TEXTO
ÁUREO
"O
Senhor é a minha força e o meu cântico; ele me foi por salvação; este é o meu
Deus [...]" (Êx 15.2).
VERDADE
PRÁTICA
Deus
tirou o seu povo do Egito e o conduziu com zelo, proteção e provisão pelo
deserto até a Terra Prometida.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE – Ex 14.15, 19-26
15 – Então, disse o Senhor a Moisés: Por que
clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem.
19 – E o anjo de Deus, que ia diante do
exército de Israel, se retirou, e ia atrás deles; também a coluna de nuvem se
retirou de diante deles, e se pôs atrás deles.
20 – E ia entre o campo dos egípcios e o campo
de Israel; e a nuvem era trevas para aqueles, e para estes clareava a noite; de
maneira que em toda a noite não se aproximou um do outro.
21 – Então, Moisés estendeu a sua mão sobre o
mar, e o Senhor fez retirar o mar por um forte vento oriental toda aquela
noite; e o mar tornou-se em seco, e as águas foram partidas.
22 – E os filhos de Israel entraram pelo meio
do mar em seco; e as águas foram-lhes como muro à sua direita e à sua esquerda.
23 – E os egípcios os seguiram, e entraram
atrás deles todos os cavalos de Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros, até
ao meio do mar.
24 – E aconteceu que, na vigília daquela manhã,
o Senhor, na coluna do fogo e da nuvem, viu o campo dos egípcios; e alvoroçou o
campo dos egípcios.
25 – e tirou-lhes as rodas dos seus carros, e
dificultosamente os governavam. Então disseram os egípcios: Fujamos da face de
Israel, porque o Senhor por eles peleja contra os egípcios.
26 – E disse o Senhor a Moisés: Estende a tua
mão sobre o mar, para que as águas tornem sobre os egípcios, sobre os seus
carros e sobre os seus cavaleiros.
PROPOSTA
•
Hora da partida – mas não
de mãos vazias;
•
“Calai-vos e vede o
livramento”;
•
Israel passou o mar
aberto e o Egito tentou se aproveitar;
•
Cântico de Moisés: o
cântico dos redimidos;
•
Miriã: uma profetiza com
habilidades musicais;
•
Israel em uma única voz,
cantou e celebrou pela vitória;
•
Deus resgatou o povo,
guiando-os com cuidado;
•
Coluna de nuvem:
verdadeira presença de Deus;
•
Não murmures com fez
Israel no deserto.
INTRODUÇÃO
Seria
possível imaginarmos a alegria dos hebreus durante a saída do Egito? Seria
possível entendermos o ar de satisfação, de proteção no semblante de cada um?
Ou o tom desafiador dos mais ousados e destemidos? Muitos egípcios se
esconderam, outros ficaram em suas janelas contemplando o desfile dos
vitoriosos e alguns poucos ainda choravam diante de seus primogênitos mortos.
Deus tem
o tempo certo de agir. O povo teve que esperar 430 anos até o dia da tão
esperada liberdade. O dia chegou e quem traçou a rota de saída foi o próprio
Senhor e neste caminho não houve espaço para atalhos, foi o mais longo, pois
Deus conhecia o coração dos israelitas e sabia que na primeira dificuldade logo
desejariam retornar, haja vista, a rota evitada ser dominada por batalhões
egípcios e dos bem armados filisteus. Deus retirou Israel do Egito e cuidou do
seu povo todos os dias durante a longa travessia pelo deserto até a entrada da
tão sonhada Terra Prometida.
Muito já
havia ocorrido com o opressor em suas terras, somente na décima praga o seu
coração foi totalmente amolecido, mas faltava ainda algo. O fechamento seria
com chave de ouro e se daria em pleno deserto. O que seria da nação, já contabilizados
os prejuízos comerciais, materiais e espirituais, diante da inexistência de um
grande exercito para protegê-los de ataque externos. Como aquele império ficou
vulnerável diante da fatalidade que os acometeu no mar Vermelho, pois muitos
soldados foram destacados para aquela missão, há de se supor que a baixa foi
drástica e danosa.
