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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

As injustiças na vida de José e sua vitória


Recomendo a leitura deste texto
fonte: Os Patriarcas - coincidências ou repetições da história?


JOSÉ:
“EIS ME AQUI”
DEUS NUNCA FALOU COM ELE!
A grande verdade é que Jacó, assim como seu pai e avô, também enfrentou problemas familiares, pois não soube criar seus filhos, por isso Deus requisitou um, José, para prepará-lo para uma grande obra e para preservá-lo.
Deus tirou o filho de Jacó para cuidar dele pessoalmente, para ensiná-lo e prepará-lo para governar o Egito. Se continuasse no meio daquela família desestruturada, certamente, José seria um mero pastor de ovelhas envolvido em constantes conflitos familiares.
A prova de que Jacó não soube criar seus filhos foi justamente o fato de ter repetido os mesmos erros de seus antepassados, pois amou mais a José, despertando desta forma ciúmes e acirrando a rivalidade entre seus filhos. Ele não teria como disfarçar este sentimento, na verdade, não existe possibilidade do homem demonstrar atenção a um, sem provocar ciúmes em outros.
Somente Deus é capaz de atender necessitados, em particular, sem magoar os outros. Este sentimento humano é alimentado pelos nossos olhos, pois o ciúme nasce no momento em que enxergamos a atenção Divina sendo dispensados a outros. Isto soa como concessão de privilégios e não como socorro de Deus aos necessitados.
A história da família deste patriarca foi conturbada, uma vez que sempre ficou caracterizado a preferência de Jacó, que fez questão de conceder alguns privilégios a José, sem contar outros acontecimentos, que diferenciava o seu filho predileto:
  • Era o filho da velhice de Jacó;
  • Era filho da mulher que Jacó amava;
  • Ficava no conforto enquanto seus irmãos trabalhavam;
  • Recebia os melhores presentes;
  • Conhecia a vontade de Deus para a sua vida através da revelação recebida em seus sonhos;
  • Espiava seus irmãos no trabalho, mas não ficava entre eles.
José estava sempre ao lado de seu pai ouvindo suas histórias sobre as chamadas de seu avô e bisavô, Isaque e Abraão, respectivamente. Aprendia, servia e alegrava o velho coração de Jacó, enquanto seus irmãos pastoreavam o rebanho em terras distantes, talvez para ficarem alheios a diferenciação demonstrada pelo pai.
Todos os problemas de José foram com os seus dez irmãos mais velhos, já que o menor, Benjamim, não teria como reivindicar algo, pois era o último filho. O fato de contar os seus sonhos[1] e a preferência explícita de seu pai aumentavam ainda mais a rivalidade entre eles, que de tanto ciúmes não se sujeitavam a autoridade potencial e inevitável na vida do futuro patriarca.
De fato os irmãos de José não estavam errados, pois no contexto social e familiar os privilégios deveriam ser do primogênito e não de outros filhos. Isto somente seria possível por uma intervenção de Deus, uma inversão da ordem dos filhos[2].

OBEDECER SEM QUESTIONAR - “EIS ME AQUI”
Jacó enviou José para verificar a situação de seus irmãos, pois estavam distantes. O certo é que não precisavam pastorear tão longe, mas o que motivou este repentino afastamento? Falta de pasto ou o ciúmes e inveja? A preocupação do pai era a mesma com todos eles, apesar de deixar bem evidente a sua preferência.
José foi enviado para o lugar onde, supostamente, estavam seus irmãos, se ele não havia ido antes para ajudar no trabalho iria agora com outra missão, ver como estavam e voltaria para dar notícias ao seu pai.
Ver seus irmãos trabalhando seria uma forma de José aprender com eles, ou seja, ele veria como não deveria se portar, pois a visão que teve foi deplorável, assustadora, medonha, viu dez homens sentados, murmurando, reclamando da vida, arquitetando o mal. O fato de ter ido ao encontro deles foi justamente para ver, aprender e para ser diferente.
Mas se fosse ao contrário, se José estivesse pastoreando sozinho e se os irmãos fossem enviados para verificarem sua situação, eles iriam? Ou na metade do caminho voltariam com falsas noticias para Jacó? O mesmo aconteceu com Davi[3] que pastoreava o rebanho de seu pai enquanto seus irmãos aguardavam ansiosos pela unção que seria ministrada pelo profeta Samuel.
Eles largariam aquela festa para se preocuparem com o irmão? Nenhum deles mexeria uma única palha para mudarem a situação de Davi, muito menos os irmãos de José fariam algo por ele.
Isto prova que não são todos os que respondem “eis me aqui” quando são incumbidos de uma missão. Não restava outra resposta de José ao seu pai. Os que respondem prontamente são os que:
  • Estão constantemente na presença do pai;
  • Gostam de seus irmãos;
  • Tem interesses, objetivos e metas;
  • Não temem o perigo, as distâncias ou dificuldades.
José foi enviado como um cordeiro inocente para encontrar lobos famintos. Esta era a chance que eles tanto esperavam para resolverem as diferenças.
Jacó era conhecedor do plano que Deus tinha com sua família, por isso, zeloso, ordenou ao seu filho que fosse averiguar, espiar a situação de seus irmãos, mas não imaginava que ao pedir que voltasse logo, estaria na verdade se despedindo de seu filho, não era um até logo, mas sim um: “até daqui uns anos”.

