Páginas

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A organização do serviço religioso. Plano de aula

A ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO RELIGIOSO

TODO SACERDOTE É LEVITA
FILHO DE PEIXE, PEIXINHO É
FILHO DE LEVITA, SEPARADO É
EI, JUDEUS NÃO PULEM ETAPAS!
“NÃO QUERIA TER NASCIDO LEVITA”!
LEVITAS: OS SEM HERANÇA MATERIAL
TODO LEVITA É SEPARADO. “LOGO EU”?
LEVITAS SEM MINISTÉRIO? REVOLTADOS
LEVITAS-ADORAÇÃO COM O CORAÇÃO OU COM OS LÁBIOS?

PROPOSTA DA LIÇÃO:
• Zorobabel retornou com sacerdotes para reconstruirem o Templo;
• Os levitas tinham várias atribuições;
• Somente eles eram autorizados a trabalharem no Tabernáculo;
• Era imprescíndivel a presença dos levitas na condução do culto;
• Os cantores foram reunidos para adorarem e louvarem a Deus;
• Sacerdotes e levitas purificados exemplos para o povo;
• Dois cortejos com direções opostas, mas com objetivo único;
• Adoração organizada e ordeira. O povo não estava acostumado;
• Grandes sacríficios com grande alegria. De longe se ouviu o brado.

INTRODUÇÃO
O Templo reconstruído por Esdras (restabelecida o canal de comunicação com Deus), o muro erguido, portas levantadas (cidade protegida), povo avivado, concerto reafirmado com Deus (reaproximação e este foi realmente o fim do cativeiro), mas a cada momento surgia uma nova tarefa para Neemias. Em todas estas tarefas não foi visto sinal de vaidade, gravação de nomes em colunas, portas ou fixação de placas para que ficassem registrados nos anais da história judaica os feitos humanos.

Tampouco foi possível vermos os líderes efetuando mudanças na engenharia, ou incluindo novos ornamentos visíveis, monumentos, etc. A preocupação foi em manter todas as diretrizes entregues por Deus a Moisés ainda no deserto na ocasião da construção do Tabernáculo (Êxodo caps. 25, 26, 27). Não houve inovações e invenções.

A necessidade evidente agora era o restabelecimento e organização do ministério levítico. Aos poucos Neemias foi avançando para aquele que sempre foi o alvo principal de sua missão, o Templo. A reconstrução do muro foi sim para proteger a cidade, o avivamento foi para alegrar o povo e o concerto teve as suas beneficie, mas a suma de sua tarefa era o resgate do serviço religioso para que então a nação fosse reaproximada com o seu Deus.

Uma santa convocação reuniu todos os responsáveis para que o serviço religioso do Templo fosse restaurado. Todos se purificaram, sacerdotes, levitas, cantores e o povo, para então oferecerem grandes sacrifício em meio a jubilo e alegria. O lamento inicial do povo era transformado em regozijo, pois houve alegria, louvor e cânticos em ações de graças ao Senhor (Ne 12:43).

I. OS SACERDOTES QUE VIERAM PARA JERUSALÉM COM ZOROBABEL
1. Os que vieram com Zorobabel.
Deus instituiu uma responsabilidade aos levitas, nomeando-os como sacerdotes e auxiliares para trabalhos contínuos a fim de manterem a ordem e administrarem os sacrifícios no Tabernáculo.

Zorobabel liderou o primeiro grupo de exilados judeus que retornaram a Jerusalém com a missão de reconstruírem o Templo e restabelecerem a adoração a Deus. O símbolo maior da religião judaica estava em melhores condições, bem diferente da cidade, quando Neemias chegou para iniciar a obra, mas somente aqueles que conseguiram provar a sua ascendência levítica é que foram admitidos para administração do serviço religioso (12.8-21).

2. O ministério sacerdotal.
Os sacerdotes eram representantes do povo diante de Deus, descendentes da tribo de Levi, portanto deveriam ter uma vida santa e irrepreensível (Lv 10.1-3). Eles não poderiam possuir algum tipo de deformidade e deveriam preencher uma série de requisitos (Lv 21-17-20), mas isto não fazia ou capacitava todo levita para que ele fosse um sacerdote.

a) As funções do sacerdote:
• Fazer mediação entre o povo e Deus e oferecer sacrifícios pelos pecados, visando à reconciliação com o Senhor (Lv 16.11-28; Nm 3.3; II Cr 13.11);
• Consultava a Deus pelo povo, buscando discernir a vontade do Senhor (Nm 27.21);
• Oficiava e ministrava os cultos religiosos;
• Ensinava como professor ou mestre da Lei (Lv 10.10,11);
• Discernia a existência de lepra e efetuavam o rito de purificação (Lv 13.14-15) e determinava castigos por assassinatos e outras questões civis (Dt 21.5; II Cr 19.8-11);
• Tomavam conta do tabernáculo (Nm 18.5-7);
• Conservavam sempre aceso o fogo do altar (Lv 6.12-13);
• Queimavam incenso (Ex 30.7-8);
• Purificavam os imundos (Lv 15.30-31);
• Transportavam a arca (Js 3.6-17; 6.12;
• Encorajavam o povo a ir à guerra (Dt 20.1-4);
• Tocavam as trombetas em várias ocasiões (Nm 10:1-10; Js 6.3-4);
• Não podiam beber vinho ou bebida forte (Lv 10:9).

b) O sumo sacerdote:
Era uma posição honrosa, hereditária (Ex 28.43) reservado ao primogênito, exceto nos de enfermidade, mutilação (Lv 21.17-20) ou na vacância (Nadabe e Abiú – Nm 3.4), mas de muita responsabilidade e cercada por muitas restrições, as quais sequer imaginavam respeitar o mais simples israelita (Lv 21.1-15).