Para quem pensava que já houvesse visto de tudo, da parte de Deus, os
acontecimentos já na divisa do Egito com a Península do Sinai, foram marcantes,
um grande feito, nunca esquecido pelo lado sobrevivente, mas certamente
ignorado pelo lado mais afetado. O que houvera acontecido antes “foi somente
uma preparação para o que viria pela frente”. Por um momento os hebreus pararam
de olhar para a coluna de fogo para olharem para o inimigo e deixaram o temor
entrar em seus corações.
A saída
da escravidão e o inicio da caminhada foram fatos históricos de repercussão
mundial (Js 2.9-13), na época, pois a noticia correu como raio entre as nações,
tanto que elas se preparavam para a chegada dos, agora, temidos hebreus, que
sem equipamentos jamais erraram o caminho.
Deus preparou uma armadilha para o Egito, que não
percebeu. Eles imaginaram que os hebreus estivessem parados, acampados,
desiludidos e amedrontados com deserto (Êx 14.2, 9).
I - A
TRAVESSIA DO MAR
Deus
retirou com mão forte o seu povo do Egito. Depois de tudo que presenciaram,
tanto os israelitas quanto os egípcios perceberam que estavam diante de um
milagre divino, um acontecimento sobrenatural. Agora era hora da partida.
O povo já
estava preparado para ir embora, todos vestidos e com seus cajados nas mãos. Deixaram
o Egito seiscentos mil homens, fora os meninos e as mulheres. Os israelitas não
saíram do Egito de mãos vazias. Deus os abençoou de tal maneira que eles
despojaram os egípcios (Êx 12.36), aquilo foi uma pequena retribuição por todos
os anos de trabalho escravo a que foram submetidos.
Que
satisfação! Naquele dia o Egito parou para contemplar o desfile dos vitoriosos,
alguns rangiam os dentes de raiva, juravam vingança, outros corriam deles, e
alguns desejaram boa viagem, algo do tipo: “vão com seu Deus e sumam da nossa
terra”. Alguns pais egípcios, ainda chorando pelas mortes dos seus
primogênitos, balançando os lenços e toalhas brancos em suas janelas, como
sinal de rendição. Eles, na verdade, estavam meio que timidamente, glorificando
o verdadeiro e único Deus.
Os
hebreus passavam pelas ruas e desafiavam os egípcios com seus olhares, agora
altivos, se sentiam fortes e não demonstraram mais fraquezas. A conversa agora
seria diferente. Era como se estivessem gritando em bom e alto som para todos
ouvirem: “QUEM MANDOU MEXER COM O NOSSO DEUS”.
A rota
escolhida pelo Senhor para a saída do Egito foi a mais longa, pois nem sempre
Deus escolhe o caminho mais rápido para nos abençoar. O caminho era o mais
longo e difícil para ir, mas também o era para voltar. Se tivessem ido pelo
caminho mais curto, certamente eles voltariam rapidamente para o Egito. O objetivo
de tal escolha era também evitar que os israelitas tivessem que passar pelo
caminho onde estavam algumas brigadas egípcias e dos temidos filisteus,
evitando confronto com eles (Êx 13.17). Os hebreus não estavam preparados para
lutar, pois ainda estavam acostumados à escravidão. Deus também sabia que
diante de qualquer obstáculo o povo iria querer voltar para o Egito.
Seguiram o caminho traçado por Deus, o mais longo,
porém necessário, já que para ficar marcado na história de Israel e do Egito
deveria ser uma ação grandiosa. Se tivessem seguido pelo caminho curto, de
poucos dias, certamente não veriam as grandes operações e manifestações das
misericórdias em suas vidas. Quantos milagres deixariam de contemplar sem
contar que não teriam a certeza da chamada.
Pelo caminho longo, os egípcios seriam eliminados, os filisteus, seus
futuros inimigos, seriam evitados e quando chegassem em Canaã já teriam a
experiência e estrutura para suportarem e reprovarem a conduta pecaminosa dos
cananeus, sem contar que já teriam forças suficientes para lutarem pelas suas
próprias terras.
Israel
foi definitivamente apresentado ao mar Vermelho e ao deserto. Enquanto
vislumbravam a beleza da paisagem, sem coragem para enfrentá-lo, se deram conta
que os furiosos egípcios se aproximavam a passos largos.
O povo
estava acampado próximo do mar Vermelho quando o coração de Faraó foi mais uma
vez endurecido contra os hebreus (Êx 14.5). Então, Faraó tomou todo o seu
exército e saiu em perseguição ao povo de Deus.
