Israel, após a morte do rei Salomão, foi dividido em dois reinos, Norte e Sul. Dez tribos formaram o Norte e o Sul foi formado por duas tribos. Entre os dois reinos, mais ou menos ao meio, estava a tribo de Efraim, muito problemática (que se achava, devido a benção recebido do avô Jacó – Gn 48.19).
Nenhum dos dois
reinos estava agradando a Deus, por isso foram tomados, pela Assíria e pouco
anos mais tarde pela Babilônia e ambos refizeram o mesmo percurso feito por
Abraão, no passado quando saiu de Ur dos Caldeus em direção à Canaã, porém em
vez da caminhada ter sido à base de fé e esperança, foi de vergonha, dor e
desprezo.
a) Reino do Norte – tribo de Efraim e a
queda:
Muitos do reino do
Norte desejavam descer a Jerusalém para adorarem a Deus no Templo, porém eram
impedidos pela tribo de Efraim, que funcionava como uma espécie de porta (as
vacas magras ficavam às portas dos currais e não saem para comer grama
verdejante e não deixa as outras vacas magras saírem – resultado: todas morrem).
Os assírios (criminosos de guerra do passado)
cercaram a capital do reino do Norte, Samaria e a venceram pelo cansaço e fome.
O rei da Assíria tomou Samaria, por volta do ano 720 a.C e levou cativo o reino
do Norte para a mesma região de onde Abraão havia saído. Refizeram o mesmo
trajeto e assim a historia das 10 tribos do Norte nunca mais foi retomada,
ficou perdida no tempo e na história (as 10 tribos perdidas de Israel). Os que não
foram levados cativos sofreram com a mistura com outros povos que foram
enviados (2 Rs 17.24). Este foi o inicio das diferenças e desavenças entre judeus
e samaritanos.
Ao final do exílio, com Zorobabel, Esdras e
Neemias, retornaram e ficaram conhecidos somente como os judeus, com o espirito
nacionalista avivado.
b) Reino do
Sul e a queda:
Cerca de 120 a 140 anos mais tarde, por volta do
ano 590-590 a.C., Nabucodonosor, repetiu o mesmo processo ocorrido no Norte,
através de seu exercito babilônico. Jerusalém foi sitiada e os do reino do Sul
foram levados cativos para a Babilônia, mesma região, que anos mais tarde,
junto a Assíria se tornaria território do império dos medo-persas.
c) Tempo
para aprenderem como erro:
Os dois reinos voltaram ao inicio, para a mesma
região de onde o pai Abraão havia sido chamado. Foram cerca de 120 a 140 anos
de intervalo entre a queda dos dois reinos, tempo suficiente para que o Sul
aprendesse com os erros do Norte. Avisos e profetas para isso foram vários: Elias,
Eliseu, Oséias e Amós (Norte), Joel, Obadias, Miquéias, Habacuque e Sofonias
(Sul).
Portanto houve tempo suficiente para que o reino do
Sul aprendesse com os erros do Norte, mas também não deram ouvidos aos
profetas, não examinaram a si mesmo e perderam as oportunidades.
Quando eles voltaram para a mesma região da Mesopotâmia,
eles mancharam todo o passado de vitória, de milagres e providências vistos na
vida de Abraão, Isaque, Jacó, José, Moisés, Josué, dos juízes, profetas e reis
que haviam sido bons governantes.
Conclusão:
Hoje, Deus está proporcionando a mesma oportunidade e nos dando o mesmo tempo (guardadas as devidas proporções) para aprendermos com os erros destas personalidades bíblicas e também dos que estão ao nosso redor. Devemos aproveitar para não voltarmos todo o caminho já percorrido, tal como aconteceu com o reino do Norte e do Sul.
Por: Ailton da Silva - 14 anos (Ide por todo mundo)
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