TEXTO ÁUREO
“E disse Deus a Moisés: EU SOU o QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos
filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3.14).
VERDADE
PRÁTICA
Assim como Moisés, usado por Deus,
libertou Israel do cativeiro, Cristo nos liberta da escravidão do pecado e do
mundo.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE – Ex 3,1-9
1 - E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã;
e levou o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe.
2 - E apareceu-lhe o Anjo do SENHOR em uma chama de fogo, no meio de uma
sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.
3 - E Moisés disse: Agora me virarei para lá e verei esta grande visão,
porque a sarça se não queima.
4 - E, vendo o SENHOR que se virava para lá a ver, bradou Deus a ele do
meio da sarça e disse: Moisés! Moisés! E ele disse: Eis-me aqui.
5 - E disse: Não te chegues para cá; tira os teus sapatos de teus pés;
porque o lugar em que tu estás é terra santa.
6 - Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de
Isaque e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para
Deus.
7 - E disse o SENHOR: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que
está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque
conheci as suas dores.
8 - Portanto, desci para livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir
daquela terra a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao
lugar do cananeu, e do heteu, e do a morreu, e do ferezeu, e do heveu, e do
jebuseu.
9 - E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel chegou a mim, e também
tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem.
PROPOSTA
•
Deus de Jacó – Deus de toda graça;
•
Moisés experimentou o silêncio e a solidão no
deserto;
•
Assim diz Deus: “Tira o Egito de dentro do meu
povo”;
•
Moisés tentou protelar sua chamado com
“desculpinhas”;
•
Deus encorajou Moisés para confirmar sua chamada;
•
Moisés saiu de Midiã com a bênção do sogro;
•
E foi preparado por Deus para se apresentar ao
Faraó;
•
Hebreus: imaginaram que a saída do Egito seria
imediata;
•
A saída do Egito foi algo sobrenatural.
INTRODUÇÃO
Um líder cristão não é feito da
noite para o dia. Este estágio será atingido após um período de caminhada com
Deus, experiência e atitudes, que caracterizará o amadurecimento da liderança.
É como se estivéssemos subindo degrau a degrau de uma escadaria que não somos
capazes de enxergar o fim.
Moisés foi preparado por Deus ao
longo dos anos até que se tornasse o libertador do seu povo. Ele imaginou que
estivesse preparado na primeira etapa de sua vida (nos primeiros quarenta
anos), por isto deixou-se envolver pela sua valentia e bravura, grandezas estas
que foram vistas no dia quando ele matou um egípcio, mas que lhe faltou no dia
seguinte quando fugiu temendo a fala de um de seus irmãos hebreus: “pensas
matar-me como mataste o egípcio” ontem? (grifo meu).
Ele era um homem manso e ao que
parece não era muito eloquente, porém Deus viu que ele seria obediente e capaz
de libertar o seu povo da escravidão egípcia, depois de uma criteriosa
preparação.
I. MOISÉS — SUA CHAMADA E SEU
PREPARO (ÊX 3.1-17)
1. DEUS CHAMA O SEU ESCOLHIDO.
Quando o Senhor escolheu e chamou
Moisés para libertar seu povo, ele estava pastoreando ovelhas, cuidando de
bichos, o que se tornou para ele um excelente aprendizado para quem mais tarde se
tornaria o pastor do povo de Deus, Israel (Sl 77.20). Na situação em que
estava, ao sair em fuga do Egito, ele não reunia condições nenhuma para dar
inicio à missão. O aprendizado secular que recebera, aliado a valentia e
braveza, o atrapalharia.
No auge de seus quase oitenta anos
de idade, quando não esperava mais nada da vida, talvez aguardava ansioso uma “aposentadoria”,
no momento em que estava cuidando do rebanho de seu sogro, Moisés teve um
encontro com Deus e desde então a sua vida nunca mais foi a mesma.
É Deus que chama e separa aqueles
que vão dirigir seu rebanho, e Ele continua vocacionando e capacitando para o
santo ministério. O Senhor chama, mas cabe ao homem cuidar do seu preparo para
ser útil a Deus.
