TEXTO ÁUREO
“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes
contra as astutas ciladas do diabo” (Ef 6.11).
VERDADE
PRÁTICA
Como salvos por Cristo, podemos pela
fé vencer o Diabo em suas investidas contra nós.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – Ex 3.19,20;
7.4,5; 8.8,25; 10.8,11,24.
3.19 – Eu
sei, porém, que o rei do Egito não vos
deixará ir, nem ainda por uma mão forte.
3.20 - Porque eu estenderei a minha mão e ferirei ao Egito com todas as minhas
maravilhas que farei no meio dele; depois, vos deixará ir.
7.4 - Faraó, porém, não vos ouvirá; e eu porei a mão sobre o Egito e tirarei
os meus exércitos, o meu povo, os filhos de Israel, da terra do Egito com
grandes juízos.
7.5
- Então, os egípcios saberão que eu
sou o SENHOR, quando estender a mão sobre o Egito e tirar os filhos de Israel
do meio deles.
8.8 - E Faraó chamou a Moisés e a Arão e disse: Rogai ao SENHOR que tire as
rãs de mim e do meu povo; depois, deixarei ir o povo, para que sacrifiquem ao
SENHOR.
8.25 - Então, chamou Faraó a Moisés e a Arão e disse: Ide e sacrificai ao
vosso Deus nesta terra.
10.8 - Então, Moisés e Arão foram levados outra vez a Faraó, e ele disse-lhes:
Ide, servi ao SENHOR, vosso Deus. Quais são os que hão de ir?
10.11 - Não será assim; andai agora vós, varões, e servi ao SENHOR; pois isso é
o que pedistes. E os lançaram da face de Faraó.
10.24 - Então, Faraó chamou a Moisés e disse: Ide, servi ao SENHOR; somente
fiquem vossas ovelhas e vossas vacas; vão também convosco as vossas crianças.
PROPOSTA
•
Pragas: princípio da saída dos hebreus do Egito;
•
Saída do Egito: demonstração do poder de Deus;
•
O “deus egípcio” teve o seu coração endurecido;
•
1ª proposta: ecumenismo. Adoração sem separação;
•
2ª proposta: “não vades longe”. O Egito não sairia
deles;
•
3ª proposta: maridos sem esposas, filhos sem pais;
•
Casamentos mistos, miscigenação devastadora;
•
Durante a praga houve somente luz na casa dos
hebreus;
•
4ª proposta: saída sem o rebanho (saída sem
sacrifícios).
INTRODUÇÃO
Deus avisou antes, mas não deram
ouvidos. Deus havia declarado que se Faraó não deixasse o seu povo sair do
Egito, Ele feriria os egípcios com várias pragas (Êx 3.19,20), aviso este que
foi repetido em outra ocasião (Ex 7.4-5). Tais flagelos tiveram caráter
judicial, com o propósito de julgar tanto o governo quanto o povo pelos seus
atos, como também serviria para apressar a saída dos hebreus e mostrar o poder
de Deus sobre os deuses egípcios.
A partir da ocorrência da segunda
praga (rãs, Êx 8.1-15), Faraó passa a fazer uma série de propostas ardilosas e
destruidoras a Moisés e Arão. As pragas foram necessárias para que o falho
sistema religioso egípcio, “cuja adoração voltava-se aos elementos da
natureza, como o rio Nilo, o Sol e também os animais”, fosse definitivamente desmascarado e para que os hebreus entendessem
o agir de Deus na vida deles como resposta do clamor levantado diante do
sofrimento.
As
dez pragas, no coração dos hebreus soou como socorro, demonstração do amor de
Deus e zelo pelas suas promessas (Gn 15.14), porém no entendimento egípcio, aqueles
atos amedrontou toda a nação, criando a neles a repulsa pelos então escravos, a
ponto de apressadamente expulsá-los de seu território (E 12.33). Para uns era
bênção e para outros, puro juízo.
Cada
praga serviu para afrontar uma divindade egípcia, justamente em sua área de
atuação, ou pelo menos, na qual os egípcios acreditavam. Foram “pesados golpes” contra a nação egípcia, contra o
sistema religioso e por fim serviu para recolocar Faraó em seu devido lugar, um
deus humanamente declarado.
