Páginas

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Advertências contra o adultério. Plano de aula



TEXTO ÁUREO
Bebe a água da tua cisterna e das correntes do teu poço. [...] Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade (Pv 5.15,18).

VERDADE PRÁTICA
A melhor prevenção contra o adultério é temer ao Senhor e estreitar os laços do amor conjugal.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – Provérbios 5.1-6
1 - Filho meu, atende à minha sabedoria: à minha razão inclina o teu ouvido;
2 - para que conserves os meus avisos, e os teus lábios guardem o conhecimento.
3 - Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais macio do que o azeite;
4 - mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois fios.
5 - Os seus pés descem à morte; os seus passos firmam-se no inferno.
6 - Ela não pondera a vereda da vida; as suas carreiras são variáveis, e não as conhece.

PROPOSTA DA LIÇÃO
         Casamento: o limite para vivermos a sexualidade;
         Provérbios define o sexo como honroso e nobre;
         Sexo, criado por Deus para homem e mulher casados;
         Somos agentes morais livres para escolhermos, bem/mal;
         Atenção: Beba água de tua própria cisterna;
         Desonra da família: consequência inevitável do adultério;
         Relacionamento extraconjugal afeta a comunhão familiar;
         O relacionamento sexual deve atender propósitos divinos;
         Antídoto para a infidelidade: apego à Palavra.

INTRODUÇÃO
O advento das mídias eletrônicas, e de forma mais específica as redes sociais, facilitou muito para a possibilidade de alguém vir a ter um “caso” extraconjugal. O adultério, prática sexual entre uma pessoa casada e outra, que não o seu conjugue, uma verdadeira loucura (Pv 6.32-35), que origina muitos males e causam muitos desvio de caráter em muitos. Um grave pecado, condenado pela Lei Mosaica e duramente castigado (Lv 20.10; Dt 22.22), atualmente é visto como normal pela sociedade. As estatísticas demonstram essa triste realidade. A cada dia, cresce o número de lares desfeitos e, juntamente com este fenômeno, as consequências nefastas para a sociedade. E as igrejas? Estas também têm sofrido o efeito de tais males.

Apesar de a infidelidade conjugal ser uma prática pecaminosa antiga, é preciso entender que a sexualidade é algo intrínseco ao ser humano. Logo, o desejo por satisfação sexual acompanha tanto o homem como a mulher desde sempre. O problema está na forma de expressão do desejo e em como é satisfeito.

Segundo o entendimento mundano, não há regras para o homem e a mulher viverem a sua sexualidade. No entanto, as Escrituras demarcam um limite bem preciso: o casamento legitimamente instituído por Deus.

O sábio escritor do livro dos Provérbios não economizou palavras e ironias para denunciar a prática do adultério (Pv 7) e advertir o homem a mulher quanto ao fascínio pela infidelidade conjugal (Pv 5.3-14). Neste livro encontraremos os conselhos da sabedoria bíblica para orientar-nos contra as ilusões e as artimanhas do adultério. A displicência, imaturidade e fraqueza são palavras que denotam o perfil do homem que, inexplicavelmente, deixa a casa da sua esposa a fim de unir-se com uma estranha, que não é mãe de seus filhos e muito menos foi aquela com quem esteve ao lado durante suas conquistas. Esta estranha é a mulher que deseja tirar tudo o quanto ele construiu e conquistou.

Por fim Jesus também ensinou a respeito do assunto e devido a gravidade, Ele responsabilizou os olhos por transmitir ao coração a rápida resposta. Os olhos dão o “comando” para que haja o ato externo seja consumado.

I. CONSELHOS SOBRE A SEXUALIDADE HUMANA
1. UMA DÁDIVA DIVINA. 
Boa parte dos conselhos de Salomão diz respeito à sexualidade humana. Ele dedicou quase três capítulos do livro de Provérbios para falar sobre o sexo e seus desvios (Pv 5.1-23; 6.20-35; 7.1-27), pois se trata de uma “atividade inata à natureza humana estabelecida pelo próprio Deus”. Salomão em seus provérbios, nos oportunizou dezenas de máximas que nos ensinam muito sobre como estabelecer o parâmetro de um relacionamento saudável.

Quando ainda discorria sobre os perigos da infidelidade conjugal, o sábio advertiu: “Porque os caminhos do homem estão perante os olhos do Senhor, e ele aplana todas as suas carreiras” (Pv 5.21). Isto é, Deus considera os caminhos do homem e a forma deste conduzir até mesmo a sua sexualidade, pois se trata de uma criação divina e como tal é uma dádiva do Criador à humanidade. Se o Senhor “aplana todas as nossas carreiras”, demonstrando cuidado pelo exercício correto da sexualidade, concluímos não ser o sexo algo mau ou maligno, mas algo honroso e nobre (Hb 13.4; 1Pe 3.7).

2. UMA PREDISPOSIÇÃO HUMANA. 
Ao iniciar a sua coletânea de conselhos sobre como evitar os laços do adultério, Salomão chama a atenção do seu “filho” para que ouças os seus conselhos e aja em conformidade com estes (Pv 5.1,2). O texto hebraico de Provérbios, nesse versículo, apresenta a palavra bem traduzida em nossas Bíblias como “filho”. O mesmo termo ocorre também nas advertências contra o adultério em Provérbios 6.20 e 7.1. A palavra ben pode se referir tanto a um filho biológico quanto a um discípulo. Em todos os casos, a admoestação é dirigida a um ser humano que, como todos nós, está sujeito à tentação, seja rei, sacerdote, autoridade, servo ou escravo, ninguém está isento. Portanto, a fim de vivermos o gozo da nossa sexualidade nos parâmetros estabelecidos pelo Criador, que é o casamento, ouçamos o conselho do sábio.

O sexo, portanto, foi criado por Deus para ser praticado entre um homem e uma mulher, mas somente no casamento. Antes do casamento e fora do casamento é pecado.

II. AS CAUSAS DA INFIDELIDADE
1. CONCUPISCÊNCIA. 
Um fato interessante salta aos olhos de quem lê os conselhos de Salomão contra a mulher adúltera em Provérbios: não há referência ao Diabo em suas advertências! O sábio não responsabiliza o anjo caído pelo fracasso moral dos homens, mas responsabiliza aquele a quem chama de “filho meu”. Somos agentes morais livres e temos a liberdade de escolher entre o bem ou o mal.

O mal se inicia na mente, depois de uma rápida passada pelos olhos, o qual envia o “comando” para o coração. Neste campo ganhamos batalha ou perdemos de “goleada”. Por isto o sábio nos aconselha: “Não cobices no teu coração a sua formosura, nem te prendas com os seus olhos” (Pv 6.25; cf. Gl 5.16).

2. CARÊNCIAS. 
Em Provérbios 5.15-17, o sábio lança mão de algumas metáforas para aconselhar como deve ser a vida íntima do casal. A frase “bebe a água da tua própria cisterna” mostra que o sexo não deve ser praticado apenas como um dever de um cônjuge para com o outro (1Co 7.3), mas como algo prazeroso, assim como o é beber água! Se esse princípio não for observado, um dos cônjuges ficará com a sensação de que lhe falta alguma coisa! Desgraçadamente, muitos vão saciar-se noutra fonte (Pv 7.18), daí o desastre em muitas famílias.

O adágio popular prega que o boi é seguro no pasto não pela cerca, mas pela grama que come, já o sábio Salomão aconselhou a bebermos água de nossa própria cisterna e por fim aparece o conselho maligno, “quem não come em casa como em restaurante”, este vindo das profundezas do inferno, criado com a intenção de propagar o adultério, finalizar relacionamentos, abalar confianças e desestruturar famílias. O maligno então aproveita a carência e traz a tona decepções, indiferenças, frustrações e crise. O que é oferecido é passageiro, mas aparece com ares de solução, agradável e prazeroso. Muitos resistem, outros não.

III. AS CONSEQUÊNCIAS DA INFIDELIDADE
1. PERDA DA COMUNHÃO FAMILIAR. 
Uma das primeiras consequências da infidelidade conjugal, o grande instrumento diabólico, é a desonra da família, primeiro atinge o conjugue vitima e depois os filhos. O sábio avisa que o “seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois fios” (Pv 5.4).

Esse fim amargo respingará nas famílias envolvidas (Pv 6.33). O sentimento de vingança estará presente na consciência do cônjuge traído (Pv 6.34). Se pensássemos na mancha que a infidelidade conjugal produz teríamos mais cuidado quando lidássemos com o sexo oposto e evitaríamos tal ato. A pergunta inevitável é: “Deus perdoa quem cometeu tal ato?” Não há dúvida que perdoa. Mas apesar do perdão divino, as consequências ficam (Pv 5.9-14). Um bom exemplo que podemos usar para afirmação desta grande verdade foi o caso ocorrido com o rei Davi, que maquinou o adultério e a morte do marido de Bate-Seba (2 Sm 11.14-17). Ele reconheceu o erro, buscou o perdão de Deus, foi agraciado com a misericórdia, no entanto arcou com as consequência (2 Sm 12.14-19).

