Nu sai do
ventre [...] e nu voltarei. E não adianta boquejar!
Se o Maligno
tivesse falado que Jó murmuraria ou reclamaria, fatalmente ele teria sucesso em
sua empreitada.
“Só eu escapei”.
Sempre haverá alguém ara nos trazer as más notícias.
A minha
primeira fala ao iniciar a aula foi: “só restou nós para trazermos as novas”.
Estávamos em poucos, o povo chegou foi chegando um a um.
Deus mostrou
ao Maligno, que ele como anjo havia caído, e que Jó, como homem, poderia se
manter integro sem blasfemar, mesmo com as perdas.
Hoje a igreja
sabe o que Jó não soube, pois ele não recebeu nenhuma explicação de Deus. Nós
sabemos que no mundo teremos aflições (Jo 16.33).
Os filhos de
Jó eram iguais ao pai? Ou iguais a mãe?
Jó não obrigava os filhos a participarem dos
holocaustos nas madrugadas, ou obrigava?
Pela preocupação
do pai, tudo nos leva a crer que os filhos eram meio “pinta brava”.
A blasfêmia
teimava em fazer parte da vida de Jó. Primeiro pela preocupação que tinha com
seus filhos, para que não agissem desta forma e depois pela intenção e atuação
do Maligno para que ele também blasfemasse.
Quando Jó
soube da morte dos filhos a sua preocupação foi com a continuidade do seu nome,
mas que nome? Família destruída, falido,
chaguento, mulher “doida”, certamente não faríamos questão da continuidade da
semente nestas condições, ou faríamos?
As noticias
más correm mais rápido que as boas, pois o combustivel que as move é muito mais
potente (curiosidade e alegria por ver a derrota do outro) e o veículo é bem
mais veloz (desejo de ser o primeiro a dar a noticia).
Vou correndo,
com a lingua para fora, cansado, largo trabalho, família, mas serei o primeiro a
dar a noticia (má).
A enfermidade
de Jó impediu que ele tentasse reerguer os seus negócios. Se tivesse são, em
condições, certamente se levantaria financeiramente, ou pelo menos tentaria.
As 4 notícias não
abalaram a estrutura de Jó, pelo menos não foram suficientes para
desiquilibrá-lo.
Então o
Maligno tentou a ultima cartada: “amaldiçoa Deus e morra”, mas Deus havia
falado que não era para tentar contra a vida dele.
Empatia:
Realmente não era fácil aquela mulher ver o seu “herói” arruinado, falido,
chaguento e pior foi ver seus filhos, que havia gerado e cuidado, todos mortos.
O equilíbrio demonstrado por Jó ao receber as notícias, faltou à sua mulher.
Jó sempre se
preocupou com seus filhos, bem diferente de Davi que somente se preocupava com
o reino, fronteiras e alianças.
Os amigos de
Jó agiram conforme a sua declaração (3.2-11). Falou bobagem e ouviu bobagens
ainda maiores (cap. 4).
As perdas
materiais e afetivas podem redundar em ganhos espirituais. Que nos diga Jacó
que perdeu casa, família, direito a herança, mas que acumulou grandes experiências
com Deus. Ele ganhou mais com as perdas, bem mais que seu irmão Esau, que
imaginou que tivesse recuperado a sua primogenitura, após a fuga do irmão, mas
como ele mesmo disse; “que me adianta a primogenitura”, nada.
Moisés foi manso, até que perdeu a paciência com o povo
no deserto, no episódio do bezerro de ouro e ao quebrar as tabuas da lei. Coitado,
depois teve que lavrar novas pedras (Ex 34). Jó foi paciente até que aquela
barragem que segurava a pressão das águas rompeu-se. Era um humano.
Diferenças entre
os testemunhos de Deus sobre a vida de Jó:
1) sincero,
temente, reto e que se desvia do mal (1.8).
2) idem, idem, idem, idem e que ainda retém a
sua sinceridade, mesmo depois da perda (2.3).
A “paciência”
de Deus com Jó terminou no capítulo 38. Agora quem falava como louco era ele e não
a mulher.
Jó pediu
proteção aos filhos e Deus permitiu ......
Deus conhece
cada um de nós e nos chama pelo nome: “Observaste
meu servo Jó”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário