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sexta-feira, 1 de abril de 2022

O Sermão do Monte: O caráter do Reino de Deus - Plano de aula (Lição 1)

INTRODUÇÃO

O Sermão do Monte, ou Sermão da Montanha é considerado a alma do Evangelho. Trata-se de riquíssimos ensinamentos transmitidos por Jesus, a um público alvo, sedento de algo novo, mais profundo, que de fato viesse a esclarecer as regras para que o reino dos céus pudesse ser alcançado.

Nesses ensinamentos encontramos um resumo ético das exigências para serem colocados em prática por aqueles que verdadeiramente desejavam fazer parte do Reino dos céus.

É sem duvida um dos mais conhecidos conjunto de ensinamentos de Jesus, mas na mesma proporção é o menos compreendido e o mais difícil de ser colocado em prática, pois este processo resulta de uma espiritualidade que somente é conhecida e vivenciada por aqueles que já experimentaram o novo nascimento.

 

I. A ESTRUTURA DO SERMÃO DO MONTE

1. Por que Sermão do Monte?

Sermão do Monte (Mt 5.1) ou da Planície (cfe Lc 6.20-49), foi entregue por Jesus aos seus discípulos e multidão que acompanhavam atentos a espera que tal momento fosse encerrado com curas e milagres.

Ou tivesse sido em um monte ou em uma planície, o certo é que todos foram saciados por tamanha revelação vinda do próprio Deus encarnado e não se tratava de algo novo, difícil de colocar em prática, pelo contrário foi um resgate do que já era conhecido.

Não se tratou de uma linguagem difícil de assimilar ou entender e tampouco aquilo tudo ficou restrito as condições culturais daqueles dias, tanto que facilmente pode ser entendido e colocado em prática nos dias atuais. Em nenhum momento durante o sermão, muito menos ao longo da história humana, pode ser ouvido: “Lá vem Jesus com mais um sermão” ou “Não me venham com sermões”.

 

2. A estrutura do Sermão do Monte

O Sermão do Monte tem um início, meio e fim e tem uma ideia central que se espalha por todo o seu conteúdo, culminando com seu ponto climax, que é o Evangelho do Reino (Mt 4.23). O sermão, em sua totalidade, desafiou e desafia, na atualidade, os ensinos de lideranças religiosas legalistas e orgulhosas, levando muitos a abandonarem suas vidas hipócritas e religiosas.

Jesus fez uma ponte entre o reino e a justiça (Mt 5.20; 6.33), apresentando o arrependimento como fator essencial para a entrada no reino dos céus, bem diferente do que se imaginava na época.

Isto tudo combatia o sistema de julgamento mantido pelos judeus, que se apoiavam em seus ensinamentos para se esquivarem de suas responsabilidades e para não viverem com sinceridade e verdade principalmente em seus negócios. Por isso Jesus enfatizou que não havia vindo para tão somente cumprir a lei, mas sim que Ele veio para ensinar a interpretar a lei, cumprindo-a na integra.

 

3. A quem se destina o Sermão do Monte?

O Sermão do Monte foi direcionado aos discípulos (Lc 6.20) e a multidão que ouvia atentamente (Mt 7.28; Lc 6.17), porém esses ensinamentos não ficaram restritos aquela época, pois são facilmente aplicáveis na atualidade, na vida de todo crente que já experimentou o novo nascimento (II Co 5.17).

 

II. AS BEM-AVENTURANÇAS E O CARÁTER DOS FILHOS DE DEUS

1. O que são as bem-aventuranças?

A expressão “Makarios (gr.), que significa “felizes”, diz respeito tanto ao presente quanto ao porvir. Essa certeza é carregada conscientemente por aqueles que estão na presença e seguem a Jesus com sinceridade.

Isso é resultado do novo estilo de vida adotado por estes, que então não viverão mais segundo os padrões do mundo, mas viverão conforme a vontade do Pai e prosseguirão, bem-aventurados e impactados pela mensagem reveladora do Sermão do Monte, cooperando para o progresso do Reino de Deus na Terra.

A expressão bem-aventurado, ditoso, feliz, felicidade perfeita, são recompensas precedidas e fundamentadas na obediência que associadas a fé geram uma ação de Deus em nossas vidas, nos ajudando nos momentos mais difíceis da caminhada. Este estado de felicidade não é produto dos bens que possuímos, mas sim da certeza dos pecados que foram perdoados por Jesus.

Cada bem-aventurança enfatiza e valoriza as riquezas espirituais em detrimento as materiais, o que se tornou em um grande escândalo para os escribas e fariseus, pois eles se preocupavam mais com a letra e exterior do que propriamente com o verdadeiro significado dos preceitos contidos na Lei.

