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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014


TEXTO ÁUREO
[...] Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós (1Co 5.7b).

VERDADE PRÁTICA
Cristo é o nosso Cordeiro Pascal. Por meio do seu sacrifício expiatório fomos libertos da escravidão do pecado e da ira de Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – Ex 12.1-11
1 - E falou o SENHOR a Moisés e a Arão na terra do Egito, dizendo:
2 - Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano.
3 - Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada casa.
4 - Mas, se a família for pequena para um cordeiro, então, tome um só com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; conforme o comer de cada um, fareis a conta para o cordeiro.
5 - O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras
6 - e o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde.
7 - E tomarão do sangue e pô-lo-ão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem.
8 - E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães asmos; com ervas amargosas a comerão.
9 - Não comereis dele nada cru, nem cozido em água, senão assado ao fogo; a cabeça com os pés e com a fressura.
10 - E nada dele deixareis até pela manhã; mas o que dele ficar até pela manhã, queimareis no fogo.
11 - Assim, pois, o comereis: os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a Páscoa do SENHOR.

PROPOSTA
  • Páscoa para os egípcios: juízo divino sobre eles;
  • Páscoa para Israel: saída, passagem, liberdade;
  • Páscoa para nós: passagem da morte para a vida;
  • Pão sem fermento: não havia tempo, sinal de purificação;
  • Ervas amargas: amarguras e aflições sentidas no Egito;
  • Cordeiro: o sangue do cordeiro aponta para a CRUZ;
  • Cristo, nossa páscoa: nossa alma anseia;
  • Sangue de Cristo: salvação para todos (judeus e gentios);
  • Santa Ceia: memorial da morte redentora de Cristo.

INTRODUÇÃO
Todo o Egito parece ter respirado aliviado após a nona praga, imaginando que tudo houvesse terminado, mas não sabiam que o pior estava por vir. Aquela noite foi uma das mais estranhas da humanidade até então e nunca foi vista outra igual.

O dia em que os atemorizados egípcios olhavam atônitos sem entender o que estava acontecendo. Somente se ouvia, como pano de fundo, os gritos dos desesperados pais que constatavam a morte de seus primogênitos. O anjo do Senhor perdoou somente as casas onde havia o sangue do cordeiro espargido nos umbrais das portas.

Para os hebreus houve vida, sono tranquilo, alegria, bênçãos, luz, famílias unidas, uma festa memorável e puderam contemplar o inicio de um grandioso ministério. Agora para os egípcios houve morte, tristeza, insônia, juízo, trevas, divisão, contemplaram o fim de um reinado e estiveram de luto por muitos dias chorando a morte de alguns inocentes egípcios.

A Páscoa foi instituída pelo Senhor para que os israelitas celebrassem a noite em que Deus poupou da morte todos os primogênitos hebreus, o glorioso e memorável feito que antecedeu a saída do Egito. Nunca deveriam esquecer isto, por isto era dever repassar para as gerações futuras.

A Páscoa é uma comemoração de caráter perpétuo, muito significativa. Uma festa repleta de significados tanto para os judeus quanto para os cristãos. Os judeus deveriam comemorar a Páscoa no mês de Abib (corresponde à parte de março e parte de abril em nosso calendário), cujo significado são as “espigas verdes”.

I. A PÁSCOA
1. PARA OS EGÍPCIOS. 
Para os egípcios a Páscoa significou o juízo divino final sobre o Egito, um grande prejuízo moral e material para Faraó, além de perdas irreparáveis no campo espiritual, pois tanto ele quanto os seus inúmeros deuses cultuados foram afrontados e humilhados. O gigante acordou tarde demais. De nada adiantaria agora refletir.

O Senhor havia enviado várias pragas e concedido tempo suficiente para que Faraó se rendesse, mas ele se mostrou irredutível e não permitiu a saída do povo hebreu.

