TEXTO ÁUREO
“Bebe a água da tua cisterna e das correntes do teu
poço. [...] Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua
mocidade” (Pv 5.15,18).
VERDADE PRÁTICA
A
melhor prevenção contra o adultério é temer ao Senhor e estreitar os laços do
amor conjugal.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE – Provérbios 5.1-6
1
- Filho
meu, atende à minha sabedoria: à minha razão inclina o teu ouvido;
2
- para
que conserves os meus avisos, e os teus lábios guardem o conhecimento.
3
- Porque
os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais
macio do que o azeite;
4
- mas
o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois fios.
5
- Os
seus pés descem à morte; os seus passos firmam-se no inferno.
6
- Ela
não pondera a vereda da vida; as suas carreiras são variáveis, e não as
conhece.
PROPOSTA DA LIÇÃO
•
Casamento: o limite para vivermos a
sexualidade;
•
Provérbios define o sexo como honroso e
nobre;
•
Sexo, criado por Deus para homem e
mulher casados;
•
Somos agentes morais livres para
escolhermos, bem/mal;
•
Atenção: Beba água de tua própria
cisterna;
•
Desonra da família: consequência
inevitável do adultério;
•
Relacionamento extraconjugal afeta a
comunhão familiar;
•
O relacionamento sexual deve atender propósitos
divinos;
•
Antídoto para a infidelidade: apego à
Palavra.
INTRODUÇÃO
O advento das mídias eletrônicas, e
de forma mais específica as redes sociais, facilitou muito para a possibilidade
de alguém vir a ter um “caso” extraconjugal. O adultério, prática sexual
entre uma pessoa casada e outra, que não o seu conjugue, uma verdadeira loucura
(Pv 6.32-35), que origina muitos males e causam muitos desvio de caráter em muitos. Um grave
pecado, condenado pela Lei Mosaica e duramente castigado (Lv 20.10; Dt 22.22),
atualmente é visto como normal pela sociedade. As estatísticas demonstram essa triste realidade. A
cada dia, cresce o número de lares desfeitos e, juntamente com este fenômeno,
as consequências nefastas para a sociedade. E as igrejas? Estas também têm
sofrido o efeito de tais males.
Apesar
de a infidelidade conjugal ser uma prática pecaminosa antiga, é preciso
entender que a sexualidade é algo intrínseco ao ser humano. Logo, o desejo por
satisfação sexual acompanha tanto o homem como a mulher desde sempre. O
problema está na forma de expressão do desejo e em como é satisfeito.
Segundo
o entendimento mundano, não há regras para o homem e a mulher viverem a sua
sexualidade. No entanto, as Escrituras demarcam um limite bem preciso: o
casamento legitimamente instituído por Deus.
O sábio escritor do livro dos
Provérbios não economizou palavras e ironias para denunciar a prática do
adultério (Pv 7) e advertir o homem a mulher quanto ao fascínio pela infidelidade conjugal (Pv 5.3-14). Neste
livro encontraremos os conselhos da
sabedoria bíblica para orientar-nos contra as ilusões e as artimanhas do
adultério. A displicência, imaturidade e fraqueza são palavras que denotam o perfil
do homem que, inexplicavelmente, deixa a casa da sua esposa a fim de unir-se
com uma estranha, que não é mãe de seus filhos e muito menos foi aquela com
quem esteve ao lado durante suas conquistas. Esta estranha é a mulher que
deseja tirar tudo o quanto ele construiu e conquistou.
Por fim Jesus
também ensinou a respeito do assunto e devido a gravidade, Ele responsabilizou
os olhos por transmitir ao coração a rápida resposta. Os olhos dão o “comando”
para que haja o ato externo seja consumado.
I. CONSELHOS SOBRE
A SEXUALIDADE HUMANA
1. UMA DÁDIVA
DIVINA.
Boa parte dos conselhos de Salomão
diz respeito à sexualidade humana. Ele dedicou quase três capítulos do livro de
Provérbios para falar sobre o sexo e seus desvios (Pv 5.1-23; 6.20-35; 7.1-27),
pois se trata de uma “atividade inata à natureza humana estabelecida pelo próprio
Deus”. Salomão em seus provérbios, nos oportunizou dezenas de máximas que nos ensinam
muito sobre como estabelecer o parâmetro de um relacionamento saudável.
