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sábado, 13 de dezembro de 2014

Neemias: Como sair do anonimato? Capítulo 17


CAPÍTULO 17
OS ÚNICOS E VERDADEIROS VITORIOSOS

1. RELAÇÕES DE VITORIOSOS – “OS QUE”:
  • Retornaram com Zorobabel (12.1-26) e Esdras (Ed 8).
  • Retornaram do cativeiro (7.6-66);
  • Trabalharam na reconstrução (3.1-32);
  • Retornaram com Esdras (8.1-36);
  • Serviram como obreiros local (8.4);
  • Ensinavam e explicavam a Lei para o povo (8.7; 9.4-5);
  • Firmaram o concerto (10.1-28);
  • Habitavam em Jerusalém e em toda Judá (11.1-36);
  • Participaram da dedicação dos muros (12.31-42).

2. RELAÇÃO DE DERROTADOS – “OS QUE”:
  • Casaram com mulheres estrangeiras (Ed 10.18-44);
  • Profanaram o sábado através do comércio e trabalho;
  • Que acobertaram os opositores e concederam-lhes privilégios.

3. NEEMIAS E OS GRANDE VULTOS BÍBLICOS:
Neemias, o líder que mudou a história de Israel e um dos maiores da história sagrada. De copeiro do rei a governador de Jerusalém, em curto espaço de tempo saiu do anonimato e se tornou um grande exemplo para a igreja. A integridade foi uma das principais características de sua vida.

Neemias, exemplo de lealdade, agiu como um verdadeiro líder guiado e orientado por Deus. Não mediu esforços para que os judeus conhecessem e se mantivessem íntegros. As suas atitudes (13.25) não o qualificava como extremista, muito pelo contrário, foi zeloso durante a sua estadia em Jerusalém. Entendeu que aquele povo necessitava de ajuda e que era ele o preparado para esta missão.

“Mui zeloso pela lei foi Neemias”, lutou contra o mal, atrapalhou os planos dos impiedosos, que impediram a reconstrução espiritual do povo. Levantou o muro, as portas, foi um trabalhador incansável, exemplo para muitos, defensor da justiça, honesto, integro, piedoso e convicto. Quem foi capaz de mudar sua opinião ou pensamento durante a sua administração? Este homem duro, sério e corajoso, se derramava diante de Deus em clamor por todos (1.4-11).

Copeiro do rei Artaxerxes, abriu mão de todas as vantagens que o cargo lhe oferecia e atendeu ao chamado de Deus para a sua vida. Distante da cidade sim, mas não da história de seus antepassados e de Deus. Ao ouvir a noticia sobre a situação da cidade, em vez de se lamentar, clamou a Deus pela mudança. Renunciou a tudo e após uma longa viagem deu inicio aos trabalhos e durante o progresso da reconstrução Deus foi, aos poucos, lhe revelando qual realmente seria a sua missão naquele lugar.

Eram dias de crise moral, espiritual, econômica e política, portanto a responsabilidade seria grande. Muitos, nomeados anteriores, tentaram, mas faltaram a eles a capacitação, que Deus daria no momento certo e para a pessoa correta, por isto que o trabalho de Neemias deu resultado, caso contrário estaria fadado ao fracasso como os anteriores. A exigência para a obra de Deus, na igreja, também são as mesmas. Chamada com capacitação.

Talvez Hanani, o porta voz, que levou as notícias a Neemias, tenha recebido de Deus esta incumbência. Sua missão especifica e direta, seria abalar os fundamentos do futuro líder, que estava por enquanto no anonimato. Certamente a vida dele não foi a mesma depois daquela conversa.

Em nenhum momento Neemias foi conivente com o pecado do povo, ele não se conformou com a situação que encontrou logo em sua chegada. Não era somente a miséria material que estava visível, havia algo mais por trás de tudo. Sempre denunciou os desmandos e desvios, combateu de frente os que estavam prejudicando a sua missão e não temeu as represálias.

Neemias sempre se portou como um verdadeiro líder preocupado com a situação espiritual do povo. Não se aproveitou da posição como os governadores anteriores, mas foi exemplo em tudo.

O que impediu Neemias de retornar para Susã, logo na sua chegada? Que visão caótica ele teve? O que motivou a sua permanência naquela cidade semi destruída?  Observou os prós e contra do seu projeto e somente depois de um profundo estudo é que decidiu revelar seu intento (2.17-18).