I. AS PRAGAS ENVIADAS E A PRIMEIRA
PROPOSTA DE FARAÓ
1. PRAGAS ATINGEM O EGITO (ÊX 7.19 —
12.33).
Deus ordenou que Moisés e Arão
fossem até o palácio de Faraó para pedir-lhe que deixasse o povo hebreu partir.
Diante de Faraó, Moisés fez alguns milagres, para que este contemplasse uma
amostra do poder do Altíssimo e liberasse o povo. Faraó era considerado um
deus, por isso foi necessário que Moisés se apresentasse diante dele com sinais
e maravilhas, porém o coração do governante foi endurecido e ele não deixou os
hebreus partirem (Êx 7.13,14,22; 8.15,19,32; 9.7,34,35; 4.21; 7.3; 9.12;
10.1,27; 11.10; 14.4,8,17).
Com o receio das pragas, que foram
as respostas para a pergunta de Faraó (Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei), já
estavam atingindo duramente o Egito, Faraó decide fazer algumas propostas
ardilosas para Moisés e Arão. As duas primeiras pragas foram prontamente
repetidas pelos magos e encantadores, que depois não foram capazes de
desfazerem, bem diferente de Moisés e Arão (Ex 8.2-13). A partir da terceira praga, os
magos não tiveram mais condições e declararam a superioridade de Deus (Ex 8.18-19)
e durante a sexta praga, eles nada puderam fazer, pois também sofreram com as
úlceras.
A
relação das pragas:
1ª) A
água do rio Nilo converteu-se em sangue, que serviu para afrontar Hapi (deus da
prosperidade), como também o próprio rio tão sagrado, que cheiraram mal;
2ª) As rãs que invadiram o Egito, eram associadas ao
deus Hapi (Deus do Nilo) e Hekt (deusa da fecundidade a cabeça de sapo). As rãs representavam a fartura, bênçãos e certeza de boa
colheita, talvez por isto Faraó tenha solicitado a Moisés que as retirasse no
outro dia (Ex 8.10), outra explicação para tal pedido não existe;
3ª) O pó da terra, considerado sagrado, converteu-se em
insetos;
4ª) Enxames de moscas invadiram o Egito,
uma afronta ao deus Kheper, que tinha a forma de um besouro;
5ª) Todo
o gado egípcio morreu e nada aconteceu com os dos hebreus. Isto foi uma afronta
a divindade Amom (cabeça de carneiro);
6ª) As
cinzas que antes eram usadas para rituais religiosos causaram úlceras dolorosas;
7ª) “Tempestade
de trovões, raios e saraiva” atingiu o Egito e toda a colheita foi afetada e
animais foram mortos;
8ª) O
que sobrou da tempestade foi consumido pela praga de gafanhotos. Os deuses Isís
e Serpafis foram impotentes diante da cena;
9ª) “Foram
três dias de densas trevas”, que caíram sobre o Egito. Um golpe contra o deus
Rá (deus sol). O objeto de maior adoração no Egito foi incapaz de penetrar as
trevas;
10ª) Para
quem havia escravizado o primogênito de Deus (Ex 4.22), nada mais seria tão justificável
quanto ver o seu primogênito morrer. As parteiras e a própria filha se
recusaram a cumprir o genocídio determinado pelo faraó da época, e agora o
atual via os filhos primeiros de seu império serem mortos sem ninguém poder
fazer nada para impedir. Esta foi a maior humilhação para governante egípcio (filho de
Rá ou Amom-Rá).
2. A PRIMEIRA PROPOSTA (ÊX 8.25).
Após a praga das moscas, Faraó se
viu em condições de apresentar algumas propostas indecentes a Moisés. Era uma
espécie de loteria, foram quatro ao total, em qualquer uma delas estava bem
visível a liberdade para os hebreus, no entanto, alguns pontos obscuros
impediam que o povo pudesse cantar o hino da vitória.
A primeira destas propostas exigia que Israel cultuasse a Deus no
próprio Egito, não muito longe, em meio aos falsos deuses. Faraó imaginou que o
lugar do sacrifício deveria ser escolhido por ele e não por Deus. Seriam
libertos para sacrificarem, porém não poderiam sair do Egito. Moisés temeu por
uma possível retaliação dos egípcios, que poderiam considerar aquilo como uma
afronta (Ex 8.25). Faraó não queria perder a mão de obra escrava e barata. Sua
intenção era fazer com que os hebreus pensassem que estivessem agradando a
Deus, mas na verdade estavam ainda ligados ao passado. A qualquer momento
voltariam à condição anterior.
