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domingo, 13 de março de 2022

Elias, o profeta da chuva e do fogo. Capítulo 5

b) O primeiro congresso misto de profetas:

Enfim chegou o dia do primeiro e único congresso misto de profetas da história. A reunião mais esperada do litoral norte do Mediterrâneo foi resolvida num piscar de olhos (I Rs 18.1). Este evento teve o encerramento com chave de ouro, ou melhor, com chave de fogo.

O local escolhido não poderia ser melhor, não pela localização geográfica, mas sim pelo contexto histórico, social e étnico.

Quem sabe a repercussão não seria tão grande e satisfatória caso fosse realizado em algum outro monte, talvez naqueles que estão em volta de Sião (Sl 125.2), ou nos montes da benção e maldição, Gerizim e Ebal respectivamente (Dt 27.12-13) ou no Monte Hermon (Sl 133.3), que presencia os primeiros sinais de vida do rio Jordão.

Este embate foi um dos fatos mais espetaculares da história bíblica, foi o encontro da mentira com a verdade, do falso com o verdadeiro. Mais grandiosa ainda foi a vitória que Elias obteve sobre os falsos profetas, pois significou a continuidade da existência de Israel como povo escolhido por Deus para cumprir seu propósito salvífico.

O convite para Israel foi lançado. Todos deveriam se reunir e caso o falso deus respondesse, poderia ser adorado. Ali no monte Carmelo, o monte do fogo, o monoteísmo hebreu estava prestes a ser resgatado. Foi o maior público[1] já reunido na história.

Elias recebeu autorização para organizar o evento e partiu rumo ao local estabelecido por Deus. Sua tarefa era avisar ao rei (I Rs 18.1) e encarregá-lo de reunir todo o reino e principalmente preparar os oitocentos e cinquenta profetas de Baal (I Rs 18.29).

Quantos destes profetas não devem ter tremido ao ouvirem sobre aquele encontro no monte? Entregar as costumeiras mensagens para agradar ao apostata rei era fácil: “Vive o rei, Baal é contigo, teremos chuvas e colheitas abundantes, depois que Baal ressuscitar e coabitar com a própria mãe no início da primavera”, mas agora enfrentar o Deus de Israel (Dt 6.4), o único digno de louvor e adoração (Sl 81.9), não seria uma tarefa fácil (Jl 2.1).

continua...

[1] Maior público já visto em uma “competição” e justamente no campo do adversário (Carmelo). O inimigo foi vencido em seu próprio campo.

 

Por: Ailton da Silva - 12 anos (Ide por todo mundo)

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