Quando
ainda discorria sobre os perigos da infidelidade conjugal, o sábio advertiu:
“Porque os caminhos do homem estão perante os olhos do Senhor, e ele aplana
todas as suas carreiras” (Pv 5.21). Isto é, Deus considera os caminhos do homem
e a forma deste conduzir até mesmo a sua sexualidade, pois se trata de uma
criação divina e como tal é uma dádiva do Criador à humanidade. Se o Senhor
“aplana todas as nossas carreiras”, demonstrando cuidado pelo exercício correto
da sexualidade, concluímos não ser o sexo algo mau ou maligno, mas algo honroso
e nobre (Hb 13.4; 1Pe 3.7).
2. UMA PREDISPOSIÇÃO HUMANA.
Ao iniciar a sua coletânea de conselhos sobre como evitar os
laços do adultério, Salomão chama a atenção do seu “filho” para que ouças os
seus conselhos e aja em conformidade com estes (Pv 5.1,2). O texto hebraico de
Provérbios, nesse versículo, apresenta a palavra bem traduzida em nossas Bíblias como
“filho”. O mesmo termo ocorre também nas advertências contra o adultério em
Provérbios 6.20 e 7.1. A palavra ben pode se referir tanto a um filho
biológico quanto a um discípulo. Em todos os casos, a admoestação é dirigida a
um ser humano que, como todos nós, está sujeito à tentação, seja rei,
sacerdote, autoridade, servo ou escravo, ninguém está isento. Portanto, a fim
de vivermos o gozo da nossa sexualidade nos parâmetros estabelecidos pelo
Criador, que é o casamento, ouçamos o conselho do sábio.
O sexo, portanto, foi criado por Deus para ser praticado
entre um homem e uma mulher, mas somente no casamento. Antes do casamento e
fora do casamento é pecado.
II. AS CAUSAS DA INFIDELIDADE
1. CONCUPISCÊNCIA.
Um fato
interessante salta aos olhos de quem lê os conselhos de Salomão contra a mulher
adúltera em Provérbios: não há referência ao Diabo em suas advertências! O
sábio não responsabiliza o anjo caído pelo fracasso moral dos homens, mas
responsabiliza aquele a quem chama de “filho meu”. Somos agentes morais livres
e temos a liberdade de escolher entre o bem ou o mal.
O mal se inicia na
mente, depois de uma rápida passada pelos olhos, o qual envia o “comando” para
o coração. Neste campo ganhamos batalha ou perdemos de “goleada”. Por isto o
sábio nos aconselha: “Não cobices no teu coração a sua formosura, nem te
prendas com os seus olhos” (Pv 6.25; cf. Gl 5.16).
2. CARÊNCIAS.
Em Provérbios 5.15-17, o sábio lança mão de algumas metáforas
para aconselhar como deve ser a vida íntima do casal. A frase “bebe a água da
tua própria cisterna” mostra que o sexo não deve ser praticado apenas como um
dever de um cônjuge para com o outro (1Co 7.3), mas como algo prazeroso, assim
como o é beber água! Se esse princípio não for observado, um dos cônjuges
ficará com a sensação de que lhe falta alguma coisa! Desgraçadamente, muitos
vão saciar-se noutra fonte (Pv 7.18), daí o desastre em muitas famílias.
O
adágio popular prega que o boi é seguro no pasto não pela cerca, mas pela grama
que come, já o sábio Salomão aconselhou a bebermos água de nossa própria
cisterna e por fim aparece o conselho maligno, “quem não come em casa como em
restaurante”, este vindo das profundezas do inferno, criado com a intenção de
propagar o adultério, finalizar relacionamentos, abalar confianças e
desestruturar famílias. O maligno então aproveita a carência e traz a tona
decepções, indiferenças, frustrações e crise. O que é oferecido é passageiro,
mas aparece com ares de solução, agradável e prazeroso. Muitos resistem, outros
não.
III. AS
CONSEQUÊNCIAS DA INFIDELIDADE
1. PERDA DA
COMUNHÃO FAMILIAR.
Uma das primeiras
consequências da infidelidade conjugal, o grande instrumento diabólico, é a
desonra da família, primeiro atinge o conjugue vitima e depois os filhos. O
sábio avisa que o “seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de
dois fios” (Pv 5.4).
Esse fim amargo
respingará nas famílias envolvidas (Pv 6.33). O sentimento de vingança estará
presente na consciência do cônjuge traído (Pv 6.34). Se pensássemos na mancha
que a infidelidade conjugal produz teríamos mais cuidado quando lidássemos com
o sexo oposto e evitaríamos tal ato. A pergunta inevitável é: “Deus perdoa quem
cometeu tal ato?” Não há dúvida que perdoa. Mas apesar do perdão divino, as
consequências ficam (Pv 5.9-14). Um bom exemplo que podemos usar para afirmação
desta grande verdade foi o caso ocorrido com o rei Davi, que maquinou o
adultério e a morte do marido de Bate-Seba (2 Sm
11.14-17). Ele reconheceu o erro, buscou o perdão de Deus, foi agraciado com a
misericórdia, no entanto arcou com as consequência (2 Sm 12.14-19).
