TEXTO
ÁUREO
“Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso
nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos”
(1 Co 10.11).
VERDADE
PRÁTICA
Os erros e pecados de Israel servem-nos
de alerta para que não venhamos a cometer os mesmos enganos.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE – Êx 19.1-6; Nm 11.1-3
Êxodo 19
1 - Ao terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no
mesmo dia, vieram ao deserto do Sinai.
2 - Tendo partido de Refidim, vieram ao deserto do Sinai e acamparam-se no
deserto; Israel, pois, ali acampou-se defronte do monte.
3 - E subiu Moisés a Deus, e o SENHOR o chamou do monte, dizendo: Assim
falarás à casa de Jacó e anunciarás aos filhos de Israel:
4 - Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de
águias, e vos trouxe a mim;
5 - agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu
concerto, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos;
porque toda a terra é minha.
6 - E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo. Estas são as palavras
que falarás aos filhos de Israel.
Números 11
1 - E aconteceu que, queixando-se o povo, era mal aos ouvidos do SENHOR;
porque o SENHOR ouviu-o, e a sua ira se acendeu, e o fogo do SENHOR ardeu entre
eles e consumiu os que estavam na última parte do arraial.
2 - Então, o povo clamou a Moisés, e Moisés orou ao SENHOR, e o fogo se
apagou.
3 - Pelo que chamou aquele lugar Taberá, porquanto o fogo do SENHOR se
acendera entre eles.
PROPOSTA
•
Murmuração: característica negativa de quem não
confia;
•
Deus curou Israel satisfazendo suas necessidades;
•
Maná: provisão especial de Deus;
•
Maná: apontava para Jesus (o pão vivo descido do
céu);
•
Distancia do Sinai à Canaã: cerca de 500 km ;
•
Parada no Sinai: cerca de 1 ano;
•
Os ídolos sempre foram laços para Israel;
•
Ídolo: tudo o que ocupa o lugar de Deus na vida
humana;
•
“Não terás outros deuses diante de mim”.
INTRODUÇÃO
“Por que estudar as lições do Antigo
Testamento, sendo nós cristãos da Nova Aliança?”. Os fatos do Antigo Testamento
são como figuras (1 Co 10.1-12), que nos alerta para não cometermos os mesmos
erros dos hebreus no passado. Jamais devemos seguir os caminhos da
desobediência, rebeldia e idolatria trilhados por Israel no deserto.
Durante a caminhada dos hebreus até
o Sinai, Deus guiou e sustentou seu povo que foi infiel, murmurador e idólatra,
mesmo assim o Senhor permaneceu fiel e cuidou dos israelitas.
A insatisfação dos hebreus ficou
evidente logo no inicio, quando se depararam com o mar Vermelho. Em vez de
demonstrarem confiança, principalmente após a ocorrência das pragas ainda em
território egípcio, eles preferiram questionar a sábia e irrevogável decisão de
Deus (Ex 3.9-10).
O sobe e desce do nível espiritual
dos hebreus nunca ficou tão evidente quanto nos dias que antecederam e os
posteriores à saída. Ficaram tão alegres e temerosos com as pragas e saída e se
entristeceram logo quando deram de cara com o mar Vermelho.
Após a milagrosa passagem, novamente
juraram fidelidade e louvaram a Deus, mas bastou se sentirem novamente em
dificuldades para se rebelarem.
Eles não imaginavam, mas estavam
sendo vigiados. Cada passo, ação, conversa e planos. As outras nações se
preparavam para o temido encontro com os hebreus. A fama corria muito à frente
deles (Js 2.10-11).
I. ISRAEL PEREGRINA PELO DESERTO
1. ISRAEL CHEGA A MARA (ÊX 15.23).
O
povo de Deus estava finalmente livre dos egípcios e toda a tensão vivida no Mar
Vermelho havia diminuído. Era um período para descanso do povo. A caminhada
recomeçou e eles foram conduzidos por Moisés até o deserto de Sur. Andaram três
dias pelo deserto e as águas que encontraram em Mara eram impróprias para
beber.
A
alegria demonstrada no livramento recebido dava lugar ao choro diante das águas
amargas. Eles não estavam reclamando de Moisés, o líder, mas de Deus (Êx
16.7,8), assim como muitos pensam e fazem hoje. Reclamar e cobrar de Moisés
não era o melhor caminho para a solução daquele problema
Foram obrigados
a tomarem águas amargas, portanto não estavam errados em reclamarem, estariam
sim, caso a água fosse boa para o consumo ou se tudo estivesse correndo bem,
mas naquelas condições não aceitaram o que estava sendo oferecido. A visão
deles contrastava com o desejo de Deus.
A murmuração é uma característica
negativa daqueles que não confiam no Senhor. Moisés confiava na providência do
Pai. Então ele orou e Deus lhe mostrou um lenho. Moisés jogou o lenho nas águas
e elas se tornaram boas para o consumo. Segundo o Comentário Bíblico Beacon,
“assim como Deus curou as águas amargas de Mara, assim Ele curaria Israel
satisfazendo-lhes as necessidades físicas e, mais importante que tudo, curando
o povo de sua natureza corrompida”.
