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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

OPOSIÇÃO, MISSÃO, OBJETIVOS E META DE NEEMIAS

1) OPOSIÇÃO:
a) Pessoal:
No inicio do trimestre, imaginei que a oposição fosse pessoal (2:10), pois Neemias veio de uma terra distante e mesmo com as cartas do rei, que lhe garantia o trânsito e materiais deve ter se sentido um peixe fora da água, ainda mais diante da cena grotesca que encontrou. Creio que a cidade estava da mesma forma que Nabucodonosor havia deixado, se não pior.

A oposição pessoal é até aceitável se imaginarmos que os homens da cidade pudessem se sentir ofendidos com a chegada dele. Que afronta? Seria o mesmo que dizer que não havia homens corajosos, trabalhadores.

b) Política:
Durante o transcorrer do trimestre mudei um pouco de idéia quanto a oposição. Passei a acreditar que fosse meramente fruto de interesses políticos (2:19). Sambalate, Tobias, Gesém, Jerusalém e Samaria. Quantos interesses envolvidos nesta história? Até de tentativa de conspiração contra o rei acusaram Neemias.

Duas cidades rivais históricas (I Rs 12:19), dois interesses bem visíveis. Seria natural pensarmos assim, pois o desenrolar dos acontecimentos direcionavam para esta conclusão. Como Samaria ganharia com se a situação de Jerusalém não fosse mudada. Por outro lado a mudança afrontaria e tornaria a tona a rivalidade do passado.

Os opositores corriam contra o tempo, a todo custo era necessário impedir a reconstrução da cidade, a princesa das nações (Lm 1:1). Eles imaginavam a cidade reconstruída, um novo governador, opressão, exaltação e favorecimentos por parte do império.

c) Espiritual:
Aos poucos, o inimigo de nossas almas, começou a revelar a sua intenção nesta história. As zombarias, as tentativas de desanimarem o povo, as mentiras, foram instrumentos usados por ele para impedir a reconstrução da cidade e a sua posterior prosperidade. Não a material, mas a espiritual. Ele sabia que Jerusalém deveria estar preparada para receber o Messias, somente não sabia quando se daria tal evento, por isto deveria correr contra o tempo.

O maligno então tentou misturar os povos que eram impedidos de serem agregados à congregação de Israel, mas sempre bateu de frente com os vigilantes, enviados por Deus que denunciavam o erro (Ed 9:1-3; Ne 13:23), que percebia e desfazia as suas obras. A sua cartada final foi na ocasião da ameaça de morte que os opositores fizeram a Neemias (6:10-13), não contentes com isto, subornaram um profeta (?) para que convencesse o grande líder a se refugiar no Templo, mesmo que ele não fosse autorizado ou que não possuísse autoridade para tal. Qual a intenção por trás desta trama? Neemias entraria no Templo, para se esconder e preservar a sua vida e todos os judeus o veriam, como um covarde, que pensavam somente me si mesmo, um profanador, fazendo uso de um edifício para o qual não estava autorizado.

Ele não poderia fazer isto, pois certamente os judeus o taxariam e os despediriam, mas porque não tiveram a mesma reação quando o sem vergonha do Tobias arrombou as portas para tomar uma das câmaras do Templo, como aceitariam isto. Faça-me o favor!

2) MISSÃO:
Sobre a missão de Neemias, aproveito para relembrar algo que já escrevi sobre o assunto (clique aqui para ler o sobre a missão de Neemias).

3) OBJETIVO E METAS:
Diante de tudo isto, ao final do trimestre, creio que Neemias teve a sua missão, enfrentou a oposição, porque desde o inicio tinha um objetivo e uma meta.

O seu objetivo, de início, ficou bem claro no momento em que chegou na cidade. Era reconstrução, somente isto. Teria muito trabalho. Queria colocar em ordem aquela cidade e para isto dependeria da ajuda dos judeus, haja vista, que seria impossível que fizesse todo o trabalho sozinho.