Deviam estar de prontidão, pois eram os representantes responsáveis e qualificados para que Deus fosse consultado nas necessidades.

Uma de suas mais importantes funções era a intercessão pelo povo no dia anual da expiação (aos dez dias deste mês sétimo - Lv 23.27), momento em que o sumo sacerdote se purificava com água, vestia suas vestes santas de linho, sacrificava um novilho por si e pela sua família e tomava uma vasilha de brasas do altar para então entrar no Santo dos Santos.

3. O ministério dos levitas
Os levitas, descendentes da tribo de Levi, sem herança material (Dt 10.9), mas foram separados por Deus para serem seus (Nm 8.14). Exerciam o sacerdócio e auxiliavam nos trabalhos contínuos (Nm 3.6-10). Eram os únicos autorizados a trabalharem no Tabernáculo.

a) Funções dos levitas:
• Transporte da Arca da Aliança (I Sm 6.15; II Sm 15.24);
• Serviços no tabernáculo (Nm 1.50-53);
• Responsáveis pela música e liturgia (I Cr 15.16, 17, 22);
• Ensinavam a Lei ao povo (Ne 8.7-8; II Cr 35.3);
• Ministravam aos sacerdotes (Nm 3.6-7; 18.2) e ao povo (II Cr 35.1-6);
• Vigiavam o santuário (Nm 18.3);
• Guardavam os instrumentos, os vasos sagrados (Nm 3.8); os tesouros sagrados (I Cr 26.20); os dízimos e ofertas (II Cr 31.11-19; Ne 12:44);
• Montavam, desmontavam, carregavam e arrumavam o Tabernáculo, etc (Nm 1:50-51);
• Matavam os idolatras e apostatas como o ocorrido no caso do bezerro de ouro, pois foram eles que puniram os apostatas (Ex 32.25-29).

II. A DEDICAÇÃO DOS MUROS
1. A participação dos levitas.
Era imprescindível a participação dos levitas na condução e adoração no culto ao Senhor, por isto era necessária a restauração de seus ministérios para participarem do culto de dedicação dos muros de Jerusalém, do qual eles foram responsáveis pela solenidade.

Foi necessário que fossem buscar os levitas de todos os seus lugares, pois habitavam dispersos nas proximidades de Jerusalém.

2. A participação dos cantores.
Era essencial a apresentação de cânticos de adoração e louvor a Deus durante a festa de dedicação dos muros de Jerusalém, para que o povo manifestasse toda a alegria pelas vitórias e restaurações ocorrida na nação.

Neemias reuniu os 148 cantores que descendiam de Asafe (Ne 7.44) e mais 245 que procediam de outras famílias levíticas (Ne 7.67), para que bendissessem ao Senhor.

A música (a linguagem da alma) é o instrumento pelo qual o homem se comunica com Deus e pelo qual recebe as bênçãos e respostas (Sl 40:3; Ef 5:19,20). Pela musica a Palavra de Deus é anunciada aos homens, mas ela deve ser um meio e não um fim em si mesma.

3. A purificação dos sacerdotes e do povo
Os sacerdotes e levitas estavam a frente de toda aquela solenidade, portanto era necessário que fossem exemplos de pureza e santidade, pois de outra forma como poderiam purificar o povo? Todos se purificaram para se apresentarem diante de Deus.

a) Purificação dos sacerdotes:
Havia necessidade dos sacerdotes se purificarem? Eles também estavam isentos de falhas como os demais judeus, tanto que se purificavam antes dos sacrifícios. O sacerdote que não se purificasse, poderia morrer pela desobediência e serviria de exemplo para o povo. A purificação representaria a santidade, a separação para uso exclusivo de Deus.

b) Purificação dos levitas:
A purificação dos levitas se dava por aspersão com água da purificação (Nm 8.5-7), depois prosseguia o ritual com a rapagem de todo o corpo com navalha e por fim lavavam as vestes.

c) Purificação do povo:
Mais uma vez a liderança, agora a religiosa, deu o exemplo e cumpriu todos os rituais prescritos na Lei, portanto não havia como o povo não se purificar.

III. CELEBRANDO A DEUS PELA VITÓRIA
1. A festa de dedicação.
Porque esta dedicação não ocorreu logo após o término da reconstrução? Ainda não havia clima espiritual e conhecimento da Lei necessários para valorizarem todos os feitos de Deus. Se realizassem esta festa naquele momento certamente atribuiriam a si toda aquela obra, ainda que agradeceram muito a Deus pela força, mas faltava algo.

