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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

lição 13 - pós aula


O problema não é a ida até a fama, mas sim à volta ao anonimato.

Pedro ficou famoso da noite para o dia. Dormiu ignorante da Palavra e acordou sábio e entendido (Tg 1.5). Ganhou 3000 almas, se fosse hoje, tomaria toda a primeira página do informativo da igreja.

A subida foi rápida, mas ele entendeu que a descida poderia ser mais rápida ainda, era só deixar a fama subir à cabeça.

Ei! Tiraram o meu cargo! Vou morrer, estou doente, vou mudar de igreja. Não esqueçam do exemplo de Ec 9.13-18.

Chega uma época em que os fatores biológicos falam mais altos e temos que dar lugar a outros mais novos, dispostos e interessados. O nosso tempo passou, chegou ao fim, por isto façam enquanto há forças (Ec 12.1).

“Todos te buscam, Jesus”. Ora é para buscarem mesmo, mas não me rendo a fama.

Não temos estrutura para encararmos de frente a fama, fatalmente não saberemos lidar com este artifício maligno.

Alguns dos apóstolos ou auxiliares viajaram somente para conhecerem a obra missionária? Ou foram para trabalhar e sofrer, colocar a mão na massa? Chega de comitiva para o campo missionário, chega de supervisores.

Temos tantos departamentos nas igrejas e não chegamos sequer aos pés da primitiva, no que tange a evangelização, atendimento e socorro aos necessitados, órfãos e viúvas.

As perseguições e dispersão serviram para apresentar ao mundo os primeiros mártires? Ou apresentaram os valentões? “Nem que eu morro, mas prego”. Os valentões falaram isto somente quando estavam na frente da igreja, pois quando contemplaram a espada romana e a ira dos judeus, certamente correram. Corajoso é corajoso e valentão é valentão.

Paulo tinha todos os motivos do mundo para se imaginar o maior apóstolo do mundo, mas ele não se rendeu a fama (Rm 7.24; I Co 9.27), vejamos:
a) Foi chamado pelo próprio Jesus (At 9);
b) Era perseguidor e blasfemador (I Tm 1.13) e foi transformado;
c) Já veio com um conhecimento tremendo (At 22.3), que seria útil para que ele comparasse a lei com a graça, mas inútil para a pregação do Evangelho.

Vaidade é uma qualidade ou valor que não temos, não precisamos, mas que atribuímos a nós mesmos, para nada.

Seja o centro das atenções e caia. O evangelho é para pregar e não para ser usado como instrumento de enriquecimento ilícito.

Jesus disse não para a publicidade. Ele não precisou, pois já era conhecido e procurado pelos que necessitavam Dele.

Paulo, em sua segunda viagem missionária, também disse não a publidade. PUBLICIDADE DE DEMÔNIOS (At 16.17-18).

Pedro tinha palavra destinada a conversão em massa (At 2.42; 4.4). Tiago sossegava o ministério (At 15.13-20), João era mais amoroso e Paulo era direto, não rodeava (cfe 2 Co 13.1), mas qual deles poderia requisitar o título de “o maior apostolo do mundo”.

O leproso curado por Jesus (Mc 1.45), naquele dia atrapalhou o trabalho de Jesus.

Para ele era melhor falar do que sacrificar (Lv 14), pois o ritual do sacrifício era tão cansativo e demorado.

É melhor obedecer do que sacrificar (I Sm 15.22) ou mais fácil falar do que sacrificar (Mc 1.45)? Para o leproso foi mais fácil falar, eu também sairia falando.

Ainda bem que os anônimos podem andar sossegados na rua, de chinelo, de bike, carro, podem passear, coisas que muitos famosos não podem, mas eles não podem reclamar, pois buscaram isto.

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

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