A reconstrução do muro e portas gerou outras necessidades urgente que foram percebidas por Neemias. Era necessário que atentasse para elas, pois disto dependia o sucesso de sua meta. A reconstrução material proporcionou o resgate da Lei e do ensino, dos levitas e sacerdotes, a alegria voltou a reinar na cidade juntamente com o temor a Deus.

A sua meta, o teor principal deste artigo, era oferecer condições para que o maior símbolo religioso de Jerusalém, o Templo, fosse preservado, pois isto representaria a própria preservação da identidade religiosa de Israel. Vejamos:
• Templo destruído – povo corrompido, desmotivado, humilhado e sem esperanças.
• Templo reconstruído – a reconstrução se iniciou por ele, justamente para que quando o contemplassem pudessem exteriorizar todo o sentimento nacionalista e religioso.

A arca do concerto estava bem longe neste momento, local incerto, escondida, tomada, roubada, mas o importante era que o Templo estava reconstruído, justamente o local onde ela deveria repousar.

Qual ensinamento podemos tirar desta historia? A arca era um símbolo, sim era, mas o Templo, bem diferente, era uma realidade presente na vida dos judeus. Eles deveriam se reportar a Deus naquele lugar, em vez de ficarem desfilando com a arca diante de seus inimigos para atemorizá-los.

Se aquele povo buscasse o Senhor de coração e se convertesse dos maus caminhos, então os olhos de Deus estariam naquele lugar e seus ouvidos atentos a toda oração que fizesse (II Cr 7:14-15).

Portanto era necessário que o muro fosse reconstruído, as portas levantas, o povo e obreiros fossem restaurados, mas acima de tudo, o Templo, lugar onde seriam ouvidos por Deus, deveria estar ali, a disposição deles, TOTALMENTE PRESERVADO.

Neemias:
Chamada: preocupação com Jerusalém, povo e ministério;
Missão: reconstruir muro e portas;
Objetivos: solucionar todos os problemas que aparecessem em virtude da reconstrução;
Meta: preservar o maior símbolo da religião judaica – o Templo.

Por: Ailton Silva

lição 12 - pós aula

1. Neemias não estava apresentando para Israel nenhum mandamento novo. Apenas estava relembrando o que estava escrito na Lei;

2. Ele apenas contendeu, arrancou os cabelos e espancou alguns, não poderiam reclamar disto, pior seria se Neemias tivesse agido como Moisés, que mandou matar (Nm 25:4), enforcados, quando não seus filhos varavam os infiéis com lanças (Nm 25:7-8).

3. “Não misturem as tribos”. Vocês não conseguirão lidar com este problema. Se entre eles haveria problema imaginem a mistura com outros povos;

4. Todas as vezes que eles se misturavam com outros povos acabam na idolatria;

5. Declaração da conversão de estrangeiro: “o teu povo é o meu povo e o teu Deus é o meu Deus”. Quem atestava esta conversão? Sacerdote, sumo sacerdote ou o próprio Jeová?

6. Adão dormiu solteiro e acordou casado. Casou anestesiado. Este foi o primeiro casamento de Adão e o único. Mesmo com os acontecimentos, pós expulsão, eles continuaram juntos;

7. Se já estava difícil Israel manter a pureza, com 50% judaico e o restante asdoditas, moabitas e amonitas, imaginem quando os filhos destas misturas crescessem e se remisturassem tornando 100% estrangeiros? Não existiria mais Israel?

8. Um pouquinho só de cananeus era necessário para levedar toda a massa de judeus;

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

As consequências do jugo desigual. Plano de aula

AS CONSEQUÊNCIAS DO JUGO DESIGUAL

PUREZA TRIBAL – FÁCIL?
PUREZA DA NAÇÃO – DIFÍCIL?
PUREZA ESPIRITUAL – IMPOSSÍVEL?
SABEDORIA SEM OBEDIÊNCIA É MORTA
JUGO DESIGUAL – INFIDELIDADE À VISTA
JUGO DESIGUAL – O OPOSTO DA HARMONIA
LV 18:22 – “É BOM QUE O HOMEM ESTEJA SÓ