2. PERDA DA COMUNHÃO COM DEUS. 
É trágico quando alguém perde a comunhão familiar por conta de um relacionamento extraconjugal, mas trágico ainda é quando alguém perde a comunhão com Deus. Este gravíssimo pecado “divide a família, afasta o cônjuge da presença de Deus e impede as bênçãos divinas”.

Salomão sabia desse fato e por isso advertiu: “Mas não sabem que ali estão os mortos, que os seus convidados estão nas profundezas do inferno” (Pv 9.18). A palavra hebraica usada aqui para inferno é sheol, e esta designa o mundo dos mortos. De fato a expressão “ali estão os mortos”, no hebraico, significa: espíritos dos mortos ou região das sombras. O Novo Testamento alerta que os adúlteros ficarão de fora do Reino de Deus (1 Co 6.10). O que tudo isso quer dizer? Que essa é a consequência de quem cometeu esse pecado, mas não se arrependeu! Por isso, não flerte com a (o) adúltera (o). Seu caminho pode até parecer prazeroso, mas inevitavelmente o levará à morte (Pv 9.17,18).

IV. CONSELHOS DE COMO SE PREVENIR CONTRA A INFIDELIDADE
1. SEXO COM INTIMIDADE. 
A intimidade sexual (ou a falta dela) é um dos fatores que influenciam a vida conjugal. Há casais na igreja que tem relações sexuais com relativa frequência, mas sem intimidade! Há sexo na relação, mas não há amor nem intimidade! Observe o conselho de Salomão: “Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade, como cerva amorosa e gazela graciosa; saciem-te os seus seios em todo o tempo; e pelo seu amor sê atraído perpetuamente. E por que, filho meu, andarias atraído pela estranha e abraçarias o seio da estrangeira?” (Pv 5.18-20).

Há maridos que não demonstram o mínimo afeto à esposa e o oposto também é verdadeiro. Mas Deus criou o sexo para ser desfrutado com afeto, amor e intimidade. Do contrário, o relacionamento sexual não atenderá aos propósitos divinos e nem às expectativas do cônjuge.

2. APEGO À PALAVRA DE DEUS E À DISCIPLINA. 
Como antídoto e forma de prevenção contra a infidelidade, Salomão aconselha o apego à Palavra de Deus e à disciplina. Para não cairmos na cilada da infidelidade conjugal, devemos guardar a instrução do Senhor, guardando-a em nosso coração. A Palavra do Senhor é luz que ilumina a nossa vida (Pv 6.20-24). O homem e a mulher só estarão livres do perigo da infidelidade conjugal quando a Palavra estiver impregnada em suas mentes e corações. Para isto, o crente deve meditar nela dia e noite. Por isto, sejamos disciplinados.

CONCLUSÃO
A fidelidade conjugal é o que Deus idealizou aos seus filhos. Sabemos que a tentação é uma realidade, que vem acompanhada da natureza adâmica que herdamos, e ambas pressionam-nos a desprezar o santo ideal da fidelidade. Todavia, o Senhor deixou-nos a sua Palavra com dezenas de conselhos, a fim de prevenir-nos quanto ao abismo chamado adultério.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
1) Conhecer os conselhos do sábio sobre a sexualidade:
  • É uma dádiva divina.
 2) Identificar as causas da infidelidade e as consequência:
  • Concupiscência, mente e corações vazios e carência.
 3) Prevenir-se da infidelidade conjugal
  • Apegando-se à Palavra de Deus.
REFERÊNCIAS
Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.

Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.

GERMANO, Altair. Advertências contra o adultério. Subsídios para lição bíblica. Disponível em:  http://www.altairgermano.net/2013/10/advertencias-contra-o-dulterio.html. Acesso em 08 de outubro de 2013.

LOURENÇO, Luciano de Paula. Advertências contra o adultério. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2013/10/aula02-advertencias-contra-o-adulterio.html. Acesso em 08 de outubro de 2013.

Estudantes da Bíblia. Advertências contra o adultério. Disponível em: http://estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2013/2013-04-02.htm. Acesso em 09 de outubro de 2013.

Por: Ailton da Silva - Ano V

Nenhum comentário:

Postar um comentário