O que muito nos edifica no versículo
seis é Deus identificar-se não somente como “o Deus de Abraão e o Deus de
Isaque”, mas igualmente como “o Deus de Jacó”. Ele é, portanto, o Deus de toda
graça, compaixão e paciência, uma vez que Jacó teve sérios incidentes negativos
na sua vida em geral (1Pe 5.10; Jo 1.14,16).
2. O PREPARO DE MOISÉS (ÊX 3.10-15).
Moisés foi chamado e recebeu
treinamento da parte de Deus para que cumprisse sua missão com êxito. Deus
ainda chama e prepara seus servos. Talvez Ele o esteja chamando para a
realização de uma obra. Qual será sua resposta?
Moisés experimentou o silêncio e a
solidão do deserto em Midiã (Êx 3.1). Em sua primeira etapa de 40 anos de vida
viveu no palácio real e frequentou as mais renomadas universidades. O
conhecimento adquirido por Moisés, e empregado com sabedoria, foi-lhe muito
útil em sua missão de libertador, condutor, escritor e legislador na longa
jornada conduzindo Israel no deserto.
Mas como ele deve ter estranhado
aquela mudança brusca de ambiente, do conforto e privilégios do Egito direto
para o duro deserto para desempenhar uma das funções mais abominadas pelos
egípcios, pastor de ovelhas. O curso natural seria o crescimento e não aquele
aparente rebaixamento.
Em Midiã, sua nova morada,
aprenderia algo bem mais útil do que havia aprendido no Egito. Com a mente
esvaziada, perderia o seu ímpeto e valentia. Finalmente seria apresentado à
mansidão e desta forma poderia entender os problemas de todos os necessitados
que, um dia, Deus colocaria sob sua responsabilidade.
No Egito havia aprendido com
mestres, doutores e livros, mas não foi capaz de exercer com sabedoria sem
utilizar a força física. Agora aprenderia com as ovelhas a ser manso, humilde e
pequeno, para assim ser transformado em um verdadeiro líder. Afinal, a missão
pedia um homem com este perfil.
Havia tanto por aprender e muito
mais para esquecer. Esta capacitação evitaria que pulasse etapas em sua vida e
serviria de experiência no futuro, pois suportaria as provações, adquiriria a
humildade, mansidão, se tornaria dependente de Deus e se sensibilizaria com os
problemas de Israel.
3. O OBJETIVO DA CHAMADA DIVINA (ÊX
3.10).
O propósito divino era a saída do
povo de Israel do Egito liderada por Moisés. Deus pode, segundo o seu querer,
agir diretamente. Contudo, o seu método é usar homens e mulheres junto aos seus
semelhantes.
Hoje, em relação a muitas igrejas,
Deus está dizendo à seus dirigentes: “Tira o ‘Egito’ de dentro do meu povo”. É
o mundanismo entre os crentes, na teoria e na prática; no viver e no agir,
enfraquecendo e contaminando a igreja. É Israel querendo voltar para o Egito
(Êx 16.3; 17.3), tal como o povo por algumas vezes desejou e chegou até mesmo a
pedir permissão para Moisés.
O Egito havia ficado para trás, não
teria como retornarem, a não ser que fosse pelas próprias pernas e braçadas,
pois teriam que nadar ou darem a volta pelos golfos, uma vez que Deus jamais
reabriria o mar para que os derrotados e desobedientes voltassem ao Egito.
Deus com mão poderosa tirou Israel
do Egito, mas não tirou o ‘Egito’ de dentro deles, porque isso é um ato
voluntário de cada crente que, quebrantado e consagrado, recorre ao Espírito
Santo.
“Certamente eu serei contigo”
(v.12). Isso era tudo o que Moisés precisava como líder espiritual do povo de
Deus. Hoje, muitos já perderam essa divina presença em sua vida e em seu
ministério, por acharem que são alguma coisa em si mesmos, daí, a operação do
Espírito Santo cessar em sua vida. Paulo exclamou: “Nada sou” (2Co 12.11). Tudo
que temos ou somos na obra de Deus vem dEle (1Co 3.7).
II. AS DESCULPAS DE MOISÉS E A SUA
VOLTA PARA O EGITO
1. O RECEIO DE MOISÉS E SUAS
DESCULPAS.
