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terça-feira, 31 de maio de 2022

Fé e obediência. Abraão, um exemplo para todos os povos. Capítulo 11



Isaque, o sacrifício imperfeito e não consumado


Abraão, conhecido como “pai de multidões” foi incluído na galeria dos heróis da fé e tinha tudo para prosseguir confiante, porém sua fé e obediência foram colocadas à prova no momento em que Deus pediu algo fora dos padrões éticos, morais e religiosos da época.

Não seria estranho se Abraão se rebelasse de imediato ou se apresentasse argumentos para não atender ao pedido de Deus.

Mas fiel, obediente, Abraão se submeteu e foi até ao fim, certo de que algo maravilhoso da parte de Deus, um grande milagre, pudesse acontecer (Hb 11.18), ali mesmo diante de seus olhos.

 

1) Sacrifico humano

Jamais Deus aceitaria um sacrifício humano, pois se tratava de uma prática pagã, ainda mais partindo de Abraão.

O pedido incomum, na verdade, tratava-se de um desafio, pelo qual o patriarca provaria sua fé e obediência.

Havia em Abraão qualidades superiores às suas fraquezas, então este momento seria ideal e perfeito para revelá-las.

Ele já havia experimentado alguns momentos de frustrações e incertezas, então agora estava prestes a conhecer e ter mais intimidade com Deus.

 

2) A devolução do unigênito

Um pedido difícil, ilógico, impossível de ser atendido. Qualquer ser humano apresentaria motivos para dizer não a Deus.

A impressão era que Deus estava requerendo algo de volta, muito valioso, que havia dado ao seu amigo (II Cr 20.7; Is 41.8).

Mas o velho patriarca, em nenhum momento ousou pensar em dizer não para Deus, preferiu seguir confiante no livramento.



3) Obediência – o caminho mais difícil

O mais doloroso para Abraão não foram os momentos que antecederam sua resposta ao pedido de Deus, mas sim foi a caminhada longa, cansativa e silenciosa em direção ao monte do sacrifício.

Abraão conheceu a fidelidade de Deus na chamada e mesmo não entendendo aquele pedido manteve a confiança (Hb 11.17-19). O pai caminhou ao lado do filho, por vezes sentindo a dor, às vezes respirando a certeza do livramento. No intimo aguardava o agir de Deus em seu favor.


4) O “Cordeiro” já estava lá

Após a longa jornada, enfim chegaram ao monte do sacrifício. Os servos que os acompanhavam ficaram ao pé do monte. Pai e filho acertaram os últimos detalhes e se dirigiram ao local com a lenha o cutelo, mas ainda faltava o terceiro elemento daquele sacrifício, o cordeiro.

Se aquele sacrifício fosse concretizado, certamente todas as honras seriam dadas ao pai e ninguém se lembraria da bravura do filho.

 

5) Sacrifício imperfeito

Quem em sã consciência aceitaria morrer para que outro recebesse todas as glórias e honras?

Isaque aceitou ser oferecido como sacrifício para que seu pai provasse sua fidelidade a Deus. Uma atitude corajosa de um filho obediente.

Mas o sacrifício de Isaque não poderia ser aceito por Deus, pois em pecado havia sido concebido, portanto não reunia condições para remir a humanidade.

 

6) O cordeiro substituto

Após o grito do anjo que impediu a finalização do sacrifício, Abraão viu ao lado um cordeiro. Seu único esforço foi recolher aquele que seria o substituto.

Deus honrou as palavras ditas por Abraão: “Deus para si proverá um cordeiro”. O Deus que proveu este cordeiro no Monte Moriá, para realização daquele sacrifício, é o mesmo que proveu o Cordeiro perfeito no Calvário para salvação da humanidade.

O cordeiro de Moriá tomou somente as dores e os sofrimentos de Abraão e Isaque, enquanto que o Cordeiro do Calvário tomou sobre si a carga de todos. Deus provou a fé de Abraão através do pedido que abalou o coração do patriarca.

Foi uma caminhada difícil em direção ao monte. Tristeza, esperança, silêncio e desespero, mas pela fé do pai, os dois voltariam após a adoração (Gn 22.5). No monte não foi preciso concretizar o sacrifício, pois Deus proveu para si o Cordeiro, símbolo de Jesus, o Cordeiro Perfeito.


Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

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