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sábado, 29 de setembro de 2012

Apelaste para Cesar, para Cesar irás!


Agora não havia mais possibilidades de contornar aquela situação. O abismo estava chamando outro abismo (Sl 42.7)? Jamais! Era apenas um novo acontecimento que culminaria com aquilo que o apóstolo cria e esperava (cfe I Co 15.19; Fp 3.14).

Paulo estava cansado, precisava de descanso, apesar que não deixava transparecer, queria fazer mais e não pensava em sua limitada massa corpórea (cfe I Co 9.27). no fundo, sabia que um dos dramas biológicos o havia afetado, já não era o mesmo, tudo por consequências dos inúmeros fatos ocorridos em ua trajetória (2 Co 11.23-27).

Segue um breve relato de uma provável conversa entre Jesus e Paulo:
- Meu caro apóstolo, suportaste muito. Conheço o seu coração. Sei que existe, em ti, o desejo de pisar, novamente ou pela primeira vez, no solo da capital do império, para conhecer ou rever a minha igreja naquela cidade e nos arredores (At 28.13-15). Sei que precisas de descanso, pois trabalhaste muito.

- Já fiz a contagem do seu tempo de contribuição para o crescimento do meu reino, ei-la: “x” anos, “x” meses, “x” dias, perfazendo um total de “x” dias de efetivo exercício do ofício, para o qual foi chamado. Desejas aposentar-se? Caso queria, posso te encaixar em alguma regra especial ou de transição. Não faço acepção de pessoas, sou leal, fiel, justo e jamais concedo privilégios a uns em detrimento a outros. Tu és prova viva disto (At 9.16), por isto decidi conceder o desejo do seu coração. Tu vais a Roma, prepara-te. O navio partirá ao meu comando, em breve, de Cesaréia.

“Ei, Paulo, acorda, o navio partirá, apressa-te”. Este foi o grito que o apóstolo ouviu e rapidamente se colocou em pé.

Que alegria sentir a brisa do mar, o trabalho árduo da tripulação. Que sensação gostosa, tanto que por alguns momentos ele se esqueceu das algemas, soldados e do centurião Júlio, seu guarda pessoal muito humano, muito mais do que deveria ser (At 27.3).

Chegariam logo em Roma, nada poderia dar errado, pois esta seria a última viagem especificamente missionária por aquela região, já que cada momento e acontecimento foi aproveitado, por ele, para apresentar o Evangelho (cfe At 27.22-37), aquilo que sabia fazer e gostava. Estava certo de que, mesmo em prisões, estaria livre dos dramas enfrentados anteriormente, mas logo a situação mudou.

Tempestade, perdas materiais (pertences, suprimentos e navio), medo, ataques malignos, desconfiança (At 27.10-11), julgamento precipitado (At 28.3-5), mas acima de tudo isto estava o agir de Deus, pronto para apresentar a Paulo mais uma lição.

No navio estavam duzentos e setenta e seis almas entre oficiais, soldados, tripulantes e prisioneiros, uma estratificação aceitável e necessária para manterem a ordem e segurança (At 27.43), mas na praia, após o naufrágio se encontraram as mesmas duzentas e setenta e seis almas (cfe At 27.22, 44) igualadas, transformadas, novas criaturas, pois não existia mais divisões, insígnias, escalões, desprivilegiados ou criminosos. Foi uma reunião de salvos (do naufrágio), que acreditaram na pregação do apóstolo (At 27.22) e comemoraram o livramento. “Qualquer semelhança escatológica faz parte do plano de Deus”.

Mesmo diante do dramas biológicos, sociais, familiares, materiais e de relacionamento é possível aprendermos e crescermos em nossa estrutura espiritual. Experiências angustiosas, como a de Paulo, serve para mostrar a nossa limitação e total dependência de Deus.

Fim do trimestre, mas a viagem continua, conforme exemplo do apóstolo. Até a próxima lição.

Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

Um comentário:

  1. Vim fazer uma visita e ver seu blog e o que está a escrever.
    Pelo que dou graças, porque vejo seu esforço, pela riqueza que aqui tenho encontrado.
    Continue a enriquecer-nos com seus tesouros, e dando sempre o seu melhor, pois só assim é que somos enriquecidos.
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    António.

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