Dois príncipes, duas promessas, dois caminhos
Abraão tinha conhecimento das bênçãos que seriam destinadas aos seus descendentes, porém faltava o nascimento do filho que herdaria e depois as repassaria aos outros. Sara, por um erro, tentou antecipar o nascimento deste filho, que poderia se tornar o herdeiro legítimo de Abraão.
O erro foi desfeito por Deus, através do
nascimento de Isaque, o filho da promessa e único habilitado para a
continuidade do plano de criação da nação de Deus.
1) O
nascimento de Ismael
Deus jamais permitiria que da estranha relação mantida
entre Abraão e Agar viesse a ser produzida a tão aguardada semente que salvaria
a humanidade.
Ismael, o filho da desobediência e descrença, não
nasceu na família errada, simplesmente foi resultado de um plano humano que
trouxe sérias consequências.
Foi pai de doze filhos, que se tornaram príncipes
e líderes de povos valentes (Gn 17.20).
2)
Nascimento de Isaque
Foram cerca de vinte e cinco anos (Gn 12.4; 21.5)
que se passaram do anúncio ao cumprimento da promessa na vida do casal. O que parecia
impossível finalmente aconteceu.
O nascimento de Isaque suprimiu todas as dores e
aflições. O tempo de espera foi necessário para que o difícil, que poderia ser
resolvido pelo homem, se tornasse impossível, o que só pode ser resolvido por
Deus.
3) O príncipe
antecipado
Abraão riu de alegria quando ouviu a promessa de
Deus, Sara riu de incredulidade e Ismael riu de Isaque em tom de escárnio (Gl
4.29) por não reconhecê-lo como filho unigênito, que era.
Ismael foi fruto da tentativa humana de antecipar
as bênçãos de Deus, por isto não poderia ser aceito como herdeiro legitimo do
patriarca.
Ismael era filho de uma escrava egípcia, enquanto
que Isaque era filho legítimo do casal chamado e escolhido por Deus, portanto
era normal que houvesse animosidade e provocações.
4) O príncipe
preparado
Pela promessa feita e confirmada ao pai (Gl 3.16),
ficava claro ao filho, que ele também fazia parte do plano divino.
A aliança entre Deus e Isaque fundamentava o
surgimento da nação santa e preparada, Israel, que abrigaria o Filho de Deus, o
Salvador de toda a Humanidade.
Tudo se iniciou com a chamada de seu pai e agora,
a partir dele, teria continuidade.
5)A bênção
para Ismael – povos
Ismael, o fruto de decisões erradas, não foi
desamparado por Deus e seus descendentes não ficaram sem promessas, pois foram numerosos
e valentes (Gn 16.11-12; I Cr 1.28-31).
Ismael tornou-se o patriarca de doze tribos, que
se originaram dos filhos de seu casamento com uma egípcia, a mando de sua mãe,
Agar (Gn 21.21).
Estes povos se aparentaram aos descendentes de
Esaú, um dos filhos de Isaque (Gn 28.9) e se tornaram inimigos dos descendentes
de Abraão.
6) A bênção
para Isaque – a nação
Isaque fazia parte do plano de Deus e tinha
ciência disto, pois via, em si próprio, o inicio do cumprimento das promessas
recebidas pelo pai. Foi o primeiro a sentir e usufruir da continuidade das bênçãos.
A promessa de Deus em criar uma nação para
abençoar todos os povos da Terra foi repassada por Abraão a Isaque e todos os outros
descendentes também deveriam fazer o mesmo.
O tempo de espera para Abraão e Sara foi
necessário para que contemplassem o cumprimento do impossível na vida deles.
Foram anos dolorosos de espera.
Erraram na tentativa de antecipação da bênção,
mas Deus consertou o erro a tempo, para que recebessem a deseja bênção.
Isaque e Ismael, abençoados por Deus, se tornaram líderes e patriarcas de povos diferentes.
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