Páginas

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Um libertador para Israel. Plano de aula

TEXTO ÁUREO
E disse Deus a Moisés: EU SOU o QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós (Êx 3.14).

VERDADE PRÁTICA
Assim como Moisés, usado por Deus, libertou Israel do cativeiro, Cristo nos liberta da escravidão do pecado e do mundo.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – Ex 3,1-9
1 - E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe.
2 - E apareceu-lhe o Anjo do SENHOR em uma chama de fogo, no meio de uma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.
3 - E Moisés disse: Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, porque a sarça se não queima.
4 - E, vendo o SENHOR que se virava para lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça e disse: Moisés! Moisés! E ele disse: Eis-me aqui.
5 - E disse: Não te chegues para cá; tira os teus sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa.
6 - Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus.
7 - E disse o SENHOR: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores.
8 - Portanto, desci para livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do a morreu, e do ferezeu, e do heveu, e do jebuseu.
9 - E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel chegou a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem.

PROPOSTA
         Deus de Jacó – Deus de toda graça;
         Moisés experimentou o silêncio e a solidão no deserto;
         Assim diz Deus: “Tira o Egito de dentro do meu povo”;
         Moisés tentou protelar sua chamado com “desculpinhas”;
         Deus encorajou Moisés para confirmar sua chamada;
         Moisés saiu de Midiã com a bênção do sogro;
         E foi preparado por Deus para se apresentar ao Faraó;
         Hebreus: imaginaram que a saída do Egito seria imediata;
         A saída do Egito foi algo sobrenatural.

INTRODUÇÃO
Um líder cristão não é feito da noite para o dia. Este estágio será atingido após um período de caminhada com Deus, experiência e atitudes, que caracterizará o amadurecimento da liderança. É como se estivéssemos subindo degrau a degrau de uma escadaria que não somos capazes de enxergar o fim.

Moisés foi preparado por Deus ao longo dos anos até que se tornasse o libertador do seu povo. Ele imaginou que estivesse preparado na primeira etapa de sua vida (nos primeiros quarenta anos), por isto deixou-se envolver pela sua valentia e bravura, grandezas estas que foram vistas no dia quando ele matou um egípcio, mas que lhe faltou no dia seguinte quando fugiu temendo a fala de um de seus irmãos hebreus: “pensas matar-me como mataste o egípcio” ontem? (grifo meu).

Ele era um homem manso e ao que parece não era muito eloquente, porém Deus viu que ele seria obediente e capaz de libertar o seu povo da escravidão egípcia, depois de uma criteriosa preparação.

I. MOISÉS — SUA CHAMADA E SEU PREPARO (ÊX 3.1-17)
1. DEUS CHAMA O SEU ESCOLHIDO. 
Quando o Senhor escolheu e chamou Moisés para libertar seu povo, ele estava pastoreando ovelhas, cuidando de bichos, o que se tornou para ele um excelente aprendizado para quem mais tarde se tornaria o pastor do povo de Deus, Israel (Sl 77.20). Na situação em que estava, ao sair em fuga do Egito, ele não reunia condições nenhuma para dar inicio à missão. O aprendizado secular que recebera, aliado a valentia e braveza, o atrapalharia.

No auge de seus quase oitenta anos de idade, quando não esperava mais nada da vida, talvez aguardava ansioso uma “aposentadoria”, no momento em que estava cuidando do rebanho de seu sogro, Moisés teve um encontro com Deus e desde então a sua vida nunca mais foi a mesma.

É Deus que chama e separa aqueles que vão dirigir seu rebanho, e Ele continua vocacionando e capacitando para o santo ministério. O Senhor chama, mas cabe ao homem cuidar do seu preparo para ser útil a Deus.

O que muito nos edifica no versículo seis é Deus identificar-se não somente como “o Deus de Abraão e o Deus de Isaque”, mas igualmente como “o Deus de Jacó”. Ele é, portanto, o Deus de toda graça, compaixão e paciência, uma vez que Jacó teve sérios incidentes negativos na sua vida em geral (1Pe 5.10; Jo 1.14,16).