Deus é misericordioso, longânimo e deseja que todos se salvem (2Pe 3.9b). Porém, Ele é também um juiz justo que se ira contra o pecado: “Deus é um juiz justo, um Deus que se ira todos os dias” (Sl 7.11). O pecado, a idolatria e as injustiças sociais suscitam a ira do Pai. O povo hebreu estava sendo massacrado pelos egípcios e o Senhor queria libertá-lo. Restava uma última praga. Então o Senhor falou a Moisés: “À meia-noite eu sairei pelo meio do Egito; e todo primogênito na terra do Egito morrerá” (Êx 11.4,5). Foi uma noite pavorosa para os egípcios e inesquecível para os israelitas. Alegria para uns e choro para outros. O gigante acordou tarde demais. Bastava ele refletir sobre as perdas.

2. PARA ISRAEL. 
Era a saída, a passagem para a liberdade, para uma vida vitoriosa e abundante, que somente foi conseguida em virtude da obediência cega as determinações de Deus entregues por Moisés. Nenhum hebreu questionou as ordens, pois as nove pragas anteriores fortaleceram a fé deles. As últimas orientações foram para prepararem o cordeiro, o pão sem fermento, passarem o sangue nos umbrais. Também não deveriam sair de casa, deveriam ter os cintos nos lombos, as sandálias nos pés e os cajados nas mãos, pois a qualquer momentos sairiam. Eles deveriam aproveitar o tempo em que Faraó estivesse chorando a morte de seu filho, antes que ele se arrependesse.

Enquanto havia choro nas casas egípcias, nas casas dos judeus havia alegria e esperança. O Egito, a escravidão e Faraó ficariam para trás. Os israelitas teriam sua própria terra e não seriam escravos de ninguém.

Foi para isto que Cristo veio ao mundo, morreu e ressuscitou ao terceiro dia, para nos libertar do jugo do pecado e nos dar uma vida cristã abundante (Jo 10.10).

3. PARA NÓS. 
Como pecadores também estávamos destinados a experimentar a ira de Deus, mas Cristo, o nosso Cordeiro Pascal, morreu em nosso lugar e com o seu sangue nos redimiu dos nossos pecados (1Co 5.7). Para nós, cristãos, a Páscoa é a passagem da morte dos nossos pecados para a vida de santidade em Cristo. No Egito um cordeiro foi imolado para cada família hebréia, enquanto que na cruz morreu o Filho de Deus pelo mundo inteiro (Jo 3.16).

II. OS ELEMENTOS DA PÁSCOA
1. O PÃO. 
Deveria ser assado sem fermento, pois não havia tempo para que o pão pudesse crescer (Êx 12.8,11,34-36). A saída do Egito deveria ser rápida. Aquela seria a última refeição deles como escravos. Para trás ficaria a cultura idolatra e imunda do Egito. A partir daquele momento Deus estava estabelecendo para Israel uma nova forma de viver, de crer e obedecer à risca. A mistura não seria permitida.

A falta de fermento também representa a purificação, a libertação do fermento do mundo. Em o Novo Testamento vemos que Jesus utilizou o fermento para ilustrar o falso ensino dos fariseus (Mt 16.6, 11,12; Lc 12.1; Mc 8.15).

O pão também simboliza vida. Jesus se identificou aos seus discípulos como “o pão da vida” (Jo 6.35). Toda vez que o pão é partido na celebração da Ceia do Senhor, traz à nossa memória o sacrifício vicário de Cristo, através do qual Ele entregou a sua vida em resgate da humanidade caída e escravizada pelo Diabo.

2. AS ERVAS AMARGAS (ÊX 12.8). 
Simbolizavam toda a amargura e aflição enfrentadas no cativeiro. Foram 430 anos de opressão, dor, angústia, quando os hebreus eram cativos do Egito, que deveriam ser esquecidas para sempre. Somente os feitos de Deus deveriam ser lembrados perpetuamente.

3. O CORDEIRO (ÊX 12.3-7). 
Um cordeiro sem defeito deveria ser separado no dia dez de Nisã e guardado até o dia quatorze, sob observação para que fosse atestada a sua pureza e perfeição, então era declarado apto para o sacrifício. No dia certo ele seria imolado e de acordo com o historiador Flávio Josefo, isto se dava “entre as três e cinco horas da tarde, o que é mais uma demonstração de que apontava para a morte de Jesus”.