Caso
a proposta fosse aceita, os hebreus viriam para os sacrifícios do jeito que
estavam e não haveria transformação, talvez fosse isto o que eles realmente queriam.
A “banalização
espiritual e moral. Ecumenismo. Perda da identidade espiritual”. O
ecumenismo também parte deste princípio, porém, a Palavra de Deus nos exorta:
“E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e separei-vos dos povos,
para serdes meus” (Lv 20.26). A proposta de Faraó era para Israel servir a Deus
sem qualquer separação do mal. Todavia, “sem santificação ninguém verá o
Senhor” (Hb 12.14). Um povo separado por Deus e para Deus, e ao mesmo tempo
misturado com os ímpios egípcios, como sendo um só povo, seria uma abominação
ao Senhor. Deus requer santidade do seu povo. Nestes últimos dias antes da
volta de Cristo, o pecado sob todas as formas avoluma-se por toda a parte, como
um rolo compressor. Esta é uma das causas de haver tantos crentes frios
espiritualmente: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se
esfriará” (Mt 24.12). Precisamos ser mais santos e consagrados a Deus!
II. FARAÓ NÃO DESISTE
1. A SEGUNDA PROPOSTA DE FARAÓ (ÊX
8.28).
“Somente que indo, não vades longe”.
Isso resultaria em o povo de Deus sair do Egito, mas o Egito não sair deles,
como acontece ainda hoje com o crente mundano (Tg 4.4,5; 1Jo 2.15). Assim fez a
mulher de Ló, que saiu de Sodoma, mas não tirou Sodoma do seu coração e da sua
mente, e perdeu-se (Gn 19.17,26; Lc 17.32).
Israel seria liberto para adorar a Deus, mas não
poderia se afastar dos olhos e exército egípcio. Esta proposta era maligna,
pois os hebreus sacrificariam ali nas imediações da sedutora nação e estariam
com um olho em Deus e outro naquelas terras. Facilmente seriam seduzidos e
retornariam. “Sacrifícios no deserto e coração nos palácios do Egito”.
Esta proposta tinha por pano de fundo uma sentença
decretada e irreversível, caso fosse aceita. Eles sairiam do Egito, mas o Egito
não sairia deles. E para piorar, o transito entre o deserto e o sedutor Egito
seria intenso. Um interminável vai e vem de hebreus, ora lá, ora cá, sem rumo,
sem identidade.
Faraó queria vigiar e controlar os
passos do povo de Israel. “Não vades longe” significa para o crente hoje o
rompimento parcial com o pecado e com o mundo. É a vida cristã sem
profundidade, sem expressão e por isso sempre vulnerável. “Não vades longe” (Êx
8.28) equivale ao crente viver sem compromisso com Deus, com a doutrina do Senhor,
com a igreja, com a santidade. É a vida cristã superficial, sem consagração a
Deus e ao seu serviço.
2. A TERCEIRA PROPOSTA DE FARAÓ (ÊX
10.7).
Esta proposta foi um verdadeiro
golpe de mestre, pois as esposas ficariam desprotegidas no Egito juntamente com
os jovens e crianças, enquanto que os chefes de família e demais adultos seriam
libertos. O povo
de Israel vivia organizado por famílias e casas paternas (Êx 6.14,15,17,19). A
saída parcial do povo, como queria Faraó, resultaria no fracionamento e fragilização
das famílias, dividindo-as. Neste caso veríamos um número elevado de viúvas de
maridos vivos e de órfãos de pais vivos.
O propósito de Deus é sempre
abençoar toda a família, no sentido de que ela seja salva, unida, coesa, forte,
feliz e saudável. A proposta de Faraó traria resultados nefastos para o povo de
Deus. Vejamos:
a) Famílias sem o governo dos pais, sem
provisão, sem proteção, sem direção.
b) Maridos sem as esposas; homens
viajando no deserto e as crianças sem os pais. O Diabo quer a ruína do
casamento (Êx 1.16).
c) Miscigenação devastadora. Os jovens
de Israel sozinhos no deserto a caminho de Canaã se casariam com moças pagãs,
idólatras. Por sua vez, as jovens deixadas no Egito se casariam com os
incrédulos egípcios. Enfim, haveria perda de identidade dos hebreus como povo
do Senhor.