Neemias administrou todos os recursos disponíveis com honestidade, transparência e sabedoria (5.9-12). Desta forma ele não encontrou dificuldades para atingir seus objetivos.

Soube trabalhar o emocional do povo, motivando-os para o trabalho, não procurou logo de principio exercer o seu poder de governador, mas sim exerceu a sua autoridade, pois sabia que o trabalho seria árduo e necessitaria da ajuda de todos.

A sua administração foi correta e a sua liderança sobre o povo, que outrora desanimado, foi reconhecida, pois todas as vezes que ele conclamou o povo ao trabalho eles obedeceram.

O viver de Neemias e a sua conduta não poderiam, em nenhum momento, serem questionados pelos judeus ou até mesmo pelos opositores. Isto era o mínimo que o cargo exigia e ele se mostrou como um verdadeiro líder, vivendo o que sempre pregou, sendo exemplo para que todos se mantivessem fiéis e íntegros diante de Deus.

Mesmo os seus inimigos não conseguiram desvirtuar o seu objetivo e manchar o seu caráter. Desde o inicio compreendeu que as falsas acusações e os comentários maliciosos eram frutos da inveja e buscou em Deus forças para contemplar o resultado de sua fé e trabalho.

No término da reconstrução do muro e das portas se deparou com as condições espirituais do povo. Sentiu a necessidade da restauração urgente.



a) Neemias x rainha Ester:
De uma hora para outra o trono foi tirado da rainha Vasti (Et 1.19), pois ela se recusou comparecer diante dos convidados do rei Assuero. Uma oportunidade surgiu para as moças do reino que poderiam se beneficiar pela vacância daquele cargo.

Dois vultos importantíssimos no plano de Deus saíram do anonimato justamente em um momento calamitoso, mas tudo isto não impediu que Neemias e Ester, igualmente, trabalhassem em favor dos judeus, demonstrando todo o amor e zelo pelo povo e história dos antepassados (Ne 2.10b; Et 7.3). A cidade semi destruída, sem perspectiva e aquela tragédia pessoal na vida da destituída rainha foram os cartões de apresentação destes dois grandes servos de Deus.

Neemias poderia ter ficado com seu trabalho secular, com as vantagens e Ester, já direcionada ao trono poderia somente ter se preocupado com sua família, seus interesses pessoais, vaidade, mas o primeiro preferiu a viagem longa e cansativa, enfrentou os opositores, mentiras, ameaças, reclamações e erros do povo, enquanto que a segunda arriscou a própria vida para salvar boa parte da nação de um trágico fim.

b) Neemias x Davi:
Uma grande festa foi preparada para receber o profeta (I Sm 16.5-13). A ocasião pedia, tanto que todos os filhos se reuniram junto ao pai, exceto um (I Sm 16.11). Onde ele estava? Porque não estava presente? A obrigação falou mais alto?

Como o profeta Samuel poderia resignar-se ante a determinação de Deus em ungir um entre aqueles filhos de Jessé presentes? O que lhe impediu de não escolher o primeiro? Ou o mais formoso ou o forte? Porque perguntou se havia acabado os mancebos? Não estavam todos ali à sua frente? Sentiu de Deus em fazer esta pergunta? Entre todos os que se apresentaram diante do profeta nenhum deles preencheu os requisitos pré determinados.

Deus achou graça justamente no menor dos filhos de Jessé, isto surpreendeu a muitos, pois era evidente que ele não era assim tão considerado entre os seus irmãos.

O caráter reto e integro de Davi foi visto em sua vida, pois mesmo ungido não desejou assumir o trono antes do momento exato, inclusive poupou por várias vezes a vida de seu rei (I Sm 24.10; 26.1-25).