COINCIDÊNCIAS OU REPETIÇÕES DA HISTÓRIA?
Abraão havia feito o mesmo com Isaque, quando o levou como um cordeiro para o sacrifício, acreditando que os dois voltariam sãos e salvos, da mesma forma, Jacó esperava o seu breve retorno. No seu entender Deus daria mais um livramento para seu filho, durante o cumprimento desta missão. Somente não esperava que fosse demorar.
José obedeceu prontamente as ordens do pai e foi ao encontro de seus irmãos, porém no meio do caminho se perdeu, mas como sempre acontece, nestas circunstâncias, ele foi auxiliado por um varão que lhe indicou o caminho correto.
A juventude e a inexperiência não foram obstáculos para impedirem que José contemplasse a intervenção Divina em sua vida. Aquele varão não era um qualquer, por isso ele creu em suas palavras e tomou a direção indicada. Em circunstâncias semelhantes aconselharíamos alguém a agir desta forma? Acreditamos no primeiro que aparece? Somos ensinados pela Palavra a vigiarmos e sermos prudentes, orarmos e buscarmos em Deus.
Aquele varão conhecia a intenção de José, sabia o seu destino e o desejo do teu coração, por isto jamais o deixaria perdido e fora do rumo.
Não precisava ter perguntado o motivo que levara José aquelas terras, mas era necessário que ele mesmo declarasse que ainda não havia desistido de sua missão. Encontrar seus irmãos ainda era o seu grande objetivo.
O varão lhe indicou o caminho correto, mas ao dizer que ouviu seus irmãos dizerem que iriam para Dotã, ele estava revelando a sua onisciência, onipresença e onipotência, ou seja, ele não disse que estava ao lado dos irmãos, disse simplesmente que ouviu. Não restava dúvida quanto a identidade do varão.
Da mesma forma como acontecera com seu pai, que um dia optou por um destino para fugir de seu tio Esaú, agora ele decidia acreditar, naquele varão, para se dirigir ao encontro de seus futuros algozes.
O seu bisavô Abraão também enfrentou o mesmo dilema quando escolheu o caminho para se separar de seu sobrinho. Pelos seus olhos optou pelo lado que lhe poderia oferecer a vitória, pois ele não estava preocupado com a continuidade de seu rebanho, mas sim com a sua descendência. José acreditou no varão, não duvidou e seguiu o caminho indicado. Ora se Deus houvera visitado os teus ascendentes no passado não teria o porquê de não visitá-lo também.
Seus irmãos o viram de longe e a princípio, pensaram em matá-lo, mas resolveram somente vendê-lo como escravo aos midianitas (descendentes do filho de Abraão e Quetura).
Mas antes de concretizarem a venda jogaram José em uma cova e deixaram-no, sem água, sem comida, humilhado, tiraram-lhe tudo, exceto a vida. Para completar a crueldade comeram ao lado da cova sem ao menos demonstrarem preocupação com ele. Cada um pegou as suas duas moedas de prata e livres de qualquer sentimento de culpa continuaram seus trabalhos, mas como usaram este dinheiro? Esconderam de Jacó? Rendeu algo? Prosperaram? Resolveram o problema ou criaram outro pior?
A túnica[4] manchada e rasgada apresentado ao pai, não atestava[5] a morte de José, apenas trazia sofrimento, angustia, saudades e dores para o pai.
Uma história semelhante a de Jó, inclusive no desfecho final, pois os dois alcançaram a vitória a partir do momento em que desviaram a atenção de suas respectivas situações para se preocuparem com os problemas de outros. O primeiro poderia ter se recusado a orar pelos seus amigos, enquanto que o segundo, um dia teve o poder e todos os motivos do mundo para se vingar de seus irmãos, porém os dois agiram de forma diferente da lógica humana.
Ser jogado na cova para ser vendido como um escravo, igualou José aos seus irmãos, e o desqualificou, tirou-lhe o valor, cultura, família, as prerrogativas de filho predileto e conforto que tinha na casa do pai.
José, da mesma forma como seu bisavô, Abraão, também teve perdas materiais no momento em que disse sim ao chamado:
  • Perdeu a sua túnica, presente de seu pai, que lhe foi tirada bruscamente pelos irmãos;
  • Perdeu a liberdade, pois foi jogado em uma cova e vendido como escravo;
  • Perdeu sua dignidade, honra, nome, passado e sonhos;
  • Foi acusado, sendo inocente, preso sem julgamento e ficou refém da ingratidão.
Este foi o momento de maior tristeza da vida de Jacó, pois ao ver as vestes ensangüentadas de seu filho julgava que nunca mais tornaria a vê-lo. Estava passando pela mesma situação de seu pai quando fugiu para Padã-Arã, ameaçado de morte por Esaú, ficando por muito tempo sem dar notícias a Isaque, porém entre estes episódios havia uma grande diferença, o segundo patriarca ainda alimentava esperanças de reencontrar um dia seu filho, o que seria seu sucessor na linhagem patriarcal, enquanto que Jacó estava diante da constatação da morte de José, que tanto amou.
Jacó, mesmo depois da trágica notícia, sabia que a história não terminaria ali, poderia até mesmo demorar, mas Deus honraria as promessas feitas. Não poderia ser aquilo um pagamento pelos seus erros e mentiras do passado? A sua consciência o acusava dia e noite. Assim como enganara seu pai, estava ele sendo enganado pelos seus próprios filhos.
Mas será que Jacó creu em toda a história contada pelos seus filhos? Era homem de oração, por isso deve ter buscado um refrigério para sua alma.
Imaginemos que ele não tivesse acreditado na história e começasse a interceder pelo filho todos os dias, pedindo a Deus que guardasse ou trouxesse de volta. Deus teria um argumento para sossegar o seu coração de pai. Não havia motivos para que o reencontro com José fosse antecipado, sendo que ele voltaria pobre, doente, sujo, sem autoridade nenhuma, os conflitos na família continuariam e até mesmo aumentariam. Não seria melhor esperar, para que ele voltasse rico, com poder e autoridade, cheio de vida e saúde? Jacó, espere mais um poucochinho de tempo.

JOSÉ: REINE SOBRE O EGITO E SOBRE OS SEUS IRMÃOS
Quantos pensamentos assolaram a mente de José durante a sua caminhada até ao Egito. Que reviravolta em sua vida! O que poderia fazer para mudar aquela situação? Jurar fidelidade a Deus, mudar sua conduta?
Era tarde demais para pensar em algo? Deveria aceitar a situação e permanecer como uma bênção durante o trajeto, já que não temos notícias de tentativa de fuga, rebelião, mesmo porque não teria condições físicas para tal.
Quando José chegou ao Egito como escravo, foi comprado por Potifar para servi-lo em sua casa e com o passar dos dias ganhou a confiança do seu senhor, até que este lhe permitiu transitar por todas as dependências de sua casa.
Sua primeira impressão foi horrível, pois encontrou um povo estranho, imoral, cultura, tradições e ensinamentos baseados na idolatria e imoralidade de homens que não respeitavam os bons costumes, tudo isto contrário ao que havia aprendido de seu pai, porém durante a adaptação, enfrentou tudo de cabeça erguida e nunca se deixou contaminar por nada.
Uma luz no fim do túnel se ascendeu para José, prova de que não estava tudo perdido, mas ainda não era um livramento. Deus queria testá-lo diante da riqueza e nobreza, já que na pobreza e miséria havia se mostrado fiel.
Enquanto esteve com seu pai, durante a caminhada como escravo, nos momentos em que serviu como empregado e nos longos dias no cárcere, José foi uma benção, mas um dia ele foi preso, vítima da trama armada pela mulher[6] de Potifar. Mesmo na prisão teve uma vida regrada aos bons costumes, por isso ganhou a confiança do carcereiro, portanto não tinha como Deus não abençoá-lo ou engrandecê-lo.
Todas as pessoas que passaram pela vida de José ou os que o rodearam, perderam características essências, justamente as que ele sempre manteve durante o tempo de sua luta:
  • Seus irmãos perderam a sensibilidade;
  • Potifar perdeu a visão a ponto de não enxergar a inocência de seu empregado;
  • O copeiro perdeu a chance de demonstrar toda a sua gratidão a José;
  • Faraó perdeu a confiança em seus deuses e a depositou no Deus de José.
Quando o atormentado Faraó não encontrou respostas para as suas aflições, foi surpreendido com a declaração do copeiro-mor, que então se lembrou de José, o intérprete de sonhos da prisão. Sempre tem alguém por perto para dar testemunho das ações de homens de Deus. Naamã, chefe do exército sírio recebeu sua cura devido ao crédito que deu as informações de uma de suas criadas[7].
Certamente Faraó deve ter se inteirado sobre as condições físicas, psicológicas e morais de José, pois não teria cabimento receber um maltrapilho, um prisioneiro, problemático ou alucinado, pelo menos este era o protocolo da época. Rapidamente prepararam o jovem, mudaram suas vestes e o apresentaram diante da maior autoridade daquela nação.
José entrou escoltado na prisão em silêncio e foi jogado no xadrez. Durante sua estadia naquele lugar, orava a Deus pedindo sua liberdade e nada mais, pois é impensável que ele tenha demonstrado fé suficiente para pedir uma audiência com Faraó ou muito menos o segundo trono do Egito, sequer pensou em pedir roupas novas, corte de cabelo, um quarto no palácio e o respeito dos egípcios e de outras nações. Ele pedia somente uma oportunidade para rever sua família e voltar para sua terra.
Na saída da prisão ele também esteve ao lado dos batedores e foi levado diretamente para a barbearia, cabeleireiro e deu volta em uma lojinha de departamentos egípcia para dar uma renovada no seu guarda roupa, antes do encontro com o desequilibrado Faraó, o que disse de boca cheia: “não o deixe vir como está[8]”.
Naquele dia ele acordou na fria prisão com o barulho de alguém batendo em sua cela, chamando-o pela última vez de prisioneiro. Após o encontro com Faraó, ele seria tratado de outra forma, deveria ser chamado de “vice-Faraó”, de senhor.