PROPOSTA DA LIÇÃO
• Casamento: aliança monogâmica e heterossexual;
• Deus orientou aos israelitas para que não se misturassem aos cananeus;
• Judeus pós exílio cometendo o mesmo erro do rei Salomão;
• Consequências dos casamentos mistos: perda da identidade hebraica;
• Jamais seriam abençoados se continuassem no jugo desigual;
• Consequências do jugo desigual: perda de referências espirituais;
• Neemias combateu o jugo desigual;
• Preocupação de Neemias: preservação da espiritualidade de Israel;

INTRODUÇÃO:
Por várias vezes, em sua história, Israel se rendeu as uniões mistas, pelas quais receberam correções da parte de Deus, que não já os havia advertido quanto a esta prática ilícita. Este foi, durante muito tempo, um grande problema para os judeus, que não souberam lidar com esta questão. Até mesmo aqueles que deveriam ser exemplos não conseguiam se manter fiéis as ordens de Deus.

Os judeus viviam, através destas uniões, um jugo desigual, pelo qual demonstraram toda infidelidade a Deus. Neemias, em seu retorno a Jerusalém contemplou muitos nesta prática, pois se aparentaram com outros povos, mesmo com aqueles, que desde o inicio se mostravam contrários a reconstrução da cidade. Será que não se lembraram que os asdoditas apoiaram o trio opositor (4:7)?

Os asdoditas, moradores de Asdode, na Filistia (I Sm 6:17), uma cidade idólatra, berço de Dagom (I Sm 5:1-5). Foram eles que roubaram a arca do concerto e a colocaram junto com o seu padroeiro. Enquanto estiveram com a arca em seu poder não tiveram sossego, pois enfrentaram pragas e enfermidades (I Sm 5:6-12).

A questão da proibição dos casamentos misto não era motivada apenas por conflitos raciais. A preocupação era simplesmente doutrinária. Se Israel permanecesse nesta prática, certamente afetaria a sua relação com Deus, portanto esta proibição não era tão somente para manter a pureza, mas sim para protegê-los das consequências certas e inevitáveis, tais como a idolatria, perda de identidade nacionalista e religiosa, perversão espiritual, além da adoção de práticas pagãs. Foram avisados desde a saída do Egito e durante a caminhada Moisés veio reforçando este mandamento.

I. O CASAMENTO NO ANTIGO TESTAMENTO
1. A natureza do casamento.
Casamento é a forma que um homem, juntamente com uma única mulher, tem para constituírem uma família. É uma aliança monogâmica e heterossexual e não homossexual, que é uma abominação aos olhos de Deus (Lv 18:22), neste caso é melhor que o homem esteja só.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Próximo trimestre







Entendendo o Casamento Judaico - por Matheus Zandona





Alguns pontos do vídeo:
• A escatologia bíblica tem por base o casamento judaico;

• Casamento judaico – compromisso público selado perante a sociedade;

• Pilares do casamento judaico: amor, fidelidade e santidade;

• Os 10 mandamentos retratam o nosso relacionamento com Deus e com o próximo;

• O pagamento do dote era feito pelo pai da noiva, como compensação pela perda da filha;

• Contrato de casamento (Ketubah), era escrita em aramaico, conforme a tradição. Continha a data do casamento, os nomes dos noivos e assinada pelas testemunhas e rabino. Depois ela é colocada na casa para que o casal se lembre constantemente do compromisso;

“Os gentios casam-se com as mulheres que amam. Os judeus amam as mulheres que casam”.

Fases do casamento judaico:
• 1ª fase - SCIDUCHIN (escolha), conexão – Gn 24:1-4). Desejo de se estabelecer um compromisso. O casamento não era realizado sem o consentimento mutuo;

• 2ª fase – ERUZYM (noivado). Era o primeiro contrato de promessas e condições. Representava a separação para que ambas as partes se preparassem para o casamento. Sua duração varia de 1 a 2 anos. O noivo é reponsavel pela preparação da casa e trabalho para sustento do casal, enquanto que a noiva deve se manter fiel, imaculada, ataviada para o dia da festa. O noivo não sabe o dia do seu retorno para o casamento, quando levará a noiva, que deve estar preparada para não ser pega de surpresa.