2. O PREPARO DE MOISÉS (ÊX 3.10-15). 
Moisés foi chamado e recebeu treinamento da parte de Deus para que cumprisse sua missão com êxito. Deus ainda chama e prepara seus servos. Talvez Ele o esteja chamando para a realização de uma obra. Qual será sua resposta?

Moisés experimentou o silêncio e a solidão do deserto em Midiã (Êx 3.1). Em sua primeira etapa de 40 anos de vida viveu no palácio real e frequentou as mais renomadas universidades. O conhecimento adquirido por Moisés, e empregado com sabedoria, foi-lhe muito útil em sua missão de libertador, condutor, escritor e legislador na longa jornada conduzindo Israel no deserto.

Mas como ele deve ter estranhado aquela mudança brusca de ambiente, do conforto e privilégios do Egito direto para o duro deserto para desempenhar uma das funções mais abominadas pelos egípcios, pastor de ovelhas. O curso natural seria o crescimento e não aquele aparente rebaixamento.

Em Midiã, sua nova morada, aprenderia algo bem mais útil do que havia aprendido no Egito. Com a mente esvaziada, perderia o seu ímpeto e valentia. Finalmente seria apresentado à mansidão e desta forma poderia entender os problemas de todos os necessitados que, um dia, Deus colocaria sob sua responsabilidade.

No Egito havia aprendido com mestres, doutores e livros, mas não foi capaz de exercer com sabedoria sem utilizar a força física. Agora aprenderia com as ovelhas a ser manso, humilde e pequeno, para assim ser transformado em um verdadeiro líder. Afinal, a missão pedia um homem com este perfil.

Havia tanto por aprender e muito mais para esquecer. Esta capacitação evitaria que pulasse etapas em sua vida e serviria de experiência no futuro, pois suportaria as provações, adquiriria a humildade, mansidão, se tornaria dependente de Deus e se sensibilizaria com os problemas de Israel.

3. O OBJETIVO DA CHAMADA DIVINA (ÊX 3.10). 
O propósito divino era a saída do povo de Israel do Egito liderada por Moisés. Deus pode, segundo o seu querer, agir diretamente. Contudo, o seu método é usar homens e mulheres junto aos seus semelhantes.

Hoje, em relação a muitas igrejas, Deus está dizendo à seus dirigentes: “Tira o ‘Egito’ de dentro do meu povo”. É o mundanismo entre os crentes, na teoria e na prática; no viver e no agir, enfraquecendo e contaminando a igreja. É Israel querendo voltar para o Egito (Êx 16.3; 17.3), tal como o povo por algumas vezes desejou e chegou até mesmo a pedir permissão para Moisés.

O Egito havia ficado para trás, não teria como retornarem, a não ser que fosse pelas próprias pernas e braçadas, pois teriam que nadar ou darem a volta pelos golfos, uma vez que Deus jamais reabriria o mar para que os derrotados e desobedientes voltassem ao Egito.

Deus com mão poderosa tirou Israel do Egito, mas não tirou o ‘Egito’ de dentro deles, porque isso é um ato voluntário de cada crente que, quebrantado e consagrado, recorre ao Espírito Santo.

“Certamente eu serei contigo” (v.12). Isso era tudo o que Moisés precisava como líder espiritual do povo de Deus. Hoje, muitos já perderam essa divina presença em sua vida e em seu ministério, por acharem que são alguma coisa em si mesmos, daí, a operação do Espírito Santo cessar em sua vida. Paulo exclamou: “Nada sou” (2Co 12.11). Tudo que temos ou somos na obra de Deus vem dEle (1Co 3.7).

