TEXTO ÁUREO
“E
disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora
que esteja como diante dele” (Gn 2.18).
VERDADE
PRÁTICA
A família é uma instituição divina. Ela é a
base da vida social.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Gênesis 2.18-24.
18 - E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem
esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.
19 - Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da
terra todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver
como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o
seu nome.
20 - E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves
dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que
estivesse como diante dele.
21 - Então, o SENHOR Deus fez cair um sono pesado
sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costeias e cerrou a carne em
seu lugar.
22 - E da costela que o SENHOR Deus tomou do
homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
23 - E disse Adão: Esta é agora osso dos meus
ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi
tomada.
24 - Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua
mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
PROPOSTA
•
A família foi criada
com desígnios sublimes;
•
Deus preparou um
lugar excelente para a primeira família;
•
Homem e mulher, ambos
vieram do pó e para lá retornarão;
•
A família desde a
instituição se tornou alvo do inimigo;
•
Qual a origem do mal
que ataca as famílias?
•
Depois da queda a
vida familiar não foi a mesma;
•
Família patriarcal: o
pai era o senhor da casa;
•
Família nuclear:
homem e uma mulher unidos (matrimônio);
•
Família atual:
atacada pela “carne, mundo e Maligno”.
INTRODUÇÃO
A família não é apenas um “mero produto
cultural”, conforme alguns conceitos e pensamentos modernos. É a mais
importante instituição criada por Deus, destinada para o bem da sociedade.
É o primeiro grupo social que um individuo
tem a oportunidade de fazer parte. Neste meio, são supridas “as necessidades sentimentais,
afetivas e emocionais básicas do ser humano”, impedindo desta forma a
manifestação da solidão, já que um das atribuições da família é gerar uma vida
social. É desejo de Deus que tenhamos uma vida familiar bem-sucedida.
A igreja,
formada pelas famílias, tende a refletir a situação de cada uma delas, por isto
que o Maligno a vem atacando desde o jardim do Éden, e nos últimos anos tem
investido pesado através de seus inúmeros instrumentos midiáticos. Sobre isto o
professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:
“[...] nestes “últimos dias”, ele (Maligno) tem
investido, pesadamente, contra a estrutura familiar, de forma especial, através
da televisão, usando, principalmente, suas novelas: desmoralizando o casamento,
incentivando as uniões ilícitas, incentivando o homossexualismo, enaltecendo a
liberdade sexual, quebrando a hierarquia familiar, retirando ou coibindo a
autoridade dos pais, e coisas correlatas. O objetivo de Satanás é enfraquecer,
desmoralizar, acabar com a estrutura familiar. Porém, seu alvo principal é a
Igreja. Ele sabe que combatendo a Família, está prejudicando a Igreja”.
a) Família: conceito e atribuições:
O entendimento e
a visão sobre o conceito e formação de família “está sendo substituída por
valores pautados nos direitos humanos”, porém se partimos do pressuposto que a
família é uma criação divina, cabe-nos acreditar e esperar que somente Deus
pode estabelecer e determinar princípios para regê-la, aliás isto já é do nosso
conhecimento, pois o homem e mulher foram criados à imagem de Deus para se
relacionarem (Gn caps. 1-3). Esta é “a única configuração familiar reconhecida” e
aceita por Deus para formação de uma família, seja ela “pobre ou rica,
desconhecida ou famosa, pequena ou grande, evangélica ou não”, em vias de
perfeição ou inserida em intermináveis conflitos.
Suas principais atribuições são permitir
uma vida intima conjugal, base para propagação do gênero humano; promover a
subsistência dos membros; favorecer a educação e afeto mútuo; amparar e
proteger contra os ataques do Maligno.
I.
A FAMÍLIA NO PLANO DIVINO
1. O PROPÓSITO DE DEUS.
Deus não criou o ser humano para viver em
solidão, tanto que após a criação do homem, o Senhor testificou a única parte
de sua criação que ainda não estava completamente de seu agrado. A situação do
homem, ‘ser gregário por natureza”, foi sentida por Deus, pois Ele percebeu que
não era bom aquela solidão e resolveu formar uma adjutora (Gn 2.18), “não é bom
que o homem esteja só. Far-lhe-ei uma adjutora, que esteja como diante dele”.
