O
sermão de Estevão é iniciado com uma demonstração da inerrância da Palavra,
pois começou citando a chamada de Abraão da mesma forma e com os mesmos termos,
tal como aconteceu na antiga Mesopotâmia.
A
mensagem deixou bem clara a importância dos patriarcas, Moisés e reis no
contexto da salvação, ou seja, cada um teve a sua participação e contribuiu em
suas respectivas épocas. Por fim expos a condição espiritual precária de
Israel.
Estevão,
enquanto pregava, não imaginava que estivesse ali um ouvinte especial (para
Jesus), zeloso (da lei), mas não de boas obras (por enquanto). Um homem que se
remoía a cada tópico do sermão. Em seu interior dizia: “tudo isto eu conheço,
consigo falar sobre este assunto em qualquer hora e em qualquer lugar para
qualquer pessoa, porém não da forma como este homem está falando”.
Saulo
conhecia todo o assunto pregado por Estevão (At 22.3), mas ficou de boca
aberta, pois aquilo não era somente resultado de sabedoria humana adquirida com
os melhores mestres (o que possuía de sobra). Na mensagem pregada por Estevão,
tinha Graça, Revelação e Poder.
Um
“cruzado de direita” atingiu o queixo de Saulo que “foi à lona” e Jesus começou
a contagem. O nocaute seria questão de tempo.
Saulo
já havia pregado para muitos, que estavam acostumados com suas mesmices, com o
peso da lei, mensagem sem vida, que não transformava, que não apresentava
salvação, por isso, poucos davam crédito, mas com Estevão, foi diferente,
multidão parava para ouvi-lo.
Estevão,
no seu intimo, talvez imaginava como muitos de nós hoje: “de novo esta
mensagem? Já falei muito sobre isto. O povo não aguenta mais ouvir”. Ele sabia
que a Palavra tinha seu alvo, objetivo e independente de circunstâncias,
locais, horários e ouvintes, nunca voltaria vazia, sempre prosperaria pela
causa que havia sido enviada, ou seja, naquele dia, a Palavra (parecia
repetida) trombou de frente com Saulo, o valentão e certamente, não voltou
vazia.
Por
um lado, as vestes de Estevão colocadas aos pés de Saulo (as vestes de Estevão
foram confiadas à Saulo), tiveram um significado profundo, pois representaram a
porta de entrada para conhecimento do verdadeiro e único Evangelho e também a representaram
entrega do bastão.
Mas
por outro lado, as vestes representaram tudo o que era material, humano e que
deveria ficar na Terra, pois não era necessário para continuidade da obra.
Saulo, ali com as vestes aos seus pés (esperto como era) pensou: “isto é um
sinal. O homem acabou, o legado ficou e as vestes não servem mais. De que me
adianta tudo o que aprendi de Gamaliel e não possuo a Graça que Estevão
possuía”.
Naquele
dia, Saulo decidiu ir atrás do Dono da Graça. Mas como encontraria Jesus?
Simples, indo atrás de seus seguidores. Seu plano era: “persigo os seguidores,
levo-os à prisão e provavelmente o Senhor deles virá em socorro”.
Saulo
cavou sua própria cova. Estava prestes a morrer para este mundo, para então ter
um ganho maior.
Dali
para frente, Saulo tomou conhecimento do Evangelho da Salvação e foi iniciado o
processo para sua conversão (que não seria do dia para noite). Tombou ali um mártir,
um pregador, que alcançou multidões e iniciava a geração de outro grande
pregador, missionário, mártir que seria responsável por apresentar Jesus aos gentios.
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