Um homem ousado, dirigido por Deus em suas ações, alargou as fronteiras de Israel e estabeleceu o respeito aos seus vizinhos, mas tudo isto não impediu de cometer alguns erros, adultério e decreto de morte (II Sm 11.4-15) o recenseamento de Israel (I Cr 21.1-8). No caso dos pães da proposição (I Sm 21.1-6), tomou esta decisão não porque foi influenciado pelos seus soldados, mas sim porque sentiu de Deus a necessidade. Se tivesse partido de seus exército, aquela idéia, certamente ele recusaria, assim como Neemias quando foi orientado a esconder-se no Templo para preservar sua vida (6.10)

Neemias foi induzido a se esconder no Templo para preservar sua vida (Ne 6.10), mas ele recusou. Davi foi até ao sacerdote Aimeleque e mentindo pediu pão, mas somente tinha pão da proposição, o qual não era digno de ser comido (I Sm 21.1-6), mas resolveu por conta própria arriscar para saciar a fome de seus valentes. Erro consciente. Se alguns dos jovens tivesse dado a idéia para Davi dizendo: “Vá, rei, e MINTA para o sacerdote e pegue os pães da proposição, dos quais não somos e traga para nós”. Certamente Davi não iria, porque existe uma grande diferença entre errar por contra própria (como Davi errou) e errar por influência (como Neemias erraria se entrasse no Templo). Pior seria se Davi tivesse recebido uma profecia como Neemias (Eis, servo meu, a ti te digo: Entre no tabernáculo, meu servo te espera, peça os pães da proposição, porque te abro esta porta. Coma, porque longa será sua jornada). Vou nada, profecia que contraria a Palavra de Deus, é pão sagrado. No caso de Neemias ele se esconderia em um local que não era permitido a entrada para este fim?

c) Neemias x Paulo:
Neemias esteve por três dias, após a sua chegada, somente observando a cidade, procurando o fio da meada, imaginando por onde iniciaria o seu projeto. Em segredo, sem revelar seu projeto a ninguém, da mesma forma como Paulo, após se levantar, esteve por três dias sem comer e beber (At 9.9), somente observando, refletindo sobre a sua vida e principalmente aguardando a visita de Jesus, para dar-lhe as coordenadas, pois ele não sabia por onde começar.

d) Como não incluir Neemias nesta relação!
  • Abraão (Tg 2.23);
  • Moisés (Dt 34.3);
  • Davi (I Sm 13.14);
  • Paulo (At 28.31).
Neste quarteto é possível sim incluirmos Neemias (Ne 1.4-11; 2.20; 4.4; 5.14; 6.11; 6.15; 12.31; 13.9; 13.10;11;17;23;25;28);

4. COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
  • Foram 4 meses de oração para sair do anonimato. O mundo então conheceu Neemias;
  • Existe momentos na vida que é melhor dizermos a verdade, não esconder nada. Se Hanani não tivesse relatado a situação da cidade e do povo, certamente Neemias não teria ido para a oração e tampouco sairia do anonimato, bem diferente da declaração da viúva (II Re 4.26);
  • Será que tomaríamos a mesma atitude se víssemos alguém profanando ou tirando proveito na casa de Deus? Começaríamos com educação, mas depois seriamos mais duros;
  • Havia necessidade de Deus trazer um homem de tão longe? Um que não tinha experiência em administração, política, diplomacia. Em Jerusalém havia homens e muitos, somente não víamos a coragem e capacitação na vida deles;
  • Neemias foi corajoso, integro e ganhou a confiança do povo, assim como aconteceu com os nossos dois missionários primeiros, Daniel e Gunnar, que coragem? Dos que saíram com eles e deles próprios? Faríamos isto hoje? Acompanharíamos dois recém chegados, que pregassem algo diferente, largaríamos tudo para segui-los?
  • Quando Neemias chegou em Jerusalém disse: “é nesta cidade que eu vou trabalhar”, da mesma forma quando encontramos uma pessoa com a vida destruída, problemática, cheio de vícios e oramos a Deus pedindo pela salvação. “É esta vida que Deus vai transformar”;
  • Era importante para Samaria que Jerusalém continuasse daquela forma, assim como é desejo do inimigo que o homem continue destruído, nos vícios e longe de Deus;
  • A primeira barreira para os inimigos transporem em Jerusalém era o muro. Passando pela muralha chegariam ao Templo. O mesmo acontece com a nossa vida, pois a primeira oferta do inimigo não é espiritual, mas sim é para o nosso corpo (I Co 6.19), ele ataca primeiro o corpo, depois os nossos sentidos. Tenho visão de Deus (visão), ouço a Palavra (audição), discirno a origem dos acontecimentos e dos espíritos (paladar), manuseio a Palavra como bom obreiro (tato) e sinto o aroma agradável da presença de Deus (olfato);
  • Uma catástrofe na vida da rainha Vasti proporcionou uma grande e única oportunidade para a judia Ester. De uma hora para a outra a vida de Ester mudou (oportunidade após uma tragédia), da mesma forma que a de Neemias também. Os dois aprenderam muito, apanharam no inicio, mas no final atingiram os seus objetivos;
  • Davi adquiriu experiência e conhecimento para reinar sobre todo o Israel no momento da perseguição de Saul, pois não tocava no ungido de Deus, sofreu com a espada, com a lança que empurrava cada vez mais pela frente;
  • Davi não foi convidado para a festa da unção (este foi o primeiro “esqueceram de mim”);
  • Davi não tomou o trono porque respeitava a posição de Saul, somente não respeitou Bate-Seba e seu marido;
  • Neemias enfrentou a oposição quando declarou o seu projeto (2.18-19) e estava de posse das cartas do rei, da mesma forma que Davi, após a sua unção, se apresentou para lutar contra o gigante Golias, enfrentando logo de cara a oposição (I Sm 17.28) de seu irmão Eliabe (o primeiro que havia se decepcionado na festa da unção).
5. PÉROLAS
  • As lamentações de Neemias não ficaram apenas no papel;
  • Neemias: Pela fé, negou ser chamado copeiro do rei;
  • Jerusalém, terra de ninguém;
  • A luta de Neemias foi contra a carne, sangue ou apatia?
  • Pobreza interna e a zombaria externa, grandes problemas;
  • As observações noturnas revelaram muito mais que as diurnas;
  • Campanha: 12 portas abertas em Jerusalém?
  • Portas abertas de Jerusalém, para justiça? Para comércio? Ou para segurança?
  • É mais fácil aprender com as portas ou com os ferrolhos?
  • Portas abertas? Elas estão queimadas, não se enganem!
  • O vai e vem da oposição. Era uma obra ou guerra?
  • Neemias – líder do governo. Sambalate – líder da oposição;
  • Vamos ao vale? Não tenho tempo. Vamos ao templo? Não sou sacerdote;
  • Oração e ensino. Emoção e movimento. Entendimento e avivamento;
  • A leitura da Lei resgatou o esquecido, a própria língua, o hebraico, que era escrito, mas não era falado. A Babilônia tirou muito dos judeus em pouco tempo;
  • E disse Neemias: “Siga-me os bons”!
  • Ao final da obra, alguns disseram: “Esta sim é Jerusalém que conhecemos”;
  • O segundo estado da cidade foi muito melhor que o primeiro;
  • Todo sacerdote é levita? Filho de peixe, peixinho é;
  • Será que os desinteressados nunca disseram: “Não queria ter nascido nesta tribo, não queria ter nascido levita”;
  • Os Levitas não tinham herança material;
  • Levitas sem ministério atuante – revolta à vista;
  • O gato saiu e o rato fez a festa. Neemias retornou para Susã ao final da obra. O mal alojou no fruto do trabalho, o Templo. Tobias não tinha vergonha na cara? Depois de tudo o que ele havia feito;
  • Agora o segundo estado da cidade estava pior que o primeiro;
  • Inimigo no templo e sacerdotes nas ruas. Templo não é lugar para amonita e moabita;
  • Não ajudaram no passado porque tiveram privilégios?
  • Uma ação (Eliasibe) provocou a reação (Neemias);
  • Sábado, a primeira criação. Domingo, a nova criação;
  • Sábado, fim de uma semana de trabalho. Domingo, inicio de uma semana abençoada. Jesus é o Senhor de todos os dias;
  • Situação dos judeus: Pureza tribal – fácil? Pureza da nação – difícil? Pureza espiritual – impossível?
  • Jugo desigual é sinal de infidelidade à vista. É o oposto da harmonia;
  • Segundo Levíticos 18.22, é bom que o homem esteja só, somente neste caso;
  • “Mui zeloso pela lei” foi Neemias;
  • Oportunidades surgem após grandes tragédias: Uma cidade destruída e um líder levantado. Uma rainha destronada e uma judia escolhida; Os filhos de Jessé decepcionados na festa e um rei ungido e escolhido;
  • Quatro meses de oração e cinqüenta e dois dias de trabalho pesado;
  • Neemias estava distante de Jerusalém, mas não de Deus.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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Por: Ailton da Silva - 5 anos (Ide por todo mundo)

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