Esta decisão de Deus visava suprir a carência do homem. “Qualquer desvio deste principio contraria a decisão de Deus, e constitui
pecado”!
A família foi criado com desígnios
sublimes, com objetivos, pois ficou evidente que este grupo se tornaria a célula
mater da sociedade. O propósito divino era estabelecer uma instituição que
pudesse propiciar ao ser humano abrigo, companhia, relacionamento e que pudesse
se tornar o núcleo pelo qual as bênçãos do Senhor seriam espalhadas sobre toda
a terra. Sobre os desígnios e os objetivos da formação da família, bem como os
propósitos de Deus, o professor Francisco A. Barbosa escreveu:
“No céu estavam presentes a Trindade, o Pai, Filho e o Espírito, como
também querubins, serafins, arcanjos e anjos em uma harmonia e hierarquia que
nossa mente humana limitada não alcança em compreender, o Criador é um ser
sociável que precisava dar e receber amor, atenção, conselhos, proteção,
sustento, abrigo, amizade, assim se originou a Família de Deus na dimensão
celestial. No livro de Gênesis 1.26-27, se dá o início da primeira família
humana, Adão (hebraico, Adam = tirado da terra), formado a imagem e semelhança
de Deus, logo após isso pelo motivo da solidão que o homem sentia, Deus lhe
entrega a mulher formada de sua própria costela, do lado para ser auxiliadora,
debaixo do braço para ser protegida e perto do coração para ser amada. O lar
doce lar desta família era o jardim do Éden (original tradução = prazer), era
um lugar de prazer, satisfação onde eles se sentiam muitíssimos bem um com o
outro e ambos com Deus. O homem recebe uma responsabilidade, guardar o jardim
do Éden, Gênesis 2.15, podemos questionar então, mas, guardar do que ou de
quem? Lendo este verso bíblico acima entendemos que ele recebera duas tarefas,
uma era física lavrar o jardim, outra espiritual guardar o jardim, guardar de
qualquer ação do maligno o adversário de Deus e de Sua criação, essa autoridade
ele recebeu do Senhor de dominar sobre toda criação”.
O homem após o pecado original, jamais
teria condições de pensar, criar algo ou mecanismo que pudesse lhe proporcionar
condições dignas de vida em grupo, por isto que Deus estabeleceu a família,
mesmo no jardim do Éden, para que sua criação, a partir daquele ambiente
pudesse entender o conceito ou que pelo menos lutasse pela sua preservação.
Atualmente temos visto e vivido um tempo de
escassez na área dos relacionamentos. Estamos ficando cada vez mais
superficiais, frios e distantes uns dos outros. Por se multiplicar a iniquidade
o amor está esfriando (Mt 24.12). Por isso precisamos investir em nosso
relacionamento familiar, cientes de tal situação.
2. UM LUGAR DE PROTEÇÃO E SUSTENTO.
Deus, na sua perfeição, preparou um lugar
excelente para receber a primeira família, o jardim do Éden, um local especial,
fechado, de acolhimento, proteção e provisão, “o primeiro habitat do homem”, o
ambiente perfeito, somente para eles, Adão e Eva.
Eles tinham tudo que precisavam para
usufruir de uma vida saudável e feliz (Gn 1.29). Eles desfrutavam da companhia
de Deus e nada lhes faltava. Tudo foi pensado nos mínimos detalhes, medo,
solidão, clima, animosidade entre as criações, proteção, sustento, entre outros
cuidados. Sobre isto o pastor Isaías de Jesus e o professor Francisco A.
