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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O cuidado com aquilo que falamos. Plano de aula



TEXTO ÁUREO
“Favos de mel são as palavras suaves: doces para a alma e saúde para os ossos (Pv 16.24).

VERDADE PRÁTICA
As nossas palavras revelam muito do que somos, pois a boca fala Do que o coração está cheio.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Pv 6.16-19; 15.1,2,23; 16.21.24.
6.16 - Estas seis coisas aborrece o Senhor, e a sétima a sua alma abomina:
6.17 - olhos altivos, e língua mentirosa, e mãos que derramam sangue inocente,
6.18 - e coração que maquina pensamentos viciosos, e pés que se apressam a correr para o mal,
6.19 - e testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.
15.1 - A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.
15.2 - A língua dos sábios adorna a sabedoria, mas a boca dos tolos derrama a estultícia.
15.23 - O homem se alegra na resposta da sua boca, e a palavra, a seu tempo, quão boa é!
16.21 - O sábio de coração será chamado prudente, e a doçura dos lábios aumentará o ensino.
16.24 - Favo de mel são as palavras suaves: doces para a alma e saúde para os ossos.

PROPOSTA

·         Uso correto das palavras: ponto sensível, esquecido;

·         Vida conjugal: algumas palavras ferem e deterioram;

·         “O sábio de coração será chamado prudente”;

·         “Pronto falei”: é preciso pensar nas consequências;

·         Abominar: “sentir nojo de”;

·         Nossas palavras devem ajudar os irmãos;

·         O Senhor se agrada dos sacrifícios de louvor;

·         O sábio e experimentado repassa suas experiências;

·         Salomão se dirigiu ao discípulo e Tiago aos mestres.

 

INTRODUÇÃO

O livro de Provérbios e a epístola de Tiago contêm as mais belas exposições sobre uma capacidade que apenas os seres humanos possuem: a fala. Os autores citados trataram a respeito deste assunto e deram inúmeros conselhos à aqueles que verbalizam pensamentos, princípios e preceitos, tais como: “todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar”, para não correr o risco de tropeçar em suas palavras (Pv 10.19).

A literatura sapiencial bíblica toca num ponto sensível da vida humana, muitas vezes esquecido pelos cristãos: a devida e correta utilização das palavras.

Não são poucos os que sofrem com este mal, tanto os que falam quanto os que ouvem acabam por experimentar as consequências desta maligna prática, por isto devemos nos atentar com mais cuidados para não cairmos nesta cilada.

I. O PODER DAS PALAVRAS
1. PALAVRAS QUE MATAM 
“A Bíblia não atribuiu nenhum poder mágico às nossas palavras”, no entanto é evidente que, dependendo do contexto em que são faladas e por quem são pronunciadas, podem ferir ou até mesmo matar (Pv 18.21a), pois a morte e a vida estão no poder da língua. Este exemplo pode ser observado na vida conjugal, quando uma palavra ofensiva, ou injuriosa, dita por um cônjuge, ofende e magoa o outro. Se não houver perdão de ambas as partes, o relacionamento poderá deteriorar-se (Pv 15.1).

O Maligno necessita de alguém para lançar suas setas e uma das formas mais comuns é a utilização da língua de algum desavisado ou maldoso. Às vezes esta instrumentalização não visa tão somente a critica, a contenda, a difamação, injurias, pois em alguns casos o lisonjeio é visto com a intenção de fazer brotar no coração do homem a soberba e auto confiança em desagravo à vontade de Deus (At 16.17).

2. PALAVRAS QUE VIVIFICAM 
A palavra hebraica dabar significa palavra, fala, declaração, discurso, dito, promessa, ordem. Os temas contemplados pelo uso desses termos são, na maioria das vezes, valores morais e éticos. Salomão tem consciência da importância das palavras e, por isso, afirma: “O sábio de coração será chamado prudente, e a doçura dos lábios aumentará o ensino” (Pv 16.21). As palavras de um sábio devem transmitir saúde para os doentes, alívio para os aflitos, “tônico para os cansados e fonte de vida para os que jazem prostrados” e devem expressar esperança, verdade e amor.

II. CUIDADOS COM A LÍNGUA
1. EVITANDO A TAGARELICE
Há um provérbio muito popular que diz: “Quem fala o que quer, ouve o que não quer”. Este ditado revela a maneira imprudente de se falar, algo bem próprio do tagarela, “aquele que fala pelos cotovelos, para o vento”. Este personagem está presente na tradução do hebraicobatah: pessoa que fala irrefletida e impensadamente.

Não basta dizer: “Pronto, falei!”. É preciso medir as consequências do que se fala. E a melhor forma de fazer isso é compreender que na “multidão de palavras não falta transgressão, mas o que modera os seus lábios é prudente” (Pv 10.19). Salomão tinha essa consciência (Pv 13.3).

2. EVITANDO A MALEDICÊNCIA
O livro de Provérbios também apresenta conselhos sobre a maledicência. Ali, a palavra aparece como sendo a sétima abominação, isto é, o ponto máximo de uma lista de atitudes que o Senhor odeia (Pv 6.16-19). O Senhor “abomina” (do hebraico to’ebah) a maledicência ou a contenda entre irmãos.

No original, “abominar” significa “sentir nojo de” e pode se referir a coisas de natureza física, ritual ou ética. É a mesma palavra usada para descrever coisas abomináveis ao Senhor, tais como a idolatria (Dt 7.25), o homossexualismo (Lv 18.22-30) e os sacrifícios humanos (Lv 18.21)!