O Moisés impulsivo que matou o
egípcio e o enterrou na areia já não existia mais. Ele havia sido mudado e
moldado pelo Senhor, e agora precisava crer não no seu potencial, mas no Senhor
que o chamara. Ao ser chamado pelo Senhor para ser o libertador dos hebreus,
Moisés apresentou algumas desculpas:
a) Da sua capacidade – “quem sou
eu”? Se fosse o Moisés dos primeiros quarenta anos, certamente diria: “Eis me
aqui”;
b) Da credulidade do povo – “como
saberão que foi o Senhor que me enviou”? O homem dos primeiros quarenta anos
não teria dificuldade para ganhar a confiança do povo pela sua valentia;
c) Da sua eloquência – “sou pesado
de boca e palavras”. O jovem dos primeiros quarenta anos saberia muito bem se
expressar;
d) Da escolha de Deus – “envia outro
que o Senhor escolher”. O Moisés dos primeiros quarenta anos não perderia a
oportunidade de representar o próprio Deus na terra.
Quantas desculpas também não damos
quando Deus nos chama para um trabalho específico? As escusas de Moisés, assim
como as nossas, nunca são aceitas pelo Senhor, pois Ele conhece o mais profundo
do nosso ser. Se o Senhor está chamando você para uma obra, não tema e não
perca tempo com desculpas. Confie no Senhor e não queira acender a ira divina
como fez Moisés, que tentou protelar sua chamada dando uma série de desculpas a
Deus (Êx 4.14).
2. DEUS CONCEDE PODERES A MOISÉS.
A fim de encorajar Moisés e
confirmar o seu chamado, o Senhor realiza alguns sinais (Êx 4.1-9). Da mesma
forma Deus ainda demonstra sinais para nos mostrar o seu poder e a sua vontade.
Não foram simples promessas, mas foi algo capaz de suprir suas expectativas e
coibir qualquer variação ou sombra de dúvida.
a) Deus prometeu a Sua presença. “Eu
serei contigo”, pois Moisés não se achou em condições de seguir (quem sou eu?);
b) Deus prometeu autoridade. “O Eu
Sou me enviou a vós”, pois ele temeu a recepção dos egípcios e a incredulidade
dos hebreus (como saberão que foi o Senhor que me enviou?);
c) Deus prometeu poder e ousadia.
“Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de
falar”, pois ele não se imaginava em condições de apresentar o plano divino e
de convencer os hebreus pela suas palavras (“Ah, meu Senhor! Eu não sou homem
eloqüente);
d) Deus prometeu cooperador. “Não é
Arão, o levita, teu irmão?”. Moisés não se imaginou com forças suficiente para
enfrentar aquela missão sozinho (Envia pela mão daquele a quem tu hás de
enviar”). Arão seria seu profeta, seu porta-voz e seu auxiliador.
3. O RETORNO DE MOISÉS.
Todas estas promessas foram capazes
de animá-lo e fortalecê-lo para o retorno. A preocupação e o medo das
represálias não seriam capazes de impedirem a sua volta, tampouco a dúvida
quanto a prescrição do seu crime, na verdade, ele voltaria fazendo uso de um
salvo-conduto, decretado e assinado por Deus. No início temeu, pois sabia que
estava jurado, ou pelo menos imaginava que estivesse. Seria preso ou morto tão
logo pisasse na fronteira.
Moisés não revelou ao seu sogro
Jetro o que ele faria no Egito. Ainda não era a hora certa para isso. O líder
precisa saber o momento adequado para revelar seus projetos. Entretanto, Moisés
não poderia partir sem o consentimento de sua família, assim ele disse a Jetro
que iria ao Egito rever seus irmãos: “Eu irei agora e tornarei a meus irmãos
que estão no Egito, para ver se ainda vivem” (Êx 4.18). Jetro prontamente
liberou Moisés dizendo: “Vai em paz”. Moisés não saiu sem a bênção dos seus
parentes. Para realizar a obra de Deus o líder precisa ter o apoio e cooperação
da sua família.
Enfim chegou o momento do reencontro
com seu povo, sua linhagem e até mesmo com alguns de seus parentes. Os filhos
de Israel o receberam de bom grado, pois estavam no sofrimento, enfermos,
escravos, pobres e sem esperança. Viram em Moisés a resposta de seus clamores
que havia chegado aos ouvidos de Deus. Os mais jovens entusiastas já se
imaginavam fazendo parte do grande exército de Moisés que derrotariam os
egípcios. Os idosos o viam como manifestação do resgate das tradições e fé
monoteísta hebraica, esquecida com o passar dos anos.
