cristão necessita da mudança radical de vida, o ser diferente, o não conformismo com este mundo. Por isto o sal e a luz foram utilizados, por Jesus, para representar o nosso caráter e testemunho.

1) Saber que o cristão é o sal da terra:
• Para interromper ou retardar o processo de corrupção humano;

• O cristão deve dar um sabor diferente ao mundo (caráter e testemunho);

• Deve manifestar sua resistência ao pecado e ser temperado em suas relações.


2) Compreender que o crente é como luz no mundo, para:
• Amenizar as trevas e resplandecer a luz do Evangelho de Cristo;

• Ter comunhão com Deus, evitar o pecado e amar o próximo;

• Difundir a luz de Cristo, pela suas boas obras.


3) Conscientizar-se da importância do testemunho cristão:
• O cristão não deve se conformar com este mundo;

• O verdadeiro testemunho não vem do homem, mas de Deus;

• Somos instrumentos transformadores da sociedade;

• Se não cumprirmos nossa missão estaremos cometendo pecado (Tg 4”17).


Referencias e fontes de consulta:

BARBOSA, Francisco A. A eficácia do testemunho cristão. Disponível em: <http://auxilioebd.blogspot.com/2011/07/licao-6-eficacia-do-testemunho-cristao.html> - acesso em 01/08/2011.

BARBOSA, José Roberto A. A eficácia do testemunho cristão. Disponível em: <http://www.subsidioebd.blogspot.com/> - acesso em 01/08/2011

Estudantes da Bíblia. Lições. Disponível em: <http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2011/2011-03-06.htm> - acesso em 01/08/2011

FILHO, Geraldo Carneiro. A eficácia do testemunho cristão. Disponível em: <http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com> – acesso em 01/08/2011.

JONES. R David. O Sermão do Monte. O Sal da Terra, a Luz do Mundo e a Cidade Sobre o Monte. Disponível em: <http://www.bible-facts.info/comentarios/nt/mateus/SalaLuzeaCidade.htm> - acesso em 02/08/2011.

Lourenço, Luciano de Paula. A eficácia do testemunho cirstão. Disponível em: <http://luloure.blogspot.com> – acesso em 01/08/2011.

TAVARES, Daniel. Sal da terra. Disponível em: <http://www.netgospel.com.br/php/artigos/view.php?codigo=176&secao=19&colunista=27>. Acesso em: 02/08/2011


Por isto que não me canso de dizer: NÃO HÁ DEUS COMO JEOVÁ!

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