Israel era uma massa de gente
briguenta e sem fé que precisava ser lapidada pelo Senhor para que se
transformasse em uma nação santa. A lapidação veio com as provações rumo ao
monte Sinai.
2. RUMO AO SINAI (ÊX 16.1).
Depois de Mara os israelitas foram
para Elim e em seguida para o deserto de Sim, que ficava entre Elim e Sinai (Êx
19.1,2). Esse é um lugar inóspito, repleto de areia e pedra, porém um local
perfeito para Deus tratar do seu povo. Diante das dificuldades o povo volta a
murmurar e quer mais uma vez retornar ao Egito (Êx 16.2,3). Mas Deus é bom e
misericordioso. Ele mais uma vez supriu as necessidades do seu povo.
No deserto de Sim, a fome assolou o
povo,Deus envia o maná ao seu povo. O maná não foi um fenômeno natural, como
alguns cogitam. Foi uma provisão especial de Deus. Esta provisão apontava para
Jesus, o Pão Vivo que desceu do céu (Jo 6.31-35).
Deus sustentou seu povo através do
deserto não somente com pão, mas também com carne e água. Em Refidim, Deus fez
água jorrar da rocha (Êx 17.1-7). Ele é o nosso provedor (Sl 23.1). Tudo que
temos vem do Senhor, por isso devemos ser gratos a Ele pela provisão. Depois de
partir de Refidim, o povo, sob a orientação de Deus, caminhou até o monte
Sinai, onde os israelitas receberam a lei do Senhor.
II. ISRAEL NO MONTE SINAI
1. O MONTE SINAI (ÊX 19.2).
Este é um lugar especial para todo o
povo de Deus. Ali Deus revelou-se de modo especial a Moisés e a Israel e lhe
entregou os Dez Mandamentos. Ali os israelitas tiveram a revelação da glória e
da santidade do Todo-Poderoso. Tiveram também a revelação da sua natureza, da
sua lei, da expiação do pecado, da vontade divina e do seu culto. Todo o livro
de Levítico, que trata do ministério e do culto ao Senhor, teve o seu
desenrolar no acampamento do Sinai, ao pé do monte.
A distância do Sinai a Canaã é de
quase 500 quilômetros ,
e seria percorrida em um curto prazo pelos israelitas, mas infelizmente levou
38 anos. A demora decorreu como parte do julgamento divino dos pecados de
incredulidade, murmuração, rebelião e desvio dos israelitas (Dt 2.14,15).
Os hebreus percorreram, em média, 13 quilômetros ou 13.157 metros por
cada ano de caminhada. Eles caminharam cerca 1,1 quilômetros ou 1.096 metros por mês.
Foram 0,03
quilômetros ou 36,04 metros por dia.
No Sinai, Israel permaneceu,
conforme as determinações do Senhor a Moisés, cerca de onze meses. Durante sua
permanência ali, Israel caiu no abominável pecado da idolatria do bezerro de
ouro (Êx 32.1-8,25). Com a idolatria veio a obscenidade, a imoralidade e a
prostituição. Este horrível pecado de Israel é mencionado várias vezes (1 Co
10.7). Apesar de Israel ter falhado, o eterno propósito salvífico de Deus não
falhou (Ef 3.11).
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A
esperança, dos que aguardavam ansiosos, o desfecho daquela história era poderem
contemplar a Terra Prometida após algum monte, porém era grande a desilusão,
pois avistavam somente areia, deserto, novos inimigos e intermináveis
problemas.
III. A IDOLATRIA DOS ISRAELITAS
1. O BEZERRO DE OURO (ÊX 32.2-6).
Moisés e Josué subiram ao monte
Sinai para se encontrar com o Senhor e receber dEle as tábuas da Lei. Ali eles
ficaram muitos dias, e o povo, com pressa em saber notícias, começou mais uma
vez a reclamar e a especular a causa da demora de Moisés e Josué.
Moisés
havia desaparecido ou estava morto? O que poderiam pensar do líder? Procuraram
Arão, que estava respondendo temporariamente pelo povo e cobraram atitudes,
como se fosse ele um líder, no entanto por não possuir a mesma força e espírito
de liderança que seu irmão, não conseguiu convencê-los sobre a possibilidade do
retorno de Moisés.
Fizeram
uma escultura de ouro com as suas jóias, atribuindo-lhe toda a gloria e honra
acreditando que a liberdade do Egito houvera sido em virtude da intervenção da
estátua. Esqueceram dos milagres vistos até aquele momento. Então aborreceram a
Deus, que ali mesmo teve o desejo de destruí-los, já que chegaram ao extremo. Diversas
passagens bíblicas relacionam o ídolo aos demônios, e o culto idólatra ao culto
diabólico (Lv 17.7). Os ídolos sempre foram laços para o povo de Israel, a quem
Deus elegeu como seu povo peculiar aqui na terra. Neste dia um bezerro de ouro
conseguiu laçar uma nação.