Ser bem-aventurado não é a possuir muitos bens materiais, mas ter um correto relacionamento com Deus, viver dependendo do seu favor. Jesus ensinou ao mundo o que é realmente ser um homem próspero. A base deste ensinamento foi o caráter, a conduta e comportamento cristão. A verdadeira prosperidade consiste em ser e não somente no ter:

  • Os que são humildes de espírito entrarão no Reino dos céus;
  • Os que choram serão consolados;
  • Os que são mansos herdarão a terra;
  • Os que tem fome e sede da justiça serão fartos;
  • Os misericordiosos alcançarão misericórdia;
  • Os limpos de coração verão a Deus;
  • Os pacificadores se tornarão filhos de Deus;
  • Os perseguidos receberão galardão.

 

2. O Reino de Deus e seu caráter

O reino é um território governado por um rei, onde certamente, existe um povo, regido por leis e decretos reais. Assim sendo, podemos afirmar que o reino de Deus é composto por um povo, que cumpre a vontade do Senhor, expressa nas Escrituras Sagradas. É o pleno senhorio de Deus na vida de cada ser humano que aceita submeter-se a Ele. Não é algo que tenha aparência exterior, pois a submissão é uma decisão interior de cada um. Por isso, o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14:17). Reino de Deus é a soma de todas as bênçãos, promessas e alianças que o Todo-Poderoso destinou aos que recebem a Cristo Jesus (Mt 12.28).

a) Ao longo da história do pensamento teológico surgiram diversas interpretações em relação ao verdadeiro conceito de Reino de Deus:

  • Muitos acreditavam que a igreja fosse o reino de Deus (até a reforma protestante), mas os patriarcas, profetas e o ladrão arrependido da cruz pertencem ao Reino de Deus, mas nunca pertenceram à Igreja. No reino, estarão tanto a esposa quanto os amigos do esposo (Jo 3:29);
  • Após a reforma a igreja passou a ser entendida como um elemento do reino de Deus;
  • Outros acreditam que o Reino de Deus é totalmente apocalíptico, algo que está porvir;
  • Enquanto outros, de tendência mais existencialista, enfatizam o Reino de Deus como algo meramente fruto de experiências, isto é, uma identificação religiosa do indivíduo com o meio espiritual que ele vive.

 

b) O que é o reino de Deus:

O reino de Deus (ou dos céus) é antes de tudo uma demonstração do poder divino em ação. Indica seu domínio espiritual na terra, nos corações do seu povo e no meio deste mundo (Jo 14.23; 20.22). É uma operação com poder (Is 64.1; Mc 9.1; 1Co 4.20), não material ou político, e sim, espiritual. Deus não salva ou transforma por intermédio de ativismo social ou político, da força, ou de ação violenta (Jo 18.36).

É Deus intervindo e predominando no mundo, para manifestar seu poder, sua glória e suas prerrogativas contra o domínio do Maligno e a condição atual deste mundo. Trata-se de algo além da salvação ou da igreja, é Deus revelando-se com poder na execução de todas as suas obras.

Nos evangelhos sinóticos, a mensagem pregada por Jesus é identificada como o evangelho do reino (Mt 4.23; 9.35; 24.14; Mc 1.14-15; Lc 4.43; 8.1; 16.16) ou dos céus (que ocorre somente em Mt 3.2; 4.17). João usou poucas vezes a expressão Reino de Deus (3.3,5), possivelmente substituindo-a por conceitos equivalentes, como vida eterna.

O reino de Deus não é um lugar, nem mesmo é o Céu, pois não faria sentido a afirmação de Paulo de que nós já saímos do império das trevas e fomos transportados para esse Reino (Cl 1:13), tampouco ficaria sem sentido a declaração de Jesus em Lc 17:20,21.

 

3. Os súditos do Reino de Deus

Como fazer parte do reino de Deus? Não é qualquer um, mas também não depende de qualidades humanas, exteriores, posses, conhecimentos, influência ou qualquer outro tipo de convenção terrestre.

Para fazer parte do reino Deus é preciso algumas qualidades e situações que somente são vistas na vida dos que se entregam para serem governados por Jesus:

  • O quebrantamento;
  • O choro;
  • Mansidão;
  • Retidão (justiça);
  • Misericórdia;
  • Pureza;
  • Pacificação;
  • Perseguidos por causa dos valores do Reino.