Foi preciso o avivamento, o conhecimento, o arrependimento, a confissão dos pecados, a contrição e o compromisso com Deus precisava ser renovado. Após cumprirem todas estas etapas veriam tudo aquilo como obra das mãos de Deus.

A dedicação do povo na reconstrução do muro foi algo nunca visto em Jerusalém, o avivamento de igual modo e posteriormente o concerto anunciava a grandiosidade daquela festa.

Foram vários anos vivendo entre os escombros, mas agora a realidade era outra, sinal de vitória, alegria pelas reconstruções (altar, Templo, muro), por isto a alegria vista naqueles dias foi algo estrondoso. Talvez por isto os judeus não ficaram em suas casas após todos os acontecimentos pós chegada de Neemias.

2. Uma liturgia santa
Foram dois grandes cortejos, um liderado por Neemias e o outro por Esdras, que mesmo tomando caminhos opostos, encontrar-se-iam no Templo. Participaram os levitas, os cantores e os príncipes de Judá (Ne 12.27-43) e ali realizaram um grande culto em ação de graças a Deus.

Aqueles cortejos não foram espetáculos e tampouco entretenimento, mas sim foi uma reunião de profunda reverência ao Senhor.

3. Os sacrifícios (v.43).
Ao chegarem no Templo eles sacrificaram em meio aquela grande alegria, reconhecendo os benefícios recebidos da parte de Deus. O sacrifícios representam a entrega que efetuavam naquele momento.

a) Sacríficos – sombra de coisas futuras:
• Os sacrifícios do passado não removiam definitivamente os pecados do povo. O sacrifício de Jesus removeu de uma única vez (Hb 10.11)
• Os sacerdotes ofereciam sacrifícios contínuos. Jesus ofereceu-se em sacrifício apenas uma vez;
• Os sacerdotes ofereciam sacrifícios de animais. Jesus ofereceu-se a si mesmo;
• Os sacrifícios cessaram. O sacrifício de Jesus tem eficácia eterna,

CONCLUSÃO - OBJETIVOS DA LIÇÃO
O povo precisava demonstrar a sua alegria e agradecimento pelas vitórias alcançadas, mas isto deveria ser de forma organizada, racional, assim como a igreja também deve se apresentar diante de Deus. A igreja foi chamada para servir e adorar a Deus através de uma vida santa e regrada a obediência a Palavra.

O cansaço, desânimo deram lugar a vontade de servir e estar constantemente na presença de Deus. Assim como na leitura da Lei eles não arredavam, não se distraiam e não abandonaram os trabalhos. Ficaram até o final.

Poderiam assistir toda aquela festa em casa, via satélite, tv paga, internet, 3G, Wi-fi, telões, data-show, o público seria maior e todos os judeus espalhados, mesmo após a convocação, se regozijariam. Quantas caravanas não chegariam à cidade nos dias posteriores. O próximo resgate poderia ser o comercial e turístico (me perdoe Deus por falar desta forma). O sangue deles ainda fervia, por isso creio que participaram com alegria e com o sentimento de estarem agradando a Deus.

1) Conscientizar-se: Os obreiros devem ser santos e irrepreensíveis.
• São capacitados e representantes do povo diante de Deus;
• Uma posição honrosa e de responsabilidade

2) Saber: O culto divino deve ser conduzido com reverência.
• Todos participaram, os sacerdotes, levitas, cantores e o povo;
• Direções opostas, mas objetivo único. Exemplo para a igreja.

3) Compreender: Deus não mais aceita sacrifícios de animais.
• Aqueles sacríficios foram sombras do sacríficio de Jesus

REFERÊNCIAS:
BARBOSA, Francisco A. A organização do serviço religioso. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com/2011/11/4-trimestre-2011-licao-9-organizacao-do.html. . Acesso em 24 de nov. 2011.

BARBOSA, José Roberto A. A organização do serviço religioso. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com/2011/11/licao-09.html. Acesso em .24 de nov. 2011.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.

CARNEIRO FILHO, Geraldo. A organização do serviço religioso. Disponível em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/2011/11/4-trimestre-de-2011-licao-n-09-27112011.html. Acesso em 24 de nov. 2011.

HENRIQUE, Luiz. Organização, louvor, 1pte lição 9, 4tr11; 2pte; 3pte; 4pte; 5pte. Disponível em: http://www.youtube.com/user/Henriquelhas. Acesso em 24 de nov. 2011.

JESUS, Isaías de. A organização do serviço religioso. Disponível em: http://rxisaias.blogspot.com/2011_11_01_archive.html#4106972254147165580. Acesso em 25 de nov. 2011.

LOURENÇO, Luciano de Paula. A organização do serviço religioso. Disponível em: http://luloure.blogspot.com/2011/11/aula-09-organizacao-do-servico.html. Acesso em 24 de nov. 2011.

REDE BRASIL DE COMUNICAÇÃO. A organização do serviço religioso. Disponível em: http://www.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/. Acesso em 24 de nov. 2011.

Por: Ailton da Silva

Um comentário: