Jacó desejou em seu coração voltar para as suas terras logo após o
nascimento de José, mas teria que informar e solicitar ao seu tio sogro a
permissão, pois não seria certo largar tudo e fugir. Não seria fácil, já que
teria que encarar seu irmão, após tanto tempo, nem sabia como lhe encontraria
ou muito menos qual seria sua reação.
a) O desejo de
voltar:
- Gn 30.25 – o nascimento de José não foi somente a resposta das orações de Raquel, mas sim fazia parte dos planos de Deus na vida de Jacó, pois já nasceu em seu coração o desejo de voltar para as suas terras;
b) O impedimento:
- Gn 30.17 – Labão, esperto não deixou Jacó voltar de principio, pois havia recebido muitas bênçãos pela vida de Jacó, mas em nenhum momento agradeceu pelas bênçãos ou muito menos pelas suas filhas e netos, na verdade pensava em si mesmo, queria continuar sendo abençoado;
c) A volta para a
tua parentela:
- Gn 31.2-3 – Jacó percebeu a mudança em seu tio, devido aos ciúmes, pois era mais prospero e possuía um rebanho maior, por isso Deus disse o inverso que havia dito ao avô Abraão: “torna para à terra de seus pais e à tua parentela e eu serei contigo”;
- Gn 31.5-14-15 - foi fácil Jacó convencer suas mulheres e filhos a irem embora, pois todos já estavam decepcionados com Labão, ante o episódio do casamento e as constantes mudanças do salário de Jacó. Se não foi capaz de cumprir os tratos feitos com Jacó o que diriam da herança das filhas e netos.
d) A fuga -
novamente:
- Gn 31.17-21 – Jacó fugia porque se sentia ameaçado, mas agora havia uma diferença, era rico, possuía bens e servos, família e o principal, estava na presença de Deus, guiado e cheio de fé;
- Gn 31.24 – Deus visitou Labão e ordenou que nada de mal fizesse a Jacó, nem uma mão sequer levantou contra eles, somente perdeu o tempo na perseguição;
e) Hora de agir:
- Gn 32.1-31 – como na primeira fuga Deus visitou Jacó, desta vez permitiu a visão, do que chamou de exército de Deus. Logo após enviou mensageiros para se encontrarem com seu irmão. Imaginava que pudesse amenizar a mágoa do passado.
f) A herança
- A primogenitura era respeitadíssima em Israel e garantia ao filho mais velho a porção dobrada dos bens. As filhas recebiam a herança paterna somente na falta de irmãos. As que não recebiam eram sustentadas pelos irmãos que se encarregavam, inclusive, de seu casamento. Na falta de filhos, a herança poderia ser destinada aos servos, caso o senhor assim desejasse. Esse costume da região, trazido de povos antigos, era a maior preocupação de Abraão, pois ainda não havia sido abençoado com filhos (Gn 15.2-3);
- Outro fator determinante para as questões sobre herança era a posse de ídolos domésticos que passavam de geração a geração, ou seja, o filho a quem fosse confiado a posse e guarda desses ídolos seria constituído herdeiro de todos os bens. Raquel roubou os ídolos de seu pai ao retornar com Jacó para Canaã, pois não sabia o que encontraria pela frente e imaginou ser aquela uma segurança para seu futuro (Gn 31.22-37).
Quando Jacó voltou para Canaã, sua
esposa Raquel “roubou” os ídolos de seu pai para que pudesse garantir a disputa
pela herança, pois as leis da Mesopotâmia garantiam esse direito ao filho que
estivesse com a guarda dos ídolos do pai.
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