b) Se correr ou ficar o bicho pega:
Correu para Jezreel sem permissão de
Deus, fugiu de Jezabel, sem rumo, e agora queria proteção do céu? Isto teve em
Querite, Sarepta e no Carmelo, enquanto estava na presença de Deus.
Elias possuía a armadura de Deus (Ef
6.10-17), por isto saiu vitorioso do Carmelo, mas não continuou com esta
proteção, pois a largou no momento em que saiu correndo até Jezreel (I Rs
18.46), chegando naquela cidade em tempo recorde.
Sem armadura, os pés de barro de Elias não
suportaram o peso do restante do corpo, por isto desabou! Fugiu para escapar
com vida, abandonou o seu companheiro (I Rs 19.3), foi para o deserto,
assentou-se e pediu a morte (I Rs 19.4), deitou-se, dormiu (I Rs 19.5), mesmo
assim não foi abandonado por Deus (Is 49.15; Jr 2.31-32; Sl 9.10), que o conduziu
ao monte Horebe (I Rs 19.8) para refrescar sua memória (Lm 3.21, 26).
Um vento que fendia os montes quebrava o
penhasco (cf Ex 14.21-22), tal como um dia um forte vento oriental dividiu as
águas do mar Vermelho e construíram duas paredes, dois muros, mas o Senhor não
estava no vento naquela oportunidade.
Elias não se preocupou em procurar Deus
durante o terremoto e no fogo deve ter pressentido algo, no entanto não conseguiu
sentir o socorro bem presente na hora da angústia, mesmo com sua extensa
experiência anterior (I Rs 18.38).
Deus se manifestou através de uma voz
mansa e suave, uma metodologia divina, uma didática eficaz, capaz de reerguer
qualquer fracassado ou deprimido. Esta é a vantagem de termos os pés de barros,
pois sempre seremos socorridos em momento oportuno (Hb 4.16) quando buscarmos.
Ainda bem que Elias saiu da caverna, pois
senão ficaria conhecido na história como o "capitão caverna".
c) Os "vás" de Elias:
- Vá a Acabe e diga que não choverá e Eu cumprirei (I Rs 17.1);
- Vá ao Querite porque já ordenei que os corvos te sustentem (I Rs 17.3-4). Serás sustentado enquanto todo Israel estará padecendo com a seca, mas cuidado com o ribeiro que estará secando, mesmo que não falte alimento, o ribeiro secará (I Rs 17.7);
- Vá a Sarepta porque já ordenei que uma viúva te sustente (I Rs 17.9). O azeite e a farinha nunca faltarão;
- Vá a Acabe e diga que choverá e Eu cumprirei (I Rs 18.1). Profetize a benção, mas não se junte à mesa de Jezabel, como os profetas delas costumavam fazer;
- Vá ao Carmelo, desafie os falsos profetas e Eu te honrarei (I Rs 18.38);
- Vá a Horebe, o monte de Deus, porque será cumprido o seu caminho (I Rs 19.7-8);
- Vá pelo caminho do deserto de Damasco para ungires dois reis (Síria e Israel) e outro profeta em seu lugar (I Rs 19.15-16).
d) O caminho seria longo, mas recompensador:
Deus jamais pediria para Elias enfrentar
aquela distancia, somente para dizer que o rei e a rainha desejavam sua morte,
tampouco o levaria tão longe para dizer que Israel havia apostatado, isto tudo
já era do conhecimento do profeta.
Elias, durante o caminho, clamava: “Deus
fale comigo, mas fale algo novo, estrondoso, algo que possa me colocar de pé
novamente, me estruturar, renovar minhas forças, alegrar meu coração. Fale algo
diferente”. Então a revelação seria grandiosa.
O que Deus foi tão profundo, edificante,
tremendo, que aquele homem logo se colocou de pé e voltou à ativa. O seu coração
se alegrou, suas forças voltaram e o medo foi embora (I Rs 19.19; 19.17-27).
Elias voltou a ser o mesmo de antes.
e) A provisão física e espiritual para Elias:
O socorro do Senhor chegou até o profeta
na forma de provisão física e material, pois um anjo tocou-lhe e disse:
"Levanta-te e come" (I Rs 19.5).
Elias estava exausto, sua mente estava
agitada , sua visão turbada, apenas enxergava o fim de seu ministério e
provavelmente o de sua vida, por isto necessitava de alimento, descanso e
principalmente de novos ares. Deus direcionou o profeta para Horebe (Ex 3.1-2,
12), para que sua memória fosse refrescada.
Naquele monte seriam revitalizados a vida
espiritual e emocional do profeta (I Rs 19.8-15). Estava certo de que havia
muito ainda por fazer para Deus. Ainda teria que ungir
Hazael como o rei da Síria e Jeú rei de Israel e deveria finalizar sua missão
com a unção sobre o seu sucessor, para dar continuidade ao seu ministério.
f) A maior revelação de todos os tempos:
O que Elias ouviu, de boca aberta, foi
capaz de colocá-lo em pé novamente. Deu um salto, ergueu as mãos para o céu e
adorou a Deus. Qual foi a revelação? “Você não está só, Eu ainda tenho sete mil
fiéis”.
Como uma Palavra tão simples transformou
a vida daquele homem. Que alegria ao ouvir isto!
Deus trouxe Elias de longe para
revelar-lhe algo que não imaginava (I Rs 19.14). E aquela missão tripla, seria
uma espécie de honra pré-arrebatamento.
Para quem estava acostumado a repreender infiéis, então ungiria um rei que colocaria um fim naquela que realmente foi a perturbadora de Israel, a rainha Jezabel (II Rs 9.30-35), apesar que a unção de Jeú, foi realizada por Eliseu (II Rs 9.6) e não por Elias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário