TEXTO ÁUREO
“O temor do Senhor é o princípio da ciência;
os loucos desprezam a sabedoria e a instrução” (Pv 1.7).
VERDADE PRÁTICA
Provérbios
e Eclesiastes são verdadeiras pérolas da sabedoria divina para o nosso bom
viver.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Provérbios
1.1-6.
1 - Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de
Israel.
2 - Para se conhecer a sabedoria e a instrução;
para se entenderem as palavras da prudência;
3 - para se receber a instrução do entendimento,
a justiça, o juízo e a equidade;
4 - para dar aos simples prudência, e aos jovens
conhecimento e bom siso;
5 - para o sábio ouvir e crescer em sabedoria, e
o instruído adquirir sábios conselhos;
6 - para entender provérbios e sua
interpretação, como também as palavras dos sábios e suas adivinhações.
PROPOSTA DA LIÇÃO
•
Bíblia: bons conselhos
que revelam a sabedoria divina;
•
Salomão foi o principal
autor do livro de Provérbios;
•
Eclesiastes: balanço da
vida;
•
Quem são os sábios
citados em Provérbios?
•
Provérbios: prática
cotidiana de nossa existência;
•
Deus dá inteligência que
serve para nós mesmo;
•
Deus: fonte da sabedoria
de Salomão;
•
Provérbios: conjunto de
valores éticos e morais;
•
Eclesiastes: aponta para
Deus como razão da existência.
INTRODUÇÃO
“Águas
passadas não movem moinhos”; “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”;
“Quem espera sempre alcança”, e muitos outros, são expressões que contêm
conselhos de uma cultura popular impregnada de valores éticos, morais e
sociais, que acabam por dirigir as regras da vida em sociedade.
Mais
do que qualquer outra fonte, a Bíblia está recheada dessas pérolas. São bons
conselhos que revelam a sabedoria divina. Estas máximas bíblicas são expressas
em linguagem figurada, das mais variadas formas (parábolas, fábulas, enigmas e
provérbios), que quando observados e aplicados se revelam como preciosidades na
vida daqueles que temem ao Senhor.
Encontramos em toda a Bíblia muitos conselhos, em
especial nos livros de Provérbios e Eclesiastes, que “tratam a respeito da
sabedoria, não a dos homens, mas a de Deus”. É um misto de “parecer, juízo, advertência,
admoestação, aviso, opinião sobre o que convém fazer”, ou não, os quais facilitam
o nosso relacionamento, tanto social quanto espiritual.
Dois
livros, de caráter prático e comum, que visavam moldar o cotidiano de Israel,
mas que são da mesma forma são aplicados à nossa realidade. Contém princípios
que são inquestionáveis, uma vez que facilitam o desenvolvimento de uma “uma vida cristã equilibrada e ativa”.
I. JOIAS
DA LITERATURA SAPIENCIAL
1.
O LIVRO DE PROVÉRBIOS.
A
Bíblia diz que Salomão compôs “três mil provérbios, e foram os seus cânticos
mil e cinco” (1Rs 4.32), ele foi extremamente usado por Deus para esta tarefa.
O texto sagrado identifica Salomão como o principal autor do livro de
Provérbios (Pv 1.1), mas não o único.
O
próprio Salomão exorta a que se ouça “as palavras dos sábios” (Pv 22.17), e
declara fazer uso de alguns dos provérbios desses sábios anônimos (Pv 24.23),
ou seja, ele também viveu o que pregou, colocou em prática muitos de seus
provérbios, não era tão somente orientar, tinha que dar o exemplo. “Façam o que
eu mando e façam o que faço”.
O
livro revela que havia alguns provérbios de Salomão que circulavam nos dias do
rei Ezequias, e que posteriormente foram compilados pelos homens deste piedoso
rei (Pv 25.1).
Por
último, o livro de Provérbios revela que Agur, filho de Jaque, de Massá, é o
autor do capítulo 30. Já o capítulo 31 é atribuído ao rei Lemuel de Massá. O
livro pertence ao gênero literário hebreu conhecido como sapiencial, isto é, literatura
da sabedoria.
O
propósito do livro, em tese, é nos oportunizar conhecimento, sabedoria,
instrução, para entendermos as palavras de
inteligência, para adquirirmos prudencia e crescimento (Pv 1.1-5).
2.
O LIVRO DE ECLESIASTES.
Eclesiastes,
juntamente com Cantares, Jó, Salmos e Provérbios, também faz parte do gênero
literário conhecido como “Literatura Sapiencial”. Sua autoria é atribuída a
Salomão (Ec 1.1). Foi escrito durante o seu vigor, um período de intensa
reflexão, análise, uma espécie de retrospectiva de sua vida e experiência. Ele
chegou a conclusão de que tudo o que havia vivido, adquirido e usufruído não
foram e não seriam capazes de satisfazer sua, a carência de Deus.
Embora
escrito pelo filho de Davi e pertença ao mesmo gênero literário, o livro de
Eclesiastes possui um estilo diferente de Provérbios. Ele se apresenta como um
discurso usado em assembleias ou templos. Alguns intérpretes acreditam que se
trata de uma coletânea utilizada por Salomão em seus discursos.
Ao contrário do que muitos pensam, o
livro de Eclesiastes não expõe uma espécie de ceticismo ou desencanto
existencial. “Se destaca por ser o único livro das Escrituras que
reflete um ponto de vista humano, não divino da existência”, mas isto de forma
nenhuma coloca em xeque a inspiração divina do autor.
Salomão
faz um balanço da vida do ponto de vista de alguém que teve o privilégio de
vivê-la com intensidade, mas que descobre ser ela totalmente vazia se não
vivida em Deus. A
própria sabedoria, tão celebrada nos Provérbios, quando posta a serviço de
interesses pessoais e objetivos mesquinhos é tida como tola.
II. A
SABEDORIA DOS ANTIGOS
1.
A
INTELIGÊNCIA DOS SÁBIOS.
Já
observamos que pelo menos duas referências do livro de Provérbios fazem citação
das “Palavras dos Sábios” (Pv 22.17; 24.23). Mas quem são esses sábios? O texto
não os identifica. Todavia, o Primeiro Livro dos Reis fala acerca de outros
sábios, igualmente famosos, e como Salomão os sobrepujou a todos eles (1 Rs
4.29-31), pois a fonte de sua sabedoria era infinitamente superior a deles, era
inesgotável, enquanto que a deles era de pouca profundidade.
2.
A
SABEDORIA DE SALOMÃO.
O
escritor americano Eugene Peterson mostra a singularidade da sabedoria
salomônica em diferentes áreas da vida. Mais especificamente nos Provérbios, há
uma amostra de como honrar os pais, criar os filhos, lidar com o dinheiro,
conduzir a sexualidade, trabalhar e exercitar liderança, usar bem as palavras,
tratar os amigos com gentileza, comer e beber saudavelmente, bem como cultivar
emoções e atitudes em relação aos outros de modo pacífico. Peterson ainda
mostra que o princípio da sabedoria salomônica destaca que o nosso modo de
pensar e corresponder-nos com Deus reflete a prática cotidiana de nossa
existência. Isto significa que nada, em nossa vida, precede a Deus. Sem Ele
nada podemos fazer.
A
grande questão é como Salomão adquiriu tamanha sabedoria? Qual era o seu
objetivo e como aplicou no seu dia a dia e na sua administração? De posse desta
sabedoria sua alegria foi por estar agradando a Deus ou somente por estar sobrepujando
aos demais sábios de sua época?
III. AS
FONTES DA SABEDORIA
1.
A
SABEDORIA POPULAR.
Os
livros poéticos mostram, entre outras coisas como louvores e orações, muito da
sabedoria do povo de Israel. Ciente dessa verdade, Salomão apresenta máximas
populares para compor os seus Provérbios (Pv 22.17; 24.23).
Algumas
máximas populares apresentam verdades, mesmo que sejam, por nós, rejeitadas ou
vista como “imundícia diante de Deus, remendos velhos, íntimas, etc”. A sabedoria
popular é infinitamente inferior à Divina, e não abrange todos os aspectos da
vida humana, principalmente o espiritual, porém mesmo assim tem sua utilidade.
Podemos
entender que Deus dá inteligência aos homens para que estes possam analisar as
situações da vida e tirar delas conclusões que servirão para si mesmos e para
outras pessoas.
2.
A
SABEDORIA DIVINA.