  • José levou um susto quando o soldado lhe disse: “Tem alguém querendo lhe falar”. Quem poderia ser? Ele não tinha advogado, os amigos de prisão eram ingratos, a família estava há quilômetros de distância, quem estava ali para visitá-lo? O importante não era com quem iria falar, mas sim quem queria falar com ele. Não era uma visita, uma audiência concedida, era uma convocação. Faraó desejava ardentemente pedir socorro.
A fama de interpretador de sonhos correu rapidamente e agitou os corredores do palácio egípcio. Como em sã consciência alguém poderia imaginar a grande e potente nação sendo abalada pelo temor de uma crise. O pior, para eles, era aceitar que o salvador[9] da pátria, um simples hebreu, sem qualquer qualificação ou formação, estava ali nas frias e solitárias prisões, esperando o momento para cantar o hino da vitória.
José não somente interpretou os sonhos de Faraó, como também lhe deu uma aula de administração e sábios conselhos:
  • Faraó deveria prover-se de um varão inteligente e sábio[10] e nomear governadores;
  • Este homem deveria ser respeitado como uma grande autoridade no Egito;
  • A quinta parte de toda a produção egípcia deveria ser retida durante os anos de fartura;
  • Deveriam ajuntar o máximo que pudessem de comida e trigo, pois a crise se aproximava.
A preocupação de Faraó era com o presente, a de José era com os quatorze anos seguintes. Mas porque tanta preocupação de um simples e desprezado hebreu? Ele estava prestes a sair do anonimato.

QUEM É ESTE HOMEM
QUE ESTÁ ASSOMBRANDO O EGITO?
Todos os sábios e estudiosos do Egito ficaram alvoroçados com a decisão de Faraó em recompensar um ex-prisioneiro[11] pela interpretação e conselhos dados.

Em uma reunião administrativa, certamente o chão tremeu, o teto veio abaixo, quando Faraó disse que entre eles não havia nenhum com condições de administrar aquela crise. O pior foi quando ouviram que a única solução seria depositar[12] a confiança naquele homem que havia interpretado os seus sonhos. Rapidamente levantarem os dados sobre o salvador da pátria e tiveram uma surpresa, pois a ficha era extensa, não pelos crimes, mas pela qualificação e experiência:
  • Hebreu, bisneto de Abraão, neto de Isaque filho de Jacó, uma linhagem de pastores, abominação, tal como Jesus, que fora filho de carpinteiro, profissão igualmente desprezadas pelos senhores do mundo, os romanos;
  • Estava cumprindo pena, mas era inocente. Qual foi a acusação? Chegaram a conclusão que não havia crime. Ficou preso porque a mulher era a celebridade e mais importante que ele. Acharam melhor manter o controle, a paz nos corredores palacianos e a honra de Potifar. Seria arriscado colocar em dúvida o caráter de algumas pessoas. O lado mais fraco pagou. Jesus morreu pela humanidade mesmo não tendo pecado, preferiram manter a ordem de Israel em vez de alvoroçarem toda a nação. Diferentemente, neste caso a o lado mais forte pagou a sentença;
  • Não tinha formação secular necessária para o cargo, isto seria um grande impedimento. Assim como todas as outras nações e impérios, o Egito não investia em seus prisioneiros, mas seria beneficiado por um deles. O mundo também não auxilia ou tampouco colabora para o crescimento da obra de Deus. E a igreja faz algo para ajudá-los, enquanto eles zombam? Nós pregamos e apresentamos o reino dos céus. Jesus foi rejeitado, mas oferece salvação a todos aqueles que crêem no seu Nome. Ele sempre deu importância à revelação que vinha do Pai, do alto e não ao superficial conhecimento humano;
  • Foi traído pelos seus irmãos, jogado em uma cova, totalmente desacreditado de seus sonhos, vendido por vinte moedas de prata. Jesus agonizou no Getsemâni, mas encontrou forças para continuar sua missão. Foi traído e vendido por um de seus discípulos por trinta moedas de prata;
  • Perdeu sua túnica, que foi dividida, rasgada e manchada com sangue de um cabrito inocente. Foi desprezado pelos seus irmãos, serviu como escravo e se tornou prisioneiro. Jesus também se esvaziou de sua Glória, veio para os que eram seus, mas eles não o receberam. Se fez carne, habitou entre os homens, foi esquecido, desprezado, teve as suas vestes manchadas com seu sangue inocente e repartidas entre os soldados que o crucificaram;
  • José saiu da prisão, para trabalhar em prol do Egito. Aquilo não era uma vitória, tão somente, havia propósitos. Da mesma forma, Jesus, morreu e ressuscitou para nos proporcionar salvação.
  • A ficha de José, em tudo se assemelhava a de Jesus. A única diferença é na profissão do pai, pois um era filho de pastor e o outro de carpinteiro, ambas igualmente desprezadas pelos impérios dominantes das respectivas épocas.
A curiosidade era tamanha por saberem como aquele homem havia adquirido conhecimento? Todos estavam assombrados. Era um escravo, um prisioneiro, mas como poderia ser tão sábio?
Certamente não foi o Egito que investiu em sua educação e formação, mas foram eles que mudaram a sua vida, por intermédio da ação de Deus, pois naquela manhã, José acordou na fria e solitária prisão e dormiu, a noite, no palácio tomando decisões.
Como confiar a administração daquela potência nas mãos de um hebreuzinho, um ex-presidiário? Ele teria estudo, formação, condições físicas, psicológicas para o cargo? E a sua sentença? Concederiam um alvará de soltura? Ele trocaria a pena pelos serviços que prestaria no Egito? O que aquela nação havia feito para merecer tamanha atenção por parte de José?
Por serem estudiosos da história das nações antigas, deveriam saber que o Deus dos hebreus sempre humilha os fortes para exaltar os fracos e que confundir os sábios era, e ainda é, a sua especialidade.
Somente Deus poderia fazê-los entregar o controle de tudo para um jovem, inexperiente, sem conhecimentos técnicos ou diplomáticos para se relacionar com outras nações e que de uma hora para outra saiu das profundezas das prisões para dar conselho a maior potência da época.
Como deve ter sido difícil para os sábios e capacitados egípcios aceitarem aquela afronta. Eles não tiveram alternativas. Faraó já havia depositado a confiança e sabia que o Deus dos hebreus estava naquele negócio. Não adiantava a torcida contra, pois todo o Egito sofreria caso José falhasse em sua missão.
Eis que tudo se fez novo no Egito, começando pelo modo respeitoso como olhariam para os hebreus. Novos tempos, mudança radical de vida e cultura, pois aquela fartura vista até então não existiria mais, muito menos as injustiças sociais e banquetes desnecessários.
Como José trabalhou estas mudanças em sua vida? De uma hora para outra, a libertação, uma recompensa, um trabalho digno, um bom salário e respeito. Imaginava ser aquela situação a resposta de suas orações e resultado de sua fé?
Quando José recebeu poder e autoridade das mãos de farão qual foi seu primeiro ato administrativo? A sua primeira decisão foi baseada no passado ou no futuro? Decisões baseadas em lembranças passadas certamente trazem problemas ainda maiores à tona, ele sabia disto, portanto pensou somente no futuro do Egito e família, sua intenção foi oferecer algo de bom para todos. Se quisesse incriminar seus irmãos bastava uma canetada, não precisaria sequer levantar do trono. Ele tinha motivos, poder e autoridade para tomar qualquer tipo de decisão.
Como estava com o poder nas mãos conseguiu permanecer isento da cultura religiosa egípcia, afinal quem o obrigaria a fazer algo que não aprovasse[13]? Agora era uma autoridade com plenos poderes.
Sua administração foi um sucesso[14] e por isto eles conseguiram a provisão antes do temido período de fome. O acumulado serviu, inclusive, para eles e para atenderem as nações vizinhas. Certamente a decisão pelo atendimento à outros necessitados não partiu dos egípcios, mas sim de José.
Todos as nações que sofriam com a fome procuraram o Egito para comprarem mantimentos, a preços justos, inclusive os seus irmãos, que mais cedo ou mais tarde, bateriam em sua porta.
Mas não é possível que não tenha demonstrado algum tipo de preocupação com a sua família, com o estado e a vulnerabilidade deles, pois se o Egito ficou alarmado e temeroso com a crise, o que se poderia esperar das outras nações?
José ainda alimentava mágoas de seus irmãos? Ou havia esquecido? Tinha esperança de revê-los? E eles se arrependeram? Ou se afligiram durante o tempo em que guardaram aquele segredo? E Jacó como estava? Como reagiria quando fosse revelada toda a verdade? Perdoaria seus filhos?
Deus precisava resolver o passado daquela família, por isso arquitetou um plano grandioso, que envolveria boa parte da Terra. Muitos sofreriam, morreriam, mas as diferenças entre os filhos de Jacó seriam resolvidas, sem contar que tudo isto aconteceu para que se cumprissem as revelações de Deus dadas a José enquanto jovem. Seus irmãos reconheceriam a sua autoridade e se prostrariam diante dele.