Os jovens ficariam no Egito, pois
Faraó enxergou o potencial deles e por outro lado viu a fragilidade, o que
poderia facilitar no caso de um novo período de escravidão, ou seja, a opressão
na mente das crianças e jovens produziria mão de obra escrava ou barata no
futuro. Era uma espécie de liberdade provisória comemorada no presente, mas que
se tornaria uma escravidão garantida no futuro.
III. A PROPOSTA FINAL DE FARAÓ
1. A SITUAÇÃO CAÓTICA DO EGITO.
A praga das trevas acabara de
ocorrer, e todo o Egito durante três dias seguidos ficou sem luz. Só havia luz
nas casas dos hebreus (10.21-23). Faraó teve muitas oportunidades, mas não deu
ouvidos à voz do Senhor e não atendeu aos apelos de Moisés, mantendo-se teimoso.
A cada praga o coração de Faraó se tornava mais endurecido. O rei do Egito
escolheu resistir a Deus e teve seu país devastado pelas pragas.
Quem pode resistir ao Senhor? Se
Deus está falando com você, atenda-o. Não resista! Muitos já viram e experimentaram
os milagres do Senhor, porém, seus corações permanecem duros e inflexíveis,
como o de Faraó. Lembre-se de que há um preço alto a se pagar por não se dar
atenção ao que Deus fala.
2. A QUARTA E ÚLTIMA PROPOSTA.
A situação era tão caótica no Egito
que o próprio Faraó procurou Moisés (Êx 10.24) e fez a sua última proposta:
“Ide, servi ao Senhor; somente fiquem as ovelhas e vossas vacas” (v.24). A
ovelha e a vaca eram animais cerimonialmente “limpos” para oferendas de
sacrifícios a Deus na época da Lei (cf. 1Pe 2.25; Hb 13.15,16). Sem as ovelhas
e vacas não haveria sacrifícios. Não haveria entrega ao Senhor. Seria uma
liberdade sem sacrifícios.
Eles sairiam sem provisão e sem
rebanho e muito provavelmente sem as recompensas, o que fora prometido a Abraão
(Gn 15.14). Caso esta proposta fosse aceita, na primeira vez em que o estômago
doesse, os hebreus voltariam famintos para o Egito. Uma
verdadeira cilada, pois facilmente seriam abatidos ou fatalmente retornariam em
busca de socorro ou para mendigar o pão (cfe Sl 37.25
Segundo a Bíblia Explicada, esta proposta
também significa “os nossos negócios e interesses materiais, não santificados e
não sujeitos à vontade de Deus” (10.24). O crente precisa viver uma vida digna,
não só diante de Deus, mas também diante dos homens (2Co 8.21). A santidade é
um imperativo na vida do cristão até mesmo nos negócios. Moisés, o grande
libertador poderia ter se transformado no “bandido” de toda esta história,
bastava ele ter aceito uma das propostas de Faraó.
CONCLUSÃO
A atitude do cristão hoje ante as
traiçoeiras propostas do Maligno deve ser a mesma dos representantes de Israel,
Moisés e Arão: “Nem uma unha ficará” no Egito (Êx 10.26). Satanás figurado em
Faraó não mudou em relação à sua luta contra o povo de Deus. Ele continua a
tentar o crente de muitas maneiras para fazê-lo cair, inclusive com más
insinuações, sugestões, conclusões etc. “Mas graças a Deus, que nos dá a
vitória por nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 15.57).
OBJETIVOS DA LIÇÃO
FORAM ALCANÇADOS?
1)
As pragas amoleceram o coração de Faraó? Não!
2)
Faraó não queria perder sua mão de obra barata;
3)
4ª proposta: impedia o cumprimento de profecia.
REFERÊNCIAS
Bíblia
de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.
Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão
Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.
Bíblia
Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do
Brasil, 2000.
Bíblia
Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de
Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.
CARNEIRO
FILHO, Geraldo. As pragas divinas e as
propostas ardilosas de Faraó. Disponível em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/2014/01/1-trimestre-de-2014-licao-n-03-19012014.html.
Acesso em 15 de janeiro de 2014.
Por: Ailton da Silva - Ano V
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