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quarta-feira, 3 de abril de 2019

Cuidado com a segunda parte!

“Então disse a Abrão: Saibas, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos...”

“...mas também eu julgarei a nação, à qual ela tem de servir, e depois sairá com grande riqueza”. (Gn 15.13-14)

O maior temor dos egípcios, após a morte de José e diante do crescimento vertiginoso dos hebreus, foi justamente a possibilidade daquele povo se aliar aos inimigos de Faraó para vencê-los ou dominá-los em seu próprio território, por isso optaram pela escravidão e opressão.

Desta forma cooperaram para o cumprimento da primeira parte da Palavra do próprio Deus: 

“decerto que peregrina será a tua semente em terra que não é sua; e serví-los-á e afligi-la-ão quatrocentos anos”.

Porém os algozes se esqueceram da segunda parte da profecia, a principal, que dizia respeito a eles:

“[...] Eu (Deus) julgarei a gente à qual servirão, e depois sairão com grande fazenda”.

O grande desejo dos hebreus era serem reconhecidos como nação independente e povo exclusivo de Deus, mas isto não seria alcançado com facilidade. Após as dez pragas, Faraó não suportando mais as consequências de sua teimosia, não somente permitiu a saída, como também expulsou (Ex 12.31) aquele povo para adorarem no deserto, em liberdade.

Levaram família, gado e tudo o que os egípcios lhe deram como recompensa (Ex 11.2-3) pelos quatro séculos de trabalho. O último pedido do opressor foi: “abençoai-me também a mim”.

Uma alegria nunca vista na terra. Que satisfação! Os egípcios contemplaram o desfile dos vitoriosos, alguns rangeram os dentes de raiva, outros juraram vingança, muitos desejaram boa viagem: “vão com seu Deus e sumam daqui”.

Mas alguns temerosos pais e mães e pais, que ainda choravam a morte de seus primogênitos, balançavam os lenços e toalhas brancos em suas janelas, como sinal de rendição. Estavam glorificando o verdadeiro e único Deus.

Os hebreus passavam pelas ruas e desafiavam os egípcios com seus olhares, agora altivos, se sentiram fortes. A conversa foi diferente. Gritaram em bom e alto som para todos ouvirem: “Quem mandou mexer com o nosso Deus”.

Por: Ailton da Silva - 9 anos (Ide por todo mundo)

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