COINCIDÊNCIAS OU REPETIÇÕES DA HISTÓRIA?
Seu pai, Jacó, quando fugiu, da morte certa, levou apenas a roupa do corpo, tanto que orou pedindo a Deus que o guardasse e provesse os recursos durante a sua viagem. O seu retorno foi bem diferente, pois estava cumprindo a vontade de Deus.
Durante todo o tempo em que permaneceu longe de sua família foi um homem próspero, mas será que teria atingido este estado, caso tivesse ficado e afrontado seu raivoso irmão? Provavelmente não!
Quando reencontrou Esaú, seu irmão, teve condições de ofertar-lhe alguns presentes para amenizar a sua inevitável fúria do passado.
Agora estava José no trono e seus irmãos na lona, falidos, sem recursos e diante dele clamando por ajuda. Momento ideal para a tão esperada vingança, que não aconteceu e tampouco foi cogitada, mas o certo é que aqueles que planejaram tanto mal, acabaram comendo nas mãos do bem sucedido[15] irmão, que preferiu oferecer o que tinha de melhor para eles. Aprendeu com Jacó, pois o seu coração não suportou ver as condições de miséria que seus irmãos estavam. O estranho é que os irmãos invejaram, no passado, uma peça de roupa, mas então diante do respeitado governante, da mesma linhagem que eles, não tiveram coragem de invejar o seu trono e tampouco o carro com o qual desfilava atrás de Faraó. Eles aprenderam a lição e não queriam mais pagar pesado preço pelo repetição do erro.
Este foi o plano de Deus para restaurar e unir novamente aquela família, pois a fome assolou aquela região e somente o Egito se preparou para enfrentá-la, graças aos conselhos de José, mediante a interpretação dos sonhos de Faraó, por isso Jacó enviou seus filhos para comprarem mantimentos naquelas terras.
Fato semelhante aconteceu muito tempo antes, quando Jacó enviou seu filho amado para verificar a situação de seus filhos que estavam pastoreando longe, agora era o inverso, os irmãos estavam sendo enviados para verem José trabalhando. E qual foi a visão daqueles simples pastores? Viram um assassino, invejoso, murmurador, contendeiro? Ou contemplaram um estadista, uma autoridade, um governante, homem honrado por Deus? O que restava para eles? Somente se prostrarem[16] e aprenderem com o irmão.
Mal sabiam que estavam prestes a negociar com o próprio irmão. Logo de princípio foram interrogados e reconhecidos por José, que, emocionado, segurou a emoção por revê-los a ponto de se retirar para enxugar suas lágrimas para que não percebessem.
Naquele momento tinha todo o poder em suas mãos para se vingar, porém o amor foi maior, mesmo com as cenas da traição ainda frescas em sua mente, a aflição sentida ao ser levado como escravo para o Egito e o tempo que ficou preso, inocente, tudo isto poderia influenciá-lo em sua decisão, mas sabiamente tomou a direção correta.
A tristeza que sentiu todo este tempo havia chegado ao fim. Restava apenas se revelar a seus irmãos e reencontrar seu pai. Mas como fazer isto, precisava de um plano. Era necessário transferir o problema para aqueles que haviam criado.
Estrategistas para elaboração de planos para se vingar de seus irmãos havia muitos, mas o que ele queria era outro tipo de conselho, precisava resgatar no passado algum ensinamento recebido de seu pai. O quanto antes deveria colocar em prática, pois algum mal intencionado poderia lhe aconselhar a vingar-se dos seus pobres irmãos.
Este talvez fosse o momento de forçar, humanamente, o cumprimento das promessas de Deus, pois se lembrou dos sonhos, mas não aproveitou a oportunidade para que seus irmãos reconhecessem a sua autoridade. A alegria por revê-los foi tamanha que desejava somente encontrar uma forma de se revelar, de saber notícias do pai.
Nunca mais a dor da prisão, solidão e traição seriam sentidas por ele, a não ser que fosse fazer uma visita ao local onde esteve por algum tempo. “José pode voltar mais vezes aqui na prisão para visitar-nos?” Qual seria a resposta dos presos? Ele havia deixado uma boa imagem por todos os lugares por onde passou.


JOSÉ:
“IRMÃO CONTE AS BÊNÇÃOS”
A viagem para o Egito foi em clima de tristeza, pois foram assolados pelos pensamentos,  e cobranças. Vieram a tona os gritos e os clamores, do irmão para que lhe tirassem daquela cova ou para que não lhe vendessem como escravo. Agora não havia mais nada por fazer, apenas a caminhada para comprarem os mantimentos que durariam alguns dias. Como desejaram que tudo aquilo acabasse rápido para retornarem, mas foram várias as preocupações durante a viagem, que os atormentaram:
  • A morte, de alguns, na ida ou na volta;
  • O aparecimento de ladrões e salteadores;
  • Surgimento de doenças;
  • Encantamento com a bonança do Egito;
  • Condições dignas e melhores de vida que encontrariam no Egito, bem diferentes de Canaã;
  • Confusões, mortes e prisões;
  • O receio de se perderem durante o trajeto;
  • Esperavam, até mesmo, reencontrarem José, no caminho mendigando, doente ou o seu túmulo.
  • Ou poderia acontecer algo com o pai Jacó, que havia ficado desprotegido em Canaã.
Imaginaram tudo, exceto serem interrogados por uma grande autoridade egípcia, que falava e entendia o idioma deles, aliás, como eles se comunicaram? Fizeram uso de intérprete[17]?
A alegria de José por revê-los foi grande, mas nada que pudesse ser comparado à sensação por ouvir alguém falando a sua língua. Entre os escravos e na prisão, deve ter ouvido também, pois eram de várias nações, mas certamente foram reclamações, murmurações, revoltas. Naquele dia ele ouviu, em seu próprio idioma, um pedido de socorro, vindo de seus irmãos, não tinha como segurar as lágrimas.
Seria loucura imaginarem que aquele homem tivesse a mesma linhagem semita. O sobrenome, então, não poderia sequer ser cogitado, seria uma afronta ao Egito. Se estivessem em pleno curso de suas faculdades mentais jamais pensariam em tamanho ultraje.
Havia um grande abismo[18] entre eles, mas ao mesmo tempo, era possível enxergar uma ligação, muito forte. Era algo que tinham em comum, o lastro familiar, pois todos eram filhos do mesmo pai. José foi tão amável com os irmãos, pois poderia ter aproveitado a oportunidade para se vingar, mandando-os para a prisão, para que sentissem, por um poucochinho de tempo a dor que havia sentido, mas preferiu aguardar antes de tomar qualquer decisão, no entanto, sua mente foi bombardeada, já que depois de alguns anos, estava por contemplar o cumprimento de seus sonhos, bastava uma ordem e seus irmãos dobrariam os joelhos e o reverenciaria. Ele ouviu uma voz mansa e suave dizendo ao seu coração: “porque judiar deles? Você está no trono, eles na lona. Estão fracos, famintos e esta dor você conhece muito bem, pense no futuro e esqueça o passado”.

A REVELAÇÃO DO SÉCULO
Antes de se revelar José ordenou que todos os egípcios saíssem, pois somente os filhos de Abraão presenciariam os fatos que se seguiriam. Os irmãos ficaram assustados, imaginando que talvez ele conhecesse a história de seus antepassados hebreus, ou que fosse algum descendente dos filhos de Abraão com Quetura, de Ismael, Esaú ou um dos hicsos[19].
O espanto seria maior se ele tivesse ordenado que somente os filhos de Jacó permanecessem na sala. De tão céticos que eram olhariam para os lados na esperança de verem José aparecer maltrapilho, sujo, doente ou imundo. Certamente pensariam que seu irmão estivesse preso e agora seriam julgados por uma autoridade egípcia, que havia conhecido aquela história.
Joelhos tremendo, dentes batendo, ossos desconjuntados, corações acelerados, adrenalina a mil, espanto geral, vestes rasgadas, prantos no último volume, gritos de desespero, homens caindo ao chão clamando por misericórdia e perdão, atitudes foram reavaliadas e o passado remexido, pois os filhos de Jacó estavam se reconciliando.
O silêncio foi geral e necessário, pois José se revelou[20] aos seus irmãos, que esperaram a sentença, mas novamente foram surpreendidos ao ouvirem somente o testemunho das bênçãos e providências recebidas de Deus, nada de vingança. Enquanto falava os seus irmãos ficaram pasmados, somente ouvindo, não encontraram forças ou palavras para interrompê-lo.
Foram necessários quinze versículos, do capítulo[21] 45 de Gênesis, para que José contasse toda a sua trajetória, desde a cova, sua primeira morada e primeiro estágio, até a glória e reconhecimento no Egito:
  • 1 – Somente quem fosse da linhagem abraâmica poderia presenciar aquela cena;
  • 2 – Os gritos que para os egípcios pareciam choro, para José era a sensação de vitória, alegria e voz de júbilo, libertação do passado;
  • 3 – José revelou sua identidade, mas a voz quase não saiu quando perguntou do pai;
  • 4 – Chamou-os para perto, eles foram, com medo? Pasmados, boquiabertos?
  • 5 – Alegria, por fora, mas no interior, angústia, medo e temor pela reação do irmão. O pior foi ouvirem que tudo aquilo havia sido uma permissão de Deus, para que a sua vida fosse preservada, caso contrário poderia ter sido morto. Momento ideal para esclarecer o motivo da brusca separação de sua família e para revelar a missão que Deus lhe havia determinado.
  • 6 – Sua missão era administrar todo o mantimento daquela região durante o período de fome.
  • 7 – José deixou claro que teve por missão resguardar da fome a nação egípcia e seus vizinhos e que havia sido de vital importância para conservação de sua linhagem, origem, família e história, mesmo que estivessem por tanto tempo separados;
  • 8 – Se tornou pai de Faraó, senhor de toda a sua casa, regente de toda a terra do Egito. Isto era para deixar qualquer um de boca aberta e com inveja[22];
  • 9 – Eles reverenciariam o irmão e seriam os agentes que comunicariam ao pai que José ainda estava vivo e que era um homem importante no Egito;
  • 10 – Receberam a tarefa de buscarem o pai para contemplar a vitória do irmão;
  • 11 – Seriam sustentados por José durante os cinco anos que ainda restavam de fome;
  • 12 – Para que não duvidassem de sua história, José usou Benjamim como testemunho;
  • 13 – Deveriam contar a Jacó toda a glória alcançada por José no Egito;
  • 14 – Benjamim olhou para ele e viu ali um exemplo a seguir. Como foi bom ver seu irmão trabalhando, que visão maravilhosa, bem diferente daquela que José teve quando viu seus irmãos pastoreando, quando cumpriu a última ordem do pai;
  • 15 – Acabaram as palavras, as lágrimas não. Se abraçaram e choraram.
  • Mas José primeiramente abraçou Benjamim e depois os outros. A reação do jovem foi instantânea: “É você o José que nosso pai Jacó sempre falou”? Depois olhou para os outros e disse: “Ele não é nada daquilo que vocês sempre me falaram. O nosso pai estava certo. Quando eu crescer quero ser igual a ele. Um grande exemplo para mim”.
Qual foi a reação dos irmãos de José ao ouvirem, de sua própria boca, que o desmoralizado, humilhado e escravo, era agora um homem poderoso, uma autoridade de Deus. Como é difícil imaginarmos o desabafo e a emoção daqueles homens que por tantos anos guardaram segredo, enganando o próprio pai.
O problema anteriormente de José era, desta forma, transferido, com sabedoria, para os seus irmãos, pois como contariam ao pai toda a história? Primeiro teriam que revelar a farsa da morte. Depois implorariam o perdão para então se alegrarem todos pela vitória do irmão. Qual seria a reação de Jacó ao ouvir toda aquela miscelânea de maldades?
Com o passar do tempo se sentiram culpados pela tristeza do pai, mas agora estavam livres daquela tenebrosa angústia. Verdadeiramente estavam libertos.
Descobrir que José estava vivo e que era um homem tão poderoso, criou uma expectativa e ansiedade por revê-lo, abraçá-lo e tocá-lo. Esse foi o momento de maior alegria de sua vida, bem diferente de quando soube da morte de seu filho, o que acabou com a sua vontade de viver. Um sonho maravilhoso ao ver todos reunidos e se perdoando um ao outro.

