Ninguém
sabia o nome daquele que havia acabado de derrotar o gigante Golias. Mas porque
o rei Saul fez tanta questão de saber o nome do vencedor? Seria somente pela
valentia demonstrada?
Davi
disse: “eu sou filho de teu servo Jessé, o belemita”, e não continuou sua
apresentação. Poderia ter falado que era filho de Jessé, o belemita e o próximo
rei de Israel, mas preferiu parar.
a) A recompensa:
O
que faríamos se víssemos o perigo rondando alguns de nossos familiares ou
amigos? Lutaríamos com todas as nossas forças na esperança de recebermos algo
em troca ou agiríamos somente pelo ímpeto, na intenção de ajudar?
Muitos
soldados estavam no front de batalha
tentando se encorajar para enfrentar o inimigo de Israel, mas nenhum tomava a
iniciativa, mesmo diante da recompensa ofertada pelo rei para quem derrotasse
Golias. O prêmio seria riquezas, casamento com a filha do rei e a isenção de
impostos para a família do vencedor (17.26).
Entregar
riquezas para o corajoso seria fácil para o rei, sobre a isenção de impostos
também não teria dificuldades para decretar, agora abrir a porta para que um
estranho se aparentasse à sua família, isso seria muito complicado.
b) Peso espiritual da
recompensa:
Porque
os guerreiros de Israel não se prontificaram a enfrentar Golias? O ouro não
havia sido suficiente para seduzi-los? A filha do rei não era tão atraente
assim para que se arriscassem?
Eles
não foram, porque não entenderam a profundidade da segunda parte da recompensa.
Se tivessem entendido teriam se posicionado para a batalha ao primeiro pedido
do rei. Aqueles que não entendem a profundidade da Palavra jamais sairão do
lugar.
Riqueza
e isenção de impostos não eram o mais importantes, em comparação com o peso
espiritual que estava atrelado à segunda parte da recompensa. O ouro poderia
ser roubado ou acabaria, um dia. A beleza da filha do rei da mesma forma
acabaria ou certamente morreria, porém a mistura e o vinculo familiar que seria
criado permaneceria para sempre.
c) Pergunta o nome dele:
Perguntar
o nome dele para que rei? Porque quer saber o nome dele? O gigante já foi
derrotado, deixa para lá. E disse Saul: “pergunta o nome dele agora”.
O
capitão do exército não sabia e nem deveria, pois não era integrante do seu
contingente terrestre, visível e vencível, porém Davi era mais um alistado ao
exercito de Deus, invisível e invencível.
Os
irmãos de Davi não fizeram questão de apresentá-lo ao rei, pois já estavam
chateados com o ocorrido diante do profeta Samuel quando Davi foi ungido rei de
Israel em detrimento a eles todos (valentões e formosos). Na verdade, se
tivesse uma cova ali, fatalmente os irmãos de Davi o jogariam, tal como fizeram
os irmãos de José.
Perguntem
o nome dele imediatamente, quero saber o nome daquele que se aparentará à minha
família. Quero saber o nome daquele, que a partir de agora, terá livre transito
na minha casa, não pela minha vontade ou necessidade de cumprir minha palavra,
mas sim porque a ideia inicial sobre a recompensa não veio de mim, veio do céu,
veio de Deus, por isso tenho que cumprir, seja com a filha mais velha ou com a
mais nova, como de fato foi (18.17-30).
d) Quem é você?
Davi
tinha convicção, entendeu o que Deus queria da sua vida. Ele não estava atrás
do ouro, da isenção de impostos, queria algo mais. Os guerreiros de Saul não
foram ao encontro de Golias porque não entenderam que havia uma recompensa
maior, a promessa de que algo
maravilhoso poderia ser feito por intermédio da vida do corajoso que vencesse
Golias.
Davi
entendeu a revelação e a partir de então a sua vida não foi a mesma. De um puro
entregador de queijo e pão (17.17-18) após a vitória e a confirmação pública de
seu chamado, contemplou os primeiros degraus que o levaria até ao trono de
Israel.
Os
soldados gritavam: “quem for e vencer será triplamente recompensado pelo rei”,
mas Davi ouviu: “vá e grite bem alto que está indo em Meu Nome e depois quando
perguntarem, dirás o seu nome para eles”.
Conclusão:
Deus
tem preparado uma recompensa para aquele que resistem ao Inimigo e não se trata
de riquezas (que as traças corroem e os ladrões roubam), muito menos isenção de
impostos (pois os homens podem mudar suas decisões) e tampouco possibilidade
para uniões.
A
recompensa preparada por Deus nos garante a subsistência nesse mundo (o Senhor
é meu Pastor...tudo posso naquele que me fortalece...se Deus é por nós), nos
ISENTA do que nos foi IMPOSTO pelo pecado e nos dá o direito de nos unirmos a
Deus , restabelecendo nossa comunhão.
Portanto
não depositemos nossas esperanças em recompensas materiais ofertadas por
homens, pois podem ser roubadas ou dependerão da boa vontade de quem as deu,
mas sim nos atentemos para as ricas bênçãos espirituais, verdadeiros tesouros
encobertos que podem ser revelados e entregues aos que corajosamente resistirem
ao pecado.
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