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sexta-feira, 28 de abril de 2023

Lição 5 - Motim em família (Os murmuradores do deserto)

Até então, Israel não havia demonstrado este sentimento maligno durante a caminhada, porém naquele momento expuseram esta seta, revelando o caráter da grande e insatisfeita maioria.

Tudo teve início pela reclamação de Arão e Miriã, que se imaginaram nas mesmas condições espirituais que Moisés, para absorverem uma responsabilidade que não suportariam, pois não estavam preparados para exercerem o cargo.

Na verdade, não estavam, não foram chamados, separados e preparados para tal, pois não tinham trilhado o mesmo caminho de Moisés, não possuíam experiência e nem autoridade.

 

A MURMURAÇÃO

Moisés, o líder, não foi forjado do dia para a noite. Foi um longo período de caminhada com Deus, experiências e atitudes, que caracterizaram o seu amadurecimento. Foi preparado ao longo dos anos até que atingisse a estatura de varão libertador.

Esta preparação se iniciou com seu nascimento e continuou pelos seus primeiros quarenta anos de vida, os quarenta intermediários e os anos finais.

Instruído em toda a ciência dos egípcios e poderoso em palavras e obras (At 7.22). No Egito havia aprendido a “COMO MANDAR”, bem diferente do que aprendera no deserto com Deus e em sua chamada, quando aprendeu a “COMO OBEDECER”.

Pastoreando ovelhas, cuidando de bichos, sem perspectiva de mudanças, foi quando Deus o chamou para libertar os hebreus. Este período foi de grande aprendizado para quem mais tarde se tornaria o pastor do povo de Deus (Sl 77.20).

O grande “Eu Sou” escolheu e preparou Moisés para libertar seu povo da escravidão egípcia, mas foi um longo período de preparação. Como alguém em são consciência poderia se imaginar no mesmo patamar que Moisés?

 

“E disseram; Porventura falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós? E o Senhor o ouviu” (Nm 12.2).

 

Arão e Miriã não tinham experiência espiritual para tomar, à força, o cargo do irmão, sequer poderiam pensar em tamanha afronta. Caso isto viesse a acontecer, fatalmente atrapalhariam.

 

O CLAMOR

Deus reuniu os três à frente da tenda da congregação para dar testemunho público da liderança de Moisés, para fortalecê-lo diante do povo e para que todos vissem a forma como os murmuradores Miriã e Arão seriam punidos pelo erro, porém antes da punição, o líder clamaria em favor de todos.

Quando Arão presenciou a cena, tratou logo de confessar o seu pecado e de sua irmã e pediu a Moisés que intercedesse em favor deles. Os dois agiram loucamente e não perceberam a magnitude do erro, mas ainda havia tempo para corrigir aquela situação, pelo menos imaginavam isto e esperavam ansiosamente pelo livramento.

Moisés clamou por Miriã, porém a preocupação era para que a ira de Deus não atingisse o povo, que partidariamente se aliaram aos murmuradores, na esperança de benefícios. Esperar o que deles? Sempre pendiam para os pudessem proporcionar algo em troca.

 

O LIVRAMENTO

Não murmuraram contra Moisés, mas sim contra Deus, aborrecendo-o profundamente quando questionaram a autoridade do líder, por isto a sentença dada a Miriã serviria de exemplo a todos.

Deus tinha todos os motivos para consumir Miriã, Arão e todo o povo ali mesmo em pleno deserto, porém não o fez em virtude do clamor de Moisés. Receberam mais um livramento, mas presenciaram uma pequena demonstração da ira de Deus, pois viram lepra atacar a murmuradora,

A aplicação desta pena sensibilizou o povo e serviu de exemplo. Realmente havia sido pouco para tão grande afronta. Ainda saíram no lucro.

Mas ainda faltava algo. A autoridade de Moisés não poderia ser maculada, por isto Deus resolveu o problema (Nm 12.6-8), confirmou que seu servo estava sob suas ordens.

Moisés era o único capaz e com o aval de Deus para exercer autoridade sobre aquele povo. Arão reconheceu isto (Nm 12.11), depois que viu sua irmã leprosa, por terem, os dois se levantado contra o líder.

Por: Ailton da Silva - 13 anos (Ide por todo mundo)

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