Barbosa escreveram respectivamente:
”O casal, constituído
nos primeiros habitantes humanos do planeta, se deliciava nas noites calmas e
amenas do Paraíso. Não havia temor ou pavor da escuridão. O medo era
desconhecido. O cenário noturno era tranqüilizador. A brisa suave soprava no
arvoredo, levando ao casal os odores perfumados das plantas silvestres. O
firmamento, ao longe, pontilhado de estrelas brilhantes, nas noites escuras,
oferecia um espetáculo de rara beleza. Nas noites de lua, diminuindo o brilho
estelar, fazia-se extraordinariamente belo o ambiente paradisíaco. Sem dúvida,
com maior intensidade, brilhava o astro noturno. As manhãs e tardes eram
agradáveis. Uma temperatura média, adequada ao bem-estar dos habitantes
edênicos, era sentida em todo o planeta. A luz solar empolgava-os. Em cada
canto, se percebia a beleza da criação nos seus mínimos detalhes. O homem se sentia muito feliz. O ar
era puro na mais alta expressão. Os animais, as aves, todos os seres da
natureza nenhum mal causavam ao homem: conviviam na mais perfeita harmonia”.
“Quando Deus criou o ser humano nas figuras de Adão e Eva, deu-lhes como
habitação uma vasta área repleta de fertilidade, de natureza exuberante, com o
melhor em recursos vegetais, animais e minerais. A região, conhecida como
Jardim do Éden (hb. Gan Eden, גן עדן). No Éden, ao homem era permitido desfrutar de tudo o que a
natureza oferecesse em se falando de alimento e abrigo, exceto os frutos da
árvore do conhecimento do que era bom e mau”.
O propósito do Senhor era que cada família
tivesse os recursos suficientes para sua subsistência, pois a escassez e as
privações trazem conflitos para as famílias. Porém, com a ajuda do Pai Celeste
estes conflitos podem ser sanados, pois o Senhor é o nosso bom Pastor (Sl 23).
Deus deseja que cada família tenha a sua provisão diária (Mt 6.11). E da mesma
forma que Adão tinha a responsabilidade de cuidar do Jardim (Gn 2.3), Deus deu
a você a responsabilidade de zelar por sua família.
Adão não sabia que estava só. Ele percebeu
após ter nomeado os animais (Gn 2.19-20), pois observou que eles não viviam só.
Deus previu de antemão o problema e preparou a solução, a sua obra prima, que
não era o homem e tampouco a mulher, mas sim a união, uma só carne.
Deus retirou uma costela e criou Eva, sua
companheira (Gn 2.22). Depois eles foram abençoados (Gn 1.28), esta foi a
primeira oportunidade em que o homem recebeu a benção de Deus. “Estava, assim, realizado, pelo próprio Deus, o primeiro casamento, e
determinado uma de suas três funções: a perpetuação da raça humana”. Os dois
foram os únicos, da raça humana, que não tiveram que deixar pai e mãe para se
unirem (Gn 2.24). Sobre a reação de Adão e o desenrolar dos principais fatos em
sua família, o pastor Isaias de Jesus escreveu:
“Se o acordar da
anestesia e contemplar a mulher deve ter sido motivo de admiração e surpresa,
imagine-se o que Adão sentiu ao perceber que no ventre da esposa havia um novo
ser em formação. E ,
mais ainda, quando o primeiro filho veio à luz! Quando os dois primeiros filhos
já eram jovens ou adultos, Caim matou Abel por inveja da aceitação de Deus para
o sacrifício oferecido pelo irmão. Outros filhos e filhas nasceram do primeiro
casal (Gn 4.25,26). Adão viveu 930 anos e teve muitos outros filhos e filhas,
cujos nomes não são registrados no Gênesis (Gn 5.4,5)”.
Ambos vieram do pó da terra e um dia ao pó
tornarão. Após criar a mulher, o Senhor ordenou o casamento, estabelecendo
então a mais importante instituição de uma sociedade: a família (Gn 2.24). Isto
mostra que diante do Todo-Poderoso, homem e mulher são iguais na sua essência.
II.
A QUEDA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A FAMÍLIA
1. O ATAQUE DO INIMIGO.
Satanás, de modo envolvente e suave, levou
a mulher a desobedecer à voz de Deus (Gn 3.1). “A
tentação veio de fora”, o Maligno investiu contra o casal. Sabendo que não
seria fácil atingir os dois, ele então elegeu a vítima, a mulher, que distraída
não percebeu a sua aproximação. Surgiu do nada, imperceptível, de surpresa e
atacou.