Deus se enoja de intrigas entre irmãos, já o Maligno ama esta prática. Ele faz uso da lenha que produzimos, com excelência, para fazer uma grande fogueira

III. O BOM USO DA LÍNGUA
1. QUANDO A LÍNGUA EDIFICA O PRÓXIMO 
Como servos de Deus, somos desafiados a usar nossas palavras como um meio para ajudar nossos irmãos, através de exortações, bons conselhos e também através do ensino da Palavra de Deus e de seus princípios (1Co 14.26). “A Igreja é o único povo, na atual dispensação, que pode, validamente, aconselhar a humanidade”, nenhuma outra instituição, pois só ela tem condições de orientar os homens no caminho em que devem andar.

2. NOSSA LÍNGUA ADORANDO A DEUS
O melhor uso que se pode fazer da palavra é quando a empregamos para dirigir-nos a Deus em adoração. Todo crente fiel sabe disso, ou deveria saber (Pv 10.32). O Senhor se agrada dos sacrifícios de louvor (Hb 13.15). Esse é o segredo para uma vida frutífera e agradável ao Senhor (Ef 5.19,20). Não nos esqueçamos, pois, da maior vocação de nossa língua: louvar e exaltar a Deus, desta forma podemos revelar “o nosso verdadeiro eu, pois a boca fala do que o coração está cheio” (Mt 12:34), prova disto foi a facilidade com que Pedro foi identificado nos primeiros momentos de prisão de Jesus, a sua fala o denunciou (Mt 26.73). Ele poderia ter demonstrado sua pureza de coração, sua lealdade ao Mestre ou até mesmo a sua paixão pelas almas dos perdidos, mas naquele momento o seu coração não estava voltado para as coisas celestiais, isto ficou evidente em sua reação.

IV. SALOMÃO E TIAGO
1. UMA PALAVRA AO ALUNO
Abundante no livro de Provérbios, a expressão hebraica shama Beni ocorre 21 vezes com o sentido de “ouvi filho meu”. Não há dúvida de que o emprego de tal linguagem revela o amor de uma pessoa mais experiente, dirigindo-se a outra ainda imatura. É alguém sábio e experimentado na vida, passando tudo o que sabe e o que vivenciou ao seu aprendiz (Pv 1.8,10,15; 3.1,21; 5.1,20; 7.1), o professor se dirigindo ao seu aluno. São mais de trezentos conselhos como regra do bom viver. Segui-los significa achar o bem, e não segui-los é encontrar-se com o mal.

2. UMA PALAVRA AOS MESTRES
Se por um lado Salomão se dirigiu ao discípulo (do hebraico: filho, aluno), por outro lado Tiago falou àqueles que querem ser mestres. Os que pregam e ensinam a Palavra de Deus têm de falar somente o que convém à sã doutrina (Tt 2.1).

Em sua epístola, Tiago utiliza símbolos extraídos do cotidiano, mas carregados de significado: 
a) Freios: Assim como o freio controla o animal, deve o crente refrear e controlar a sua língua; 
b) Leme: Se o leme conduz o navio ao porto desejado, deve o crente dirigir o seu falar para enaltecer a Deus; 
c) Fogo: Uma língua sem freios e fora de controle queima como fogo. Por isso, mantenhamos a nossa língua sob o domínio do Espírito Santo; 
d) Mundo: A língua pode se tornar um universo de coisas ruins. Então, o que fazer? Transformá-la num manancial de coisas boas; 
e) Veneno: O perigo reside em alguém possuir uma língua grande e ferina e, portanto, venenosa. 
f) Fonte: Como fonte, a língua deve jorrar coisas próprias à edificação; 
g) Árvore: A boca do crente, por conseguinte, deve produzir bons frutos. Portanto, usemos as nossas palavras para a glória de Deus (Tg 3.1-12).

CONCLUSÃO
Os conselhos de Salomão nos orientam ao bom uso da nossa língua, diante da “correria” cotidiana e outras intempéries, tal como o nefasto e animalesco “relativismo ético” e o descuido pela falta de vigilância, que nos impede de percebermos a gravidade e malignidade de nossos comentários.

A linguagem, como algo peculiar ao ser humano, é muito preciosa para ser usada iniquamente, distraída algumas vezes, mas de forma sóbria em muitos casos. Não permitamos, pois, que a nossa língua seja instrumento de um dos pecados que Deus mais abomina: a disseminação de contendas entre os irmãos.

À luz da Palavra de Deus, somos encorajados a andar em união, harmonia e paz. Portanto, com a nossa língua abençoemos o nosso semelhante, pois assim fazendo, bendiremos também ao Senhor nosso Deus.

OBJETIVOS
1) Conhecer as consequências das palavras:
  • As palavras não possuem poder mágico, mas matam.
2) Explicar os símbolos usados por Salomão e Tiago:
  • Ferramenta utilizada para melhor aprender/ensinar.
3) Ter cuidado com o bom uso da língua:
  • Adore a Deus e edifique ao próximo com sua língua.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, José Roberto A. O cuidado com aquilo que falamos. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com.br/2013/10/licao-05.html. Acesso em 30 de outubro de 2013.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.

Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.

CARNEIRO FILHO, Geraldo. O cuidado com aquilo que falamos. Disponível em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/2013/10/4-trimestre-de-2013-licao-n-05-03112013_29.html. Acesso em 30 de outubro de 2013.

Estudantes da Bíblia. O cuidado com aquilo que falamos. Disponível em: http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2013/2013-04-05.htm. Acesso em 30 de outubro de 2013.

LOURENÇO, Luciano de Paula. O cuidado com aquilo que falamos. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2013/10/aula-05-o-cuidado-com-aquilo-que-falamos.html. Acesso em 30 de outubro de 2013.

Por: Ailton da Silva - Ano V

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