 

III. SOMOS BEM-AVENTURADOS

1. A beatitude na vida dos salvos

A expressão bem-aventurado do grego “makarios”, cujo significado nos remete a felicidade, alegria divina e perfeita. Este era o anseio dos gregos, que acreditavam que somente os deuses poderiam ser bem aventurados. Eles associavam esta palavra ao relativo estado de bem estar físico e material. Já no hebraico a palavra “esher” (Sl 1) dá nos a idéia de quão felizes são, no caso os homens que amam intensamente ao Senhor, representando uma condição de bem estar espiritual com Deus (Sl 1.1; 32.1; 112.1).

As bem-aventuranças desafiam os homens a mudarem suas condutas e exercitarem a fé, haja vista, as recompensas prometidas aos tais que assim praticam e esperam o cumprimento. Nelas estão contidas os fundamentos de uma vida feliz com Deus, mas esta felicidade deve ser vista como a satisfação por ter agido de forma correta, pela fidelidade a Deus e pelo exercício da fé e não somente como um mero sentimento de alegria proporcionado pela existência ou alcance de algum objetivo.

A primeira condição para atingir este estado é a salvação em Jesus Cristo, sem a qual o homem jamais alcançara este estagio de felicidade (Dt 33.29). Nenhuma das recompensas, precedidas pelas bem-aventuranças, tem caráter material, ou fazem alusão a riquezas terrenas, talvez por isto são ignoradas pelo teólogos da prosperidade, por isto que a verdadeira felicidade é fruto da obra de Jesus e não da nossa (Rm 4.6-9).

As bem-aventuranças podem ser associadas ao som produzido pelos sinos, como se estivessem vindo diretamente do céu para chamar os pecadores para o reino de Deus.

 

2. A prova de que o cristão é bem-aventurado

Ao praticarmos as oito beatitudes do Sermão do Monte certamente dominaremos o nosso “eu carnal”, pois estaremos em uma dimensão muito diferente desta.