Sua primeira
atitude foi lançar duvidas quanto às ordens de Deus. Ele garantiu que não
haveria morte com a desobediência. Em outras palavras, ele afirmou que Deus
havia mentido para sua criação. Como não houve reação, por parte da mulher, ele
então deu a cartada final. “Sem qualquer ameaça, sem nenhuma palavra forte,
apenas na sutileza” ele conseguiu o seu objetivo.
Eva até conseguiu confirmar as ordens de
Deus (Gn 3.2,3), mas cedeu à tentação do Maligno. Este a iludiu, seduziu e a
fez cair no pecado da desobediência (Gn 3.4,5), e Adão seguiu pelo mesmo caminho.
O casal poderia ter recusado a sugestão do Diabo, mas não o fizeram, e depois
de pecarem, caíram na condenação divina.
Isso nos mostra que a família, desde a sua
instituição, foi alvo dos ataques do Inimigo. Satanás fez de tudo para que o
propósito de Deus para as famílias fosse destruído. Porém, Deus é soberano e
Senhor, e seus propósitos jamais serão frustrados (Jó 42.2). Da semente da
mulher nasceria o Messias, aquEle que esmagaria Satanás (Gn 3.15). O propósito
do Inimigo é matar, roubar e destruir, mas Jesus veio ao mundo para destruir os
intentos do Maligno (Jo 10.10).
2. OS RESULTADOS DA QUEDA NO RELACIONAMENTO FAMILIAR.
O pecado é a origem do mal que atacam a
família. Prova disto foi a vida perfeita que Adão e Eva levavam ainda no Éden,
mas quando o pecado entrou em cena trouxe toda sorte de sentimentos até então
desconhecidos, tais como o medo, a culpa e a vergonha, perturbando a
convivência do casal (Gn 3.3-12). O principal mal visto logo na descoberta do
erro foi a rebelião a troca de acusações entre o casal, principalmente pela
declaração de Adão: “a mulher que me destes por companheira, ela me deu da
árvore, e comi” (Gn 3.12). Isto trouxe a tona as conseqüências do erro.
O pecado sempre faz o relacionamento com
Deus e o familiar adoecerem. Quando perceberam a voz de Deus se esconderam,
pois temeram, mas deveriam se esconder ou pelo menos temer um ao outro. Eles se
uniram e optaram pela proteção mútua.
Há muitos lares doentes, onde a família
deixou há muito tempo de ser um local de acolhimento, proteção e cuidado devido
aos pecados não confessados e não abandonados. Essas transgressões causam culpa
e separam as famílias da comunhão com Deus, sobre isto o professor Luciano de
Paula Lourenço escreveu:
“O pecado, ao trazer a desigualdade de gênero, já tornou tensas as
relações entre marido e mulher, mas, logo em seguida, com o primeiro homicídio,
bem demonstrou que vinha a atacar de forma direta a própria Família. Desde
então, o pecado tem transtornado muitíssimo a vida familiar, vida esta que se
encontra, nos nossos dias, em frangalhos, por causa, precisamente, do pecado. O
pecado gera a destruição da vida familiar, pois desfaz a pureza e a
estabilidade entre marido e mulher, retirando assim a necessária autoridade
moral indispensável para o relacionamento entre pais e filhos, gerando milhares
e milhares de vidas sem afeto e sem amor”.
O pecado de um único homem trouxe
consequências terríveis para toda a humanidade. Depois da Queda a vida familiar
já não seria mais a mesma. A mulher teria filhos com muita dor (Gn 3.16) e o
seu desejo, ou seja, sua vontade estaria submetida à vontade de seu marido.