III. MOISÉS SE APRESENTA A FARAÓ (ÊX
5.1-5)
1. MOISÉS DIANTE DE FARAÓ.
Chegando ao Egito, Moisés e seu
irmão Arão procuraram Faraó para comunicar-lhe a vontade de Deus para o povo de
Israel. Quão difícil e arriscada era a tarefa de Moisés. Após o encontro que já
tivera com Deus, ele estava preparado para apresentar-se ao rei do Egito, não
deveria temer. Faraó recusou de imediato o pedido de Moisés. Além de recusar
deixar o povo ir embora, Faraó agora aumenta o volume de trabalho do povo (Êx
5.8,9).
Moisés fez tudo como Deus lhe
ordenara, porém, sua obediência não impediu que ele e seu povo sofressem.
Talvez você esteja realizando alguma obra em obediência ao Senhor, mas isto não
vai impedir que surjam dificuldades, problemas e aflições.
Os israelitas se alegraram com a
chegada de Moisés. Ouviram atentamente e entenderam o plano, que consistia na
libertação total deles, para adorarem e celebrarem ao Senhor no deserto, após
três dias de caminhada, porém com o decorrer dos acontecimentos eles
demonstraram todo o descontentamento com a situação e logo começaram a
murmurar. Certamente todos esperavam que a saída do Egito fosse imediata. Mas
este não era o plano de Deus. Moisés, aflito com a piora da situação, busca o
Senhor e faz várias indagações. Quem de nós em semelhantes situações, estando
em obediência a Deus, na vida cristã e no trabalho, já não indagou: “Por que
Senhor?”. Moisés não conseguia entender tudo o que estava ocorrendo, mas Deus
estava no controle. Às vezes não conseguimos entender o motivo de certas
dificuldades, mas não podemos deixar de crer que Deus está no comando de tudo.
3. DEUS PROMETE LIVRAR SEU POVO (ÊX
6.1).
A saída de Israel do Egito seria
algo sobrenatural e esta promessa foi totalmente cumprida quando Israel,
finalmente, saiu do Egito. Deus, nos seus atributos e prerrogativas, ia agora
redimir o povo de Israel (v.6), adotá-lo como seu povo (v.7), e introduzi-lo na
Terra Prometida. Todo o Israel, assim como os egípcios, teriam a oportunidade
de ver o poder de Deus.
Após as dez pragas, Faraó não
suportando mais as conseqüências de sua teimosia, não somente permitiu a saída,
como também expulsou aquele povo para adorarem no deserto, em liberdade. Durante
todo o tempo em que ficaram escravizados se distanciaram de Deus e agora
estavam se aproximando novamente.
Uma alegria nunca
vista na terra. Que satisfação! Os egípcios contemplaram o desfile dos
vitoriosos, alguns rangeram os dentes de raiva, outros juraram vingança, muitos
desejaram boa viagem: “vão com seu Deus e sumam daqui”. Saíram realizados,
confortados, sarados espiritualmente, fortalecidos, renovados.
CONCLUSÃO
O grande “Eu Sou” escolheu e
preparou Moisés para que ele libertasse seu povo da escravidão egípcia. Deus
continua a levantar e preparar homens para a sua obra. Você está disposto a ser
usado pelo Senhor? Moisés apresentou algumas desculpas, mas não foram aceitas.
Não perca tempo com justificativas, mas diga “sim” ao chamado de Deus.
OBJETIVOS DA LIÇÃO – FORAM
ALCANÇADOS?
1) Chamada e preparo de Moisés: ele não pulou etapas;
2) Moisés apresentou “desculpinhas” – Deus não aceitou;
3) Moisés diante de Faraó – ele não temeu.
REFERÊNCIAS
Bíblia
de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.
Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão
Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.
Bíblia
Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do
Brasil, 2000.
Bíblia
Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de
Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.
LOURENÇO,
Luciano de Paula. Um libertador para
Israel. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2014/01/aula-02-um-libertador-para-israel.html.
Acesso em 06 de janeiro de 2014.
Por: Ailton da Silva - Ano V
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