2. PERDA DA COMUNHÃO COM DEUS.
É trágico quando alguém perde a
comunhão familiar por conta de um relacionamento extraconjugal, mas trágico
ainda é quando alguém perde a comunhão com Deus. Este gravíssimo pecado “divide a
família, afasta o cônjuge da presença de Deus e impede as bênçãos divinas”.
Salomão
sabia desse fato e por isso advertiu: “Mas não sabem que ali estão os mortos,
que os seus convidados estão nas profundezas do inferno” (Pv 9.18). A palavra
hebraica usada aqui para inferno é sheol,
e esta designa o mundo dos mortos. De fato a expressão “ali estão os mortos”,
no hebraico, significa: espíritos
dos mortos ou região das sombras. O Novo Testamento alerta que os adúlteros
ficarão de fora do Reino de Deus (1 Co 6.10). O que tudo isso quer dizer? Que
essa é a consequência de quem cometeu esse pecado, mas não se arrependeu! Por
isso, não flerte com a (o) adúltera (o). Seu caminho pode até parecer prazeroso,
mas inevitavelmente o levará à morte (Pv 9.17,18).
IV.
CONSELHOS DE COMO SE PREVENIR CONTRA A INFIDELIDADE
1. SEXO COM INTIMIDADE.
A intimidade sexual (ou a falta dela) é um dos fatores que
influenciam a vida conjugal. Há casais na igreja que tem relações sexuais com
relativa frequência, mas sem intimidade! Há sexo na relação, mas não há amor
nem intimidade! Observe o conselho de Salomão: “Seja bendito o teu manancial, e
alegra-te com a mulher da tua mocidade, como cerva amorosa e gazela graciosa;
saciem-te os seus seios em todo o tempo; e pelo seu amor sê atraído
perpetuamente. E por que, filho meu, andarias atraído pela estranha e
abraçarias o seio da estrangeira?” (Pv 5.18-20).
Há maridos que não demonstram o mínimo afeto à esposa e o
oposto também é verdadeiro. Mas Deus criou o sexo para ser desfrutado com
afeto, amor e intimidade. Do contrário, o relacionamento sexual não atenderá
aos propósitos divinos e nem às expectativas do cônjuge.
2. APEGO À PALAVRA DE DEUS E À DISCIPLINA.
Como antídoto e forma de prevenção contra a infidelidade,
Salomão aconselha o apego à Palavra de Deus e à disciplina. Para não cairmos na
cilada da infidelidade conjugal, devemos guardar a instrução do Senhor,
guardando-a em nosso coração. A Palavra do Senhor é luz que ilumina a nossa
vida (Pv 6.20-24). O homem e a mulher só estarão livres do perigo da
infidelidade conjugal quando a Palavra estiver impregnada em suas mentes e
corações. Para isto, o crente deve meditar nela dia e noite. Por isto, sejamos
disciplinados.
CONCLUSÃO
A fidelidade
conjugal é o que Deus idealizou aos seus filhos. Sabemos que a tentação é uma
realidade, que vem acompanhada da natureza adâmica que herdamos, e ambas
pressionam-nos a desprezar o santo ideal da fidelidade. Todavia, o Senhor
deixou-nos a sua Palavra com dezenas de conselhos, a fim de prevenir-nos quanto
ao abismo chamado adultério.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1) Conhecer os conselhos do sábio sobre a
sexualidade:
- É uma dádiva divina.
2) Identificar as causas da infidelidade e as
consequência:
- Concupiscência, mente e corações vazios e carência.
3) Prevenir-se da infidelidade conjugal
- Apegando-se à Palavra de Deus.
REFERÊNCIAS
Bíblia
de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.
Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão
Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.
Bíblia
Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do
Brasil, 2000.
Bíblia
Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de
Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.
GERMANO, Altair. Advertências contra o adultério. Subsídios para lição bíblica. Disponível
em: http://www.altairgermano.net/2013/10/advertencias-contra-o-dulterio.html.
Acesso em 08 de outubro de 2013.
LOURENÇO,
Luciano de Paula. Advertências contra o adultério. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2013/10/aula02-advertencias-contra-o-adulterio.html.
Acesso em 08 de outubro de 2013.
Estudantes
da Bíblia. Advertências
contra o adultério.
Disponível em: http://estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2013/2013-04-02.htm.
Acesso em 09 de outubro de 2013.
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