JOSÉ:
COMO VOCÊ CONSEGUIU?
Pela terceira vez Jacó sairia para uma viagem, mesmo na sua avançada idade. Na primeira saiu de mãos vazias, solitário, pobre, fugindo da casa paterna, consequência de seus erros, na segunda saiu com bens e família, fugindo de seu sogro e o possível encontro com Esaú o deixava temeroso, mas para o Egito a história seria outra, não estava mais fugindo e tampouco receava por algo, estava cumprindo a vontade de Deus, que lhe confirmou a sua ida, como uma espécie de recompensa.
Mas esta viagem seria diferente, pois ele iria ao encontro do “algo mais[23]” que Deus havia preparado. Quando ordenou que seus filhos fossem ao Egito em busca de alimentos, ele orou para que fossem guardados e que voltassem em paz com os mantimentos, jamais imaginou que voltariam com notícias de José e muito menos esperava receber um convite do próprio Faraó para morar no império, tampouco imaginou uma mudança brusca de vida em tão curto espaço de tempo. Quem sabe não receou, até mesmo, pelo retorno com segurança de seus filhos. Realmente recebeu uma benção extraordinária. Era merecedor? Fez por onde? Na verdade, o que havia feito para receber tamanha atenção de Deus?
Do outro lado estava José que, devido a sua ocupação e importância no Egito, não desceu para buscar seu pai, ficou esperando a bênção em tuas mãos, da mesma forma que seu avô Isaque, quando recebeu Rebeca como esposa.
Será que o desejo de rever o pai, após tantos anos, não torturou o coração de José? Em nenhum momento pensou em buscá-lo? Qual a sua preocupação? Muito trabalho? Medo de recolocar seus pés em suas terras? Receio de que sua autoridade não fosse reconhecida fora do território do Egito? Ou por que sabiamente atribuiu aos irmãos a tarefa de desfazerem o grave erro do passado? O que se passou na cabeça daquela grande homem somente Deus sabe e presenciou. Havia um propósito para sua decisão.
A ansiedade era grande, mas o que lhe fatalmente preocupava seria uma possível reação de desaprovação de Jacó ao vê-lo vestido como um egípcio e misturado com aquela nação idólatra, pois a última vez que havia visto, ele ainda possuía a túnica colorida[24]. Poderia explicar que estava a trabalho, que não havia se contaminado com o politeísmo religioso da nação, mas temeu pela reação do pai, que poderia, no mínimo, estranhar a conduta do filho, por isto José resolveu ficar à espera.
Ao longe, ansioso e temeroso, avistou a comitiva e correu ao seu encontro lançando-se[25] ao pescoço do pai, chorando muito. Esta sua atitude de reverência deixou bem claro que a maior autoridade naquelas terras era seu pai e não ele.
Este foi o segundo encontro desta natureza do qual Jacó participava, o primeiro havia sido com seu irmão Esaú, quando se prostrou implorando seu perdão, agora era seu filho reconhecia a sua autoridade e importância no plano de Deus, ao mesmo tempo em que assombrava a humanidade.
Jacó, avançado em idade, recebeu um valiosíssimo presente e todo orgulhoso pela posição de José, estendeu seus braços para recebê-lo. Por muito tempo havia acreditado na perda do filho e agora recebia, não somente ele, mas toda sua família[26]. O que mais poderia esperar de bom da parte de Deus?
A interação entre pai, filho e irmãos após aquele encontro, foi necessário para que todas as mágoas, dores e ressentimentos fossem esquecidos para sempre, mas o momento principal daquele entrelaçamento foi a conversa que se desenrolou entre eles. Como foi gratificante para todos ouvirem o relato de José. Será que ele começou sua narração com o resgate de seus sonhos? Para seus irmãos jamais se cumpririam, na época assombrou o pai e enciumou os irmãos. Então ele estufou o peito, se alegrou e disse: “os sonhos de Deus se cumpriram na minha vida e vocês serão os maiores beneficiados”.
Estavam curiosos por saberem como ele havia chegado aquela posição. Estudo, influência, amizades, sorte, envolvimento na cultura ou política egípcia? Como poderia ter feito uso destes mecanismos se havia chegado aquela nação como um escravo? Mentes férteis que demoram a entender o agir de Deus.
A sua explicação foi longa, compreensiva, aceitável e de uma forma bem descontraída deixou claro que a sua vitória não poderia ser medida apenas pela condição atual.
Deus abençoou sua vida justamente no início daquela prova através do controle, demonstrado durante os momentos em que permaneceu na cova, aguardando a mudança da decisão de seus irmãos.
A mesma reação foi vista enquanto caminhava como escravo, durante o tempo em que trabalhou na casa de Potifar e por fim nos dias em que ficou encarcerado, por isso é que não encontramos nada que possa desabonar a sua vitória ou desqualificar a vida de José, pois em todos os momentos ele se portou como um digno homem de Deus. Que fortaleza foi aquela diante de tanto sofrimento?  A resposta é simples:
  • Deus estava com José e ele se tornou próspero, mesmo sendo um simples trabalhador da casa de Potifar, a ponto de seu senhor observar e exaltar sua conduta irrepreensível;
  • Até mesmo no cárcere José sentiu a presença de Deus e foi abençoado com a confiança do carcereiro;
  • Diante de Faraó, José se portou como um digno servo de Deus.
Como Deus não abençoaria toda família por intermédio da vida de José? Ele foi o canalizador das bênçãos? Após esta conversa Jacó teve uma audiência com Faraó, que se mostrou interessado pela sua história e idade.
Os cento e trinta e sete anos de Jacó eram poucos se comparados aos de seus antepassados, mas porque ele fez questão de chamá-los de anos maus? Não estava alegre com o reencontro de seu filho?