Adão deveria comer agora seu pão diário com dores, pois o trabalho de arar a
terra para ter sua subsistência garantida seria bem difícil (Gn 3.17). A Terra
também foi afetada pelo pecado, produzindo espinhos e cardos (Gn 3.18). A morte
física também é uma consequência da transgressão do homem (Gn 3.19). O
professor Francisco A. Barbosa relacionou outras conseqüências e males advindos
do pecado original:
“As Consequências da Queda do Homem são: Conhecimento do mal; A perda da
comunhão com Deus; Separou-se de Cristo; O espírito do homem ficou em estado de
morte; A perversão da natureza moral; Tornou-se escravo do pecado e de Satanás,
e Perdeu muito de sua inteligência (além de outros resultados funestos). As
três conseqüências más sobre a mulher, uma maldição tríplice: A concepção
multiplicada; O aumento de dores durante a maternidade, e Sujeição ao domínio
do homem. Vedado o Caminho da Árvore da Vida (Gn 3.24). Foi por misericórdia
que Deus expulsou Adão e Eva do Jardim e proibiu a sua aproximação da árvore da
vida, pois se tivessem comido dessa árvore amargariam uma existência eterna, no
triste estado em que se encontravam! Era preferível estarem sujeitos à morte
física, pois a mesma serve para conduzir o homem a Cristo”.
Deus ama o pecador, mas não tolera o
pecado. Como punição pela desobediência, Adão e Eva, foram expulsos do Jardim
do Éden (Gn 3.20-24). A vida no Jardim, antes da Queda pode ser comparada à
vida eterna que um dia desfrutaremos no céu. Tudo era bom, pois foi tudo
pensado, planejado e criado por um Deus que preza pela excelência. Se tivessem
permanecido na obediência, Adão e Eva teriam sido felizes para todo o sempre,
mas “a santidade original do homem não era imutável”,
pois o desejo de Deus foi criar um homem e não outro deus.
Todavia, Jesus Cristo veio ao mundo para
resgatar as famílias da maldição do pecado. Cristo se fez pecado por nós, e na
cruz levou as nossas iniquidades sobre si (Is 53.4). Isso nos mostra o quanto
Deus deseja abençoar nossas famílias.
III.
A CONSTITUIÇÃO FAMILIAR AO LONGO DOS SÉCULOS
1. FAMÍLIA PATRIARCAL.
O modelo familiar com o passar dos tempos sempre
esteve sujeito a mudanças. Já tivemos a família patriarcal, monogâmica,
consanguínea, etc. Todavia isso não altera o valor e a importância da família.
A família patriarcal, modelo visto no
principio da humanidade, é um exemplo familiar onde é permitido ao homem ter
diversas esposas. Foi muito comum no Antigo Testamento, mas não era o molde
determinado pelo Senhor. Deus o tolerou, porém esta nunca foi a sua vontade. No
modelo de família patriarcal o pai (pater) era visto como o senhor da casa e da
família. As esposas e os filhos não tinham liberdade de escolha, pois a palavra
final era sempre do patriarca e, por conseguinte, “não era observado o
princípio da monogamia, estabelecido por Deus no Éden” (Gn 2.24). Sobre este
modelo de família o professor Francisco A. Barbosa escreveu:
“Quando pensamos em modelo patriarcal, pensamos de imediato em um tipo
de estrutura familiar extensa, ou seja, é um conceito de família que abriga em
seu seio todos os agregados. Na
definição da família patriarcal, temos uma família numerosa, composta não só do
núcleo conjugal e de seus filhos, mas incluindo um grande número de criados,
parentes, aderentes, agregados e escravos, submetidos todos ao poder absoluto
do chefe de clã, que era, ao mesmo tempo, marido, pai, patriarca. O termo patriarcalismo,
designa a prática desse modelo como forma de vida própria ao patriarca, seus
familiares e seus agregados. Nele, o pater seria o chefe (ou,
autoridade maior) do grupo familiar. Logo, não se restringe apenas ao núcleo
familiar pai, mãe e filhos, mas faz referência a todos os que giram em torno do
núcleo centralizador dos vários tipos de relação: o patriarca. Dessa forma, o
patriarca constitui-se em um núcleo econômico e um núcleo de poder”.
Este foi o modelo idealizado pelo Senhor,
“uma estrutura nuclear ou conjugal, que consiste em duas pessoas adultas”, se
tratando de um homem e uma mulher unidos pelo matrimônio e seus filhos,
biológicos ou adotados.
É a chamada família tradicional, composta
por pai, mãe e filhos, como foi o caso de José, Maria,
Jesus e seus irmãos”. A
poligamia vai contra o princípio divino do marido e da esposa ser uma só carne
(Gn 2.24; Mt 13.5).
A família está inserida dentro de um
contexto social e, portanto, sujeita a mudanças, porém os princípios divinos
para as famílias são eternos e imutáveis (Mt 24.35). Os inimigos e desafios
enfrentados na atualidade são muitos, alguns espirituais:
a) A carne:
Aqui, referimo-nos à “carne” como a
natureza carnal que se opõe ao Espírito Santo e volta-se para tudo o que é
contrário à vontade de Deus. A luta entre a carne e o espírito (Rm 7.15-24) é
tão intensa, que pode nos fazer pensar que não há como sairmos vencedores (Rm
7.24). Mas Deus, em
Cristo Jesus , nos dá a solução. Ele nos livra “do pecado e da
morte” (Rm 8.1,2). A família cristã precisa, na direção do Espírito, combater a
natureza carnal. Assim, evitará o adultério, os vícios e todas as mazelas que
visam destruí-la.
b) O mundo:
Diz-nos o apóstolo do amor: “Não ameis o mundo,
nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1
Jo 2.15). Quanto a este ponto não há meio-termo: ou amamos a Deus ou amamos o
mundo. Não há a mínima possibilidade de servimos a dois senhores (Mt 6.24).
c) O Diabo:
A Palavra de Deus nos ensina uma única
forma de vencermos o Maligno: “Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e
ele fugirá de vós” (Tg 4.7). Se a família sujeitar-se a Deus e resistir o
Diabo, este fugirá, pois o segredo da nossa vitória contra Satanás começa com a
nossa submissão a Deus, para que depois, sim, possamos resistir ao Diabo. E
quando resistirmos ao adversário, não nos esqueçamos de usar a “armadura de
Deus” (Ef 6.10-17), em especial, “o escudo da fé”, com o qual poderemos “apagar
todos os dardos inflamados do maligno” (Ef 6.16).
CONCLUSÃO
Nunca a família foi tão desafiada pelas
forças do mal como hoje, porém é na presença do Senhor que a família garantirá
a vitória sobre os desafios da sociedade atual. A primeira família foi criada e
permitida viver em um ambiente propicio para viverem em comunhão e paz, um
lugar de benção. “Esse foi e continua sendo o propósito de Deus para a Família”.
OBJETIVOS DA
LIÇÃO:
1) Compreender
a família no plano divino.
•
Deus não criou o ser
humano para viver em solidão;
•
O Éden foi o melhor
lugar para receber a primeira família.
2)
Conscientizar-se das consequências da queda.
•
O pecado trouxe à tona
os sentimentos desconhecidos;
•
Depois da queda a vida
familiar não foi mais a mesma.
3) Analisar a
constituição familiar ao longo dos anos.
•
Patriarcal (polígama),
nuclear (monogâmica).
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Francisco de
Assis. Família, criação de Deus. Disponível em:
http://auxilioebd.blogspot.com.br/2013/04/licao-1-familia-criacao-de-deus.html.
Acesso em 04 de abril de 2013.
BARBOSA, José Roberto A. Família, criação de Deus. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com.br/2013/04/licao-01.html.
acesso em 02 de abril de 2013.
Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003
Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri
(SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000
Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade
Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus,
2003.
CARNEIRO
FILHO, Geraldo. Família, criação de Deus. Disponível em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/2013/04/escola-biblica-dominical-igreja.html.
Acesso em 04 de abril de 2013.
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JESUS, Isaías de. Família,
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Acesso em 03 de abril de 2013.
LOURENÇO, Luciano de Paula. Família, criação de Deus. Disponível
em: http://luloure.blogspot.com.br/2013/04/aula-01-familia-criacao-de-deus.html.
acesso em 02 de abril de 2013.
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