O
texto bíblico destaca que Salomão “falou das árvores, desde o cedro que está no
Líbano até ao hissopo que nasce na parede; também falou dos animais, e das
aves, e dos répteis, e dos peixes. E vinham de todos os povos a ouvir a
sabedoria de Salomão e de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua
sabedoria” (1Rs 4.33,34). De onde vinha tanta sabedoria? Salomão orou pedindo a
Deus sabedoria (1Rs 3.9) e o Senhor respondeu-lhe integralmente (1Rs 3.10-12).
A
fonte da sabedoria de Salomão é Deus (Jó 28.20) e o principio dela é o temor ao
Senhor (Sl 111.10), isto explica o motivo pelo qual ninguém conseguiu
superá-lo.
IV. O
PROPÓSITO DA SABEDORIA
1.
VALORES ÉTICOS E MORAIS.
Na
introdução do livro de Provérbios, encontramos um conjunto de valores éticos e
morais que revelam o propósito desses conselhos. Ali, consta todo o objetivo
proposto pelo livro:
- Conhecer a sabedoria e a instrução;
- Entender as palavras da prudência;
- Receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a equidade;
- Dar aos simples prudência e aos jovens conhecimento e sensatez;
- Ouvir e crescer em sabedoria;
- Adquirir sábios conselhos;
- Compreender provérbios e sua interpretação, bem como também as palavras dos sábios e suas metáforas (Pv 1.1-6).
Os valores éticos e morais são, assim como os
espirituais, importantíssimos para o bom relacionamento com os da nossa espécie
e muito mais para agradarmos a Deus, uma vez que se torna impossível que
consigamos este intento apenas atentando para o aspecto espiritual de nossa
vida. É necessário que cultivemos também o ético e o moral, para não corrermos
o risco afetarmos a nossa estreita comunhão com Deus.
2.
VALORES ESPIRITUAIS.
Além
de apontar valores éticos e morais, ao afirmar que o “temor do Senhor é o
princípio da ciência; [e que somente] os loucos desprezam a sabedoria e a
instrução” (Pv 1.7), o cronista sacro abaliza os valores espirituais que
sobressaem nas palavras de Provérbios e que são de extrema importância, pois
“regulam e definem a intensidade do nosso relacionamento com Deus”.
Da
mesma forma, o livro de Eclesiastes aponta para Deus como a razão de toda a
existência humana. Fora dele não há base segura para uma moral social. Os
livros de Provérbios e Eclesiastes formam uma tessitura milenar no contexto
religioso judaico que, adaptado à nossa realidade, apresentam conselhos
práticos para a vida cotidiana de todos os homens.
CONCLUSÃO
A
literatura sapiencial, representada neste trimestre pelos livros de Provérbios
e Eclesiastes, revela que o temor do Senhor é o fundamento de todo o saber.
Ninguém pode ser considerado sábio se os seus conselhos não revelarem
princípios do saber divino. Segundo a Bíblia, um sábio não se caracteriza
apenas por ter muita informação ou inteligência, mas é alguém que aprendeu o
temor do Senhor como a base de toda sua vida e, por isso, sabe viver e conviver
(Tg 3.13-18).
OBJETIVOS
1. Conhecer o conceito geral dos livros
de Provérbios e Eclesiastes.
2. Identificar as fontes da sabedoria
dos sábios antigos.
3. Compreender o propósito da sabedoria
ensinada em Provérbios e Eclesiastes.
REFERÊNCIAS
BARBOSA,
José Roberto A. O
valor dos bons conselhos. Disponível
em: http://subsidioebd.blogspot.com.br/2013/09/licao-01.html.
Acesso em 02 de outubro de 2013.
Bíblia
de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.
Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão
Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.
Bíblia
Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do
Brasil, 2000.
Bíblia
Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de
Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.
CARNEIRO
FILHO, Geraldo. O valor dos bons conselhos. Disponível em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/2013/09/4-trimestre-2013-licao-n-01-06102013-o.html.
Acesso em 02 de outubro de 2013.
COSTA
JÚNIOR, José. O valor dos bons conselhos. Disponível em: http://rxisaias.blogspot.com.br/2013/10/o-valor-dos-bons-conselhos.html. Acesso em 03 de outubro de 2013.
Estudantes da Bíblia. O valor dos bons conselhos. Disponível em: http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2013/2013-04-01.htm.
Acesso em 03 de outubro de 2013.
Por: Ailton da Silva - Ano V
Nenhum comentário:
Postar um comentário