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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O povo que viu o fundo do mar - Água que separou 2 nações

De um lado Israel e do outro o Egito. Porque um não chegou ao outro para iniciar a batalha? Deus não permitiu. A nuvem escurecia para um e clareava para o outro de forma que o caçador não alcançava a presa. A porta de água (mar vermelho) foi aberta pela chave de madeira (cajado) e o povo atravessou a seco.

Quem seria o primeiro?
Quem teria coragem de enfrentar as duas paredes de água. E o medo delas desabarem diante da incredulidade ou do medo? Alguns dizem que os pés de Moisés e Arão foram os primeiros a pisarem naquele solo seco. O povo foi atrás, criaram coragem, ou saíram todos correndo para o outro lado tão logo viram o caminho aberto? Particularmente duvido.

Imagino a cena. De um lado da margem os israelitas olhando para o céu clamando: “Feche o mar Deus, feche o mar Deus” ou gritando para Moisés: “Fala para Deus fechar porque eles nos alcançarão, você não está vendo”

Porque Deus não fechou o mar, pois os israelitas já estavam a salvos do outro lado? Se fechasse os egípcios ficariam com o mesmo sentimento de derrota. Eu somente penso que com aqueles carros de ultima geração, com aquele vigor e com a vontade de reaver os seus escravos, certamente eles dariam a volta, procurariam uma outra passagem e alcançariam Israel no deserto, afinal teriam 40 anos para isto. Seria um exército forte com carros velozes contra recém libertos escravos doentes, famintos e vagarosos caminhantes.

A água que separou duas nações:
Deus retirou a nuvem e permitiu a aproximação dos egipcios, mas eles estavam do lado de cá e Israel do lado de lá. Somente avistavam a multidão medrosa esperando pelo fechamento do mar. Enquanto uns clamavam para o ajuntamento das águas os outros zombavam diante daquela cena, imaginando que fosse um sinal para que iniciassem o ataque.

Egípcios, entrem logo no mar:
Quem deles seria o primeiro a encarar aquelas duas muralhas de água? Até agora o Egito havia colecionado somente derrotas e frustrações diante do Deus de Israel. Valentes não faltariam para darem o primeiro passo.

O pensamento deles foi, talvez, que Deus não tivesse forças para fechar o mar ou que abriu e esqueceu de fechar. Não perceberam a “armadilha”. Lá dos altos céus eram contemplados e somente quando o último carro egipcio entrasse no solo seco do mar este se fecharia e nunca mais eles seriam visto pelos israelitas.

O segundo dilúvio:
Assim como nos dias de Noé uns foram levados (pelas águas) de volta para a praia (Ex 14.30) e outros foram deixados na margem a salvo (Ex 14.31). A diferença foi que no caso da arca, ao inicio da chuva, os ímpios gritaram para que a porta (de madeira) fosse aberta, já no Mar Vermelho o clamor foi para que a porta (de água) continuasse aberta e não se fechasse.

Porque tudo isto aconteceu:
Eu creio que foi a fé dos israelitas, vejam só: “Moisés diga ao povo que comemorem a primeira Páscoa (Ex 12.11), antes de saírem do Egito”. Moisés, incrédulo deve ter pensado: “mas como, Senhor, como comemorar antes da saída, ainda somos escravos”?

Conclusão da história:
Comemore antes (Ex 12.28) para que cante o hino da vitória depois (Ex 15.1-21).

Por: Ailton da Silva

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