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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

mensagem 62 - O intérprete sem função nenhuma

JOSÉ ESTÁ MORTO, ALELUIA
JOSÉ ESTÁ VIVO, MISERICÓRDIA
VOCES COMEÇARAM, ENTÃO VOCES QUE TERMINEM

INTRODUÇÃO
José reconheceu seus irmãos e os entrevistou contando com a ajuda de um interprete, que não tinha, naquela oportunidade, nenhuma função (Gn 42.23), já que José entendia muito bem a língua falada pelos irmãos. Sua intenção era descobrir o que eles pensavam dele, após os poucos mais de 13 anos de separação (cfe Gn 37.2; 41.46).

a) Quem bate esquece, mas quem apanha não:
Logo de cara os irmãos foram reconhecidos por José, mas eles não reconheceram o irmão (Gn 42.7), bem provavelmente, os tons graves e agudos das vozes ouvidos na cova ainda ecoavam na mente de José. Alegria, tristeza, ódio, desejo de vingança, medo, o que José sentiu ao reconhecê-los?

b) O Plano perfeito:
José queria saber que sentimento seus irmãos nutriam por ele, depois de tanto tempo. Foi áspero com eles, pois a única forma de abrirem o coração (Gn 42.7). Recebeu uma ducha de água fria ao ouvir que seus irmãos sequer acreditavam que ele estivesse vivo. “Para nós, José não existe mais” (Gn 42.13). Como deve ter doído seu coração ao ouvir isto. Poderia ter se vingado deles, pois estava em seu território, da mesma forma como os irmãos estavam por cima no episodio da cova. Quantos não dizem o mesmo: "Para mim, o fulano não existe mais, morreu"

Lembrou-se dos sonhos (Gn 42.9), mas entendeu que ainda não era a hora de forçar o cumprimento, ainda mais naquelas condições. Será que não ficou tentado a isto? Ficaríamos?

c) O arrependimento dos irmãos:
Enfim José percebeu o arrependimento no coração de seus irmãos (Gn 42.21), quando eles declararam, sem saber que ele estava entendendo perfeitamente. “Porque não ouvimos o clamor do menino, agora esta angustia vem sobre nós” (Gn 42.21b). Era tudo o que José queria ouvir. Ele se reservou e chorou ao perceber este sentimento por parte de seus irmãos. Queriam ficar livres da angustia.

d) Fechamento com chave de ouro:
O plano perfeito pedia um final memorável. Rapidamente José pensou: “eles querem ficar livres da angustia, estão arrependidos, portanto facilitarei as coisas para eles”.

José poderia ter enviado um mensageiro, comitiva ou poderia ter ido ele mesmo dar a boa noticia para o pai, mas ele encarregou seus irmãos desta tarefa. Porque? Ora queriam tirar aquele peso, fruto da mentira e inveja, então que fossem eles dar a noticia ao pai, já que foram eles que iniciaram aquela trama, então deveriam terminar toda aquela história.

Mas para contarem a boa nova ao pai era necessário, primeiramente, pedir perdão ao velho patriarca. Esta foi a jogada de mestre de José para ajudar seus irmãos, que não perceberam o plano dele.

e) Conclusão:
O interprete, naquela situação, não tinha nenhuma função ou utilidade e poderia até mesmo mentir para os irmãos de José. Devemos ter cuidado, pois o interprete pode muito bem estar entendendo o que estamos falando. 

O plano foi perfeito, pois sem ser reconhecido, conseguiu descobrir o que seus irmãos pensavam a seu respeito. Eles contaram a boa nova ao pai, ficaram livres da angustia e foram sustentado pelo irmão em terras egípcias (Gn 47.12)

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

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