O sangue do cordeiro morto seria aspergido nos umbrais das portas das casas dos hebreus. Serviu de proteção e foi um símbolo da obediência. A desobediência seria paga com a morte.

O cordeiro da Páscoa judaica era uma representação do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). O sangue de Cristo foi vertido na cruz para redimir todos os filhos de Adão (1Pe 1.18,19). Aquele sangue que foi derramado no Egito, e aspergido nos umbrais das portas, aponta para o sangue de Cristo que foi oferecido por Ele como sacrifício expiatório para nos redimir dos nossos pecados.

III. CRISTO, NOSSA PÁSCOA
1. JESUS, O PÃO DA VIDA (JO 6.35,48,51). 
Comemos pão para saciar a nossa fome, porém, a fome da salvação da nossa alma somente pode ser saciada por Jesus. Certa vez, Ele afirmou: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome” (Jo 6.35).

Os hebreus foram socorridos por Deus no deserto com o maná, o pão que descia do céu, mesmo que tivesse que ser recolhido todos os dias, era a única alternativa para que eles se mantivessem vivos. O instrumento usado por Deus era um só, o maná, enviado em quantidades diferentes todos os dias durante a peregrinação, por isto o maná apontava para Jesus, que é Único que pode saciar a necessidade espiritual da humanidade. Nada pode substituí-lo, da mesma forma necessitamos deste pão divino diariamente. Sem Ele não é possível a nossa reconciliação com Deus (2Co 5.19).

2. O SANGUE DE CRISTO (1CO 5.7; RM 5.8,9). 
No Egito, o sangue do cordeiro morto só protegeu os hebreus, mas o sangue de Jesus derramado na cruz proveu a salvação não apenas dos judeus, mas também dos gentios. O cordeiro pascal substituía o primogênito, justamente nas casas onde não foi encontrado o sangue do cordeiro sacrificado.

O sacrifício de Cristo substituiu a humanidade desviada de Deus (Rm 3.12,23). Fomos redimidos por seu sangue e salvos da morte eterna pela graça de Deus em seu Cordeiro Pascal, Jesus Cristo.

3. A SANTA CEIA. 
A Ceia do Senhor não é um mero símbolo; é um memorial da morte redentora de Cristo por nós e um alerta quanto à sua vinda: “Em memória de mim” (1Co 11.24,25). É um memorial da morte do Cordeiro de Deus em nosso lugar. O crente deve se assentar à mesa do Senhor com reverência, discernimento, temor de Deus e humildade, pois está diante do sublime memorial da paixão e morte do Senhor Jesus Cristo em nosso favor. Caso contrário, se tornará réu diante de Deus (1Co 11.27-32).

CONCLUSÃO
Deus queria que o seu povo Israel nunca se esquecesse da Páscoa, por isso a data foi santificada. A Páscoa era uma oportunidade para os israelitas descansarem, festejarem e adorarem a Deus por tão grande livramento, que foi a sua libertação e saída do Egito. Hoje o nosso Cordeiro Pascal é Cristo. Ele morreu para trazer redenção aos judeus e gentios. Cristo nos livrou da escravidão do pecado e sua condenação eterna. Exaltemos ao Senhor diariamente por tão grande salvação.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

FORAM ALCANÇADOS?

1)    A Páscoa não tem o mesmo significado para todos os povos.

2) Elementos da Páscoa: pão, ervas amargas e cordeiro.

3) Jesus é a nossa Páscoa.


REFERÊNCIAS
Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003.

Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008.

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.

CARNEIRO FILHO, Geraldo. As pragas divinas e as propostas ardilosas de Faraó. Disponível em:
http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/. Acesso em 21 de janeiro de 2014.

LOURENÇO, Luciano de Paula. As pragas divinas e as propostas ardilosas de Faraó. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2014/01/aula-04-celebracao-da-primeira-pascoa.html. Acesso em 21 de janeiro de 2014.

Por: Ailton da Silva - Ano V

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