A HISTÓRIA DE JACÓ
COINCIDÊNCIA OU REPETIÇÕES DA HISTÓRIA
A trajetória de Jacó desde o início foi conturbada, seu nascimento, suas confusões com Esaú, enquanto jovem, a compra da primogenitura, pela qual imaginou ser o homem mais feliz do mundo, diante desta sua grande conquista, sentimento que aumentou após ter recebido a bênção que seria de seu irmão, mas por tudo isto vieram os problemas, a fuga, seus dois casamentos e quatro esposas, os atritos profissionais com seu tio e as confusões de seus filhos e filha.
No seu reencontro com Esaú imaginava que tudo mudaria, mas após a morte do pai, os dois tomaram caminhos[27] diferentes e para aumentar, ainda mais, suas preocupações, os seus filhos quase comprometeram a segurança de toda família durante o envolvimento de Diná com o heveu Siquém.
Depois Ruben, o primogênito, manchou o leito do pai, ao se relacionar com uma de suas concubinas.
Judá também o entristeceu quando se envolveu com sua nora, Tamar, pensado ser ela uma prostituta, mas nada disto poderia ser comparado à dor que sentiu quando seus filhos chegaram com a notícia da morte de José. Depois de muitos anos se alegrou novamente, após ficar a par de todo o ocorrido.
Agora, no Egito, viveria os seus últimos anos de vida, com a família reunida, usufruindo de todos os recursos que foram colocados à sua disposição e de seus filhos pastores. Deus havia reservado para eles, a melhor parte de todo território egípcio[28]. Estavam radiantes de alegria por esta bênção tão inesperada.
Nas suas orações, enquanto estava em Canaã, atentava apenas para a falta de condições dignas ou mínimas de vida. A sua esperança maior era avistar seus filhos retornando do Egito com os mantimentos, que durariam alguns poucos dias. Seria possível ter imaginado algo mais?
Rever seu filho preferido, morar na melhor porção de terra do Egito e ser sustentado por esta nação todos os dias da sua vida, jamais havia pensado que pudesse ser desta forma. O certo é que mesmo o mais otimista da família não teria imaginado tamanha bênção. Jacó havia orado apenas por alimento para sua família e rebanho e Deus fez muito mais.
Após receber a boa notícia de seus filhos, ele poderia ter solicitado a José que enviasse mantimentos para eles, ou que fossem visitados para assim não se misturarem com os egípcios.
Ou então José poderia largar o Egito para viver com sua família em suas terras, nada mais lógico. Deixaria um sucessor em seu lugar, ou na pior das hipóteses, poderia se licenciar do cargo para passar um período com eles. Certamente o grato Faraó concederia.
José não poderia abandonar o Egito, pois aquela nação precisava de seus préstimos, não tinha outro para governar e certamente ele sentiria a diferença de cultura e estilo de vida logo nos primeiros dias. Da mordomia egípcia garantida às necessidade gritantes de Canaã, certamente o arrependimento seria imediato. Sofreu tanto e agora, na bonança, deveria aproveitar.
Quantas decisões em curto espaço de tempo, que afetaram a vida de seus descendentes. José, seus irmãos e pai pensaram somente no bem estar físico da família ou nas futuras gerações?
Não foi um erro Jacó ter aceito o convite[29] do filho, que também não errou em continuar naquele lugar desempenhando a sua função. Os seus irmãos também não erraram, eles não tiveram alternativas. Simplesmente era o inicio do cumprimento do que houvera sido entregue a Abraão (Gn 15.17-21). Estavam tão felizes com o desfecho daquela história, livres do peso e do remorso. Jacó não poderia condená-los. Era momento de alegria e não de cobrança.
Qual seria a atitude de todos, caso Deus revelasse o que aconteceria com aquele povo[30]? Ficariam em suas terras para preservarem a linhagem ou aceitariam o convite para usufruírem do que o Egito estava lhes oferecendo no presente sem se importarem com o futuro? Que terrível dilema.
Permaneceriam naquelas terras o tempo que fosse necessário, era uma espécie de recompensa para a geração daquele patriarca, que poderia imaginar ser aquela, a grande nação, que Deus havia prometido para Abraão. A partir do momento que se sentissem ameaçados ou quando perdessem todas estas regalias, seria necessário uma nova intervenção Divina, por enquanto deveriam se alegrar por aquela bênção.
Foi uma trajetória vitoriosa, mesmo que ele não a considerasse. Foram várias as intervenções e providências de Deus para corrigir erros e situações desagradáveis de sua vida.
Toda a história narrada por Jacó, na presença de Faraó, foi necessária para comprovar que aquela geração não era composta de meros coadjuvantes, eram especiais, mesmo diante de tantos problemas. Não tinha como aquele governante não se apaixonar e respeitar a narrativa daquele bom e velho patriarca.
A intenção de José era cuidar de seu pai e irmãos até que eles tivessem condições de se manterem com suas próprias forças e recursos. Na sua ótica, como homem justo, não seria correto sustentá-los por toda a vida, pois isto contrariava os seus princípios. Para tanto arquitetou um plano para ajudá-los no início.
Os famintos egípcios fariam qualquer coisa para adquirirem alimentos, por isto José, pouco a pouco, foi minando as forças deles. Primeiramente cedeu alimentos em troca do escasso dinheiro.
Quando não tinham mais recursos financeiros eles ofereceram os seus cavalos, ovelhas, vacas e jumentos, presente ideal que José poderia dar a seus irmãos, haja vista a experiência de pastores. Alguns destes animais poderiam servir para futuro sacrifícios[31], caso tivessem ainda este zelo. José percebeu que se ficassem em posse dos egípcios, certamente seriam abatidos, pois a fome assolava a região e eles não perderiam esta oportunidade.
Quando acabou o dinheiro e os animais, os egípcios ofereceram suas terras e liberdade em troca de alimentos. Tornaram-se servos de Faraó para não morrerem durante o período de fome e desta forma contribuíram para o bem estar de Israel naquelas terras. A nação havia se preparado, era possível encontrar pão[32] entre eles, mas a fome também assolou a muitos.
Aos poucos José conseguiu estabelecer a sua família[33] no Egito, durante o período de adaptação, fazendo uso da própria riqueza deles, sem deixar com que percebessem todo o seu plano.
Se seus irmãos imaginassem que a vida deles mudaria a partir do momento que os sonhos de José se cumprissem na integra, será que não teriam se prostrado antes? A vida da família mudou de uma hora para outra, saíram da escassa Canaã e foram para o próspero Egito e para a melhor parte.
Viveram por muito tempo bem no Egito, sempre com a atenção de Deus voltada para eles, mas como tudo tem um fim, após a morte de José e dos governantes[34] que conheceram a sua história, aquela nação permitiu o nascimento da ingratidão.
Este mal fora previsto por Jacó (Gn 48.21), antes de sua morte e pelo próprio José (Gn 50.25). O filho prometeu não sepultar o pai naquela terra (Gn 47.30). O filho fez seus irmãos prometerem que levariam seus ossos, quando fossem visitados por Deus (Gn 50.25). Todos cumpriram[35] e nenhum osso de patriarca hebreu permaneceu no Egito (Ex 13.19). 
O período que se seguiu foi de intenso sofrimento para Israel, pois os anos vividos sob o regime de escravidão, foram de muita humilhação, opressão, choro e mortes, justamente no momento em que os hebreus se viram sem nenhum patriarca entre eles.
José havia falecido e sepultado no Egito em um caixão (Gn 50.26), fato este que atestava, aos olhos humanos, a sua morte, justamente o que a túnica rasgada e manchada de sangue não foi capaz de fazer.
A túnica deixou saudade, choro e sofrimento para o pai, mas o caixão deixou um legado, uma história e uma promessa feita pelos irmãos que nunca foi esquecida. Os seus ossos jamais ficariam no Egito.
José poderia ter sido sepultado como um chefe de Estado, com honras e em uma estrutura inferior a dos faraós, mas ele optou pela terra[36], pois sabia que um dia Deus visitaria Israel naquele lugar e os tiraria dali.
O homem era sábio, preferiu perder a honra momentânea, para depois ser honrado por Moisés, pois foi lembrado e saiu nos braços do libertador de Israel. José enxergava o futuro e não o presente, não queria pirâmide, queria um túmulo na terra e não nas grandes construções faraônicas[37]. A saída dos hebreus de solo egipcio seria rápida, não haveria tempo para implosão, destruição ou reforma de pequenas piramides.
Ficaria meio estranho Moisés, ao sair com o povo, invadir e violar o túmulo do patriarca que o antecedeu, caso ele estivesse sepultado em uma pirâmide ou algo semelhante. Poderia soar como ofensa à cultura egípcia.
O interessante de sua profecia (Gn 50.25) foi que no momento seus irmãos não entenderam o motivo pelo qual Deus visitaria eles no Egito, pois tudo estava correndo bem, prosperidade, felicidade, gratidão entre outros benefícios que gozavam, na época.
Foi difícil para fazer aquele povo entender que um dia o anormal poderia acontecer, um revés, uma mudança de política egípcia, um governo diferente ou que a gratidão cedo ou mais tarde bateria na porta daquele povo que um dia foi ajudado. Quando isto acontecesse, José não queria que seus ossos estivessem ali.
Outro fato interessante é que os irmãos prometeram que cumpririam a promessa, mas o bonito da história é que eles não deixaram suas futuras gerações esquecerem. Depois de cerca de quatrocentos e trinta anos de sofrimento e distanciamento de Deus, Moisés era conhecedor do que fora jurado pelos irmãos do patriarca. Ele não enfrentou dificuldades ou resistência para cumprir na integra. Os ossos de José foram retirados do Egito (Ex 13.19) e enterrados em Siquém (Js 24.32). Promessa feita, promessa cumprida.
A situação de José oscilou[38] muito, não por culpa dele, mas devido ao plano de Deus. Esteve entre os seus irmãos e foi rejeitado, esquecido, sofreu, pagou um alto preço, mas no momento certo de sua vida foi exaltado. Subiu ao trono e mesmo em condições totalmente favoráveis não se vingou de seus irmãos tão logo os viu. Ele os acolheu e ajudou.
Mas quando poderia ter retornado para sua terra, para rever seu pai e buscar sua família, ele não foi, ficou praticamente na metade do caminho, esperando a aproximação de seus convidados. Ele não pisou em sua terra, mesmo tendo todo o poder e autoridade, somente fez isto quando foi sepultar seu pai, momento em que esteve rodeado por três povos, egípcios, hebreus e cananeus.
O mesmo ocorreu com Jesus que também esteve entre os seus e da mesma forma foi rejeitado, preso e humilhado. A sua morte o coroou, a ressurreição o glorificou e a ascensão devolveu toda sua glória deixada por Ele, quando se tornou carne.
Em sua segunda volta, esta terra não será pisada por Ele, mesmo com todo o poder e autoridade, tal como José, mas no retorno para derrotar o Maligno e instalar seu reinado, a história será diferente. Nesta ocasião, os salvos, seus convidados, estarão ao lado contemplando a sua vitória.