  • Bem aventurados os pobres de espírito: Pobreza de espírito faz alusão as necessidades da alma e não propriamente a escassez de bens materiais, pois se assim fosse teríamos um número muito maior de pessoas que estariam inseridas neste grupo. Incluímos nesta relação os que reconhecem a sua incapacidade espiritual para gerirem suas próprias vidas, por isso as entregam nas mãos de Deus, ficando a sua total dependência a fim de encontrarem o mantimento e suprimento espiritual. Neste momento entram em cena os verdadeiros adoradores, que adorem em espírito e em verdade (Jo 4.23), os que se estreitam em seus relacionamentos com Deus (Sl 42.1-5). Estes tais prosperarão;
  • Bem aventurados os que choram: Por qualquer motivo? Ou pelo reino de Deus, pelas almas que perecem no mundo? Ou choramos somente pela nossa situação degradante, pelos fracassos da humanidade? Ou pelo pecado, imoralidade e crueldade que imperam neste mundo (Is 6.5). As lágrimas reproduzem fielmente aquilo que a alma é incapaz de comunicar ao mundo, ou pelo menos as verdadeiras assim o fazem. Jesus chorou quando se aproximava de Jerusalém (Lc 19.41), chorou também pela miséria dos homens (Jo 11.35; Hb. 5.7). Foram prantos, soluços, clamores pelas almas que pereciam naquela cidade que não se redimiam do erro e tampouco abriam os corações para o reino que já estava entre eles (Lc 17.21). O crente deve chorar ao perceber a falência espiritual de sua vida, pois este choro o levará ao arrependimento e à conversão. É uma promessa de consolo (Is 57.18).
  • Bem aventurados os mansos: Mansidão é a atitude amável e justa para com qualquer pessoa. É fruto do espírito fruto do Espírito (Gl 5.22). esta característica faz parte do temperamento daqueles que um dia herdarão a terra (Sl 37.11). Prova disto foi a chegada de Israel a Canaã, depois de uma longa caminhada, guiado por um líder manso. Muitos entendem ou confundem o significado de mansidão e a tomam como sinônimo de falsa humildade ou até mesmo frouxidão, na verdade, seu significado é bem mais profundo, nos remete a confiança humilde em vez da arrogância independente. Os mansos se submetem, conscientemente, a vontade de Deus, mesmo que contrariem seus interesses pessoais. São também aqueles que apesar de injustiçados, não procuram a própria vingança, mas confiam em Deus como seu legítimo defensor (Is 41.17; Lc 18.1-8). Muitos desejam, mas não possuem o domínio próprio e a conformação absoluta à vontade de Deus;
  • Bem aventurados os que tem fome e sede de justiça: Verdadeiramente prósperos são aqueles que demonstram um forte desejo pela justiça divina e a buscam ansiosamente. Para estes a implantação do reino de Deus saciará a fome e sede de justiça de todos. Para os que demonstram fome e sede de justiça existem uma promessa de satisfação tal como aconteceu com Paulo (Fp 3.8-10) e com Moisés (Ex 33.13-18), pois foram fartos, mesmo que Moisés não tenha entrado na Terra prometida, mas ele a viu e esta visão foi o suficiente para que ele se regojizasse (Dt 34.1-5). Mas este estado espiritual pode ser afetado pelas preocupações deste mundo, pelo engano das riquezas (Mt 13.22), pela ambição pelas coisas materiais (Mc 4.19), pelos prazeres do mundo (Lc 8.14) e pelo afastamento da presença de Cristo (Jo 15.4). Estas são características da morte espiritual (Rm 5.21). Jesus ensinou sobre a necessidade de buscarmos e colocarmos o reino de Deus como centro de nossos objetivos;
  • Bem aventurados os misericordiosos: Os misericordiosos, segundo ocorrências no Novo Testamento, são aqueles que de boa vontade e com o coração perdoador, socorrem os que estão sofrendo, quer seja pelos pecados, quer seja pelas aflições da vida, já que estes não podem se auto-ajudarem, assim como ocorreu nas parábolas do credor incompassivo (18.23-35) e do bom samaritano (Lc 10.30-37). Foi justamente isto que Deus fez ao enviar ao mundo o seu Filho para que morresse pelo homem (Jo 3.16), retendo desta forma o julgamento pelos nossos pecados. Um exemplo real de homem misericordioso foi José (Gn 45.5-9), pois esta ocasião se constituia em uma oportunidade única para que ele relembrasse a seus irmãos e os fizessem lembrar das provocações e zombarias. Estavam diante da concretização de seus sonhos. Eles já sofriam pela situação, não havia motivos para depreciá-los ainda mais, era hora de socorrê-los;
  • Bem aventurados os limpos de coração: Ao se referir aos limpos de coração, Jesus fez menção da pureza que vinha de dentro, do fundo da alma, os sem mancha, imaculados, puros (Mt 27.59; Rm 14.20; Jo 13.10; At 18.6). Os limpos de coração são aqueles que tiveram seus corações purificados do seu orgulho (Pv 16.5) tem pensamentos santos e consciências limpas. Estes verão a Deus, pelos olhos da fé, tanto por meio da comunhão atual como no momento em que Jesus se apresentar novamente para buscar a sua igreja. A pureza que agrada a Deus se origina no interior do homem e não do exterior como pensavam ou defendiam os fariseus (Lc 11.37-54; Mt. 23.25-28). São incluídos neste grupo aqueles que são sinceros e os que não entregam suas almas à falsidade (Sl. 24.4) ou a tudo que seja contrário a vontade de Deus;
  • Bem aventurados os pacificadores: Os pacificadores são aqueles que amam, fazem a paz (segundo a Peshita, tradução aramaica de Mateus feita em 150 d.C), e os que se encontram comprometidos e participando ativamente do processo pelo qual serão conduzidos ao mesmo estado de paz. Os pacificadores são aqueles, convencidos, de terem recebidos a paz de Deus por intermédio do ministério da reconciliação (II Co 5.18). Serão chamados filhos de Deus, pois estão testificando a origem desta natureza pacificadora, Deus;
  • Bem aventurados os que são perseguidos por causa da justiça: Durante o seu ministério, Jesus apresentou ensinos que eram contrários as filosofias materialistas, principalmente as sustentadas pela teologia da prosperidade da época. Como em sã consciência alguém pode sofrer injustiça, ser perseguido e até martirizado devido ao reino de Deus e ainda exultar de alegria? Mas porque Jesus ensinou desta forma? Para que tivéssemos paz Nele (Jo 16.33). Neste grupo incluímos os que vivem de maneira justa, integra, honesta e os que são perseguidos justamente devido a estas condutas, mas que exultam de alegria por tudo isto, assim como foram os profetas anteriores.

 

Referências

A prosperidade dos bem-aventurados. Plano de aula. Disponível em: http://ailtonsilva2000.blogspot.com/2012/02/prosperidade-dos-bem-aventurados-plano.html#more. Acesso em 28 de março de 2022

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008

Bíblia Sagrada. Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro. Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003

Gomes, Osiel. Os valores do Reino de Deus. a relevância do Sermão do Monte para a igreja de Cristo.  Casa Publicadora das Assembleia de Deus. Rio de Janeiro, 2022

O projeto original di reino de Deus. disponível em: http://ailtonsilva2000.blogspot.com/2011/06/plano-de-aula-e-resumo-dos-subsidios_29.html#more. Acesso em 31 de março de 2022


Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

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