Boa parte da riqueza ganha na saída do Egito (Ex
12.35-36), cumprimento do que fora prometido a Abraão (Gn 15.14) foi perdida,
pois doaram (Ex 32.2) seus pendentes de ouro e quando não havia mais, partiram
para os vasos de ouro. Afinal o bezerro deveria ficar bem bonitinho. Como
gastaram para comemorar o nascimento de um falso deus.
2. CUIDADO COM A IDOLATRIA.
“Filhinhos, guardai-vos dos ídolos”
(1 Jo 5.21). O crente deve estar vigilante contra a idolatria. Muitos pensam
que idolatria é somente adorar a imagens de escultura. Todavia, um ídolo é tudo
aquilo que ocupa o lugar de Deus na vida humana. Alguma coisa tem ocupado o
lugar do Senhor em seu coração? Peça a ajuda do Pai e livre-se imediatamente de
toda idolatria. O apóstolo Paulo adverte a igreja de Corinto para não se
envolver com a idolatria, como o povo de Israel no deserto (1Co 10.14,19-21).
O profeta Ezequiel adverte-nos sobre
isso em 14.2-4,7 do seu livro. O primeiro mandamento do Eterno em Êxodo 20.3,
ordena: “Não terás outros deuses diante de mim”. Israel, antes de ser liberto e
resgatado da escravidão do Egito, pecou contra o Senhor, adorando a falsos
deuses (Is 24.2,15; Gn 35.2,4). Deus conhece o coração do homem e sabe da sua
propensão à idolatria. Precisamos vigiar, pois somente Deus deve ser único
dominador e rei em nosso coração.
Os hebreus receberam um livramento naquele dia,
mas sentiram pela primeira vez o ardor da ira de Deus, que foi dividida em duas
fases:
a) Castigo aos idólatras. Todos temeram quando
viram Moisés dando ordens aos levitas para que matassem todos os idolatras,
fossem ele idosos, mulheres, crianças, filhos, parentes, amigos ou não.
Sentiram então a proporção do pecado cometido. Imaginaram que morreriam todos
ali, porem pela misericórdia Divina, foram poupados do total derramamento da
ira e novamente aquela situação tão delicada teve um desfecho, um tanto quanto
tranqüilizador.
b) Perda da companhia de Deus. A partir daquele
momento perderam a constante presença de Deus que não mais estaria a frente
deles. Agora o seu anjo os guardaria na caminhada, isto tudo em virtude da
infidelidade demonstrada por aqueles que contemplavam as operações de Deus de
prodígios e maravilhas. Mesmo nestas condições não ficaram órfãos ou somente
dependentes de suas próprias forças ou sorte.
Por um momento, Israel esteve na iminência de ser
varrido do mapa, antes mesmo de possuir seu território. Quase adotaram um novo
Senhor, a imagem de um bezerro de ouro, eleito por eles, diante do breve sumiço
de Moisés, que estava justamente recebendo os mandamentos de Deus, um dos quais
alertava justamente para aquele erro. Israel conheceu a idolatria, em pleno
deserto, se rendendo a imagem de um animal irracional, o que também seria
condenado e reprovado por Deus.
CONCLUSÃO
O Salmo 106 relata os tropeços de
Israel a caminho de Canaã, e a sublime história da infinita misericórdia de
Deus para com eles. Deus é fiel! Israel pecou e cometeu muitos erros, porém os
planos do Senhor em relação a Israel e a toda humanidade não foram frustrados.
Como crentes devemos repudiar toda forma de idolatria, entronizando a Deus como
único Senhor em nossos corações e mentes.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
FORAM ALCANÇADOS?
1. Israel reclamou muito durante a
peregrinação pelo deserto;
2. A chegada ao Sinai foi conturbada
assim como a permanência;
3. A idolatria provocou muitas perdas
para Israel
REFERÊNCIAS
Bíblia
de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.
Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão
Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.
Bíblia
Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do
Brasil, 2000.
Bíblia
Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de
Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.
CARNEIRO
FILHO, Geraldo. A peregrinação de Israel no deserto até o Sinai. Disponível em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/2014/02/1-trimestre-de-2014-licao-n-06-09022014.html.
Acesso em 05 de fevereiro de 2014. Acesso em 29 e janeiro de 2014.
LOURENÇO,
Luciano de Paula. A peregrinação de Israel no deserto até o Sinai. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2014/02/aula-06-peregrinacao-de-israel-no.html.
Acesso em 05 de fevereiro de 2014.
Como já algum tempo que não lhe fazia uma visita, hoje passei por aqui
ResponderExcluirafim de ver e ler os seus trabalhos, fico grato a Deus pela sua firmesa e
dedicação à causa de Rei dos reis.
Desejo que continue a dar-nos bons textos e a ser ser um instrumento
nas mãos do grande Oleiro.
Sou António Batalha, do Peregrino E Servo.
Deixo-lhe a minha bênção, e que a paz de Jesus encha sempre seu coração.
Abraço.