[1] O primeiro sonho que José contou à sua família indignou os seus irmãos, o pai disse a eles: “calma gente". O segundo sonho contado indignou o pai, que disse: “que é isto menino”.
[2] Vide teoria da inversão, capítulo 3.
[3] O pai esqueceu de convocar o filho para a festa da unção (I Sm 16.11).
[4] A túnica de várias cores, a bandeira da desunião, dada a José por seu pai se tornou o pivô dos problemas. Desde o início seus irmãos desejaram tirar dele. Não queriam usar, queriam somente tirar dele.
[5] O caixão (Gn 50.26) também não representou o fim de José. Na saída do Egito eles se lembraram de José. A promessa feita pelos irmãos ardia no coração dos hebreus.
[6] Uma mulher ficou com as veste de José nas mãos para incriminá-lo, da mesma forma que seus irmãos ficaram com a sua túnica colorida para provar que estava morto.
[7] Conforme 2 Reis 5.3
[8] Faraó jamais receberia José em seus trajes e aparência de prisioneiro, somente Jesus aceita o homem e o deixa vir na situação em que se encontra.
[9] Havia muitos sábios no Egito com condições para socorrerem a nação, mas somente um tinha sabedoria divina para administrar a crise que se aproximava. Os inteligentes da época não se conformaram por não terem pensado em algo semelhante.
[10] Não precisava ser ele, apenas aconselhou Faraó a escolher um inteligente e nomear governadores. José não pediu o cargo para si.
[11] Então José ganhou a liberdade em troca dos conselhos administrativos?
[12] “Acharíamos um varão como este, em que haja o Espírito de Deus"? No Egito, em Canaã, na família de Jacó, no planeta Terra, certamente não achariam.
[13] Exceto a esposa, que foi preparada por Faraó.
[14] Havia muito pão e trigo no Egito, mas também havia muita fome, até que apareceu um homem com sabedoria de Deus para vender e socorrer com justiça (Gn 41.55-57).
[15] O bem sucedido irmão era governador e estava casado com uma egípcia.
[16] Conforme revelado em sonhos a José (Gn 37.8).
[17] Não havia necessidade interprete, pois José conhecia muito bem a língua que seus irmãos falavam.
[18] O laço familiar era bem mais forte que a cultura egípcia e a posição social de José.
[19] Povos semitas que dominaram por um bom período o Egito antigo, que foram favoráveis e gratos à administração de José.
[20] A revelação do século: “Eu sou José, o vosso irmão”.
[21] O capítulo que deixou muitos admirados ao longo da história, em virtude das revelações de José.
[22] Eles não tiveram inveja quando viram o irmão no trono, pois aquilo era obra de Deus, mas nutriram este sentimento maligno quando o viram com uma simples túnica colorida, produto das mãos humanas.
[23] “Algo mais de Deus”, Jacó orou pedindo somente o alimento, mas recebeu algo mais. Seu filho, mantimentos, mudança do padrão de vida e terras férteis no Egito.
[24] Justamente a peça de roupa que havia instigado o ciúme em seus irmãos.
[25] Jacó havia se prostrado quando reencontrou Esaú e agora ele era reverenciado.
[26] Esposa egípcia e seus dois filhos.
[27] Esaú seguiu para suas terras, Seir e Jacó para Salém em Canaã (Gn 33.16-20).
[28] Os filhos de Israel habitaram nas terras de Gosén, no delta do rio Nilo (Gn 46.29).
[29] Jacó apresentou o Egito aos hebreus, enquanto que Moisés os ensinaria a deixar para trás e esquecer definitivamente.
[30] Quatrocentos e trinta anos de escravidão no Egito.
[31] Presentes que poderiam ser utilizados para qualquer fim, afinal seria deles.
[32] Havia tanto pão quanto fome no Egito (Gn 41.54-55).
[33] José salvou o Egito da crise, m tudo teria sido em vão caso ele não tivesse perdoado seus irmãos.
[34] Os hicsos foram expulsos do Egito e juntamente com eles foi embora à gratidão.
[35] Promessa feita a um patriarca tinha muito peso. Deveria ser cumprida.
[36] Se fosse sepultado em uma pirâmide ou algo semelhante, José seria lembrado pelo fato de ter sido mumificado e honrado pelos egípcios e não pelo seu nome e feito.
[37] Não recebeu a glória dos egípcios, mas depois recebeu de Moisés.
[38] Filho de um dos grandes patriarcas de Israel, o preferido de seu pai. Foi jogado em buraco e vendido como escravo. Serviu com privilégios na casa de Potifar. Depois foi jogado e esquecido na prisão, mas ganhou a confiança do carcereiro. Anos mais tarde assumiu o segundo trono do Egito. Ele enfrentou de cabeça erguida as covas da vida para chegar à posição que deveria ocupar.

Por: Ailton da Silva - 7 anos (Ide por todo mundo)

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