Israel
ficou apavorado quando viu o exército de Faraó vindo em sua direção. Diante
deles estava o mar e atrás um grande exército inimigo. Há momentos em que o
Inimigo tenta nos acuar, mas Deus sempre sai em defesa do seu povo, por isso,
não tenha medo. Confie firmemente no Senhor e Ele o guardará (Sl 121.1).
Diante da
perseguição de Faraó os israelitas mais uma vez clamam ao Senhor (Êx 14.10). Deus
novamente ouviu a oração dos hebreus e os socorreu. Ele também responde a
súplica que lhe fazemos, por isso ore, clame e veja o agir do Todo-Poderoso em
sua vida.
A ordem
de Deus foi para que marchassem, mas para onde? Durante aquela noite um forte vento
soprou e o mar se abriu. O Senhor providenciou um caminho para os israelitas
passarem, e o mesmo caminho serviu de juízo para Faraó e seu exército, pois ele
tentou tomar posse de uma bênção que não era para eles. Naquele dia Deus se
manifestou sua glória publicamente ao povo de Israel e a todas as nações, ali
representada pelos egípcios.
O povo de
Deus atravessou o mar e quando os egípcios intentaram fazer o mesmo, o Senhor
os destruiu (Êx 14.27,28). Para que o povo não duvidasse, Deus permitiu que os
israelitas vissem os corpos dos egípcios na praia (Êx 14.30), assim eles teriam
certeza do livramento recebido.
Moisés
relatou em seu cântico relatou toda a catástrofe que sobreveio sobre os
egípcios no mar Vermelho, em forma de pragas:
1ª) Os
cavalos e cavaleiros egípcios forma lançados no mar;
2ª) O
mesmo aconteceu com os carros e exército de Faraó;
3ª) Os
príncipes do Egito foram afogados no abismo;
4ª) Os
abismos cobriram os príncipes do Egito;
5ª) Os
príncipes do Egito afundaram como pedra no mar;
6ª) Os
egípcios foram despedaçados;
7ª) A
grandeza de Deus derrubou os egípcios;
8ª) O
Senhor consumiu os egípcios como palha, morreram rápido;
9ª) As
águas se amontoaram e as correntes pararam como montões;
10ª) O
mar se fechou e os egípcios afundaram como chumbo.
1. MOISÉS
CELEBRA A DEUS PELA VITÓRIA (ÊX 15.1-19).
Diante de tão grande livramento, quem poderia ou ficaria calado? Moisés
eleva um cântico ao Senhor em
adoração. Esta foi uma forma de agradecer a Deus pelos seus
feitos. Um grande louvorzão às margens do mar Vermelho, como nunca houvera sido
visto antes.
O cântico de Moisés pode ser dividido em duas partes, sendo a primeira
um relato das pragas que acometeram os egípcios em pleno mar Vermelho. A
segunda ele se referiu a conquista da terra prometida. “Foi composto para
reconhecer a bondade e o inigualável poder do Senhor mediante os quais salvou o
seu povo”.
Louve a
Deus por tudo que Ele é e por tudo que Ele tem feito em sua vida. Ofereça ao
Senhor sacrifícios de gratidão (Lv 22.29) “E, quando sacrificardes sacrifício
de louvores ao SENHOR, o sacrificareis de vossa vontade”. Podemos oferecer-lhe
nosso louvor e a nossa adoração: "Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não
te esqueças de nenhum de seus benefícios" (Sl 103.2).
Segundo a
Bíblia de Estudo Pentecostal, "o livramento dos israelitas das mãos dos
egípcios prefigura e profetiza a vitória do povo de Deus sobre Satanás e o
Anticristo nos últimos dias; daí um dos cânticos dos redimidos ser chamado o
'cântico de Moisés' (Ap 15.3) “E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e
o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras,
Senhor, Deus Todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei
dos santos!”
2. MIRIÃ
JUNTAMENTE COM AS MULHERES LOUVAM A DEUS (ÊX 15.20,21).
Miriã, a
irmã de Arão e profetisa, tomou o tamboril na sua mão, e todas as mulheres, por
iniciativa própria, saíram atrás dela com os tamboris e com danças”. Ela não era
apenas profetisa (Nm 12.2), tinha habilidades musicais. Segundo a Bíblia de
Estudo Aplicação Pessoal, a profecia e a música estão frequentemente
relacionadas na Bíblia (1 Sm 10.5).
