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sábado, 15 de setembro de 2012

Abandono: dores e consequências

Rei, meu senhor, o seu filho fugiu (II Sm 13.34, 37, 38). Onde está meu filho? Tragam-no de volta. Estou com saudades (II Sm 13.37-39). Tão belo, agradável, nele não encontramos defeito algum (II Sm 13.25). Três anos afastados em Gesur (II Sm 13.38), mais dois anos que ficou em Jerusalém sem ver a minha face. Quanta saudade!

Talvez não houvesse nada que o desabonasse diante dos olhos do pai, no que diz respeito ao exterior, porém no seu caráter havia muitas falhas que começaram logo a despontar, evidenciando a sua rebeldia, mas ele era o “xodozinho” do papai. Davi sofreu com este drama familiar? Pelo menos a sua reação foi verdadeira, já em relação a recíproca não poderíamos dizer o mesmo.

Diante dos primeiros erros de Absalão (II Sm 13.29a), a continuidade de ações maléficas seriam quase que irrelevantes, se assim as pudéssemos classificar. Quando ele fugiu, abandonando sua família, abriu as portas para aflorar o seu caráter corrompido e para que a cada dia fosse tomado pela inveja, mesquinhez (II Sm 15.6b), pois desejou ardentemente o trono do pai. Ele previu cada passo, cada ato, pensando que estes os levariam até ao palácio.

Ele conseguiu paralisar uma administração seria, pois Davi ao saber de sua revolta convocou seus servos e auxiliares de governo para saírem da cidade, a fim de escaparem de Absalão e acima de tudo para proteger a cidade (II Sm 15.14).

Absalão, diante dos olhos atônitos de Israel (II Sm 16.22), se relacionou com as concumbinas de seu pai e o envergonhou, apesar que isto já havia sido vaticinado pelo profeta Natã (II Sm 12.11). O conselho de Aitofel foi aceito e rapidamente estenderam as tendas para o “maior espetáculo da terra no ano”, naquele circo de horrores.

Antes de iniciar a revolta parecia que tudo havia sido resolvido, pois Absalão conseguiu o consentimento do rei, o perdão e um beijo. Será que as dores do pai pelo abandono havia chegado ao fim, ou estavam iniciando, pois após este episódio tudo piorou (II Sm 18.33; 19.4). 

O abandono, o drama de relacionamento familiar, provocou muitas dores no pai, o fez sofrer, mas o que dizermos do sofrimento provocado por um outro drama, a inveja, mesquinhez, visto em seu filho.

Por: Ailton da Silva (18) 8132-1510

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