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sexta-feira, 17 de maio de 2024

Jacó, o enviado para se tornar canal de bênção

a) A ordem para o retorno

Isaque ordenou que Jacó voltasse para o local onde sua mãe havia sido escolhida, a dedo, pelo servo de Abraão. A intenção era: assim como sua mãe foi encontrada você provavelmente encontrará entre o remanescente uma do mesmo nível de Rebeca, por isso ordenou que procurasse diretamente ao seu tio Labão.

 

Isso era para que não tivesse contato com as filhas de Canaã. Novamente, Abraão deixava claro que havia sido tirado do meio de sua parentela para peregrinar até a terra preparada por Deus, porém a continuidade de sua semente ainda envolveria outros de sua terra de origem. Aconteceu com Rebeca e estava prestes a acontecer com Raquel e Léia.

 

b) O socorro para os ímpios:

Raquel e Léia eram estéreis (Gn 29.31) e precisavam de socorro, por isso Deus enviou Jacó para que fossem abençoadas.

 

c) Outra separação:

Os habitantes daquelas terras talvez se perguntavam: “não existem filhas entre os filhos de Canaã para que os filhos de Abraão tomem por esposas? Sempre terão que escolher entre nós? Já foi Rebeca e agora outra”? Mal sabiam que seriam outras quatro e não apenas uma como da última vez

 

Jacó teve que sofrer, primeiro com a separação de Esaú, depois com todo o trabalho que teve para conseguir sua esposa amada, Raquel e por fim com as incertezas durante o reencontro com seu irmão após longos anos de separação.

 

d) A festa do casamento e o principio das dores. O silêncio da noiva e a troca de bênçãos:

Jacó estava esperando uma esposa e recebeu a irmã. Não estava preparado para essa troca, foi enganado. Pode ser que naquela noite sua confiança foi toda depositada em seu sogro e no seu esforço, por isso tenha se decepcionado ao se deparar com a troca de bênçãos.

 

A história se repetia, tal como acontecera anos antes com Isaque, que foi enganado mesmo reconhecendo a voz de Jacó (Gn 27.22) e então Lia, temendo ser reconhecida pela voz, esteve em silêncio durante aquele momento para enganar seu marido. Se tivesse conversado, fatalmente se denunciaria. Quem não é visto não é notado, quem não é ouvido não é reconhecido.

 

Que decepção ver seus sonhos e planos caírem por terra! Sentiu na pele a dor do engano, pois o seu tio poderia lhe ter contado sobre o costume, mas Labão viu a possibilidade de tirar proveito daquele jovem trabalhador. O amor por Raquel encorajou-o para mais sete anos de trabalho.

 

Jacó deve ter se lembrado do rosto decepcionado de Esaú quando soube que não era mais detentor das bênçãos da primogenitura e, agora, estava diante da mesma situação e deveria enfrentá-la. Porém, existia um grande diferencial, e, esperto, percebeu que não deveria agir como seu irmão, já que não poderia ameaçar seu tio de morte e fugir.

 

e) O socorro de Deus e o retorno para o concerto

Sara, Rebeca e Raquel, tão importantes no plano de Deus, mesmo enfrentando essas dificuldades, tinham conhecimento da promessa de descendência para Abraão, Isaque e Jacó, portanto, aguardavam a intervenção divina. Essas mulheres viveram ao lado dos patriarcas, presenciando milagres e sinais que comprovavam que algo de extraordinário estava reservado para a família.

 

Porém, a bênção maior estava por acontecer em sua vida: a gravidez, tão desejada, seria especial, porque o seu filho mudaria a vida de toda a família. A vergonha e humilhação ficariam no esquecimento.

 

O nascimento de José, filho de Leia, fez parte do cumprimento dos planos de Deus, pois logo nasceu no coração de Jacó o desejo de voltar para as terras de sua família. Esse foi um sentimento especial que somente seu filho preferido, da mulher que sempre amou, poderia proporcionar-lhe (Gn 31.3).

 

Conclusão:

Não importam onde estejam, sempre os olhos de Deus estarão atentos aos necessitados. Ele enviou Jacó para que se tornar canal de benção para uma família, em especial, duas mulheres e através delas a espinha dorsal da nação de Israel teve origem.

Por: Ailton da Silva - 14 anos (Ide por todo mundo)

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