II. AS DESCULPAS DE MOISÉS E A SUA VOLTA PARA O EGITO
1. O RECEIO DE MOISÉS E SUAS DESCULPAS. 
O Moisés impulsivo que matou o egípcio e o enterrou na areia já não existia mais. Ele havia sido mudado e moldado pelo Senhor, e agora precisava crer não no seu potencial, mas no Senhor que o chamara. Ao ser chamado pelo Senhor para ser o libertador dos hebreus, Moisés apresentou algumas desculpas:
a) Da sua capacidade – “quem sou eu”? Se fosse o Moisés dos primeiros quarenta anos, certamente diria: “Eis me aqui”;

b) Da credulidade do povo – “como saberão que foi o Senhor que me enviou”? O homem dos primeiros quarenta anos não teria dificuldade para ganhar a confiança do povo pela sua valentia;

c) Da sua eloquência – “sou pesado de boca e palavras”. O jovem dos primeiros quarenta anos saberia muito bem se expressar;

d) Da escolha de Deus – “envia outro que o Senhor escolher”. O Moisés dos primeiros quarenta anos não perderia a oportunidade de representar o próprio Deus na terra.

Quantas desculpas também não damos quando Deus nos chama para um trabalho específico? As escusas de Moisés, assim como as nossas, nunca são aceitas pelo Senhor, pois Ele conhece o mais profundo do nosso ser. Se o Senhor está chamando você para uma obra, não tema e não perca tempo com desculpas. Confie no Senhor e não queira acender a ira divina como fez Moisés, que tentou protelar sua chamada dando uma série de desculpas a Deus (Êx 4.14).

2. DEUS CONCEDE PODERES A MOISÉS. 
A fim de encorajar Moisés e confirmar o seu chamado, o Senhor realiza alguns sinais (Êx 4.1-9). Da mesma forma Deus ainda demonstra sinais para nos mostrar o seu poder e a sua vontade. Não foram simples promessas, mas foi algo capaz de suprir suas expectativas e coibir qualquer variação ou sombra de dúvida.
a) Deus prometeu a Sua presença. “Eu serei contigo”, pois Moisés não se achou em condições de seguir (quem sou eu?);

b) Deus prometeu autoridade. “O Eu Sou me enviou a vós”, pois ele temeu a recepção dos egípcios e a incredulidade dos hebreus (como saberão que foi o Senhor que me enviou?);

c) Deus prometeu poder e ousadia. “Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar”, pois ele não se imaginava em condições de apresentar o plano divino e de convencer os hebreus pela suas palavras (“Ah, meu Senhor! Eu não sou homem eloqüente);

d) Deus prometeu cooperador. “Não é Arão, o levita, teu irmão?”. Moisés não se imaginou com forças suficiente para enfrentar aquela missão sozinho (Envia pela mão daquele a quem tu hás de enviar”). Arão seria seu profeta, seu porta-voz e seu auxiliador.

3. O RETORNO DE MOISÉS. 
Todas estas promessas foram capazes de animá-lo e fortalecê-lo para o retorno. A preocupação e o medo das represálias não seriam capazes de impedirem a sua volta, tampouco a dúvida quanto a prescrição do seu crime, na verdade, ele voltaria fazendo uso de um salvo-conduto, decretado e assinado por Deus. No início temeu, pois sabia que estava jurado, ou pelo menos imaginava que estivesse. Seria preso ou morto tão logo pisasse na fronteira.

Moisés não revelou ao seu sogro Jetro o que ele faria no Egito. Ainda não era a hora certa para isso. O líder precisa saber o momento adequado para revelar seus projetos. Entretanto, Moisés não poderia partir sem o consentimento de sua família, assim ele disse a Jetro que iria ao Egito rever seus irmãos: “Eu irei agora e tornarei a meus irmãos que estão no Egito, para ver se ainda vivem” (Êx 4.18). Jetro prontamente liberou Moisés dizendo: “Vai em paz”. Moisés não saiu sem a bênção dos seus parentes. Para realizar a obra de Deus o líder precisa ter o apoio e cooperação da sua família.

Enfim chegou o momento do reencontro com seu povo, sua linhagem e até mesmo com alguns de seus parentes. Os filhos de Israel o receberam de bom grado, pois estavam no sofrimento, enfermos, escravos, pobres e sem esperança. Viram em Moisés a resposta de seus clamores que havia chegado aos ouvidos de Deus. Os mais jovens entusiastas já se imaginavam fazendo parte do grande exército de Moisés que derrotariam os egípcios. Os idosos o viam como manifestação do resgate das tradições e fé monoteísta hebraica, esquecida com o passar dos anos.