Miriã
adorou a Deus juntamente com todas as mulheres. Foi um dia de grande alegria e
celebração para Israel. Era impossível ficar calado diante da demonstração do
poder de Deus. O Senhor espera que o adoremos por seus atos grandiosos, e que o
adoremos em Espírito e em verdade, pois o Pai procura aqueles que assim o
adoram (Jo 4.23,24).
3.
CELEBRANDO A DEUS.
Todo
Israel, em uma única voz, cantou e celebrou a grande vitória. Foi uma alegria
coletiva nunca vista antes na história do povo de Deus. O louvor que se podia
ouvir de longe. Celebre a Deus individual e diariamente (Sl 100.1), mas também
na sua congregação, como um só corpo.
III - A
PROTEÇÃO E O CUIDADO DE DEUS COM SEU POVO
1. UMA
COLUNA DE NUVEM GUIAVA O POVO DE DEUS (ÊX 13.21,22; 40.36,37).
O Senhor
não somente resgatou o seu povo, mas o conduziu de forma cuidadosa durante todo
o deserto. Temos um Deus que se preocupa e cuida de nós. O Senhor enviou uma
coluna de nuvem para proteger o seu povo. “Deus colocou as colunas de nuvem e
de fogo como evidências da sua presença”.
Durante o
dia esta coluna fazia sombra para que o povo de Deus pudesse suportar o calor
escaldante do deserto (Êx 13.21). Esta coluna, segundo Charles F. Pfeifer,
"era um sinal real da verdadeira presença de Jeová com o seu
povo".
Os
egípcios ainda estavam assustados com as manifestações de Deus, principalmente
a última, na ocasião da morte dos primogênitos e agora contemplavam
aterrorizados a coluna de nuvem e de fogo, que não se misturavam, não se
encontravam, pois uma agia durante o dia e a outra executava suas funções à
noite (Ex 13.21).
Deus
mudava sua estrutura, sua forma de agir, ora nuvem ora fogo, mas não o seu
caráter. Ele ouviu o clamor do povo e decidiu pela libertação e não revogaria
esta sua decisão (Ex 3.9). A saída do Egito era uma benção incondicional, não
dependeria da fé, fidelidade ou vontade do povo, mas a entrada em Canaã teria
sim as suas condições.
2. DEUS
CUIDA DO SEU POVO (ÊX 16.4; DT 29.5).
O Senhor
não mudou, Ele cuidou do seu povo na travessia pelo deserto e também cuida de
nós em todo o tempo (Hb 13.5). Ele esteve presente durante toda a caminhada de
Israel. “As colunas de nuvem e de fogo constituem exemplos de teofania (uma
manifestação física de Deus)”. Confie no Senhor e não murmure como fez o povo no
deserto, pois o Pai cuida de nossa provisão.
Deus
livrou seu povo do cativeiro e o conduziu pelo deserto. Na primeira dificuldade
que encontraram pela frente também foram ajudados por Deus, na ocasião da
abertura do mar Vermelho. O Senhor é fiel, imutável e também cuidará de você
até a sua chegada aos céus. Creia no poder providente e protetor do nosso Pai
Celestial e confie no seu cuidado e na sua proteção. Estude com afinco a
história do povo de Deus, pois ela vai ajudá-lo a não cair nos mesmos pecados
dos israelitas.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
FORAM ALCANÇADOS?
1. O que significou a saída e travessia do mar?
2. Por tudo o que Deus fez e faz, somente Ele merece
nosso louvor.
3. Deus tem cuidado de seu povo e nos protegido.
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REFERÊNCIAS
Bíblia
de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.
Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão
Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.
Bíblia
Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do
Brasil, 2000.
Bíblia
Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de
Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.
CARNEIRO
FILHO, Geraldo. As pragas divinas e as
propostas ardilosas de Faraó. Disponível em:
http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/2014/01/1-trimestre-de-2014-licao-n-05-02022014.html.
Acesso em 29 e janeiro de 2014.
LOURENÇO,
Luciano de Paula. As pragas divinas e as
propostas ardilosas de Faraó. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2014/01/aula-05-travessia-do-mar-vermelho_27.html.
Acesso em 21 de janeiro de 2014.
Por: Ailton da Silva - Ano V
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