• 3ª fase – NESSUIN (carregar). O reencontro do noivo com a noiva se dava da seguinte forma:
a) Tocadores anunciavam a chegada do noivo;
b) O noivo entrava na cidade carregado pela sua comitiva;
c) Se dirigia então à casa da noiva;
d) Eles liam os votos e assinavam o contrato;
e) Ritual da quebra da taça, representação da vida passada do noivo e da noiva que ficavam para trás. Simbolizava também a destruição do Templo. Era um cerimônia em memória a Jerusalém;
f) 7 dias de festa;
g) a ketubah poderia ser anulada (pela carta de divórcio) desde que alguma das partes não cumprissem com as obrigações,, tanto o noivo quanto a noiva (fatalidades);

Casamento x nova aliança
• O apostolo Paulo era uma espécie de casamenteiro (II Co 11:1-2);

• A ketubah é a Bíblia, pois ela contém as normas para o noivo e noiva;

• A escolha já foi feita por Deus;

• O contrato pode ser anulado, desde que a noiva não cumpra as suas obrigações;

• O erusym foi comemorado na ocasião da ultima ceia. Jesus prometeu interceder pela igreja e esta tem por obrigação se manter pura e imaculada para não ser pega de surpresa no dia do retorno do noivo;

• O dote já foi pago pelo pai do noivo (o sangue do Cordeiro);

• Apenas o Pai do noivo sabe o momento exato do retorno do noivo para buscar a sua noiva, que será ao som de trombeta;

• As bodas será comemorada com a noiva e muitos convidados

Por: Ailton da Silva

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

um pouco sobre o casamento judaico


Trecho extraído do livro: Geografia Bíblica. Autor: Claudionor Corrêa de Andrade. CPAD.

1 - Casamento
Os israelitas, no Antigo Testamento, nem sempre alcançavam o ideal traçado pelo Senhor. A monogamia, por exemplo, não era encarada com seriedade. Haja vista que homens piedosos como Abraão, Jacó e Davi, eram polígamos. O que dizer de Salomão? O mais sábio dos homens tinha 700 mulheres e 300 concubinas!

A poligamia, entretanto, não era sinônimo de devassidão. Um hebreu não podia, por exemplo, tomar como esposa duas mulheres que fossem irmãs ou mãe e filha. Se tal ocorresse, os infratores seriam apedrejados. A lei proibia, também, que um homem dormisse com duas de suas esposas ao mesmo tempo.

Com o exílio babilônico, no entanto, os israelitas foram curados da poligamia, que tantos males e transtornos causara em Israel. No Novo Testamento, não encontramos nenhum caso de poligamia. O Senhor Jesus exaltou, novamente, o ideal monogâmico e condenou, com energia, qualquer casamento fora desse padrão.

Em conseqüência da esterilidade de algumas esposas legítimas, a concubinagem era tolerada no período vetero-testamentário. Os ricos, porém, colecionavam concubinas. Salomão, como já dissemos, tinha 300.

Moisés condenou o casamento misto: "Quando o Senhor teu Deus te tiver introduzido na terra, a qual vais a possuir, e tiver lançado fora muitas gentes de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus, sete gentes mais numerosas e mais poderosas do que tu; e o Senhor teu Deus as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas concerto, nem terás piedade delas; nem te aparentarás com elas: não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomaras suas filhas para teus filhos. Pois fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria" (Dt 7.1-4).

Casamentos judaicos

Casamento judaico:
  • Noivado;
  • Contrato de casamento;
  • Aliança entre as partes, o compromisso;
  • Dotes;
  • Preparativos;
  • Festas;
  • Convidados, (ops. cuidado para não deixar o vinho acabar, o mestre sala não perdoa, ele acusa);
  • A quebra das taças;
  • Músicas;
  • Danças
  • Simbologia;
  • Importância;
  • Pacto;
  • Carta de divórcio, etc.
Será que as moabitas, amonitas, horonitas, asdoditas observavam todos estes detalhes (e tem mais).

Por: Ailton da Silva