III. MOISÉS SE APRESENTA A FARAÓ (ÊX 5.1-5)
1. MOISÉS DIANTE DE FARAÓ. 
Chegando ao Egito, Moisés e seu irmão Arão procuraram Faraó para comunicar-lhe a vontade de Deus para o povo de Israel. Quão difícil e arriscada era a tarefa de Moisés. Após o encontro que já tivera com Deus, ele estava preparado para apresentar-se ao rei do Egito, não deveria temer. Faraó recusou de imediato o pedido de Moisés. Além de recusar deixar o povo ir embora, Faraó agora aumenta o volume de trabalho do povo (Êx 5.8,9).

Moisés fez tudo como Deus lhe ordenara, porém, sua obediência não impediu que ele e seu povo sofressem. Talvez você esteja realizando alguma obra em obediência ao Senhor, mas isto não vai impedir que surjam dificuldades, problemas e aflições.

2. A QUEIXA DOS ISRAELITAS (ÊX 5.20,21). 
Os israelitas se alegraram com a chegada de Moisés. Ouviram atentamente e entenderam o plano, que consistia na libertação total deles, para adorarem e celebrarem ao Senhor no deserto, após três dias de caminhada, porém com o decorrer dos acontecimentos eles demonstraram todo o descontentamento com a situação e logo começaram a murmurar. Certamente todos esperavam que a saída do Egito fosse imediata. Mas este não era o plano de Deus. Moisés, aflito com a piora da situação, busca o Senhor e faz várias indagações. Quem de nós em semelhantes situações, estando em obediência a Deus, na vida cristã e no trabalho, já não indagou: “Por que Senhor?”. Moisés não conseguia entender tudo o que estava ocorrendo, mas Deus estava no controle. Às vezes não conseguimos entender o motivo de certas dificuldades, mas não podemos deixar de crer que Deus está no comando de tudo.

3. DEUS PROMETE LIVRAR SEU POVO (ÊX 6.1). 
A saída de Israel do Egito seria algo sobrenatural e esta promessa foi totalmente cumprida quando Israel, finalmente, saiu do Egito. Deus, nos seus atributos e prerrogativas, ia agora redimir o povo de Israel (v.6), adotá-lo como seu povo (v.7), e introduzi-lo na Terra Prometida. Todo o Israel, assim como os egípcios, teriam a oportunidade de ver o poder de Deus.
  
Após as dez pragas, Faraó não suportando mais as conseqüências de sua teimosia, não somente permitiu a saída, como também expulsou aquele povo para adorarem no deserto, em liberdade. Durante todo o tempo em que ficaram escravizados se distanciaram de Deus e agora estavam se aproximando novamente.

Uma alegria nunca vista na terra. Que satisfação! Os egípcios contemplaram o desfile dos vitoriosos, alguns rangeram os dentes de raiva, outros juraram vingança, muitos desejaram boa viagem: “vão com seu Deus e sumam daqui”. Saíram realizados, confortados, sarados espiritualmente, fortalecidos, renovados.

CONCLUSÃO
O grande “Eu Sou” escolheu e preparou Moisés para que ele libertasse seu povo da escravidão egípcia. Deus continua a levantar e preparar homens para a sua obra. Você está disposto a ser usado pelo Senhor? Moisés apresentou algumas desculpas, mas não foram aceitas. Não perca tempo com justificativas, mas diga “sim” ao chamado de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO – FORAM ALCANÇADOS?
1)   Chamada e preparo de Moisés: ele não pulou etapas;
2)   Moisés apresentou “desculpinhas” – Deus não aceitou;
3)   Moisés diante de Faraó – ele não temeu.

REFERÊNCIAS
Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.

Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.

LOURENÇO, Luciano de Paula. Um libertador para Israel. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2014/01/aula-02-um-libertador-para-israel.html. Acesso em 06 de janeiro de 2014.

Por: Ailton da Silva - Ano V

Nenhum comentário:

Postar um comentário